De volta à nossa série de postagens, contendo críticas e proposições sobre as ineficientes políticas públicas de combate à dengue, publicamos a segunda análise e vamos estudar o caso juntos.
Você aí, que está sentado diante do microcomputador:
- Já fez alguma coisa para combater a dengue na sua casa?
É sério. Alegar que é problema do prefeito que não faz nada, não vale. Comprar inseticidas, também não.
Acompanhem, por favor, meu raciocínio e vejam o quanto os governos têm errado até o momento:
- CAMPANHAS PUBLICITÁRIAS SÓ COM APELOS NÃO RESOLVEM: Como documentarista, ex-diretor de TV, ex-assessor de comunicação, articulista de opinião, blogueiro e ativista social, há mais de 20 anos, já acompanhei e cobri várias campanhas de saúde. Posso atestar que a absoluta maioria das campanhas institucionais, que dependam de resposta da população, falham. São ineficientes porque, na maioria das vezes, os cidadãos pensam que:
- tal doença ou problema não o atingirá;
- ou que não têm tempo para isso;
- ou que não é problema dele e, sim, do governo;
- a culpa é do vizinho;
- ou sequer têm discernimento ou capacidade intelectual para
compreenderem o problema e até mesmo a gravidade.
DENGUE MATA!
Na boa mesmo, campanhas publicitárias institucionais contra a dengue, como estas que têm sido apresentadas, são só ótimas para nosso mercado, que contrata serviços e garantem faturamentos extras. Quanto maior for o problema, melhor para todos do meio. Inclusive para minha produtora, que nada tem a reclamar.
- FUMACÊ MAIS ATRAPALHA, DO QUE AJUDA: Quando a
população vê aqueles homens com roupas de "astronautas", com
uma "imensa e super potente arma", acaba gerando uma falsa
sensação de que estão agora todos protegidos. Agora, sabem
qual é a eficiência?
Quase nula. Um único espécime do mosquito Aedes aegypti cobre até 2 quilômetros de raio de voo, uma fêmea pode botar até 1500 ovos em sua vida (30 a 40 dias) e contaminar até 300 pessoas.
Daí, como o fumacê não avança além dos quintais, porque usualmente a aplicação concentra-se nas vias e entradas das residências, a absoluta maioria dos insetos se safa. Basta se esconder numa fresta de janela, de parede, debaixo de folhagens ou voar para longe. Sem falar que acabam criando resistência química contra o veneno, que de sobra contamina os lençóis freáticos, rios, animais domésticos e até nós mesmos.
E o pior, quando a gente vê a ação dos agentes do fumacê, qual é a sensação que temos?
Que estamos protegidos! Não é!? Assim, para quê termos trabalho para limparmos os quintais e blablablá...
Até segunda-feira, com mais análises.
Bom final de semana e boa sorte para o mosquito não te pegar!
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