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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

CAOS NAS URBES - 4

(São Gonçalo e região)


Dando prosseguimento nas matérias sobre as urbes da região, na última segunda-feira percorrermos boa parte cidade de São Gonçalo do Rio Abaixo.
A responsabilidade do atual governo em acertar é bem grande. Afinal, ele conta com a maior e disparada renda per capita da região e uma das maiores do país, batendo na casa dos 18 mil reais ao ano, contra 1,3 mil de Monlevade, por exemplo. Sem falar que trata-se de um governo de sucessão, ou seja, de sequência de um grupo já tarimbado e experiente, com máquinas atualizadas e mais 40 milhões extras em caixa, deixados pelo governo anterior (do Nozinho) para que concluísse as obras inacabadas.
Do ponto de vista das manutenções das praças, varrição e coleta de lixo, a cidade não faz feio. Está razoavelmente limpa, como em Itabira. Os poucos pontos que se vê a presença de lixos nas vias, percebe-se claramente que foi motivado pela falta de coletores próximos, falhas de alguns comerciantes ou desleixo de alguns pedestres.
Se levarmos em conta a necessária coleta seletiva, São Gonçalo fica devendo e passa longe do ideal. Não contam com estímulos, programas eficientes e contínuos para que a população faça a separação de pelo menos entre orgânicos e recicláveis.
Algumas obras inacabadas, deixadas pelo Nozinho, avançaram bem, como o Hospital, asfaltamento para as Pacas (totalmente concluída), Escola de Tempo Integral de Vargem Alegre, Postos de Saúde e coberturas de quadras. 
Escola de Tempo Integral de Vargem Alegre quase pronta.
Vista lateral: Como foi construída sobre um brejo e um córrego,
será que não corre risco de inundação e umidade excessiva?
Obra do Hospital em bom ritmo e com todos os pisos já feitos.
Outros continuam praticamente na mesma situação, como o Estádio Municipal e o Memorial do Padre João, que parou com a entrega da estátua. A praça Central virou motivo de chacota da população. Depois de aditivos e anos para revitalizá-la, praticamente um ano se passou sem mudanças aparentes.
Obra do Estádio continua inacabada.
Obra da Praça Central: motivo de chacota por causa do longo atraso.
Água tratada com qualidade é um enigma porque, oficialmente, a prefeitura não presta este serviço de forma clara, tanto que nem cobra. Outra queixa persistente da população é com relação aos destinos dos esgotos domésticos. A comunidade de Santa Catarina conseguiu que a prefeitura construísse emissários de esgoto. Nas comunidades de Vargem Alegre, Matias e Malaquias, os esgotos correm a céu aberto. Duas Estações de Tratamento de Esgoto no Una e no Parque de Exposições foram anunciadas início para este ano, mas só a da cidade que encontra-se em obras.
Esgoto sob a ponte do Malaquias.
Já do ponto de vista dos passeios e calçamentos, é incrível como a mais rica cidade da região não consegue sequer manter em estado razoável. Os passeios ou são tomados por materiais de construção, muitos deles doados na época da última eleição, ou estão cheios de buracos ou mato.
Sem atenção da prefeitura, moradores do Malaquias fazem mutirão
para espalhar resto de concreto doado por uma empreiteira.
Dias atrás, uma senhora de 80 anos teve que ser carregada por cerca de 1 quilômetro sobre o barro,
porque a ambulância não conseguiu chegar perto dela para atendê-la.
Buraco antigo no bairro Cidade "Universitária".

Passeios da Avenida Central continuam em péssimas condições de uso.
Este é outro velho buraco, no bairro Cidade "Universitária".




Bairro Patrimônio.

Neste local, próximo à caixa d'água, a prefeitura corrigiu com um muro de arrimo,
mas o asfalto novo já está cedendo.
Valas abertas dos novos empreendimentos (em obras) do ex-prefeito Nozinho
na avenida Central aguardam cobertura asfáltica.

7 comentários:

  1. Enquanto isto, no Trevo de Ipoema, moradores invadem área pública. Cadê a fiscalização?
    Para o asfaltamento da Rodovia Harcy Lage, a primeira curva à esquerda foi redesenhada e a área remanescente está sendo invadida pelos moradores.
    As cercas estão sendo instaladas a meio metro da sarjeta. Enterrada neste espaço invadido, encontra-se a rede de água instalada pela PMSGRA e isso pode causar problemas para eventual manutenção. Além disso, o espaço deveria ser reservado para um futuro acostamento ou, no mínimo, um passeio para pedestres, já que a estrada é muito estreita, o movimento de pessoas trafegando pelo local é grande e o risco maior ainda.
    Sobre esta água, para as cinco ou seis casas acima da ponte, ela chega com toda a pressão, enquanto as cerca de 30 casas abaixo recebem um fio d´água como a de um bebedouro - gasta-se quase três minutos para encher um balde de 12 litros.

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  2. Parece que as informações sobre o PIB per capita estão incorretas.
    No site: http://www.cidade-brasil.com.br/classificacao.html
    O PIB per capita de São Gonçalo é de R$ 59 100,280 enquanto o de João Monlevade é de R$ 17 472,810.

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    1. Caro anônimo,

      Pib significa produto interno bruto. Trata-se do resultado final da soma de todos os bens comercializados, produzidos e vendidos numa determinada região, num dado período de tempo. Como nestas contas entram desde o pãozinho francês da padaria da esquina, os corte de cabelo, as diárias da faxineira, como segue somando até o aço (de Monlevade) e o minério de ferro (de São Gonçalo). É um indicador interessante, porque representa o quanto é forte ou fraca a economia da região aferida num todo.

      Porém, quando analisamos os poderes de investimento das prefeituras, este indicador torna-se falho, porque os serviços do marceneiro ou as vendas do supermercado não fazem parte direta da capacidade de investimento da prefeitura. Tratam-se de recursos financeiros em poderes privados. Percebe?

      Por isso, a melhor forma de comparar e aferir o poder de investimento público é dividindo a arrecadação anual orçada da prefeitura, pelo número de habitantes. Afinal, quanto mais alunos nas escolas públicas, mais pacientes a serem atendidos, mais ruas para serem limpas, mais casas para serem abastecidas com água, mais recursos financeiros a prefeitura precisará ter em caixa.

      Daí, os números ora apresentados, que comprovam que a aberração econômica são-gonçalense, que a deixa em situação de extrema vantagem. Aqui, só não avança um governo que for muito, mas muito ruim. Porque dinheiro tem de sobra.

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    2. Agora entendi, você estava falando da arrecadação per capita dos municípios e chamou isso de renda per capita. Renda per capita e PIB per capita são quase a mesma coisa: http://www.infoescola.com/economia/renda-per-capita/

      Obrigado por seu tempo

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  3. Prezado Fernando,

    Tenho uma sugestão: você poderia citar as fontes dos dados que você publica no blogue. Como a renda per capita de João Monlevade e São Gonçalo do Rio Abaixo e os 40 milhões de reais em caixa do governo.

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    1. Ok. Seguem os links.

      Sobre Pib:
      http://pt.wikipedia.org/wiki/Produto_interno_bruto
      http://g1.globo.com/economia/pib-o-que-e/platb/

      Sobre 40 milhões deixados em caixa pelo Nozinho (na verdade foram 43 milhões):
      http://www.ultimanoticia.com.br/ultimanoticia/Portugues/detNoticia.php?cod=16617
      http://www.impactonarede.com.br/jornal/Impacto_Ed196.pdf

      Sobre a arrecadação de São Gonçalo:
      (2012) http://www.jogodopoder.com/blog/politica/mineracao-faz-arrecadacao-sao-goncalo-do-rio-e-sarzedo-crescerem-e-municipios-ganham-autonomia-financeira/
      (2014) http://www.ultimanoticia.com.br/ultimanoticia/Portugues/detNoticia.php?cod=20839

      Sobre arrecadação João Monlevade (lembro-me que no governo Prandini, durante a crise mundial, girava em torno dos 105 milhões. Atualmente, perto dos 150):
      http://www.cidademais.com.br/noticias/?id=35595
      http://www.cidademais.com.br/noticias/?id=26139
      http://www.maismidia.net/noticia.aspx?id=558

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    2. Obrigado pelos esclarecimentos

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