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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

SUJO QUINTAL NOSSO


Este texto foi redigido e enviado por uma ex-professora de administração minha, Célia Corrêa, que é atualmente presidente do Conselho Regional de Administração de Minas Gerais.

Excelente profissional e um ser humano exemplar, nos presenteia com esta dura análise:

O ministro das Finanças do Japão, Taro Aso, 72, foi criticado pela comunidade internacional quando disse na última segunda –feira (21) que os idosos devem ser autorizados a "se apressar e morrer" para diminuir a responsabilidade do Estado no pagamento das despesas médicas. - "Deus me livre de ser forçado a viver quando se quer morrer. Eu acordaria me sentindo cada vez pior sabendo que o tratamento estaria sendo integralmente pago pelo governo".

A declaração do ministro Aso aconteceu durante o encontro do conselho nacional de reformas do seguro social. Depois receber críticas nacionais e internacionais, ele pediu desculpas e se reconheceu errado.

Acontece que, no Japão a situação é a fala do ministro. E no Brasil, permanecemos calados quando se sabe que não é uma questão de dizer ou não dizer, mas uma chacina real que os sistemas de saúde e de previdência promovem há anos. Quantos idosos morrem por falta de assistência à saúde? Quantos vivem em situação calamitosa com minguados valores de aposentadoria?

Infelizmente, não podemos criticar aquele ministro, quando o nosso ministro da Previdência Social afirma que tudo vai bem com a Previdência no Brasil,enquanto o Presidente da Associação dos Servidores da Previdência e Seguridade Social, Paulo César Régis de Souza, aponta que o valor médio dos benefícios previdenciários é de R$843,11. Isto não deveria ser chamado de benefício, mas de sentença de morte. Aqui não se fala, aqui se mata!

Célia Corrêa

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