(São Gonçalo e região)
Bem, diante do anúncio da
pré-candidatura do ex-prefeito Raimundo (Nozinho) Nonato Barcelos,
nosso intrépido blogue não poderia se furtar de debater a
possibilidade e até de discutir quais seriam suas chances na região.
Por mais rico e privilegiado que seja
o colégio eleitoral do Nozinho, se somarem todos os votos do
município, daria para garantir no máximo uns 17% do que precisa na
sua legenda, assim mesmo para passar raspando e correr o risco de
ainda não ser eleito. Para terem uma ideia, o deputado estadual
lanterna do PDT em 2010 foi o Carlos Pimenta, que bateu 49.133 votos!
Se considerarmos que, com bastante
sorte, ele pode arrancar com uns 5 mil votos no seu colégio
eleitoral, a participação do seu principal colégio eleitoral cai
para míseros 10%. Como veem, a viabilidade de sua eleição estaria
diretamente condicionada a outros 45 mil votos, no mínimo, a serem garimpados na
região. É mole?
GARIMPANDO NA REGIÃO
Em João Monlevade, que é a cidade
mais bem articulada do ponto de vista político da região da Amepi,
dificilmente o nome do ex-prefeito nadaria em águas tranquilas. A
turma do Mauri Torres e dos seus opositores tem outros nomes e
articulações mais antigas. Monlevade tem raízes políticas muito
mais fortes.
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Foto: Malu Sales / A Notícia |
Em Itabira, vá saber quantos votos conseguirá. Ontem à noite, ele conseguiu o apoio do PTB, partido do ex-prefeito Ronaldo Magalhães e de alguns empresários, dentre eles o dono da rádio Caraça e do radialista Vagner Ferreira. Com esta cartada, João Izael acabou tendo suas pretensões meladas e Cácio Guerra não deve ter ficado nada satisfeito, principalmente, porque já vem ciscando há algum tempo na terra do Nozinho. Porém, não podemos perder o foco que, após fechar com parte da oposição, o sucesso dele ainda estaria condicionado ao fracasso do governo Damon, que esboça
uma série de lançamentos para o próximo ano, com bom aporte e
volume de recursos e obras.
Em Barão de Cocais a turma do Abade
deve seguir o Mauri Torres e em Santa Bárbara, a princípio, o
Nozinho deve contar com o apoio do Toninho Timbira, que é atualmente
oposição. De igual sorte, dependerá também do sucesso ou fracasso
do atual prefeito, Leris Braga.
Em outras cidades menores, o nome dele
pode até ser bem acolhido em algumas rodas, mas terá que disputar
com forças muito maiores, desde a turma do Mauri, como dos
interesses dos Santana de Vasconcellos e até do Gustavo Valadares,
que é primo do Antônio Carlos Bicalho, sendo este o atual “dono
das máquinas” da prefeitura de São Gonçalo e que foi seu pupilo
sucessor. Tem tudo para ser seu apoiador.
NOVELA MEXICANA: E POR FALAR EM
ANTÔNIO CARLOS...
Aqui temos uma trama mexicana danada a
ser desenrolada. Afinal, Antônio Carlos Bicalho apoiará seu primo,
o deputado Gustavo Valadares (agora no PSDB), que sempre apoiou o
grupo junto à Assembleia, enviava recursos para a cidade e estava sempre presente
às inaugurações? Ou negará fogo e permanecerá com seu padrinho e
principal responsável pela sua eleição, que é o Nozinho?
Se ele apoiar o Gustavo Valadares,
Antônio Carlos deixa de colar sua visível rejeição no Nozinho. Porém,
Nozinho pode perder o apoio da máquina, tão amplamente usada na
última eleição, conforme vimos nas provas processuais e que
tiveram até agora a aprovação da Justiça.
Se apoiar o Nozinho, Antônio Carlos
quebra parte do laço político familiar, podendo deixar os Bicalho
ainda mais enfraquecidos, politicamente. Mas, por outro lado, vejam
só, se derem a sorte do Nozinho ser eleito, afastam o principal nome
do grupo para a sucessão de 2016.
Até hoje e diante da lerdeza do atual
governo, o nome do Nozinho ainda é, sem dúvida, o mais forte. Até porque
o governo de Antônio Carlos, até o momento, não consolidou nenhum
projeto próprio. Todas as obras em andamento e as recém-entregues são méritos do governo anterior, do Nozinho, que fez questão de as
iniciar e de deixar 40 milhões de reais em caixa para serem
concluídas. E como ele está sempre presente às inaugurações, não
tem sido esquecido.
As especulações estão à solta na
cidade. Não faltam eleitores que garantem que um já vem falando mal
do outro. A melhor saída para o ACB seria ter concluído todos os
compromissos das obras do padrinho neste ano, para que, a partir de
2014, colocasse toda a força da portentosa máquina são-gonçalense
para atacar firme nos projetos e programas próprios, conferindo-lhe
identidade própria ao seu mandato. Estratégia não prevista ou não alcançada.
Desta forma, enquanto o governo Antônio Carlos
não mostrar a que veio, na minha opinião, permanecerá como um tipo de boneco de
ventríloquo do Nozinho e do grupo... Ah, e o Eduardo Fonseca (vice)!? Ao que parece, acabou esquecido, do mesmo jeito que o sócio dele, o Cácio Guerra, o João Izael, Juninho Starling etc. Enfim, é o jeito Nozinho de negociar e acabar conseguindo impor seus desejos, bem manso, na surdina.
Pior do que aguentar essa turma que está na prefeitura, é ter que aguentar um candidato arrogante e que atropela qualquer um para obter o sucesso pessoal. Arf... Que angústia. Ainda bem que o voto é livre, mesmo que seja apenas no direito de escolha....
ResponderExcluirEsse não ganha nem prá síndico de condomínio, ainda mais prá Deputado... Deve ser piada...
ResponderExcluirGente o ACN ainda não iniciou nenhum projeto visível porque a proposta orçamentária inicia no segundo mandato do governo anterior e termina no primeiro ano do governo que está atuando. Exemplo: ACM irá, como governo democrático que é...., apresentar proposta para 2014 até 2017.
ResponderExcluirPode ser que o Nozinho não tenha, para este ano de 2013, apresentado projeto para realização de obras visuais por puro capricho, para que seu sucessor queimasse o filme no primeiro ano de mandato, sacou a jogada?
E depois quer fazer que todos acreditem que ele, o Nozinho, só pensa no progresso da nossa cidade....
Sabedor da proposta de receita para este ano para nossa cidade, é claro, que ele e sua trupe poderiam ter planejado grandes obras e necessárias para este ano de 2013....mas o ACN não pode fazer o nome.....né?
É assim, lançou o candidato com uma mão e tirou com a outra.
É o jogo xadrez da política....