NÃO ERA MOLE, NÃO
Outro dia, estava recordando como era difícil trabalhar na prefeitura de Itabira.
Certa vez, ao participar da eleição da Antec - Associação Nacional das TVs Educativas e Culturais, que a TV Cultura de Itabira fazia parte, acabei surpreendido com o convite para encabeçar a chapa de presidente da entidade, "em homenagem ao poeta maior".
Como se tratava de primeiro contato, por ser recém-chegado e conhecer pouco da entidade, agradeci e passei a bola. Só que, na verdade, havia ainda outro ponto que me limitava... Naquela única viagem que fiz, representando a TV e o município, o valor total da diária recebida por mim, em cumprimento do decreto da época, não cobriu nem o táxi do aeroporto à sede da Antec. Arquei com todo o resto das despesas com meu bolso. Aí, ficaria mais difícil a empreitada. Como bom mineiro, diante das duas limitações, recuei e passei a bola para frente.
OS TRENZINHOS DE HOJE EM DIA...
Pois é, pelo que temos visto, a
situação é bem diferente hoje e, desde então, não têm faltado
até viagens internacionais. São pretensas excursões para busca de
parceiros, de investidores internacionais, de trabalhos de campo para
desenvolvimento turístico e até para comitivas de intercâmbios e
seminários culturais. Viagens estas inicialmente necessárias, à
título de prospecção e estudos, sendo algumas feitas por
servidores bem intencionados, diga-se de passagem.
Pelo que me recordo e voltando no
tempo, algumas destas iniciativas começaram no governo do Ronaldo
Magalhães e ressoam até hoje. O I-tec (Instituto de Tecnologia e
Ciência de Itabira) é um desses casos. Quantas vezes fomos
informados de grupos que passearam pelo primeiro mundo, sem que o
projeto fosse realmente executado, a não ser meras maquiagens de
embromações, conforme já expusemos aqui. Há outros casos
semelhantes de passeios, ops... de intercâmbios culturais e até de
seminários, quando convidam uma meia dúzia de "pés grandes"
(como meu pai sempre referia à idolatria gentil do povo mineiro para
com os estrangeiros) para aqui comparecerem, só para bancar o status
de "internacional". Então, estava armado o circo.
Mesmo assim, curiosos e cordiais, os
recebemos bem, tal como deveria ser. Mas e aí? Cadê os resultados
reais, concretos? Onde foram instaladas as indústrias de tecnologia
dos parceiros d'além mar? Quais roteiros turísticos foram implementados e funcionam desde então? E os artistas locais, quais outros
contratos estrangeiros conquistaram, desta pretensa projeção? Em
quais jornais internacionais de respeito, noticiaram os eventos
"internacionais", realizados em nossas serras mineiras? Le
Figaro, Corriere della Sera, El Pais, The Times, CNN, BBC?
Não há como não criticar projetos
de cascas, de papéis de embrulho como estes outros, que pegam uns "mais
chegados" ou meros álibis, sem qualquer produção prévia ou
estudos mais consistentes e os jogam nos cantões do mundo, à mercê,
sem contextualização séria, sem um objetivo plausível, enquanto
os produtores se projetam e se bancam de bacanas. Questiono o
montante significativo gasto, suficiente para dar uma boa arrancada
em um monte de projetos de inclusão cultural, de promoção
artística ou de preservações das raízes, realizados ao longo de
um ano inteiro, ou até mesmo para capacitação empresarial e
fomento de desenvolvimento econômico e turístico. Percebem?
Minha gente, vamos colocar os pés
no chão. Não ocorrerá nunca uma projeção real, sem os deveres de
casa feitos acertadamente. Tal como não ocorrerão contratos
decentes, sem a participação e intermediação de pessoas realmente
capacitadas e muito bem relacionadas com o universo empresarial
mundial. Temos que sair desta fábula e acordarmos.
Nem muito ao mar, nem muito à
terra. Nada contra a gentileza tupiniquim e muito menos em
prospectarmos novos futuros lá fora. Mas, diante da responsabilidade
de bem investir o erário público, definitivamente, esta outra opção não é a
melhor forma e, cá entre nós, pega mal... Os tempos das miçangas e
apitos, já passaram. E faz bastante tempo.
Vc. tem razão Fernando. O que se gasta de dinheiro do povo nessas tais viagens, que não dão frutos, é brincadeira.
ResponderExcluirAraxide.
Não é pra quem quer,
ResponderExcluiré pra quem pode.
Sem comentários...
ExcluirEsse anônimo que disse que "não é pra quem quer, é pra quem pode" certamente não pode.
ResponderExcluirAraxide.
Eta Cidadezinha Besta!!!!
ResponderExcluirSeu palhaço eu posso e vou sempre que quero se vc soubesse quem eu sou concordaria mas vc que até queria mas não pode critica
ResponderExcluirkkk ela apelou. é porque não pode mesmo.
ResponderExcluirNão pode, não pode, não pode...
ResponderExcluirAraxide.
Não é ela, é ele e como a cara não envermelha, fica por isto mesmo.
ResponderExcluirMuito bem portos.
ResponderExcluirTem aquela viagem do Jão Izael em Comitiva, aliás, foi a primeira que fez ao exterior como prefeito.
A comitiva foi à Espanha e retornou esfusiante com os prévios acordos e tinha aquele que os espanhoies iriam instalar um sistema de comunicação para o SAMU itabirano e como nada aconteceu além da viagem de passeio, a central do SAMU foi transferida para Belo Horizonte.
foi nesta viagem que ele visitou uma certa Padaria em Portugal, que por sinal, foi mais um investimento.
ResponderExcluirAnônimo, putz, por acaso você tem o endereço da padaria em Portugal?
ResponderExcluirQuando eu retornar lá gostaria de poder saborear uns pasteis de nata nesta tal padaria.
oi fernando, me lembro mesmo na epoca que voce estava na prefeitura demos festas para a turma da BMW, alugamos helicopteros, carros mais caros e simplesmente nao voltaram a Itabira, o desenvolvimento economico com o dinheiro pago a ex presidente da volks, projetos que o jackson nao deixou.
ResponderExcluirÔ "colega" da era Jackson...
ExcluirEstá aí uma dúvida levantada, que merece profunda auditoria, com a franca exposição das provas, do quanto "gastamos" e quanto foi gasto desde então.
Eu não me recordo de ter feito elogios às políticas de desenvolvimento econômico da era Jackson, que, realmente, foram longe do ideal. Daí, se foram gastos tanto dinheiro assim, como sugere, deveria ser exposto e colocado a público. Nós dos Filhos do Cauê, não hesitaríamos e estamos prontos para isso, desde que nos remeta as provas dos empenhos pagos. Entretanto, como percebe-se a sua influência e acesso privilegiado à tais informações, nos remeta, também e por favor, quanto foi investido na maquiagem do I-tec, nas viagens internacionais, quem foram os privilegiados ou agraciados com os "rolés", nas agências de desenvolvimento etc.
Realmente, Itabira não tem mais tempo para ser protelado com "viagens" de maionese. Contamos contigo!
Pode enviar os comprovantes para: contatoitafq@yahoo.com.br.
Sds.
Realmente não entendo essas pessoas bem informadas... Discurso bonito... postarem comentários como anônimo... Isso tudo me leva a crer que estamos convivendo com pessoas que usam máscaras... Gente! Alguém tem o endereço de um mega hotel em Salvador-BH...,pois o proprietário é daqui de Itabira... Anônimo... pode me fornecer, haja vista que vc está a par de tudo... e anônimo deve ser pessoas que não colocam o seu nome por medo de retaliações e não sujeitos sapientes de tudo da TERRA QUE BRILHA... PHODA MESMO... Vou usar o meu nome de guerra...kkkkkkkkkkk
ResponderExcluirE depois falam que a turma do Jackson só roubou na prefeitura, chegando-se ao ponto de fechar as portas e fazer uma auditoria para apurar os rombos.Até hoje não vi nenhum assessor daquele governo ostentando riquezas. Estão pobres, trabalhando, seguindo a vida e com honestidade, sem medo de ser feliz.
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