Enfim, a Prefeitura de Itabira e a
Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade reabrem a Casa do
Brás, nesta segunda-feira, 27/2, às 7 da noite, após permanecer
fechada por cerca de 4 anos, em decorrência de um incêndio
criminoso e da posterior lentidão do governo, em devolver a casa
para a comunidade.
Em agosto do ano passado, a
publicitária e (colega) fotógrafa, Karina Penido Rosa, abriu uma
petição pública na internet, para sensibilizar o prefeito a dar um
jeito de reabrir logo a casa. O movimento começou no fórum do
Facebook, no grupo chamado de “Opinião de Itabirano”, tendo colhido
mais de 340 assinaturas, fora o abaixo-assinado com mais de 2
centenas de assinaturas reais. Então, de posse dos documentos, ela
tentou uma audiência com o prefeito, para entregar-lhe, em mãos, os
manifestos. Segundo informações, prestadas pelo colega Mauro Moura,
no início de janeiro deste ano, o prefeito, até então, se recusou
de recebê-la.
Um dos motivos da demora das reformas, apurados
por este blogueiro junto a um dos membros do Comphai (Conselho
Consultivo Municipal de Patrimônio Histórico e Artístico de
Itabira ), é que o Ministério Público exigia adaptações nas casas,
para favorecer a acessibilidade dos portadores de necessidades
especiais. No dia 7 passado, outra edificação histórica da cidade,
o Museu do Ferro, foi também devolvida após as devidas reformas.
Como é costume do governo protelar, reduzir projetos
e adiar entregas das obras e, o pior, depois de prontas, não
colocá-las para funcionar devidamente, demos uma corrida de olho na
imprensa e nos sítios oficiais da Fundação Cultural Carlos
Drummond de Andrade e da Prefeitura, para confirmar se, nas entregas,
estavam previstas novas exposições e novas agendas culturais. A
mídia, em geral, só noticiou as entregas das edificações
propriamente ditas. Nos sítios oficiais, necas de agenda e no da
Fundação Cultural, pasmem, nem reconhece as existências destes
dois equipamentos públicos. Vide telas abaixo:
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Cópias de telas do sítio oficial da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade.
Notem que nem a Fundação reconhece a Casa do Brás e o Museu do Ferro como "Pontos de Cultura" deles próprios... |
Aí, complicou. Quando eu esperei que poderia elogiar a "atenção" do governo, eis que quase nada mudou. Mais duas casas culturais entregues praticamente vazias de conteúdo, sem novidades, sem agendas, sem ideias bacanas, sem nada.
Como tudo que ruim está, ainda pode piorar, pelo que lemos no fórum Opinião de Itabirano, num comentário do jornalista Marcelo Procópio, a intenção da Fundação é transformar a casa numa escola de música, segundo informou uma fonte dele. "A Casa não tem espaço para virar escola de música. Nem características arquitetônicas. Que ideia estapafurdia é essa? " - questionou o editor d'O Cometa.
Brás Martins da Costa foi renomado fotógrafo itabirano, daí, a melhor vocação do casarão seria para a área de audiovisuais, fotografias e vídeos.
Até quem enfim o jornal O Trem Itabirano agora vai para de falar toda edição em reabertura do museu e da casa do Brás. Eles cobravam essa reabertura há 7 anos e já estava até enchendo o saco ler sobre o assunto toda as edições.
ResponderExcluirFernandinho, dia 2 de janeiro completaram oito anos que a Casa do Brás encontra-se fechada e, como já dito por ti, esse desgoverno protelou ao máximo a reabertura dela por total incompetencia administrativa organizacional.
ResponderExcluirDizem que está sendo reaberta com acessibilidadee aos deficientes físicos, há de se conferir isto e a qualidade deste equipamento.
A aFundação Cultural (o nome do poeta não merece ser associado a isto) não reconhece o Museu de Itabira porque o mesmo está sob a tutela da secretaria de turismo.
Brás Martins da Costa, o homenageado sem função, me parece que foi o primeiro artífice desta arte em Minas Gerais. O Tamizinho pode nos confirmar a respeito deste detalhe.
Enquanto a Casa do Brás esteve fechada, o Japão sofreu com tsunami e reconstruiu praticamente tudo, a ponte sobre o Rio das Velhas foi destruída e reconstruída. E a Casa do Brás levou 8 anos pra ser reaberta.
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