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sábado, 13 de outubro de 2012

SENHOR EDITORIAL, DE UM SENHOR JORNAL: O TREM

(Itabira)

Amigos, o novO TREM, o jornal de Itabira que o Brasil lê e admira, já está na praça. 
Só na banca dos Bretas e da Rodoviária é que tem. 
Eis um aperitivo do conteúdo da nova edição: 

"UMA SENHORA BALAIADA DE 47.794 VOTOS
Itabira detona uma das pedras mais duras
que atravancavam o caminho da cidade

O médico Damon de Sena (PV) passou como um trem desgovernado, fumegando, apitando e a 300 por hora, sobre o grupo político que há 12 anos brutaliza Itabira, capitaneado pelo ex-prefeito Ronaldo Magalhães (2001-04) e pelo atual, desde 2005, João Izael. Teve incríveis 47.794 votos. O segundo colocado, Ronaldo Magalhães, ficou um mundo e meio de distância atrás, com 13.513. Outros dois brincaram de “somos candidatos, viu?” e tiveram uma quantidade tão minguada de votos que nem vale gastar tinta e primeiro parágrafo para informá-la.

Foi uma votação furiosa, que confirmou o que O TREM tanto martelou: é brutal o desgaste dos políticos da situação. Quase a metade da população votou fervorosamente contra a turma da incompetência, da arrogância, das baixarias, da perseguição a oponentes, do enriquecimento súbito de empresários com passagem pelos cofres públicos, das promessas não cumpridas, do financiamento de comunicadores venais, com dinheiro público, para, entre outros atos imundos, espalhar mentiras e tentar macular a honra de itabiranos com histórico
de bons serviços prestados à cidade. Não se está escrevendo agora, convém ressaltar, nada que O TREM não vem publicando desde 2005, quando foi fundado. Críticas a frio não valem.

Comemore, Itabira. Acaba de cair – es-pe-ta-cu-lar-men-te – um grupo lesivo à cidade, que ascendeu ao poder em 2001 – triste odisseia itabirana – e fez política fedida a ditadura, sem transparência, desrespeitosa à democracia. Desabou um grupo que sempre se socorreu da propaganda intensiva para dopar o povo e ocultar incapacidades e mazelas; que tratou como inimigo quem não se ajoelhou diante dos que se imaginavam donos da cidade; que torrou cerca de R$ 2 bilhões e deixou a cidade aos pandarecos, como nestas páginas se noticiou exaustivamente. Um grupo que fracassou até no básico – nem de praças públicas cuidou.

Os governos de Ronaldo Magalhães e João Izael ficarão na história local como aquelas ocorrências que arrasam cidades e assombram a memória de gerações: o funesto terremoto de 1655, a terrível enchente de 1726, o fatídico furacão de 1884, a tenebrosa erupção vulcânica de 1912... Se antes só O TREM e mais um ou dois órgãos ousavam publicar tais verdades – e sofriam as consequências por fazê-lo –, agora ficou tão fácil externá-las que até o mais cordeirinho dos jornalistas terá coragem de imprimi-las. Leonem mortuum etiam catuli morsicant, é um ditado oportuno para o momento: no leão morto até os cãezinhos dão dentadas.

A gestão desastrosa termina em dezembro, mas os efeitos maléficos que causou se esticarão. Espera-se que sejam dissipados pelo novo governo, que começará em janeiro com o verde da esperança, cor do partido exitoso. Esperança de que a vitória – ma-gis-tral – de Damon de Sena e Reginaldo Calixto seja a vitória de Itabira, e aqui convém evocar o filósofo grego Aristóteles: a política é a prática do bem comum. Esperança de que a dupla Damonixto faça um governo do tamanho da grandeza de Itabira, que tem um dos maiores poetas do mundo, Carlos Drummond de Andrade, e que há 70 anos abastece o globo de minério, extraído das montanhas locais e transformado em utilidades para povos dos cinco continentes.

Abre-se para Damon de Sena e Reginaldo Calixto a chance de ocuparem um espaço há muito vago, que é o do político itabirano com importância estadual e federal. Todo prefeito de Itabira tem de ser líder-mor na região, importar na esfera estadual e ainda dar umas beliscadas em âmbito federal. A cidade pode ter deputados, ministro, senador, governador... Basta fazer política de excelência, de projeção além-trevo do Itabiruçu. Nomes para inspiração Itabira tem. Um é Daniel de Carvalho, ministro da Agricultura de Eurico Dutra e que, segundo altas cabeças do pensamento político e cultural do país, tinha estofo para ser presidente da República. Se é itabirano, é imenso, não pode querer pouco, não tem o direito de ser pequeno.

Não é só em história, poesia e minério que Itabira é grande, o é também na economia. Está entre as dez cidades mais ricas do estado, per capita, com orçamento de cerca de R$ 400 milhões por ano, ótimo dinheiro para um município de 110 mil habitantes, e a perspectiva é de alta, com o possível aumento dos royalties do minério. Que a vitória de Damon de Sena, reitere-se, seja a vitória de Itabira. Só assim justificará tamanha confiança conferida a ele nas urnas. Agora, se o vitorioso do momento quiser, pode também se espelhar no governo dos 12 anos: basta fazer muito, muito diferente do que este fez. Itabira respira o gostoso ar da mudança,
e é verdinho, verdinho. Como aquele simpático e lépido bichinho chamado esperança".

Para assinar O TREM: otremitabirano@yahoo.com.br

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