CARTA DA LOJA MAÇÔNICA ACÁCIA DAS NEVES Nº 22
ORIENTE DE SÃO JOAQUIM – FILIADA AO GOSC
Vivemos um dos momentos mais difíceis de nossa história.
O povo está sendo mantido na ignorância e sustentado por um esquema que
alimenta com migalhas a miséria gerada por essa mesma ignorância.
A tirania mudou sua face.
Já não encontramos os tiranos do passado que com sua brutalidade aniquilavam as cabeças pensantes, cortando o pescoço.
Os tiranos de hoje saqueiam a Pátria e degolam as cabeças de outra forma.
A tirania se mostra pela corrupção que impera em todos os níveis.
Encontramos mais viva do que nunca as palavras do Imperador Romano Vespasiano que na construção do Grande Coliseu disse:
“DAI PÃO E CIRCO PARA O POVO”.
Esse grande circo acontece todos os dias diante de nossos olhos,
especialmente sob a influência da televisão,
que dá ao povo essa fartura de “pão” e de “circo”.
Quando pensamos que a fartura acaba, surgem mais opções.
Agora vemos a Pátria sendo saqueada para a construção de monumentais estádios de futebol,
Atualmente chamados de arenas, nos moldes do que era o Coliseu, uma arena.
Enquanto isso os hospitais estão falidos, arruinados, caindo aos pedaços.
Brasileiros morrem nas filas e nos corredores desses hospitais;
já outros filhos da Pátria morrem pelas mãos de bandidos inescrupulosos
que se sentem impunes diante de um Estado inoperante, ineficiente e absolutamente corrompido.
Saúde não existe, educação não há, segurança, muito menos.
Porém, a construção dos “circos” continua !
Mas o pão e o circo também vêm dos “Big Brothers” das “Fazendas”,
das novelas que de tudo mostram, menos verdadeiros valores e virtudes pessoais.
Quanto mais circo, mais pão ao povo.
E o mais triste é que o povo, mantido na ignorância, é disso que mais gosta.
Nas tardes, manhãs e noites, não faltam essas opções de “lazer”.
O Coliseu está entre nós.
O circo está entre nós.
Já o pão, esse vem do bolsa isto, do bolsa aquilo, mantendo o povo dependente do esquema,
subtraindo-lhe a dignidade e a capacidade de conquistar melhores
condições de vida com base em suas qualidades, em seus méritos, em suas
virtudes.
Agora, o circo se arma em torno do absurdo que se coloca à população de que o problema de saúde é culpa dos médicos.
Iludem e enganam o povo, pois fazem cair no esquecimento o fato de que o
problema de saúde no Brasil é estrutural, pois o cidadão peregrina sem
encontrar um lugar digno, nem mesmo para morrer.
Então,
absurdamente, em desrespeito aos filhos da Pátria, são capazes de abrir
as portas para profissionais estrangeiros, alguns poucos não cubanos.
Os tiranos têm a audácia de repassar R$ 40.000.000,00 mensais que são
sangrados dos cofres públicos para sustentar um outro governo falido e
também tirano, o cubano; um dinheiro sem controle e sem fiscalização.
Os pobres profissionais que de lá vêm, não têm culpa.
É um povo sem liberdade, sem direito de expressão, escravo da tirania.
Esses médicos recebem migalhas daquele governo.
Mal conseguem sustentar a si e a seus familiares.
Os R$ 40.000.000,00 que serão mensalmente enviados para Cuba solucionariam
o problema de inúmeros pequenos hospitais pelo interior deste País.
Mas não é a isto que ele servirá.
Nós estamos a financiar um trabalho explorado, escravizado,
de profissionais que não têm asseguradas as mínimas condições de
dignidade de pessoa humana, porque simplesmente não são homens livres.
E nós, brasileiros, devemos nos envergonhar de tudo isto,
porque estamos sendo responsáveis e coniventes por sustentar todo esse
esquema, todos esses vícios, comportando-nos de maneira absolutamente
inerte.
Esses governantes,
que tanto criticam o trabalho escravo,
também não esclarecem à população o fato de um médico brasileiro receber o mísero valor de R$ 2,00 por uma consulta pelo SUS.
Do valor global anual que recebem, ainda é descontado o Imposto de Renda,
através de uma escorchante tributação sobre o serviço prestado,
que pode chegar ao percentual de 27,5%.
Em atitude oposta, remuneram aqueles que não são filhos da Pátria,
os estrangeiros, com o valor de R$ 10.000,00 mensais por profissional,
cabos eleitorais desses governantes.
Profissionais da saúde no Brasil, servidores públicos de carreira, à
beira da aposentadoria, com dedicação de uma vida inteira, receberão
quando da aposentadoria metade do valor pago ao estrangeiro.
Não podemos aceitar a armação desse circo, em cujo picadeiro o povo brasileiro é o palhaço !
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