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segunda-feira, 4 de março de 2013

E o transito, como anda?

(São Gonçalo do Rio Abaixo)

Não anda na verdade... tudo bem, talvez eu esteja exagerando um pouco, afinal de contas a frota de veículos que transita em São Gonçalo do Rio Abaixo, é infinitamente menor do que pode ser observado em cidades maiores (e naturalmente, não estamos falando de megalópoles como São Paulo ou Belo Horizonte, o que certamente não faria qualquer sentido), mas cidades maiores “pero no mucho”, como Itabira ou João Monlevade, isso “Graças a Deus” (é bom que se diga), pois se com uma frota pequena já sofremos tanto transtorno, imagina se ela fosse maior?

Muita coisa mudou, desde que se admitia estacionamento em 45º graus na porta da prefeitura, de lá para cá houve uma melhoria na qualidade de vida da população e com isso, expandiu-se a mobilidade de (quase) todos, de forma que hoje a incidência de veículos nas residências já é algo comum, aparentemente meus concidadãos decidiram abandonar os cavalos, carroças, bicicletas e outros meios de transporte tão comuns em uma época passada (mas não tão distante assim).

Lamentavelmente a política de transporte e mobilidade da prefeitura não seguiu o mesmo ritmo, aliás bom que se diga, receio que essa política seja absolutamente incipiente na cidade, naturalmente não há necessidade de se explorar aqui o lamentável capítulo dos taxis, mas também não há como levar a sério o serviço transporte público oferecido pela Automade ou de sua antecessora (Jordania Transportes, se não me falha a memória), então você leitor se pergunta, e o que cargas d’água tem a ver uma coisa com outra?

Simples, sem transporte público acessível e de qualidade, cada um de nós se locomove como pode. Eu particularmente, gosto muito de andar pelas ruas da cidade, inclusive durante minhas estadias em São Gonçalo do Rio Abaixo, é muito comum me verem perambulando de um lado a outro da cidade ao velho e primitivo modo “á pé”, mas justiça seja feita o mais longe que ouso ir á pé, é do centro ao posto ou do centro ao pissarrão (do posto ao pissarrão já não sei se teria coragem), agora pense em alguém que more em uma zona rural e para não ir muito longe, já tendo citado o posto, imagine alguém que venha ao centro desde a mãe d’água por exemplo, como poderia se esperar que a pessoa venha a pé, tendo um veiculo a disposição?

Considerações feitas, abandonemos então os devaneios e o campo hipotético e partamos para a realidade nua e crua, o transito no centro de São Gonçalo do Rio Abaixo é caótico, calamitoso até eu diria, naturalmente não o tempo todo, mas nada justifica o que acontece nos horários entre as trocas de turno da Escola Estadual Desembargador Moreira dos Santos, quando um número infindável de alunos tomam as ruas entrando ou saindo da escola e um sem número de ônibus escolares se amontoam para o embarque e desembarque de alunos, o que só faz depor contra a ineficiência operacional do sistema de transito na cidade.

Novamente, tenho receio de me meter em uma seara que não domino e meter o bedelho de forma inapropriada em um campo de ação de algum profissional preparado para tanto, mas receio também que a prefeitura não tenha esse profissional a disposição, ora creio que um técnico em transporte e transito (lembro-me desse nome da época que cursava ensino médio no CEFET-MG, onde ofereciam esse curso), poderia fazer isso perfeitamente, ou seja, estudar as vias da cidade, o fluxo de veículos, os picos de transito, a tendência de utilização de veículos por porte e tipo de uso (transporte de carga ou pessoas), o índice de mobilidade e outros e através desse estudo, construir um projeto de mobilidade coerente com as características da cidade e/ou propor projetos de melhoria e adequação das vias e dos fluxos.

Infelizmente o ultimo prefeito nesse sentido, se limitou a retirar o aludido estacionamento em 45º graus, que havia em frente a prefeitura (sacrificando vagas de estacionamento, em nome de um obscuro bem maior, o que esteticamente talvez seja justificado, mas jamais funcionalmente), construir um complexo viário ligando o centro da cidade a lugar nenhum, instalar (e remover posteriormente) uma famigerada rotatória no cruzamento entre as ruas Henriqueta Rubim e Augusto Pessoa e tornar o transito no local de via única, sendo que há outras medidas que provavelmente seriam muito mais adequadas, como por exemplo a instalação de semáforo nesses logradouros, a proibição de estacionamento junto aos lotes lindeiros, a proibição de carga e descarga em determinados horários (notadamente nos horários de troca de turno da escola), a proibição de transito de caminhões a partir de certa tara pelas ruas centrais em qualquer horário e outras medidas igualmente simples e muito mais eficientes.

Concomitantemente, chamo a atenção para um fato que aparentemente a administração pública negligenciou totalmente, há algum tempo a prefeitura vem alardeando a criação dos distritos industriais I e II, que estão localizados nas proximidades do parque de exposições, meu senão (além da estranheza na demora da operação em pleno vapor dos mesmos), é que essa iniciativa tende a causar um impacto ainda maior e mais negativo no transito local, basta imaginar em uma situação de pleno funcionamento, com a incidência de muitos caminhões transitando com matéria prima ou produtos acabados, como será feita a conexão com a BR-381? Será que os caminhões farão a volta pelo trevo de acesso a Itabira, ou o mais natural seria que acessassem a estrada via complexo viário (Avenida Contorno Oeste)? Não teria sido melhor introduzidos os distritos industriais nas adjacências da BR?

Enfim, interpretações a parte, para mim isso parece algo que carece de atenção.

Vista do Centro Cultural - Rua Henriqueta Rubim - Centro (Foto: Darlan Alvarenga/G1)

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