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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A poluição da campanha política, quem paga a conta?


Com todos os cuidados que as pessoas passaram a ter ou tentam conviver com o meio ambiente entrando o período eleitoral tudo vai por água abaixo, literalmente.

A maioria dos candidatos quer conseguir os votos no berro, tal é a quantidade de veículos pelas ruas das cidades esbravejando o número de seus candidatos, acompanhados de musiquinhas parvas e se auto-intitulando os bons, ou os melhores e outros adjetivos sem nexo com a atividade fim. Sem contar o consumo de combustível fóssil, a emissão de monóxido e dióxido de carbono para o ar e a papelada.

Neste período, no Brasil é a cada dois anos, as gráficas trabalham incessantemente e algumas vinte e quatro horas por dia a mando dos partidos políticos e candidatos eleitorais, para que tenham os seus santinhos, panfletos e jornalecos à disposição para que sejam distribuídos aos possíveis eleitores, jogados debaixo das portas das residências e entulhando as caixas de correspondência num sem fim que passa dos limites da boa vontade em recolher toda aquela papelada e acondicioná-las em sacolas de lixo.

Comícios diversos, falatórios sem fim, muito tro-lo-ló com pouco efeito para apresentar o óbvio: -nada mais do que o poder e depois vê-se o resto. Muito barulho para quase nada, não se importando com o direito alheio ao silêncio, à tranqüilidade de um silêncio que custa a boa vontade e paciência de todos os cidadãos comuns em aturar tanta besteira lançada aos ares.

Pois bem, do material gráfico que é distribuído, a maior parte fica dispersa pelas ruas e boa quantidade vai pelos bueiros abaixo entupindo mais ainda a rede pluvial das cidades. Aqui em Itabira o serviço fica a cargo da ITAURB, já muito combalida financeiramente e tem mais este ônus bianual, sem contar que a sua manutenção sai dos cofres públicos municipais por meio da taxa de limpeza urbana cobrada no IPTU de cada morador. Deveria ser estimado um valor e o mesmo ser cobrado de cada partido político participante do pleito eleitoral.


Os CODEMA de cada cidade também deveriam estimar uma taxa para uma compensação ambiental. Isto devido ao excesso de volume dos veículos que propagandeiam seus candidatos eleitorais e também pelo aumento do seu fluxo nas vias públicas. O uso deste meio de locomoção aumenta sobremaneira a emissão de poluentes na atmosfera que aqui em Itabira, por meio dos excessos praticados pela grande mineradora, o ar nosso de cada dia já está muito aquém dos mínimos necessários e permitido pela legislação ambiental para uma boa respiração.

Findando a eleição e emitido os resultados, dá-lhe foguetório.

A política é para todos, o voto no Brasil é obrigatório e os cargos eletivos são somente para os eleitos!

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