Quando manifestantes pararam o trânsito da principal avenida da cidade, um senhor de bigode no ponto de ônibus do outro lado da rua logo pensou que era coisa política. Ele não sabia, mas estava certo.
Calejado pela vida, acostumou-se a ver manifestações deste tipo sempre arquitetadas dentro de partidos, sindicatos ou associações. Ele havia se esquecido que as instituições não existem sem pessoas, porque já não acreditava nas pessoas e sempre perquiria o interesse por detrás de cada ato. Naquela tarde, procurava em vão bandeiras de partidos no meio dos jovens com cartazes na mão. Era um ato político, mas não era institucionalizado.
Poucos foram às ruas; mas suficiente para chamar atenção dos pedestres, motoristas e internautas. O suficiente apenas para mostrar a força da rede. Lutam contra o aumento das passagens, interesse de todos. Uma passeata organizada no mundo virtual, longe da estrutura, da burocracia e dos impedimentos de instituições. Vai dar resultado? Sabe-se que é difícil; os atuais administradores públicos ainda estão pouco permeáveis às manifestações democráticas. Mas podemos avançar.
Em poucos dias, acontecerá audiência pública do Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável de Itabira. O Plano Diretor é uma lei municipal que orienta a ocupação da cidade, sua organização territorial e crescimento econômico. É uma lei fundamental para o planejamento da cidade.
De fato, uma grande oportunidade para promover uma ampla discussão sobre a cidade e direcionar o crescimento econômico do município preservando a qualidade de vida e o meio ambiente. Novamente, interesse de todos estará em debate. Qual cidade que queremos? O plano deve ser expressão de um pacto firmado entre a sociedade e os poderes públicos. Planejar o que queremos é o primeiro passo para construção.
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