A estratégia do Reginaldo Calixto em passar pela Acita e, agora, pelo Hospital Nossa Senhora das Dores, é investida de altíssimo risco, politicamente falando, porque terá que comer no pires da situação, caso almeje ser prefeito.
Explico para melhor entenderem. Há tempos, a Vale vem patrocinando apenas iniciativas que sejam de ampliação, não para cobrir custeio ou salvar o caixa. O Sus enterra a entidade e as prefeituras vizinhas, há anos, escolheram o Hospital para transferir seus problemas de saúde, economizando nos investimentos locais de saúde, com compras de ambulâncias. Daí, para manter a entidade, exige-se um malabarismo frenético, que só a mesa administrativa sabe o que é. Portanto, quem sobram para acudir é a prefeitura local e um pouco para o Consórcio Intermunicipal de Saúde.
Só que, cada vez mais a prefeitura vem perdendo poder de investimento, mesmo com a altíssima arrecadação, porque optou por um projeto político insustentável, que compreende na cooptação de 18 partidos, com efeito, milhares de compromissos de “ajeitar” vagas e contratos.
Com o Li deu certo porque o cenário era outro. A iniciativa de assumir entidades não parecia ser trampolim político, ele gozava de muito prestígio da elite e do Dom Mário, a Vale tinha interesse em participar financeiramente em projetos de ampliação do hospital e o governo da época abraçou e pôde abraçar a causa.
Hoje, o quadro é outro: a saúde local está em crise, com direito a brigas pelo Carlos Chagas e com as reclamações dos dentistas e enfermeiros, que alegam ter perdido renda a favor do aumento dos salários dos médicos de PSF, recentemente ajustados. E por aí vai...
Se o Reginaldo seguir uma linha de direita, assumirá esse ônus e, se tiver sorte, dificilmente conseguirá recursos além dos necessários para sanear um pouco a casa, tendo que compartilhar o pires raso do João Izael.
Se partir para esquerda, até para gozar de uma beirada do pires, terá que se esforçar e brigar muito.
Ou seja, qualquer que seja sua linha, recairá no poder da situação, que pode ou não permitir deixá-lo crescer.
Ser situação hoje, de fora a força do dinheiro do grupo, é um péssimo negócio. A cidade quer muito nomes novos na política e sem vícios. Quem vestir bem essa camisa terá muito mais chances de governar a cidade.
Caso não tenha maiores pretensões políticas, bom para a entidade, que sempre precisa de bons nomes e de voluntários para cargos de sacrifícios.
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