(São Gonçalo do Rio Abaixo)
Realizada
a cada dois anos durante o Festival de Inverno, a outorga denominada
de “Grande Medalha de São Gonçalo do Rio Abaixo” homenageará
seis cidadãos que atuam a favor do município, nesta sexta-feira
(26).
Dentre
os homenageados, o ex-prefeito Raimundo (Nozinho) Nonato Barcelos
(PDT), a ex-vereadora Isabel Rodrigues, a presidente da Apae Maria
Flaviana (D. Mariquinha) Figueiredo, o diretor da Vale Antônio Daher
Padovezzi, o aposentado Vitalino Dias e o controverso deputado
federal Bernardo (Santana) de Vasconcellos (PR).
Os
nomes escolhidos pela comenda foram definidos por portaria do
prefeito, Antônio Carlos Noronha Bicalho (PDT), tendo como
presidente do conselho a atual presidente da Câmara Municipal,
Luciana Bicalho (PDT), que é prima
do prefeito. Contam com pessoas simples, mas comprometidas com as
causas sociais ou religiosas, passa pelo empreendedor e
agropecuarista Padovezzi, que se prepara para inaugurar um laticínio
na cidade, bem como fecha com viés político, ao agraciar duas
referências políticas do grupo governante, que é o caso do Nozinho
e do Bernardo Santana.
NOZINHO
Nozinho era reconhecido como bom administrador público, principalmente quando se resgata o primeiro mandato
(2005-2008), momento em que a cidade deu um salto, graças à chegada
dos royalties da Mina de Brucutu, da Vale, que foram bem aplicados em obras e serviços necessários para o desenvolvimento, como a Escola Integral, Senai, MG-129, Centro Cultural etc.
Já
no segundo mandato (2009-2012) teve uma performance bem aquém da
primeira, quando, lamentavelmente, as obras e ações perderam fôlego. Para
compensar, deixou 43 milhões de reais em caixa para seu sucessor
concluir, quitar e inaugurar as obras inacabadas, previstas no
pacotão dos 64 Milhões de reais (lançado em 2011) e dos 40 Km de
asfaltamentos de estradas rurais (2012).
Atualmente,
responde a 4 processos na vara eleitoral por compra de votos ou abusos de poderes econômicos e funcionais, tendo
sido absolvido nos dois primeiros processos na primeira instância. Ontem aconteceu a audiência de primeira instância do terceiro processo (Aije-63.706) e, segundo informações, o quadro complicou bastante após os depoimentos das testemunhas e apresentação das provas. A quarta audiência (da Aime-106) está prevista para o dia 30 e, nos próximos dias, deve sair o resultado do recurso no TRE-MG dos dois primeiros processos (Aije-63.888 e Aije 63.973), considerados por todos como os mais fracos. Em todos eles, Nozinho, que é padrinho político do prefeito eleito Antônio Carlos Bicalho, também do PDT e ex-secretário do governo dele, corre risco de perder os direitos políticos e se tornar inelegível por 8 anos.
Apesar
do pouco estudo, é reconhecido como homem de visão, forte empreendedor na
área de agronegócios e que, de uns 2 anos para cá, temos informações que ele passou a investir mais pesado na área imobiliária no município (prédios, terrenos e loteamento).
BERNARDO
SANTANA
Já
o deputado federal Bernardo Santana, fiel parceiro do grupo político
atual, é advogado com duas pós-graduações, na área de direito e
direção estratégica e marketing.
Como
deputado federal majoritário pela cidade, já garantiu duas emendas
no orçamento federal, uma no valor de R$ 400 mil para a construção
do Parque de Exposições e outra de R$1.215.500, para a construção
de uma Unidade Básica de Saúde para a comunidade do Una.
Algumas
controvérsias na reputação do deputado contrapõem os méritos.
Uma centra-se numa ação penal, que responde por crime contra o meio
ambiente e patrimônio genético, e outra por ter sido um dos poucos
deputados a ter votado a favor da odiada Pec-37.
Com
relação à ação penal, ele foi denunciado pelo Ministério
Público Estadual por causa de transporte irregular de carvão, da
empresa Rima S/A. Bernardo e mais quatro outros deputados federais
que votaram a favor da Pec-37 respondem à processos ou têm
pendências no STF.
Coincidentemente, é exatamente a Pec-37 (também
chamada de Pec da Impunidade) que propôs limitar o poder de
investigação criminal a polícias federais e civis, retirando-o,
dentre outras organizações, do Ministério
Público.
No total de 439 deputados, apenas 9 votaram a favor. E Bernardo foi o
único deputado federal mineiro a encarar a pressão popular das recentes
manifestações e protestos ocorridos pelo Brasil afora, nos últimos
meses
(clique
aqui para conhecer a defesa do deputado).