(São Gonçalo do Rio Abaixo - MG)
Dias antes da eleição, segundo informações, militantes da coligação governista "São Gonçalo somos todos nós" apostavam na vitória deles, prevendo uma vantagem de até 2000 votos de frente, por meio da transferência de votos de familiares e amigos residentes em outras cidades. Parte deles, imagina-se, sob promessas de contratos e futuras nomeações.
Daí, diante dos protestos e indícios dos votos de fora terem influenciado os resultados da última eleição, em São Gonçalo, fizemos um criterioso levantamento (vide tabelas abaixo), com base das informações do TRE-MG (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais). Sugerimos acompanhar a análise com as tabelas abaixo.
Para começar, quando comparamos com os percentuais de eleitores com as cidades circunvizinhas, São Gonçalo, de cara, revela um desvio considerável entre a proporção de eleitores, alcançando quase 90% de eleitores no município. Ou seja, o município conta com cerca de 900 a 1000 votos a mais, indicando que os tais 2000 votos transferidos poderiam ser exagero.
Só que, para piorar o quadro, observamos um expressivo aumento de 1414 eleitores (a mais) no município, neste ano, comparado a 2008, cujo período não registrou aumento da população reconhecido. Só lembrando, a diferença de votos do primeiro para o segundo colocado foi de 741 votos!
E mais, verificamos, também, que as regiões rurais vizinhas da cidade (Pacas, São José, Borges, Vargem Alegre, Bamba e Bom Sucesso) definiram a eleição do candidato governista, Antônio Carlos Bicalho (PDT), exatamente nas localidades onde registraram os maiores aumentos dos números de eleitores. Na região de Pacas, reduto eleitoral de familiares do candidato do PDT e vizinha de João Monlevade, cidade onde ele viveu boa parte de sua vida, observamos um aumento de 20,2% de eleitores. Mas foi a seção de Jurubeba que bateu o recorde de 35,43% de novos votantes. Observem que foram nestas seções, que o candidato governista abriu boa frente, recuperando a limitada diferença da sede da cidade, a favor do Buzica. Daí, não há como negar que há fortes probabilidades, que estes votos oportunistas influenciaram a eleição a favor deles. Daí, a insatisfação da população e os protestos ocorridos no feriado passado.
Contudo, só lembrando a postagem da sexta-feira passada, para os advogados da coligação "Juntos por amor e respeito a São Gonçalo", do 2º colocado, Luzimar (Buzica) Fonseca (PSDB), a possibilidade de uma recontagem ou recadastramento por biometria é bem mais difícil, embora não seja impossível. Entretanto, eles apostam mais na não diplomação do governista, como consequências das ações que ajuizarão nesta semana, de abuso de poder econômico e funcional, às quais contam com provas bem mais robustas, garantem eles.
E enquanto os processos tramitam na Justiça Eleitoral e no Ministério Público, o que temos como certo é que, se a situação quiser recuperar a governabilidade, tal como gozava antes, vai ter que se esforçar bem mais, ceder, dialogar e renegociar bastante com a comunidade. Do contrário, se prevalecerem as provocações de militantes nas redes sociais, nas ruas e as perseguições políticas, sendo estas últimas em franco andamento, é certo que perderão o fio da meada e não conseguirão governar. É aquela velha estória... o povo, definitivamente, não é mais bobo.
Fonte: TRE-MG. |
Montagem a partir de cópias de tela do TRE-MG. |
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