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domingo, 2 de dezembro de 2012

Itabira precisa de dias melhores para sua Cultura


A Cultura por uma reacionária

De passado cultural profícuo, com vasta diversidade constante, Itabira tem vivido momentos obscuros em criatividade, sejam eles por motivos pessoais dos personagens da cidade ou por estarem ou sentirem-se manietados pela falta de incentivo e opções de financiadores locais e regionais, seja ele o poder público constituído ou por falta de mecenas interessados e inteirados na manutenção constante que aqueles se ressentem a mais de uma década.

Prioritariamente a esta última administração, os últimos quatro anos podem ser considerados perdidos. Os agentes culturais, seja ele da produção ou criação (escritores, compositores, atores, cantores e etc.), ficaram parados no tempo, o desenvolvimento cultural de Itabira esteve em uma camisa de força, estrangulando a todos e tudo. Definitivamente não houve a aplicação de uma política cultural e a atua gestora conseguiu “desagradar a gregos e troianos”.

São vários fatos e ocorrências nestes torpes anos pelo qual passamos e resignamos a aguardar o grande momento de mudança em uma democracia que se preze, o momento do voto que no Brasil constitucionalmente é individual e secreto. Nos vários fatos acontecidos, o primeiro marcante foi a maneira como a pseudo-secretária de cultura itabirana dirigia-se àqueles que a visitava em seu gabinete: -“aqui todo mundo é pedinte, todos vêm aqui somente para pedir”. Esquecendo-se ela que aquela casa é uma repartição pública, um balcão de fomento a ser gerido.

Do muito pouco que conseguiu realizar em seu primeiro ano e como vem sendo feito até findar o seu passageiro mandato, foi o concurso de presépios, que em sua primeira edição no discurso de premiação esta funcionária pública contratada nos disse: -“até colocamos um dinheirinho para a premiação”. Sim, foi um dinheirinho face o empenho dos artistas participantes do concurso, além de que não precisaria citar isto e no tom de desdém para com aqueles cidadãos menosprezados. Considerando ainda que houve controvérsias a respeito de qual foi mesmo o ganhador do primeiro lugar.

Em cada ano que passou, sempre ocorriam novos fatos, fatos estes que tornaram cada vez mais obscura a política cultural adotada em Itabira. Um destes fatos é a respeito de um músico itabirano, nascido e criado em nossa cidade, cidadão este que labuta na criação cultural, com uma proposta aprovada e já em execução com verba designada pela “Lei Drummond”, desejando realizar uma chamada televisiva na Fazenda do Pontal, este também espaço público, foi de pronto proibido e novamente ela, falaz, agindo como se dona fosse da instituição FCCDA – Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade – e de seus espaços, diz: -“samba, pagode, essas coisas não são cultura”. Mais uma vez algo não pode ser realizado em seu todo, face à maneira grotesca como um artista atualmente é tratado.

Semana de Drummond, já em sua XVIII edição, pressupostamente para reverenciarmos a obra de nosso poeta maior, “Carlos Drummond de Andrade”, aprender e discutirmos sobre o seu legado, além de ser um momento voltado aos escritores locais, novamente este ano tivemos uma programação pífia com uma agenda amontoada de música, muita música, e a poesia que é boa, ficou para o escanteio. Estupefato fiquei em saber que a Biblioteca Municipal Luís Camilo ficou fechada na Semana Drummondiana.

Na Conferência Regional da Cultura, com vários tópicos discutidos e aprovados naquela assembléia, nada foi posto em funcionamento e de todo o feito, também não aproveitou dos resultados desta conferência para inscrever Itabira no Sistema Nacional de Cultura, o que por mais esta omissão acarretará perdas futuras na distribuição das verbas do MinC – Ministério da Cultura.

Concurso público para ocupar os cargos da FCCDA?  Quatro anos prometendo e não foi capaz de atravessar a avenida para propor aos vereadores que estudassem e aprovassem inicialmente o plano de cargos e salários, e posteriormente abrisse o edital de concurso público para os cargos daquela instituição que vêm sendo ocupados de maneira desvirtuada pelo sistema de contratação direta, desprezando a real necessidade de ser feito este concurso, haja vista que o último foi realizado em 1996.

Em seu último e derradeiro ato e parafraseando o atual prefeito municipal em sua campanha de reeleição, “para completar o trabalho”, ao receber a visita de um agente cultural, lá vem ela novamente, bem ao estilo nazista, daqueles que falam uma mentira mil vezes até que torne verdade, na maior desfaçatez, abusando do seu alto cargo público municipal, falando mal de quem não a procura para nada, considerando que a mesma de nada da conta mesmo, demonstrando sempre sua total incapacidade e inépcia em gerir a cultura local, em toda a sua nuance e especificidade de cada tema a ser trabalhado ou desenvolvido.

Se de tudo não é assim, deve ser então, em razão das origens culturais que esta pessoa tem.

Sendo hoje “Dia Nacional do Samba”, segue uma pérola da cultura popular brasileira para a pseudo-secretária de cultura de Itabira deliciar-se:
http://www.youtube.com/watch?v=tkcr5aBKl6w

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