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domingo, 9 de maio de 2010

O VOTO UTIL - A aritimética para uma cadeira no legislativo.

Cálculo dos partidos para composição de chapa supera em muito as cadeiras no Legislativo, abre brecha para legendas menores transformarem a disputa eleitoral em balcão de negócios...

Se todos os partidos políticos conquistarem as cadeiras que prometem nas eleições proporcionais, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais precisaria ter não mais 77, mas pelo menos 144 cadeiras. A bancada federal mineira teria de saltar dos atuais 53 deputados federais para no mínimo 100.

O inchaço das projeções se explica neste momento em que as legendas se cacifam para negociar as coligações. Os acertos se assentam sobre demonstrações matemáticas.

Quanto menor a legenda, esse processo mais se aproxima de uma lógica meramente contábil, que passa longe de qualquer aspiração ideológica ou programática.

Explorando bem as brechas do sistema proporcional de lista aberta, os chamados partidos nanicos adquiriram expertise não em determinados temas do debate. Mas antes, em construir chapas para conquistar representação parlamentar muito além de sua inserção social.

Acéfalas, mas com corpo robusto, as chapas de legendas nanicas apresentam a mesma característica para o recrutamento: no vestibular da seleção, há linha de corte para o desempenho eleitoral dos candidatos: nenhum com votação menor ou superior a uma faixa variável de 3 mil a 20 mil votos.

Assim, qualquer um pode ganhar a loteria das urnas com um mínimo próximo a 20 mil votos para a Assembleia e 35 mil para a Câmara dos Deputados. Em chapas de grandes partidos, o mínimo necessário para um candidato se eleger varia entre cerca de 55 mil e 60 mil para deputado estadual e 90 mil para deputado federal.

É assim que um grupo de nove pequenos partidos,por exemplo – PTN, PTdoB, PRP, PTC, PRTB, PHS, PSL, PMN e PSC – todas com “pequenos donos” , sonha com 29 vagas no plenário estadual e 15 na bancada federal – respectivamente 39% e 28% das cadeiras.

Quando acertam coligações, só o fazem entre pequenos e depois de terem construído a própria chapa, nos moldes da gestão eficiente.

Enquanto o chapão do PSDB,PP,DEM,PL (hoje PR) e PV elegeu 22 federais, o menos votado, Vítor Penido (DEM) com 77.079 votos, a coligação PT,PMDB e PCdoB conquistou 17 cadeiras, a última delas, de Leonardo Monteiro (PT), que obteve 77.107 votos.

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