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sexta-feira, 11 de junho de 2010

NÃO PAROU DE TUDO

Com relação à implantação da siderúrgica da Vale, publicada no Diário de Itabira de hoje, houve alguns avanços. Quem está por trás do projeto é o economista Henrique Carvalho, que foi meu professor e é um competende técnico. Parece que o João Izael percebeu, agora, que quem pode lhe devolver a aprovação popular não são os recalcados e dissimulados políticos e assessores que o rodeia, que tampam-lhe a visão e dão-lhe tapinhas nos ombros. 

Quanto à minha cisma sobre onde proporiam a implantação da usina, mais um passo e outras dúvidas. Optaram pela região do Ribeirão São José, provavelmente próxima do belo sítio do Chiquinho (da Nacional). Há água sim, mas, acredito, não em abundância para sustentar uma usina siderúrgica, salvo se a mesma conseguir produzir com tecnologia diferente das que vejo e trabalho, como a Arcelor-Mittal, Gerdau e Açominas. Há limites legais de captação, para não prejudicar a biodiversidade. Outra dúvida é com relação à topografia na região, cujos relevos são muito acidentados e fragilíssimos. É viável? 

A direção da Vale é altamente profissional, está antenada e engajada na globalização e jamais investirá num local que venha custar mais caro ou que venha ter problemas futuros. Propor um projeto desse tem que ter respaldo de todas as áreas: econômica, ambiental, mercadológica, logística e, é claro, numa região politicamente bem sucedida. E esse é o atual calcanhar de aquiles de Itabira. João Izael e Gustavo Prandini (prefeito de João Monlevade) se revezam entre os piores em índice de aprovação popular da região no momento. Da parte que nos cabe (em Itabira), motivados por fortes indícios de enriquecimento de alguns apoiadores e parceiros políticos.

Eu, como itabirano, já disse aqui e também defendo a vinda de iniciativas que desenvolvam Itabira, desde que tenham sustentabilidade. Faço coro com o prefeito e lembro que a Vale nasceu aqui e só se fez Vale, depois que Itabira deu a parcela inicial, há 70 anos atrás. Mas alerto, coragem, João! Trate logo de mudar a cara de seu governo, que esta é a segunda chance que lhe foi dada. O tempo não pára.

Um comentário:

  1. Não entendo. Tem aí em Itabira dois distritos industriais, um ao lado do outro. Tá, não vou implicar com isso.

    Mas por que não pode ser ali a implantação da eventual siderúrgica?

    O post de Fernando Martins está correto ao questionar o local -Ribeirão São José, acidentado e o problemas ambientais que podem advir.

    Parece até que a prefeitura escolhe um lugar sabendo que a Vale não PODE mais errar e devastar mais uma região em Itabira. As leis ambientais brasileiras são tão ou mais avançadas que as do norte do planeta.

    Pergunto de novo: pra que serve então o Distrito Industrial?

    Se é porque não tem água suficiente para algum tipo de indústria, é mais uma falha insustentável do poder público itabirano.

    Haja paciência.

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