Who's amoung us?

quinta-feira, 1 de março de 2012

c'est la vie...

"Estava sentada na sala de espera, para a minha primeira consulta com um novo dentista, quando observei que o seu diploma estava dependurado na parede. 

Estava escrito o seu nome e, de repente, recordei de um moreno alto que tinha esse mesmo nome. Era da minha classe do colegial, uns 30 anos atrás e eu me perguntava:

-Seria aquele mesmo rapaz, por quem eu tinha me apaixonado na época?

Quando entrei na sala de atendimento, imediatamente afastei esse pensamento do meu espírito. Aquele homem grisalho, quase calvo, gordo, profundamente enrugado, era demasiadamente velho e desgastado pra ter sido o meu amor secreto. Depois que ele examinou os meus dentes, perguntei-lhe se ele estudou no Colégio Sacré Coeur.
- Sim. Respondeu-me.
- Quando se formou? Perguntei.
- 1965. Por que esta pergunta?
- É que... bem... você era da minha classe. Eu exclamei.

 E então, aquele velho horrível, cretino, careca, barrigudo, flácido, filho de uma boa senhora, lazarento e esclerosado, me perguntou:

 - A senhora era professora de quê?"

Um comentário:

  1. Pô Fernando! Matou a pau. O desenrolar da história me surpreendeu. Um texto simples porém nos provoca uma reflexão: No dia-a-dia, procedemos da mesma maneira com as pessoas. As vezes criticamos tudo e todos, e, esquecemos que cometemos os mesmos erros. É aquele velho ditado - Sentou no próprio rabo para falar do rabo dos outros.

    O tempo é implacável! Ele não espera os preguiçosos, os inseguros, os tímidos - ele passa...

    Por isso, diferentemente da personagem acima, devemos agarrar nossas paixões e vivê-las. Assim, ao envelhecermos vivendo ao lado de nossas conquistas, perceberemos que com o passar do tempo o que era paixão se tornará um amor bem vivido e forte o bastante para negar as aparências.

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