(Itabira)
Itabira ganhou o título
de Capital Estadual do Tropeirismo, sancionado pelo governador Antônio Augusto Anastasia, pela Lei nº 20.709, no último
dia 7, graças aos 10 anos de atividade do Museu do Tropeiro,
localizado no distrito de Ipoema.
O
Museu do Tropeiro é, sem dúvida, uma significativa realização que
tem contribuído de forma incisiva no fomento do turismo na cidade.
Não é demais afirmar ainda, que o turismo local (do distrito) pode ser definido
como antes e depois da inauguração do Museu.
O
vice-prefeito Reginaldo Calixto, que ocupa também a pasta de
secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência,
Tecnologia, Inovação e Turismo, comemorou o feito. “Estamos
muito felizes e honrados com este título. A história mostra que
Itabira era a rota dos tropeiros que seguiam para Ouro Preto e
Diamantina, ou seja, somos um dos pontos mais relevantes da Estrada
Real. Este título veio em boa hora. Neste momento estamos com vários
projetos para a área turística do município”.
O
prefeito de Itabira, Damon Lázaro de Sena, destacou que “Com a
concessão do título, vamos buscar recursos junto aos governos
estadual e federal para maior desenvolvimento do turismo em nossa
região. E o desenvolvimento turístico certamente vai possibilitar a
geração de renda”.
UM
POUCO DA HISTÓRIA DO MUSEU
Pouco
ou quase nada foi dito, até então, sobre os responsáveis pela
iniciativa. Muitos itabiranos não sabem, ou preferem não
reconhecer, que quem acolheu e iniciou o projeto foi o governo
Jackson Tavares (PT), somado à arrancada do turismo cultural, identificado por Ciclo do Homens, a favor da obra de Drummond.
O
Museu foi criado a partir da expedição Spix & Martius, composta
por 23 caminhantes (médicos, ornitólogos, jornalistas, biólogos,
artistas, cinegrafistas, poetas e outros), que fizeram um
levantamento do patrimônio cultural e natural da Estrada Real, em
1999. Ao chegarem em Ipoema, como foram muito bem recepcionados pela
comunidade local e pelo governo da ocasião, resolveram criar ali o
Museu do Tropeiro, na casa do tropeiro Sô Neco, construída no
século XVIII.
Praticamente
todo o acervo do Museu, com cerca de 700 peças históricas, foi
comprado do fazendeiro e colecionador José Dutra, de Rio Vermelho,
localizado entre os municípios de Sabinópolis e Serro.
A
reforma e inauguração da sede ocorreram no governo Ronaldo
Magalhães (PTB) em 2003 e, desde então, abocanhou sozinho os louros
da conquista, nunca tendo feito qualquer menção de autoria ao
governo anterior na mídia oficial ou mesmo da Expedição Spix &
Martius, que eu me recorde. Nem sob a gestão do Ronaldo, nem na do
João Izael (PR), sucessor e parceiro político do Ronaldo.
Eleni
Vieira comandou o Museu da inauguração até o ano passado, com boa
dedicação, tendo apoiado bastante para colocar Ipoema na mídia.
Outro ipoemense (adotado) que muito contribuiu para o desenvolvimento
turístico é o colega fotógrafo e dono de pousada Roneijober
Andrade, que criou, desenvolve e promove o projeto do Morro Redondo,
com apoio de leis de incentivo à cultura e de raros patrocinadores
comuns. Ronei bem que merece ser lembrado e destacado, pela sua
dedicação voluntária em prol do desenvolvimento local.
Deste
ano para frente, Aparecida Madureira assumiu a direção, num cargo de confiança do prefeito Damon de Sena (PV), tendo entrado em cena com
excelente performance, ao assumir a responsabilidade da festa dos 10
anos do Museu. A grande festa ocorreu com igual sucesso e com boas
novidades. O show principal, apresentado pelo renomado Renato
Teixeira, passou para o campo de futebol, numa área mais aberta e
com maior capacidade de acolher o enorme público.
Todas
as tradicionais atrações do distrito foram apresentadas em série,
em pequenos esquetes, como o cortejo com centenas de cavaleiros de
toda região, sob as bênçãos do padre Renato Menezes; Estaladores
de Chicote; Berranteiros; Nega do Tabuleiro; Pastorinhas; Meninos
Trovadores; Lavadeiras de Ipoema; Trança-Fitas; Bordadeiras da
Quarta e os Sacis-Pererês.
Como podem comprovar,
nossa cidade muito tem a comemorar pela conquista do título estadual
de Capital do Tropeirismo. Principalmente pela feliz iniciativa do
pessoal da Expedição Spix & Martius, pelo esforço incansável
do Ronei e pelo fato de termos a certeza que todos os recentes
governantes, artistas populares e a comunidade não têm poupado esforços para manter a tradição e
fazer jus ao título conferido. Eis a prova que quando todos se mobilizam, os resultados se concretizam. É isso aí. Parabéns a todos pelo sucesso!
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