Sobre o comentário do anônimo, na nota Grupos políticos disputam canal de TV para Itabira e região,
que defende a vinda de mais uma TV para Itabira como "oportunidade de negócios", tenho a dizer que depende o que quer chamar de 'oportunidade de negócios'.
Primeiro, porque considero inviável uma TV conseguir se manter em Itabira, só com anúncios do varejo, por causa do alto custo de manutenção de uma emissora local. Para a absoluta maioria das micro e pequenas empresas, desembolsar mais que R$ 2000 por mês em publicidade pesa bem no caixa. E com 2 mil contos não dá nem para produzir um bom VT comercial. Segundo tabelas da Alterosa, Band BH, Record Minas e TV Leste, um plano de mídia para TV, só para veiculação local, custa em média uns R$ 4 mil, para uma única chamada ao dia, por apenas uma semana. Ou seja, falamos de investimentos publicitários a partir de 6 mil reais (produção+veiculação), para uma única semana de chamadas, que é pouco suficiente para um lojista ter retorno. Portanto, sobram os investidores maiores, como redes de magazines, supermercados, operadoras de telefonia etc. O ideal seria que um investidor de mídia de TV desembolsasse a partir de uns R$ 15 mil ao mês, sendo uns 5 para uma produção razoável e uns 10 mil reais para 15 dias de veiculação. Como se pode ver, são poucos empresários do varejo que detém tamanho montante.
Assim, não restaria outra alternativa de receita para a nova TV, do que contar com patrocínios de Câmaras Municipais, Prefeituras e grandes companhias. E é aí que mora o perigo, porque quase todas essas instituições fazem uso de censuras econômicas, que quer dizer: se você me bajular, banco seu programa, se bater, corto os patrocínios. Para quem duvida, assista por um só dia a TV Cultura de Itabira, ou ouça os programas de rádio patrocinados pelos poderes locais. Minha produtora de vídeo, por exemplo, com mais de 300 vídeos produzidos em todo o país, com mais de 18 anos de atuação, premiada em primeiro lugar com o vídeo 'Santuário do Caraça', conferido pelo Sesc-MG, tem sido 'esquecida' pelos poderes locais, desde a campanha política passada, quando, após uma tentativa frustrada de contratação, passamos a atender à campanha de oposição.
Assim, não restaria outra alternativa de receita para a nova TV, do que contar com patrocínios de Câmaras Municipais, Prefeituras e grandes companhias. E é aí que mora o perigo, porque quase todas essas instituições fazem uso de censuras econômicas, que quer dizer: se você me bajular, banco seu programa, se bater, corto os patrocínios. Para quem duvida, assista por um só dia a TV Cultura de Itabira, ou ouça os programas de rádio patrocinados pelos poderes locais. Minha produtora de vídeo, por exemplo, com mais de 300 vídeos produzidos em todo o país, com mais de 18 anos de atuação, premiada em primeiro lugar com o vídeo 'Santuário do Caraça', conferido pelo Sesc-MG, tem sido 'esquecida' pelos poderes locais, desde a campanha política passada, quando, após uma tentativa frustrada de contratação, passamos a atender à campanha de oposição.
Segunda argumentação é que, se o negócio TV fosse tão bom assim, todos os donos de TV seriam ricos só com a renda delas. Pelo que me consta, a Record é mantida pela Igreja Universal, a Globo deve um absurdo, o SBT é mantido pelos Baús da vida, a TV Cultura de Itabira é bancada pela Prefeitura e por aí vai.
Se a tal 'oportunidade de negócio' não é lá tão boa, assim, não vejo maior interesse nisso tudo do que o domínio político regional, que, de posse dele, mantém-se a TV e tantos outros 'negócios' mais. A não ser que consigam uma Igreja, ou vender carnês de capitalização, ou sejam 'abençoados' por algum 'padrinho' interessado.
Se a tal 'oportunidade de negócio' não é lá tão boa, assim, não vejo maior interesse nisso tudo do que o domínio político regional, que, de posse dele, mantém-se a TV e tantos outros 'negócios' mais. A não ser que consigam uma Igreja, ou vender carnês de capitalização, ou sejam 'abençoados' por algum 'padrinho' interessado.
Quando classifiquei como "Grupos políticos disputam canal de TV" e não como grupos empresariais, não foi para ofender ninguém. Dentre as razões, nota-se que, das empresas especializadas no ramo de videoprodução, com atuação há décadas na região, nenhuma delas participou da licitação, até porque as cifras são intangíveis para todas, inclusive se tentassem montar um tipo de cooperativa ou de grupo unido de comunicação. Outra razão: dos 2 grupos locais participantes, segundo informações obtidas, ambos são velhos conhecidos da política e sem tradição profissional na área de videoprodução ou de gestão de TV. Além da 'coincidência' de que ambos, pelo que me consta, participam do chamado grupão. Ou não pertencem mais?
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