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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

PSEUDOJORNALISTAS

(Geral)

Mesmo depois de todas as revoluções ocorridas a partir das redes sociais e blogues, como as recentes manifestações ocorridas no Brasil afora, ainda há assessores de comunicação e fracos jornalistas (refiro aos que se gabam dos diplomas e não os honram), que insistem em nos qualificar de pseudojornalistas, ou em ignorar o poder de comunicação do novos canais midiáticos.

Na defensiva da má fé, com o torpe intuito de esconder os rabos dos patrões, estufam os franzinos peitos, empinam os narizinhos e escondem as mãos em figas com a seguinte sentença: -"blogues e grupos do Facebook não são imprensa"! Daí, não respondem aos questionamentos, não convidam para encontros, coletivas etc.

O mais irônico é que estes tipos de "profissionais" das assessorias, normalmente, se vendem tão barato, que quase todos os protegidos deles se dão super bem. Falo de secretários, lobistas, assessores e políticos que enriquecem espantosamente, enquanto estes míseros puxa-sacos se satisfazem com os pífios salários e uns poucos afagos.  Como resultado, jornalismo tornou-se uma das piores profissões para se graduar. Foda, né!?

Para piorar e como numa bola de neve, o problema é que, praticamente, toda imprensa depende dos anúncios que estes assessores oferecem para sobreviver, porque quase sempre os leitores não pagam o suficiente para bancar o órgão de imprensa. Daí, a necessidade deles de se renderem aos anunciantes, que tornam-se imperativos patrões. São raríssimas as exceções e coloquem as mãos para os céus os que não caíram nas tentações da sobrevivência. Isto mesmo! Você já viu algum dono de mídia rico de verdade? Eu não. 

E então, essa dependência econômica torna-se ótima para as instituições perversas, que plantam o cerceamento econômico. Não entendeu!? Simples: -"se bater na gente, cortamos os anúncios"-, impõem estes tipos de "clientes". 

Já nos campos dos domínios das discussões livres e abertas, disparadas em rajadas nos fóruns e nos grupos das redes sociais, por centenas ou milhares de cidadãos, os donos das bocas perdem este poder por não conseguir comprar todos eles e, por consequência, perdem os controles dos poderes. Compreendeu agora, porque os libertos blogues e canais de discussões incomodam tanto?

Sem falar que é doído assistirmos cenas em que os "patrões" se renderam às chantagens da "imprensa marrom", que é aquela encabeçada por radialistas sacanas ou donos de tabloides sensacionalistas, que faturaram sacos de dinheiro "pra não abrir a boca" e, de quebra, para fazer o jogo sujo que o "patrão" mandou. Enquanto você, meu caro, que "ralou a bunda na faculdade" ou ainda lhe resta um pouco do nome a defender, terá ainda que escrever para ele. Afinal, estes chantagistas quase sempre são analfabetos funcionais e quase nunca sabem como fazer. Assim sendo, sobra para você mais este servicinho extra, para que o filho-de-uma-boa-senhora ganhe, no tapa, o montante que você levaria uns 6 meses ou mais para receber. Descobriu agora onde vocês erraram!? Pelo amor de Deus! Ajudem aí!

Salvem-se os que confiarem nas suas capacidades! Mas se você próprios não fizerem suas partes e não se derem os devidos valores, vão continuar nestes oceanos revoltos. Podem ter certeza disso.

Agora, se querem saber qual é a fórmula mágica da salvação, que tal começar em adotar como mandamento máximo daquela matéria, que muitos graduandos não deram a devida importância? ... Aquela tal da ética! Lembram-se? Se vocês, assessores e jornalistas, recusarem propostas de releases e campanhas de obras ou ações fantasiosas, sem embasamento, superfaturadas ou mesmo aquelas para encobrir as sacanagens, ganharão mais respeito e tornar-se-ão bem mais valorizados. Aí, basta inverter a estória. Se forem perseguidos por recusarem os jogos sujos, ponham as bocas nos trombones, para colocar todos os corruptos na cadeia. Sacaram? 

Viva a democracia e que melhores tempos venham para os reais jornalistas! Porque, nós, pseudojornalistas, blogueiros e ativistas das redes sociais, já conquistamos nossos espaços.
Boa sorte e boa luta!


10 comentários:

  1. O pior de tudo isso é saber que a maioria nem jornalista é, mas publica assim mesmo, para ganhar uns míseros trocados, e gabar de lamber o "s***" dos que mandam.
    Que submundo da informação!!!!

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    1. Pois é... Estive pensando em chamá-los de Alício do País das Maravilhas, num duplo sentido: de terem sido aliciado$ e da Alice com sua cabeça fantasiosa. rsrsrs

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  2. Caro Fernando,
    Publiquei uma notícia no www.serenodalei.blogspot.com.br sobre as cassações de mais alguns prefeitos. O Tribunal não tem brincado em serviço. Tem confirmado as cassações já sentenciadas em primeiro grau e tem reformado as sentenças que indeferiram as cassações em primeiro grau.
    Ou seja, está cassando mesmo aqueles que não foram cassados em primeiro grau.
    Isso é que é mostrar serviço.
    Também tem uma enquete sobre a atual administração pública municipal. Atenção, é enquete e não pesquisa registrada, portanto, com finalidade meramente informativa.

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    1. Boa Jerônimo! Vou dar uma olhada. Sugiro divulgá-la no Top São Gonçalo.

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  3. Fernando Martins, li com muita tristeza seu texto. É de partir o coração ver uma ideia dessa jogada ao vento como se fosse uma pregação. Considerar um grupo de facebook como imprensa mostra todo o seu conhecimento sobre o assunto. Meu tempo aqui na Terra me trouxe sapiência para não entrar em determinadas rimas, mas hoje não dá.

    Para algumas pessoas que militam na imprensa, realmente não vejo nenhuma necessidade em passar por uma faculdade. São pessoas que aprenderam no dia-a-dia a ter compromisso com a notícias, seja em um meio de comunicação de massa, ou em uma assessoria de imprensa. É bom deixarmos claro que a assessoria de comunicação estabelece uma ligação entre uma entidade (indivíduo ou instituição) e o público (a sociedade exposta à mídia). Em outras palavras, Assessoria de Comunicação é administração de informação. Exigir outra coisa dela e pregar isso para seguidores é agir com muita (mas muita mesmo) má fé.
    Você é uma pessoa que hoje se intitula um jornalista ou membro da imprensa. Porque critica tanto a classe? Você faz essas críticas para propor uma mudança, para cabar-se ou apenas para tentar atormentar. Não sei que que órgãos você fala.
    Jogar no ar fica fácil. Desde que surgiu o facebook, as indiretas são a válvula de escape dos adolescentes mimados, concorda?
    Não critico a imprensa porque ela que me traz notícias todas as manhãs durante uma xícaras de café quente ou após chegar em casa a noite. A imprensa que vai ao olho do furacão pra levar notícia às nossas tocas.
    A imprensa é um grande serviço público e tentar maquiar como algo ruim é um desserviço. Agradeço pelo espaço da manifestação.

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  4. Pelo visto, você não entendeu o texto, Lucas Ribeiro. Releia o texto e confirme, por favor.

    Não me enquadrei em momento algum como jornalista, até porque não sou. Ao contrário, me enquadrei espontaneamente e com orgulho no outro grupo, que alguns jornalistas e péssimos assessores preferem classificar-nos: de pseudojornalistas.

    Nós, articulistas de opinião, cronistas, blogueiros e ativistas das redes sociais muitas vezes prestamos serviços mais interessantes do que boa parte da "imprensa", do ponto de vista da exposição de fatos, denúncias e questionamentos, simplesmente porque não estamos condicionados ao repasse de publicidade. Falo de uma liberdade de expressão que a imprensa paga não pode se igualar (com raras exceções, é claro), sob pena de quebrar. Ou seja, não acredito que todas elas aceitem esta torpe condição pura e simplesmente, se ela tiver o mínimo de compromisso e ética, mas por necessidade de sobrevivência, porque assim é imposto pelos maus assessores, que também são mandados pelos patrões.

    São poucos órgãos de imprensa que sabem se fazer respeitar e contribuem efetivamente para a clareza dos fatos. Eu apenas exaltei estes bons exemplos, para que os ruins revejam suas condutas, se quiserem recuperar o respeito e serem melhores valorizados.

    Entendeu agora!?

    Para fechar e só para você tirar a prova da força das redes sociais, entre agora num grupo mais ativo e diga isso a eles, que são "adolescentes mimados", com um perfil verdadeiro e coloque a cara na frente. Tenho certeza absoluta que vai sair de lá com outras impressões.

    Sds.

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    1. Fernandinho, eu entendi o que você quis dizer perfeitamente. Mas vejo que você não tem um grande domínio sobre o assunto jornalismo/imprensa. Gostaria muito de saber o que você entende sobre o assunto para eu não falar de coisas que você não domina.

      Sds (?)

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    2. Caro Lucas,

      São nítidas sua frustração e rancor com o texto. Sinto muito pelo constrangimento, reconheço que é tema bem polêmico, mas não fui eu quem "inventou" este modelo que se encontra em rota de colisão.

      Sua estranha solidariedade, por sinal aqui colocada de forma até exacerbada, me faz entender que faz parte do time dos que se renderam por migalhas ou, quem sabe, que cedeu a favor de alguma vantagem de destaque, que entende deixá-lo satisfeito. Tudo bem se assim se sente. Direito seu.

      Conforme relatou sobre o prazer que tem, sugiro então pegar todas as manhãs um copo americano com café ralo, frio e bem doce, passar uma margarina de baixa qualidade num pãozinho dormido e continuar lendo os jornaizinhos devezemquandários bajuladores, cheios de colunas sociais, para continuar se alimentando de coisas insossas ou inúteis, para depois se vangloriar por ter deixado seus patrões ainda mais satisfeitos com a “boa resposta” que me deu.

      Cara, apenas expus esta opinião aqui, para tentar ajudar os amigos e colegas para encontrarem saídas para o resgate e valorização deste importante ofício para a sociedade, que era chamado de 4º poder e vem perdendo ampla frente para os fóruns virtuais. Só isso. Sacou!?

      Quanto ao currículo meu, posso resgatar a experiência que tive em assessorar o Governo Jackson (1997-2000), quando lá cheguei, mesmo tendo atendido antes à campanha do principal opositor, e elevamos a aprovação de governo de uns 30 para cerca de 70%, sem “comprar” ou cooptar a imprensa. Das 6 campanhas políticas que participei na região, 5 foram ascendentes e a única descendente não teve direção minha, tendo apenas participado como editor de vídeos de TV. Quando dirigi a TV Cultura de Itabira, graças ao elenco que colocamos lá e às linhas editoriais adotadas sob minha orientação e aprovação do governo, conseguimos nos posicionar como uma das principais emissoras afiliadas da Rede Minas e da TV Cultura-SP, que mais inseriam matérias locais nestas grandes redes. Sou blogueiro por 4 anos, com mais de 350.000 page-views. Fui um dos coordenadores da Conferência Regional de Comunicação. E ainda fui articulista de opinião do Diário de Itabira por 4 anos, graças a Deus com bom feed-back dos leitores, sou colaborador d'O Cometa e, de vez em quando, tinha alguns textos meus publicados n'O Trem. Todos, para mim, excelentes referências em jornalismo, que me deixa bastante honrado, como comunicólogo que sou.

      Entretanto, melhor do que a gente ficar se gabando de currículos, que acho ser meio pedante, que tal você, com o prestígio que soa ter, empreender uma conferência regional para melhor debatermos o assunto e buscamos, juntos, novas diretrizes para a comunicação? Rola, ou vai preferir ficar com o “chafezinho”?

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  5. Caros amigos e colegas jornalistas, estou envergonhado com a imprensa na região, e tbem muito triste, jornalista de verdade não se vende para estes canalhas de colaríns brancos, nós juramos a verdade, hoje existem mais de 36 jornais que circulam principalmente em São Gonçalo, e todos com materias que com certezas pagas pelo executivo e legislativo municipal, me sinto envergonhado e muito triste pela humilhação, desculpe pelo anonimato.

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  6. Fernando, preocupa não sô, conheço mais de uma duzia de sujeitos que se metem a jornalistas mas que de faculdade mesmo passaram à distância. São corajosos e curiosos, que por sinal, têm tino e vão se dando bem, mesmo por que, jornalismo de verdade não se faz na faculdade, mas na vida, na labuta do dia-a-dia, aprendendo com os trancos que a vida dá. E olhe que desses que aprenderam com a vida, conheço muitos que são melhores que muitos outros que passaram pela faculdade.

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