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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Auditoria?

Doutor Damon e tantos outros prefeitos devem estar sendo incentivados ou cobrados para promoverem auditoria sobre as ações dos prefeitos que deixam o cargo.
Que eles não caiam nessa tentação que não é de responsabilidade deles. Fiscalizar prefeito é responsabilidade do Ministério Público, da Câmara de Vereadores, da Justiça ou até mesmo de qualquer cidadão comum. Nunca do prefeito entrante.
Quem votou em Doutor Damon ou outro prefeito para ele fiscalizar o que passou? Ninguém, a não ser um ou outro radical ou pseudo-moralista de plantão que aponta o dedo, mas não tem responsabilidade alguma.
Prefeito eleito é pra cuidar da cidade a partir do primeiro dia de janeiro. Foi eleito para olhar pra frente, o que já não é fácil. Olhar pra trás é se esquecer dos compromissos pra frente.
Não falo isso em defesa dos prefeitos que estão saindo e deixaram muitas dúvidas quanto à probidade de seus atos e ações. Que eles sejam implacavelmente investigados por quem de direito e sejam punidos como a quadrilha do mensalão está sendo.
O prefeito, no entanto, não foi eleito para isso. Ele foi eleito porque criou na alma do eleitor a expectativa de que a vida dele vai melhorar. Com a promessa de que a vida no município vai melhorar. Mãos à obra, então!
Em ano não tão distante ouvi do bispo Dom Mário Teixeira Gurgel, em cerimônia denuncista no auditório da Prefeitura de Itabira, que o povo é condescendente com os corruptos. Li Guerra e Luiz Menezes não estão aí para confirmar e, nem mesmo, o bispo. Mas Gurgel sabia das coisas. 

4 comentários:

  1. Lembro-me bem desse episódio do Li, Dom Mário e Sô Luiz, Márcio.

    Há ainda outro caso... Meu pai era amigo de todos eles e provedor do HNSD. Numa ocasião de despacho na prefeitura, acompanhado do Dom Mário, meu pai conta que o Li fez questão de mostrar para meu pai uma pilha de relatórios desta auditoria, dizendo que "ferraria" o Luiz, e perguntou o que meu pai achava daquilo. Aí, meu pai ponderou dizendo que se fosse ele o prefeito, não faria isso, exatamente com suas colocações acima. Pai lembrou ainda que todos prefeitos estão sob telhados de vidro. Naquele momento, Dom Mário apenas tombou a cabeça, olhou de lado, levantou os ombros e emudeceu, como se não aprovasse ou um tipo de “sei não”. Li seguiu em frente.

    Como resultado, não há dúvidas que Li sofreu consequências disso, mas conseguiu ainda fazer um dos melhores, senão o melhor governo que Itabira teve.

    E dando ainda mais uma contribuição, vi, na sequência, um bem intencionado prefeito, Jackson Tavares, ter a maior dificuldade de manter o governo, porque alguns assessores focavam muito no passado, numa linha revanchista, fazendo o governo perder precioso foco.

    Na sequência, veio Ronaldo Magalhães que fez uma completa auditoria do governo passado, não alardeou, mas, até hoje, seus seguidores e cabeças usam e abusam dessas informações colhidas para meterem processos, toda vez que Jackson dava um passo em direção ao retorno para prefeitura. Não conheço ninguém mais perseguido.

    Portanto, se eu for consultado algum dia e diante das aberrações que assistimos na cidade, eu faria parte do que o Ronaldo fez, para garantir a governabilidade e favorecer um futuro retorno. Faria, sim, a auditoria, para dela extrair as informações sobre onde não podem errar e para que tenha munição para contra-ataque, ainda mais com a chegada da Ficha-Limpa, que quase inviabilizou, injustamente, sua candidatura. Mas que a auditoria não os faça perder foco e tempo. No mais, estou contigo para que deixem os órgãos competentes (Câmara, Tribunal de Contas e MP) fazerem seus papéis.

    Seja bem-vindo novamente.

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  2. Mister se faz de um prefeito, que tem como meta a gestão da coisa pública e obviamente o controle do erário, saber do uso correto, onde foi aplicado e se necessário, acionar a justiça para que retorne aos cofres públicos o que foi aplicado ilegalmente. Nunca, pelo menos os "antigos" confirmam, nunca houve em Itabira um governo com tantas suspeitas de licitações fraudulentas, subornos, enriquecimento ilícitos, corrupções e desvio de verbas públicas. O povo anseia por um governo que coloque as claras tudo que aconteceu nesses últimos 12 anos, em especial nos últimos 8 anos. Suspeitas tem sim de serem investigadas, a fundo, seja por uma empresa de auditoria particular, seja com a ajuda do Tribunal de Contas, seja com a ajuda do Ministério Público. O prefeito tem sim de atender os anseios da população e explicar, "timtim por timtim" onde foi aplicado os bilhões e bilhões de reais que são do povo. Auditoria pode soar perseguição, mas na verdade é prestação de contas, compromisso com o bem público, satisfação dada e garantia de honradez. Seja bem vindo Márcio Passos... Suas palavras enriquecem esse blog... Abraços afetuosos!!!

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  3. Caro Tonny, Noé e demais leitores,

    Entendi, perfeitamente, a ponderação do Márcio. Ele tem vasta experiência e sabe do que diz e defende. Temos mesmo que ter mais calma e ponderação.

    Não façamos ou vamos propor um circo de execração pública, como grande feito político-partidário, porque pecaríamos como eles pecaram feio, sem falar da perda de foco, já defendida.

    Há muito o que se limpar e precisaremos arregaçar as mangas e suarmos muito as camisas, para tantas limpezas (profundas) que nos aguardam. Penso mais numa reengenharia plena, numa profunda revisão de cargos, funções, convênios e todas demais saídas de recursos, bem como revermos todas as possibilidades de entrada de recursos, para, a partir daí, colocarmos o plano de gestão em andamento. Não falo de demissões em massa, nem de aumento de impostos, propriamente ditos. Falo de revisões isentas de todo o sistema público, numa linha mais profunda do que o Calixto fez no HNSD e que fez dele uma instituição revigorada.

    Auditoria, sim, mas não para evento político. Apenas por estratégia e reserva de governabilidade.

    Abraços em todos.

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