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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Por que continuarmos entregando comodities?

Muito bom o texto do colega Márcio Passos, postado aqui neste blog ontem. Vou arriscar em relembrar alguns fatos recentes para melhor analisarmos.

Por ocasião do golpe do ex-deputado estadual Ronaldo Magalhães no PV itabirano, o deputado federal do PV, José Fernando Aparecido de Oliveira, aqui esteve para defender o colega Damon de Sena, vítima direta do golpe, cuja aprovação de sua candidatura no mesmo partido ficou na berlinda, até então. Voltando ao Zé Fernando, na coletiva com a imprensa, ele acabou comentando sobre as ações dele para aumentar os impostos sobre mineração (royalties), alegando que as cidades mineradoras pouco recebem. A princípio, discordei em parte. Afinal, todas as cidades mineradoras gozam de excelentes receitas. A questão é que, comparadas às cidades com petróleo é que se percebe a grande diferença. Tudo bem.

Dias depois, vi rapidamente na Revista Veja uma provocação do Lula, que irritado propos que a Vale, ao invés de exportar minério, produzisse e exportasse aço, sob pena de, se não atendesse, aumentariam os impostos sobre a comodity. Aí, Jorge Gerdau (Gerdau S/A) deu o grito e disse que aqui já se produz muito aço. Sob pano de fundo da provocação, segundo postagem aqui neste blog,  estava o fato da Vale ter contratado o mesmo marqueteiro do PSDB.

Então, ouvi antes de ontem, de um conceituado encarregado geral de uma grande construtora nacional, que o aço brasileiro é um dos mais caros do mundo. Por isso que, nos Estados Unidos, quase toda edificação faz uso de aço e aqui, no Brasil, preferem o concreto.

Por fim, sempre que lembro que, ao comprarmos um veículo novo, pagamos quase que a metade do valor do bem em impostos, torna-se bastante plausível a proposta do Zé Fernando, que vem aí para disputar o Governo do Estado. Por essas lógicas, o ideal seria que aumentássemos os impostos sobre a venda e exportação de todas e quaisquer comodities e pagássermos bem menos sobre os produtos finais. Com isso, o país exportaria mais produtos finais, como carros zeros, geladeiras, computadores etc. e menos riquezas brutas (algumas delas não renováveis, como os minérios), incentivando toda a cadeia produtiva e a oferta de empregos. Enquanto exportamos uma tonelada de minério por cerca de uns 100 dólares, uma tonelada de aço presente num BMW importado, provavelmente produzido com nosso ferro, por exemplo, pode ultrapassar dos 100.000 dólares. Percebem a diferença?


Comodity ou comodities: Produtos comercializados na forma bruta ou sem muito beneficiamento, que geram menor valor agregado, demandam menos mão-de-obra e oferecem menos riqueza para o país. Por exemplo, vender minério, petróleo bruto e trigo, em detrimento de vender produtos finais de aço, de plástico ou pães, respectivamente.  

2 comentários:

  1. Para nao dizer nao falei de flores, lembrem que tudo já estava escrito nas estrelas.
    Capitalismo é um sistema econômico caracterizado pela propriedade privada dos meios de produção, e pela existência de mercados livres e de trabalho assalariado. Na historiografia ocidental, a ascensão do capitalismo é comumente associada ao ocaso do feudalismo, ocorrido na Europa no final da Idade Média. Outras condições comumente associadas ao capitalismo são: a presença de agentes que investem em troca de um lucro futuro; o respeito a leis e contratos; a existência de financiamento, moeda e juro; a ocupação de trabalhadores segundo um mercado de trabalho. As sociedades modernas possuem, em geral, economias mistas, adotando conceitos análogos aos capitalistas, com restrições.
    A propriedade privada já existia nas tribos judaicas. A Torá apresenta diversos exemplos. Os regimes teocráticos, por outro lado, seguiam um modelo mais próximo do feudal, com todas as terras pertencentes ao rei, e os seus súditos trabalhando nelas. O Código de Hamurabi também apresenta evidências da instituição da propriedade privada, o que faz crer que a existência de propriedade privada se confunde com a própria história.


    Quem manda na economia do mundo...? quem????
    acertou se voce pensou fernando, que descendente de Judeu. o dinheiro do mundo é controlado pelos judeus, assim podem colocar fogo na Vale, Gerdau, no Lula, que ainda assim o mundo obedecera aos judeus.
    Façca pesquisa, analize, veja ao seu lado, se for jogador de bolsa de valores, estão no jogo do capital, se for apostador da poupança esta onde o capital manda..
    Eu sou voz que clama no deserto.

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  2. Capitalismo informacional - Fase atual. O capitalismo continua industrial e financeiro, mas sua característica principal é a importância do conhecimento.
    Quem é voce? adivinhe pois chegamos do carnaval e ainda continuam a falar de Ze Fernando...? de Ronaldo Magalhaes, da da mão de sena..? agora vem com economica?
    Isto é para quem entende, o Marcio Passos, pelo sei anda só de onibus, e o mundo avioes em todos os lugares, assim fica demais, mineradoras, são propriedades de donos de ações, de alguém que sabe mais que nos pobre mortais...
    O Zé Fernando, acho até que é esforçado, pegou uma bandeira, tá carregando o pau e o pano ficou para tras, ficou sozinho, andou tomando alguns tombos e nao sabe em que se apegar...
    essa de querer mudar legislação como se fosse pai da ideia, do menino, do melhor dos 513 deputados, acho que ele é pequeno demais para conseguir.
    Lula, esse Lula merecer as parmas de contentamento, (luiz Menezes) pois o capital tá deixando ele governar...Collor caiu porque?
    mexeu com banqueiro!!!

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