"-Como fazia vovó, tô na dieta Activia + Johnnie Walker, cagando e andando!"
Com frases como esta acima, publicada no blogue
Porta de Motel, o(a) blogueiro(a) anônimo(a) ousa, por vezes exagera e começa a preocupar as autoridades municipais.
Se, até então, o Porta de Motel se limitava a brincadeiras e à críticas disparadas contra os frequentadores das baladas, numa linha de humor muito próxima à do personagem Christian Pior ('Pânico na TV'-Rede TV), depois que a Justiça e alguns órgãos de mídia foram à sua caça, o blogue passou a dar outro enfoque, ou quem sabe, a expor as intenções iniciais: criticar a política local.
Depois que a convergência digital tomou conta do mundo, não há como fugirmos. Todos estamos expostos a tudo. Em qualquer momento, um clique, uma espiada de um voyer e um flagrante. Por razões como esta, todo o cuidado é pouco, porque passamos a ser mais públicos. E as celebridades e os políticos, coitados... estes não terão como escapar. Ruim para os corruptos, bom para a democracia. Ruim para as pessoas de bem que são achincalhadas, bom para os que "AINDA" não foram criticados... E toque o enterro, senão o defunto estraga.
Outros sítios livres da internet têm contado com visitações nada comuns, como o '
Luiz do Mosaico', '
Leste Mais' e, é claro, o nosso
Filhos-do-Cauê. Ao analisar o número de visitações destes blogues, percebe-se claramente (segundo o sítio
Biz Information), que o Porta de Motel é, pasmem, o mais visitado, inclusive bate no polêmico 'Luiz do Mosaico', com 150 páginas lidas diariamente, contra 10*, respectivamente.
A receita do sucesso do Porta de Motel é simples, o humor pelo humor. A gozação, a zombaria acima de tudo, sem textos longos (como os meus, rsrsrs), com aplicação de muitas imagens bizarras e excesso de irreverência. As críticas contra a política local, mesmo ministradas em doses homeopáticas, serão sagazes e, não se assustem, muito mais arrazadoras, principalmente se a visitação aumentar. Uma receita para as pessoas comuns criticadas, para driblar a irreverência, é não levar tanto a sério, é levar na brincadeira e participar, como bem fazem os artistas e políticos mais inteligentes. Apelar é, por certo, a pior defesa, tal como quando recebemos um apelido que não gostamos: é o que pega e fica! Para os políticos errados, lamentavelmente, não há saída, senão reconhecer o erro e tentar corrigir...
Os estudiosos do marketing político já haviam antecipado essa tendência em recente seminário, ocorrido neste ano, em São Paulo. A mídia impressa, quer queira ou não, está cada vez mais confinada pela convergência digital, que é bem mais rápida e instantânea, conforme previ na minha palestra, durante a "1a. Conferência Regional de Comunicação", em novembro passado (aquela que o presidente da Câmara de Itabira, Neidson Freitas, aspirante a deputado federal e a prefeito, adotou o papelão de dar o calote).
Nestas eleições, a Justiça Eleitoral terá que dar total atenção, para evitar abusos, tanto da parte dessa nova forma de comunicação, quanto por parte da tentativa das autoridades e políticos de cercearem essa nova liberdade de expressão, garantida por lei, nos limites dela, é claro. Afinal, com que justificafiva, a não ser por não contar com autoria reconhecida, a Justiça caçaria o 'Porta de Motel', se a Rede TV e outras emissoras como a Band com o CQC e a Globo com o Casseta e Planeta mantêm programas semelhantes?
Pessoal, fiquem alertas e levem as críticas na boa. De repente, podem até dar uma mãozinha e brincar com um figurino exclusivo para chamar a atenção do(a) blogueiro(a) e virar notícia. Mas não exagerem. Aos políticos, mudem de atitude para não serem vocês os próximos caçados pela opinião pública.
Aos blogueiros e blogueiras, vamos brincar com responsabilidade e trabalhar com cautela. E Viva a liberdade de expressão!
* Vale ressaltar que os números de páginas visitadas pode ser bem maiores e diferentes do exposto, ao considerarmos que os sistemas de medição usualmente registram apenas o número de IP (Internet Protocol), de forma que, no caso de redes corporativas, que usam uma única máquina como servidor Web, essa medição pode não registrar os acessos das máquinas clientes, como nas prefeituras, câmaras, lan houses etc., fazendo com que mascare a medição.
Fernando,
ResponderExcluirvi no blog que eu gosto o Leste Mais, reclamações inclusive judiciais quanto a este blog.
Curioso fui lá e dei uma olhadinha, na verdade varri com os olhos todo o blog.
Gostei.
Debochado, irreverente e com críticas estéticamente interessantes.
Até escrevi para eles falando do que pensava.
Sei que um dia eles podem me pegar numa pose inadequada, vou me cuidar...
A verdadeira inspiração dessa pessoa é esse famoso site de fofocas das (sub)celebrites,confiram e comparem: www.tedouumdado.com.br
ResponderExcluirLuiz Zanon me ligou e contestou os números de pageviews calculados pelo sítio Biz Information.
ResponderExcluirEm conversa com o Cácio Guerra, há uns 2 meses atrás, eu já havia contestado também os resultados. Afinal, no nosso caso, como podemos ter mais de 30 seguidores e com tantos políticos diariamente acessando, inclusive ele, enquanto o Biz calculava cerca de, apenas, 10 visitas diárias - defendi. E mais, se não tivéssmos leitores, muita gente não estaria incomodada com a gente.
Sítios e blogues políticos, por certo, não atingem a massa, mas têm alto poder de formação de opinião, incomodam bem os maus intencionados e, praticamente, todos eles lêem essas fontes. Os cidadãos politicamente corretos reverberam as idéias e contestações lidas (desde que coerentes), de forma que acabam criando terreno fértil para novos plantios. Parte da massa, como tem dificuldade de compreensão, usualmente segue os formadores de opinião. É assim que o mundo político funciona.
Outra questão já exposta aqui é que, por razões técnicas, os sistemas de medição (como o Biz e Whosamongus) se valem de consultas a IPs, que podem mascarar, facilmente, as medições. A razão disso é que quando vários usuários clientes acessam a web por meio de um servidor web, pode-se identificar um único IP em tráfego. E por aí vai.
Ao publicar aqui os dados do Biz é para apenas tentar nortear uma comparação de acessos, como meros índices e não como dados reais. Ok?
Faz tempo nasci em Itabira. Faz anos, desisti de Itabira. Tenho um amigo, também daí, que diz ser síndrome do Carlos Drummond de Andrade.
ResponderExcluirApesar disso, a gente vicia em internet.É forma de obter informação e diversão.
Então, claro, visito Itabira, quase diariamente, pela web. Tento saber o que acontece na cidade e região.
E fico sabendo de quase nada. Pelo menos nos mais conhecidos: como defatonline e viacomercial (que nome, hein: significa o quê? que estão à venda?)
Uma probreza que dói. Me lembro de uma enquete do defato sobre o que os leitores mais queriam ler ali. Deu emprego.
Então, todo dia uma das manchetes principais é sobre emprego. Ao lado de uma notícia sobre violência, outra sobre alguma ação do governo municipal. E nenhuma crítica, investigação, denúncia. Nem política nem cultura. Nada.
Nada de jornalismo. Talvez altas doses de subserviência num silêncio apático.
Mas a internet é livre, como não é a maioria dos jornais: não só os de Itabira. Servem ao patrão maior. Ou não sabem pra que vieram.
Agora já sei onde onde obter fatos e dados: aqui e no mosaico e no lestemais.
Tem mais algum? Deve ter. Vou procurar. Porque este sábado de ressaca, só me permitiu ficar assim: diante de um computador.
abraços,
Erivaldo de Souza
É... bem que tenho avisado...
ResponderExcluirO Blogue que poderia ser interessante e divertido, se continuar a denunciar clandestinamente, vai cair no descrédito e ainda o(s) autor(es) poderão responder a processos sem piedade das autoridades.
Ou ele continua no anonimato e se limita a brincadeiras mais leves e despojadas que não desagradem seriamente aos atingidos, ou assume a autoria para mandar ver, ou vai se encrencar feio...
Viva a liberdade de expressão, desde que não se sintam Deuses, prontos a julgar...
ResponderExcluirSe é que este seja o papel do próprio Deus.
Cada ser humano através de suas experiências de vida, boas ou não, defendem sua própria verdade...
No popular, cuidado os sujos ao falar dos mal lavados!