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quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Concha acústica, um tiro no escuro para dar certo
Foi lançado o CD gravado com o coro dos mineiros de Itabira junto com o grupo Ponto de Partida, de Barbacena, com apresentação artística de Canto do Povo de Um Lugar.
Uma apresentação dígna de aplausos e melhor ainda ouvida com a qualidade acústica do anfiteatro de Itabira, encrustado no Pico do Amor.
Imagino que o arquiteto e construtora não pensaram que dalí, no meio de tanto pedregulho, sairia aquela primorosa acústica a ser apreciada por todos. Foi o verdadeiro tiro no escuro que deu certo.
Mas, como construção pública em Itabira é sempre um drama desde o dia que começa até sua conclusão e entrega à comunidade, temos lá alguns detalhes a serem transpostos pela Prefeitura Municipal, que já recebeu a verda da Vale em função de uma das LOC - Licença Operacional Corretiva, e parece que a grana acabou. Percebemos isto devido aos detalhes e necessidades incompletas para o local.
Vejamos, a iluminação na apresentação teve de ser provida por dois geradores a óleo diesel, poluidores do meio ambiente, não há acesso para caminhões ou camionetes até o palco para a montagem de equipamentos complementares para apresentações diversas e a Alameda Dorothea Reis, saudoso maestro e amigo, que nunca é entregue aos transeuntes e veículos a circularem por ela.
Pelo que me consta já foram gasto mais de R$ 7 milhões, os prazos de conclusão das obras já foram extrapolados em mais do dobro do tempo e a comunicação da Prefeitura não se digna a comunicar à comunidade os fatos que levam a mais este transtorno em nossa cidade.
A respeito da antiga proposta da Vale sobre a apresentação de ontem, "um novo olhar sobre Itabira", ela foi manietada no ano passado devido àquela crise mundial em que a grande mineradora continuou auferindo o mesmo montante de lucro em bilhões de reais as custas de desemprego e a não conclusão ou adiamento do proposto e falta de investimentos e patrocínios culturais em nossa cidade.
Creio eu que devido este corte da programação sobre o "olhar" que acabou se transforando em míope, por parte da Vale(?), os participantes deveriam ter aprofundado mais nas pesquisas e até mesmo inserido belas canções e valsas de antigos compositores itabiranos e da região, a citar Mestre Aleixo, Norberto Martins e Mozar Bicalho dentre muitos, proporcionando uma conotação mais itabirana de fato a este projeto que foi encerrado ontem.
ACESSE: www.lestemais.com.br
4 comentários:
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Para quem trabalha com sonorização aquele lugar é um Deus nos acuda. O acesso é ridículo, o artista que ali for fazer um espetáculo tem de caminhar e muito, pois o lugar não oferece condições de veiculos chegarem até lá. Imagine, caixas de som com 120 Kilos as vezes são carregadas pelos coitados dos técnicos porque o Grupão pensou na beleza mas não na logistica. Aquele equipamento todo foi colocado a duras penas por causa dessa retrograda administração. Só quem trabalha com som e luz sabe como é péssimo aquele lugar, sem levar em conta a caminhada que o pobre coitado do artista tem de fazer para chegar ao local... Ridículo... fora isso, o resto é legal!!!
ResponderExcluirPaticipei do projeto, principalmente contribui. Abri a minha casa para equipe do Ponto de Patida no momento da pesquisa. Indiquei inumeras familias genuinamente itabirana, para contar a nossa história. O trabalho da equipe foi maravilhoso, principalmente na realização da exposição na casa de Drummod. Quanto ao CD, acredito que faltou critério na escolha das musicas. Itabira tem compositores consagrados e poetas de qualidade. Muitos ainda trabalham na mineradora e outros aposentaram mas continuam escrevendo a história da Vale que confunde com Itabira.
ResponderExcluirSabemos da importãncia do poeta Carlos no contexto.É inquestionavel. Porque somente versos de Drummond, se a proposta foi um novo olhar? Porque "Canto do povo de um lugar se todas as musicas foram de compositores de outros lugares.
Faltou sensibilidade de quem produziu
Gente de outras bandas editaram regras.
"Enquanto isso as janelas espiam gente de outras bandas editando regras. Só, em uma porta de uma Rua qualquer,alguém cisma na derrota incomparavél.
Marconi Ferreira
O Marconi disse: "Indiquei inumeras familias genuinamente itabirana, para contar a nossa história."
ResponderExcluirRespondo: Querido Marconi, sei de sua boa fé, mas o problema maior sempre está neste pensamento "soberbo" de que Itabira se vale pela memória de alguns sobrenomes.
Meu nobre Tutu. Nada de soberba da minha parte. Em momento algum tive tal intenção.Quem me conhece sabe muito bem que sempre acreditei que os protagonistas da nossa história foram as pessoas mais simples da Mina.
ResponderExcluirA Classe dominate sempre usurpou e torceu a nossa história. Contaram conforme os seus interesses.
Tem certos nomes de familias itabiranas que não passam de verdadeiros encostos e pedras no caminho aqui no Mato Dentro. Viveram da teta publica e ainda vivem beneficiando. Amigo, você assina com o alcunha de Tutu Caramujo.
Você sabe da verdadeira história de Antonio Alves de Araujo? Pois é. Não é o que conta as viuvas de Drummond e os neo-intelectuais que pensam ser especialistas em Drummond só porque decoraram meia duzia de versos e dizem amigo do neto herdeiro. Entenda, só hedeiro mais nada. As pessoas que indiquei são simples descendentes do povo "pé rapado da Rua de Baixo". Como disse Drummond no Poema Briga das Ruas. Gente simples da mina, parentes de Tutu Caramujo que ajudou e ajuda a escrever esta bela históra de amor a Itabira desde 1872.
Sim, são genuinos itabiranos não são parquedista que cairam por acaso aqui no Mato Dentro e cismam entendidos de uma história construida a mais de 307 anos.
Abraços.
Marconi Ferreira.