(São Gonçalo do Rio Abaixo)
MPE
NÃO SE CONVENCEU
Desde que a Justiça Eleitoral de
Santa Bárbara absolveu o ex-prefeito de São Gonçalo, Raimundo
(Nozinho) Nonato Barcelos, e os atuais Antônio Carlos Bicalho (atual
prefeito) e Eduardo Fonseca (vice) dos processos de cassação,
ignorando (ou recusando) todas as provas gravadas em vídeo e as
publicações do Diário Oficial do Estado, vi que não se podia
esperar mais nada neste sentido.
Ontem, o Sistema de Acompanhamento
Processual da Justiça disparou os pareceres do Procurador Regional
Eleitoral, Eduardo Morato Fonseca, sobre os processos Aime-106 e
Aije-63.706, negando o provimento do recurso e apoiando a decisão da
sentença da primeira instância, reforço, nos dois processos mais
graves que estariam à favor da cassação.
Desta forma, até o momento, apenas o
Ministério Público Eleitoral local foi favorável às cassações,
enquanto o Juiz Eleitoral da primeira instância e o Ministério
Público Eleitoral Estadual foram contra. Apesar da sentença de
segunda instância ainda não ter sido julgada, mesmo considerando
que o colegiado estadual dos desembargadores pode mudar o jogo e
cassar, acho muito difícil, senão improvável, que a turma do
governo perca o poder. Afinal, se quem deveria defender os interesses
coletivos não se convenceu, por que a Justiça Estadual manifestaria
de forma contrária?
SÃO SÓ MERAS COINCIDÊNCIAS...
Primeira coincidência observada, segundo informações, é
que a situação (os governistas) reforçou o time de defesa, ao
contratar um advogado sócio do provável filho do presidente do TJMG. Como
não é ato ilícito, normal.
Segunda coincidência é que na edição
da revista Defato, distribuída um mês antes de serem
publicados os pareceres do Ministério Público Eleitoral (MPE) no
Sistema de Acompanhamento Processual, saíram duas matérias interessantes.
Primeira colocando o Nozinho como
pré-candidato a deputado estadual. Engraçado é que no encontro da
Amepi em Barão de Cocais, ocorrido no final de setembro, foi-me
garantido (por uma fonte muito confiável) que ele não se
candidataria de jeito algum.
A segunda matéria elogiava a gestão
do Antônio Carlos Bicalho, atual prefeito e pupilo do Nozinho. Em
entrevista, ACB defendia que poderia ter feito bem mais neste ano,
não fossem os processos de cassação com “denúncias infundadas” e dizendo-se já absolvido na Justiça.
Falha do editorial da revista? A princípio, não. Eles tomaram o cuidado de deixar as falas nas bocas dos entrevistados. Fato que aponta para mais uma estratégia de recuperação de imagem da turma da comunicação e marketing.
Observem que tais previsões foram publicadas um mês atrás na revista, antes até da sentença final do Tribunal Eleitoral Estadual. Daí, se ainda somarmos a decisão do Nozinho de se pré-candidatar a deputado já contando com a certeza da absolvição, os fatos ficam muito estranhos. Soou-me às previsões de
Nostradamus.
PLANO B - HÁ BEM TEMPO
Por estas e outras, tenho dito aos
populares que me cercavam nas ruas que não confiava mais numa
mudança por parte da Justiça. Temos que ser realistas.
Agora, se a população se mantiver
inconformada e não aceitar tais resultados, a melhor e mais
garantida forma de alterar o quadro político é no voto. A quem se
interessar, restará aguardar as próximas eleições e trabalhar
duro.
A sugestão é seguir o conselho do
saudoso bispo Dom Mário Gurgel. Finja que estão com eles (governo)
e pegue tudo que oferecerem, porque eles não dão nada do bolso
deles, são seus mesmos. Dom Mário entendia, no fundo, que era
melhor que os bens públicos fossem distribuídos para o povo, do que
concentrarem-se nas mãos de uma meia dúzia, como temos visto por
aí.
Para fechar, outra constatação: Em
Itabira, nas campanhas de 2008, vimos o mesmo desfecho. A Justiça,
por mais absurdo que parecesse, também não viu nada demais (do
ponto de vista de garantir a cassação) nos desmandos e indícios de
corrupção do governo do João Izael, que até “visita da Polícia
Federal” teve em plena época de campanha de sucessão e em nada
deu. Já em 2012, a população em peso deu o recado: 70% dos votos a
favor da oposição. Sem chorumelas, a turma do João, bem mais rica
e mais poderosa do que de São Gonçalo, teve que fazer as malas e
deixar a prefeitura.
Enfim, se a população for esperta e continuar descrente com a turma, já que podemos brincar de Nostradamus, registro minhas previsões: dificilmente Nozinho se elege para deputado e de 2016 o poder desta turma não passa!
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Resultados da última enquete do Filhos das Minas. |
E continua uma administração antipática. Até que estão se esforçando mas não conseguem.
ResponderExcluirA falsidade está na expressão, nos gestos e o povo lê isso muito bem. Todo alto escalão é antipático, vaidoso o que torna a administração feita de costas para o povo são-gonçalense.
Não adianta bajular funcionário, oferecer benefícios que são garantidos por lei à população, exceder nas festas absurdamente caras.
"Advogado sócio do provável filho do presidente do TJMG"
ResponderExcluirFalta o que para comprovar que o provável filho do presidente é filho do presidente?