Caminhos sem marcas, sós
acariciados pelo descalçar do nada
serpenteando a curva dos prazeres
esquecidos
esterilizando o tempo sem tempo
perdido no espaço dos corpos idos.
“Caminhante no hay caminho
se hace caminho al andar”
Assim disse António Machado
e não esteve aqui parindo razões
adormecidas na negligente mirada da
ignorância
compassando o réquiem do abandono
no palmear cansado de liberdade
calcinando as penas enganadas das
horas
não há caminhos
fazem-se caminhos ao andar
e são os pés chegados do esforço
calcetando a esterilidade da
opressão
com a frente erguida da dignidade
sobre o vento pródigo da confiança.
Por Gasmin Rodrigues
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