Mais rápidos e intrépidos do que os demais grupos econômicos, dois grupos políticos itabiranos , ambos ligados ao grupão, disputam um novo canal de TV para Itabira.
Trata-se da concorrência
004/2010 do Ministério das Comunicações, com valor mínimo orçado pela 'bagatela' de R$ 1.263.460,32, só para a concessão do novo canal 10+, que poderá atingir Itabira e toda a região. Entretanto, o valor final a ser desembolsado pelo vencedor, especula-se que pode ultrapassar de R$ 4 milhões de reais, como disse, só para ter o direito de exploração do canal por 15 anos. Ainda deverão ser acrescidos no investimento os custos com aquisição de equipamentos, que são carísssimos, e o custeio, que é bem alto. Para se implantar uma TV, com qualidade semelhante à da TV Cultura de Itabira e que já não é lá grandes coisas, pode-se ultrapassar, facilmente, a cifra de outros 1 milhão e tantos de reais.
A fase de habilitação, com apresentação da documentação e projetos, aconteceu no dia 23 de abril passado. Em entrevista, por telefone, com o Cácio Guerra, ex-presidente da Câmara de Vereadores de Itabira e um dos interessados, 9 grupos participaram da primeira fase licitatória, sendo que 3 são de São Paulo e 2 de Itabira, um deles encabeçado pelas filhas do Cácio e outro grupo identificado como WG, que segundo o Cácio pertence ao Wilson (Campos), tido como dono da Rádio Caraça, e Gui (Emerson Alvarenga Barbosa), ex-secretário de obras da Prefeitura de Itabira, durante o governo Ronaldo Magalhães.
Como se pode perceber, trata-se de um altíssimo investimento e que é intangível para quem trabalha na área há décadas, como minha produtora de vídeo, que atua em toda a região. Outro ponto que faz com que empresas do ramo não se manifestem é o alto custeio de manutenção. Não se mantém uma TV de boa qualidade com menos de 100 mil reais mensais. Daí, para conseguir tal montante, só com o varejo, torna-se inviável. Uma saída é buscar recursos de manutenção com serviços prestados de veiculações de anúncios para instituições públicas e com algumas grandes companhias. E ainda sim, pensar só no mercado itabirano, seria temeroso demais. Da parte do Cácio, se vencer a proposta, segundo me garantiu, ele planeja dividir os custos de investimento e manutenção com investidores, num regime de capital aberto ou sociedade. Já da parte da WG, pelo visto e se pertencerem mesmo ao Gui e Wilson, não deverão precisar de capital. Ou não?
Para mim, não há dúvidas. O que está no pano de fundo é uma ambição político-econômica bem maior: a região, que sustentaria, na boa, tamanho investimento. Ter um canal de TV regional na mão (além das rádios, jornais e revistas parceiros) abre-se muito espaço político para liderarem a região, que é tida como uma das de maior PIB nacional. Com fartos meios de comunicação nas mãos, alcança-se o domínio polltico e, consequentemente, o domínio econômico. Outra dedução minha é o fato de dois grupos concorrentes pertencerem ao mesmo grupo político, que indica queda de braço por espaço político e mais sinais de ruptura do já fragilizado grupão.
Fernando,salvo melhor juizo são grupos economicos que estão tentando conseguir o direito da tv em itabira, são chamada oportunidades de negocios assim como voce é empresarios todos os 9 grupos que participam da licitação são de empresarios.
ResponderExcluirAcho que devemos ficar felizes por alguém de Itabira conseguir a tv..
Itabira vem se consolidando com cidade polo, esta tendo indices que nunca conseguiu antes... assim uma tv para Itabira será de utilidade para manter como cidade forte comercialmente e polizadora de negocios.
Devo lembrar que nem a TV Bahia, filiada da Globo, de propriedade da família ACM, segurou o declínio político deste clã.
ResponderExcluirEleição se ganha no voto. O voto é fruto da percepção do cidadão sobre o ambiente no qual ele está inserido. Se TVs e jornais ganhassem eleição, o Lula nunca seria eleito presidente. Felizmente, a população está cada vez mais esclarecida. O que vale é a competência do candidato e sua capacidade de argumentação; sua oratória; sua capacidade de articulação e de se capilarizar pelas classes sociais; e, fundamentalmente, o seu curriculum vitae que, além de tudo, deve atestar a sua idoneidade moral . Envolvimentos em corrupção será um dos over-size das peneiras que os eleitores filtrarão os candidatos. A população está cansada de ser subtraída por pseudos políticos que se travestem de cordeiros, mas que não passam de lobos.