COMO VAI A HISTÓRIA DE ITABIRA?

Foto extraída do sítio oficial da FCCDA.

Há alguns dias foi criado um novo e interessante grupo de discussões no Facebook: TV Cultura anos 90. Trata-se de uma iniciativa de saudosos colegas de trabalho, que relembram vários casos e causos engraçados, ocorridos na fase áurea da TV. Se é que ela pode se gabar desse tempo.

A TV Cultura de Itabira sempre teve dificuldades de cumprir com seu papel, frente às ingerências políticas. Entretanto, os profissionais que por lá passaram, se dedicaram, suaram suas camisas, ralaram por paixão e se decepcionaram. A TV é, para quase todos, um misto de amor e ódio. Vários profissionais lotados nas melhores TV do estado por lá iniciaram suas carreiras, portanto, ela é um celeiro de talentos. Podem ter certeza disso.

   

Mas, a sua maior preciosidade é seu acervo de 17 anos de estrada. Numa conta minimalista, só do telejornal, devem ter mais de 30 mil matérias, fora dos outros programas.  Muitas delas, sob presença massiva do prefeito de cada época, por certo. Mas há milhares de registros históricos, que precisam ser bem arquivados e disponibilizados para a população. Inclusive do mau uso, por que não? A população precisa ter acesso, até para fazer próprio juízo e rechaçar o que não lhe agradar. Mais do que históricos, são informações que custaram muito dinheiro público e que, portanto, têm que ser mantidas.

Daí, a pergunta que fiz no grupo e que, ainda, não recebi qualquer resposta é: Como está a videoteca da TV Cultura de Itabira?

Recordo-me, com muita tristeza, que, quando a turma do governo de transição do Ronaldo Magalhães passou pela TV, estava muito mais preocupada com o "sucateamento" e com os cargos disponíveis. Enquanto eu mais me preocupava em defender, que o mais importante para a história da emissora e da cidade era a videoteca, na qual mantínhamos todos os programas em fitas, com equipamentos antifungos ligados 24 horas, tal como recebemos a TV, inaugurada pelo Li.

Não abordo aqui qualquer provocação ou defesa políica ou de estado dela na época. Mas por uma preocupação real e verdadeira, com todos estes registros arquivados, que são históricos, que foram produzidos com carinho e profissionalismo de centenas de profissionais, que por lá passaram e dedicaram e que, é claro, pertencem à cidade.

Sabendo que gravações duram cerca de 10 anos, se usadas fitas broadcast (e nem sempre eram as usadas por questões toscas de economia), reitero a pergunta: Já foi feita a digitalização e correto arquivamento? Por que não disponibilizam para a população?

Caso contrário, aí está uma boa dica para alguém empreender isso, quem sabe até, com uso de Leis de Incentivo à Cultura...