PAÍS DO FUTEBOL

(Geral)

Recebemos na quinta-feira passada esta bela contribuição do professor Renan Moreira, de São Gonçalo do Rio Abaixo. Uma real, fria e contundente análise, que nos faz refletir sobre a "justiça" brasileira. Ronan, seja sempre bem-vindo. 

Um convite lhe foi enviado para colaborar conosco como autor do blogue.

Eis o texto, na íntegra:

"Ontem nos deparamos com a sentença proferida pelo ministro do STF, Celso de Melo, que aceitou o recurso dos  “mensaleiros”, de certa forma anulando a condenação que o próprio STF já tinha imputado aos mesmos.  Para nós, leigos em jurisdição, isto parece uma aberração, pois se tem em mente que uma sentença proferida pelo STF é inquestionável... Mas não é.

Parece que estamos vivendo uma situação que só mudará quando houver uma revolução civil, pois o povo não aguenta mais tanta corrupção. Parece aquela coisa de colocar a raposa para tomar conta do galinheiro: Nossas leis são feitas por corruptos que deixam as famosas brechas para que estes mesmos se safem sem nenhuma punição.

No caso de ontem, empurraram as votações para 2014, que CONCIDENTEMENTE  é ano de copa do mundo (no Brasil, ainda)... Todas as atenções estarão voltadas para o futebol, para os gringos... Só falta isto ser votado exatamente em dia de jogo do Brasil.

Quanto aos processos eleitorais em São Gonçalo do Rio Abaixo, tramitando em primeira instância, nos leva a crer que também chegarão a 2014. Será coincidência?

É meus amigos, a situação do país é realmente caótica, pois nem o futebol consegue se isentar da corrupção. Ela é um câncer instalado na sociedade que de forma pragmática, aceita qualquer coisa que for feita em nome do capital.

Concluindo, vai aqui a minha deferência à Zélia Gattai: Esqueçamos todas as nossas inúteis leis visto que em breve os juízes não terão mais a propriedade para sequer  mandar prender por pensão alimentícia.  Viva a Anarquia!

 Texto elaborado por Ronan Moreira

(um ninguém de São Gonçalo do Rio Abaixo)"

P.S.: A colocação "um ninguém" foi feita pelo próprio autor do texto,

por sentir-se indignado com a distância entre o povo e a Justiça e, não, pelo editor.