(São Gonçalo do Rio Abaixo)
Saiu no Jornal A Notícia desta semana, na página 8, uma tabela
sobre o Índice de Desenvolvimento Humano-2013 das cidades da região.
Os dados foram publicados no dia 29 de julho no sítio do Atlas
Brasil (clique aqui para
confirmar ou veja a tabela resumida abaixo).
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Tabela publicada no Jornal A Notícia. |
Segundo os dados, João Monlevade saiu na frente (400ª
posição no país e 27ª
no estado), seguida por Itabira (440ª
/ 31ª) e Barão de Cocais (1244ª
/ 120ª). Estranhamente, São Gonçalo aparece bem mais
abaixo, na amarga posição de 2738ª
no país e 448ª no estado.
Itabira pouco pode se gabar, uma vez que, historicamente, é a cidade
que mais arrecadou tributos nos últimos 30 anos, graças aos royalties
da mineração. O que, provavelmente, pesou contra foram os últimos
12 anos de péssimas gestões públicas, que sucateou o município a
tal ponto, que espera-se que ainda precisarão de mais uns 2 anos
para colocar tudo em ordem. Fora os erros de projetos anteriores,
acumulados gestão a gestão e uma demanda bem maior, com 110 mil habitantes.
Já São Gonçalo do Rio Abaixo, a situação é bizarra e muito
crítica. Ela só passou a arrecadar a Compensação Financeira pela
Exploração de Recursos Minerais (Cefem), praticamente, de 2004 para
cá. Até então, o município sobrevivia, basicamente, de repasses
estaduais e federais, como do Fundo de Participação dos Municípios
(FPM) e outras pequenas taxas. Daí, seria justificável uma baixa performance no IDH, face aos históricos problemas sociais até este período, que o nivelava com Itambé do Mato Dentro, Bom
Jesus do Amparo, Bela Vista de Minas, Sem Peixe e Santa Maria de
Itabira.
Logo a seguir, entre os anos de 2005 e 2008 (primeira gestão do
Nozinho), São Gonçalo desenvolveu bem, quando foram inaugurados a
Escola Integral, o Centro Cultural, Senai, asfaltamento da MG-129,
urbanização do Una e outras obras estruturantes. Só que, no
segundo mandato e quando o município bateu sucessivos recordes de
arrecadação, as obras ganharam um ritmo letárgico, caíram
bastante em qualidade e nada mais se viu de vulto, além de grandes
festas populares (rodeios, cavalgadas e encontros), sempre com porteiras
abertas, para vender, a qualquer custo, a boa imagem grupo político, que encontra-se atualmente bem desgastada.
Paralelamente, nunca se viu tantos agentes políticos e apadrinhados
acumularem tantas riquezas em São Gonçalo, numa especulação imobiliária
sem precedentes, com fartas distribuições de materiais de
construção em período eleitoral e outros péssimos vícios das
piores gestões públicas vistas pelo país afora.
A Câmara Municipal de São Gonçalo e seu retrógrado regimento colocam uma
série de empecilhos absurdos para cumprir com a fiscalização, dentre eles, um
vereador só pode pedir informações oficiais da
prefeitura, se a mesa diretora e os demais edis aprovarem. Daí, vereador em São
Gonçalo tem menos poder que um cidadão comum, se compararmos o regimento
interno e a Lei de Acesso às Informações, que defende que todo e qualquer cidadão é parte legítima para questionar e solicitar informações. Sem falar que não conta
com Portal da Transparência decente, por dificultar e omitir informações
elementares e não promove concursos públicos.
Diante do atrasado cenário político-administrativo são-gonçalense,
eis os prejuízos de uma cidade paradoxal, que detém uma das maiores
arrecadações municipais per capita do estado e do país, chegando a 20 mil reais ao ano por habitante, mas que amarga e se arrasta na
2738ª
posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país.
Os otimistas poderiam até defender que os royalties recém chegaram ao município e que a cidade encontra-se nos primeiros 9 anos de vultuosa arrecadação. Entretanto, é bom que saibam que, o prazo inicial previsto para a exaustão da reserva de minério de São Gonçalo era de 20 anos. Se confirmado este prazo, já correram cerca de 42% do tempo para a exaustão e fim das riquezas. Daí, faz-se urgente que a cidade retome o desenvolvimento; invista pesado na educação técnica e superior; corrija as injustiças sociais e se adeque para atividades econômicas mais sustentáveis e duradouras.
Enfim, percebem como o tempo corre e passa rápido!?
Vergonha, vergonha, vergonha, "São Gonçalo cada dia pior", o povo não aguenta mais, falta água, faltam médicos no PSF, as ruas estão cheias de buracos, o transito está caótico, pois de 10 carros que passam na rua 09 são da prefeitura e ainda locaram mais 80 carros pequenos, o desgoverno é total, temos que acabar com estes apadrinhamentos que são pessoas com cargos comissionados que veem de João Monlevade e Itabira e quem nem em SG vem e gastam os dinheiro em outras cidades e por isto que o comercio local está fraco, é uma vergonha, na câmara municipal está faltando espaço para os contratados de João Monlevade, só se aumentar o prédio da câmara ou tirar os gabinetes dos vereadores, é por isto e muito mais que São Gonçalo amarga está colocação no IDH, em toda a história de São Gonçalo nunca vi um desgoverno tão grande, uma falta de respeito com o Povo São-gonçalense. "SÃO GONÇALO CADA DIA PIOR".
ResponderExcluirPois comentei aqui que a educação não vai bem. No site do MEC pode comprovar isso. Já era para ter resultados melhores. Os alunos que vão do CESGRA para o ensino médio estão simplesmente péssimos. Alguns se destacam, é claro, mas no geral está muito ruim. Então a tendência do IDH é ficar ruim mesmo. Vai fazer diferença somente quando melhorar a educação.
ResponderExcluirSobre a frota contratada. veja o portal da "transparência" da prefeitura. É um absurdo o que se gasta com transporte uma fortuna/ano. Veja locação de veículos, transporte escolar e coletivos. Tá uma farra geral.
Pessoal, esta historia não é novidade. Veja o meu post do ano passado. http://www.filhosdasminas.org/2012/12/tenho-sao-goncalodo-rio-abaixo-como.html
ResponderExcluirO descaso com o POVO de SGRA é ABSURDO, e o mais ABSURDO é a inércia da população.
Abraços.
Só pra ficar mais claro, gostaria de saber quando os dados foram coletados. Seriam do censo 2010?
ResponderExcluirCenso de 2010.
ResponderExcluirSó para esclarecer:
ResponderExcluir...O índice é calculado com base em três indicadores de desenvolvimento humano: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda). As informações utilizadas foram retiradas dos censos demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os valores do IDHM vão de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento humano, quanto mais próximo de um, melhor......"
Veja bem, um dos itens que avalia o IDH e o Padrão de Vida ( renda), ou seja, a grande parte da população de SGRA possui baixa renda, isso reflete que os maiores salarios são de pessoas que trabalham em SGRA mais não reside em SGRA.......entendeu ?????????????
Saudações.