Vivemos na região das minas. Neste pedaço do planeta, a maior parte da riqueza é gerada por meio da mineração. Há lugares em nosso imenso planeta em que a riqueza é fruto da agricultura, enquanto em outros a atividade industrial é o grande motor econômico. Há lugares em que predomina o comércio de bens, em outros, a prestação de serviços. Nós vivemos na região das minas, e por aqui predomina a mineração.
A mineração é capaz de sustentar durante longos anos a riqueza da região mineradora. Enquanto a terra é minerada, extrai-se enorme riqueza do solo, que é processada e vendida. Uma pequena parte do valor auferido com a venda do mineral é revertida, por meio de impostos, para a região que suporta a mineração. A maior parte cobre os gastos da atividade e remunera a empresa mineradora. Poderíamos viver durante anos assim, uma geração atrás da outra.
É inegável que a atividade de mineração proporciona expressivos benefícios socioeconômicos, dinamizando o mercado de trabalho, modernizando a infraestrutura de serviços e gerando vultosa arrecadação tributária ao município. Porém, a mineração é atividade finita; minério não dá duas safras.
Se um dia nossa fonte de riqueza irá acabar, e sabemos disso, devemos cuidar para criar alternativas econômicas à mineração. Contudo, ao longo do tempo, nota-se que mesmo as mais antigas cidades mineradoras permanecem dependentes da mineração e raramente possuem perspectivas de desenvolvimento autônomas à atividade mineral.
Para quem vive na região das minas, resta a tarefa de buscar alternativas econômicas. Nosso avanço até os dias de hoje são ainda tímidos. Já faz décadas que cerca de 90% da riqueza produzida em Itabira é fruto da mineração. O vigoroso crescimento econômico permanece atrelado a uma atividade específica e não-renovável. O crescimento do setor de serviços, especialmente nas áreas de educação e saúde, é um importante esforço rumo à diversificação econômica, mas ainda insuficiente para atenuar a dependência à mineração.
O desafio é enorme. Ao nosso redor, não faltam exemplos de cidades que chegaram ao auge econômico com a mineração, e com a exaustão do mineral, vivenciaram declínio e estagnação econômica. Por isso, é preciso buscar diversificação econômica. Gestão pública municipal eficiente e transparente é premissa básica. Nova Era e São Gonçalo do Rio Abaixo são exemplos de cidades da nossa região que demonstram como uma gestão eficiente modifica a vida de um povo e de um lugar.
Mas não é responsabilidade apenas de um governo: é responsabilidade coletiva. Governo local, estadual e nacional, sociedade civil, Vale e demais empresas. O que será depois de amanhã? A responsabilidade é de todos nós.
Who's amoung us?
quarta-feira, 26 de maio de 2010
PADRE MÁRCIO: VÍTIMA DE INTERESSES ESCUSOS
Sou solidário ao Padre Márcio Soares, contra as denúncias de pedofilia, apresentadas na imprensa nesta semana. O conheci tempos atrás e posso atestar sua boa fé e bons princípios.
No blogue do Zanon, uma estranha sugestão de trama política:
"A denúncia contra o padre tem implicações políticas. A imagem itinerante da Nossa Senhora Aparecida chega hoje a Itabira, e será recebida pelo padre Márcio Soares, que, além de muito querido é uma pessoa extremamente séria e consequente". E depois escreveu isto:
No blogue do Zanon, uma estranha sugestão de trama política:
"A denúncia contra o padre tem implicações políticas. A imagem itinerante da Nossa Senhora Aparecida chega hoje a Itabira, e será recebida pelo padre Márcio Soares, que, além de muito querido é uma pessoa extremamente séria e consequente". E depois escreveu isto:
"A igreja católica tem uma posição clara em relação à questão eleitoral, a favor da transparência, da Ficha Limpa, da ética na política e por aí. Inclusive se bateu muito pela aprovação da lei da Ficha Limpa.
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O nazistóide "(Cosme Ferreira, do 'Jornal' Estranhaço)" não agiu sozinho, há forças políticas locais por trás dele. Sem o menor escrúpulo, submeteu o padre, a igreja católica e a criança a uma exposição cruel, violenta. Da mesma forma que fez com este blogueiro".
(Clique aqui para ler mais)
DEPOIS DO VOTO, A MELHOR SOLUÇÃO:
Tem botão aí que não vai aguentar de tanto uso...
Mas fique tranquilo. Há conserto e peças disponíveis.
FIM DA SILÊNCIO: ITABIRANOS DESCOBREM A WEB
"-Como fazia vovó, tô na dieta Activia + Johnnie Walker, cagando e andando!"
Com frases como esta acima, publicada no blogue Porta de Motel, o(a) blogueiro(a) anônimo(a) ousa, por vezes exagera e começa a preocupar as autoridades municipais.
Se, até então, o Porta de Motel se limitava a brincadeiras e à críticas disparadas contra os frequentadores das baladas, numa linha de humor muito próxima à do personagem Christian Pior ('Pânico na TV'-Rede TV), depois que a Justiça e alguns órgãos de mídia foram à sua caça, o blogue passou a dar outro enfoque, ou quem sabe, a expor as intenções iniciais: criticar a política local.
Pelo que li, em rápida olhada, o blogue já publicou duas notas que expõem, seriamente, o Governo Izael e parte da imprensa itabirana: 'Saúde tá ótima'; 'voces esqueceram de falar'.
Depois que a convergência digital tomou conta do mundo, não há como fugirmos. Todos estamos expostos a tudo. Em qualquer momento, um clique, uma espiada de um voyer e um flagrante. Por razões como esta, todo o cuidado é pouco, porque passamos a ser mais públicos. E as celebridades e os políticos, coitados... estes não terão como escapar. Ruim para os corruptos, bom para a democracia. Ruim para as pessoas de bem que são achincalhadas, bom para os que "AINDA" não foram criticados... E toque o enterro, senão o defunto estraga.
Outros sítios livres da internet têm contado com visitações nada comuns, como o 'Luiz do Mosaico', 'Leste Mais' e, é claro, o nosso Filhos-do-Cauê. Ao analisar o número de visitações destes blogues, percebe-se claramente (segundo o sítio Biz Information), que o Porta de Motel é, pasmem, o mais visitado, inclusive bate no polêmico 'Luiz do Mosaico', com 150 páginas lidas diariamente, contra 10*, respectivamente.
A receita do sucesso do Porta de Motel é simples, o humor pelo humor. A gozação, a zombaria acima de tudo, sem textos longos (como os meus, rsrsrs), com aplicação de muitas imagens bizarras e excesso de irreverência. As críticas contra a política local, mesmo ministradas em doses homeopáticas, serão sagazes e, não se assustem, muito mais arrazadoras, principalmente se a visitação aumentar. Uma receita para as pessoas comuns criticadas, para driblar a irreverência, é não levar tanto a sério, é levar na brincadeira e participar, como bem fazem os artistas e políticos mais inteligentes. Apelar é, por certo, a pior defesa, tal como quando recebemos um apelido que não gostamos: é o que pega e fica! Para os políticos errados, lamentavelmente, não há saída, senão reconhecer o erro e tentar corrigir...
Os estudiosos do marketing político já haviam antecipado essa tendência em recente seminário, ocorrido neste ano, em São Paulo. A mídia impressa, quer queira ou não, está cada vez mais confinada pela convergência digital, que é bem mais rápida e instantânea, conforme previ na minha palestra, durante a "1a. Conferência Regional de Comunicação", em novembro passado (aquela que o presidente da Câmara de Itabira, Neidson Freitas, aspirante a deputado federal e a prefeito, adotou o papelão de dar o calote).
Nestas eleições, a Justiça Eleitoral terá que dar total atenção, para evitar abusos, tanto da parte dessa nova forma de comunicação, quanto por parte da tentativa das autoridades e políticos de cercearem essa nova liberdade de expressão, garantida por lei, nos limites dela, é claro. Afinal, com que justificafiva, a não ser por não contar com autoria reconhecida, a Justiça caçaria o 'Porta de Motel', se a Rede TV e outras emissoras como a Band com o CQC e a Globo com o Casseta e Planeta mantêm programas semelhantes?
Pessoal, fiquem alertas e levem as críticas na boa. De repente, podem até dar uma mãozinha e brincar com um figurino exclusivo para chamar a atenção do(a) blogueiro(a) e virar notícia. Mas não exagerem. Aos políticos, mudem de atitude para não serem vocês os próximos caçados pela opinião pública.
Aos blogueiros e blogueiras, vamos brincar com responsabilidade e trabalhar com cautela. E Viva a liberdade de expressão!
* Vale ressaltar que os números de páginas visitadas pode ser bem maiores e diferentes do exposto, ao considerarmos que os sistemas de medição usualmente registram apenas o número de IP (Internet Protocol), de forma que, no caso de redes corporativas, que usam uma única máquina como servidor Web, essa medição pode não registrar os acessos das máquinas clientes, como nas prefeituras, câmaras, lan houses etc., fazendo com que mascare a medição.
terça-feira, 25 de maio de 2010
Vide Vida Marvada
O itabirano com a cabeça no lugar e isento de qualquer vontade de puxar o saco do Grupão até estoura-lo, deve sentir um nojo viver nesta Itabira. Essa perseguição imbecil e barata que essa turma faz com aqueles que não concordam com as falcatruas chega a beira do terrorismo. Quantas pessoas foram demitidas de seus empregos por estarem do lado contrário, ou terem apoiado Damon nas eleições passadas. Quantos pais de família vivem acuados nos seus empregos terceirizados, calados por pressão e opressão maldita do Grupão.
Quem nessa terra sem lei chamada Itabira não conhece uma pessoa que foi demitida de seu emprego ou denegrida publicamente em jornais ou rádio por se manifestarem contrários às atitudes dessa raça que come Itabira por dentro e por fora...O que o Fernando diz em seu texto abaixo é a mais pura realidade, ou seja, não se pode ir contra esse bando que está aí, eles te devoram como os bichos devoram um cadáver e nós somos os cadáveres, pois somos mortos, inertes e sem reação.
A cambada de puxasaquismo escroto, avalisada pelas revistas, rádios e jornalecos de Itabira defendem a todo custo o Grupão e seus desfeitos. Os ratos que rodeiam esse grupo também defendem para continuarem a roer e assim vamos levando, no banho maria, essa vidinha!!! Êta vida marvada!!!
segunda-feira, 24 de maio de 2010
EFEITO CONTRÁRIO
É assustador o repúdio dos leitores do blogue do Luiz Zanon do Jornal Mosaico (clique aqui) contra o assessor de comunicação dos governos Ronaldo Magalhães (2001-2004) e João Izael (2005-2008, 2009-.2012), Fernando Silva, depois que surgiu mais um jornalzinho apócrifo em Itabira.
O próprio feito, de lançarem mais um canal difamador com autoria não identificada, acabou menor, por certo, no lugar que deveria. Surpreendentemente, o foco dos comentários recaiu sobre o assessor. Será por que? Por qual razão, tanto o Ronaldo, quanto o João, preferem e apóiam esse tipo de assessoria?
MEMÓRIA 1
Durante as eleições passadas, saiu uma edição extenporânea do Espinhaço, jornal que o Fernando Silva já foi conhecido como 'colaborador', acusando o médico Damon de Sena, na ocasião candidato de oposição para prefeito, pela morte de duas pessoas, uma na transição de um plantão e outra de trânsito, em Belo Horizonte.
Como rápida resposta da oposição, foi veiculado no programa eleitoral do Damon, um trecho do último programa de rádio do Zé Geraldo, quando o radialista denunciou o enriquecimento de alguns correligionários do grupão. Em seguida, não se falou mais no assunto.
MEMÓRIA 2
Em 2001, assim que o grupão assumiu o governo municipal, foram deflagradas diversas críticas contra a gestão anterior (Jackson-PT). Assessores e parceiros da comunicação do grupão iniciaram francos ataques contra minha pessoa, quando fui diretor executivo da TV Cultura de Itabira, me acusando de a ter sucateado. Fatos relatados e contestados por mim em diversas publicações no Diário de Itabira, sem qualquer resposta contrária.
Porém, antes que eu decidisse pela contra-exposição pública, ou seja, da minha reação via um jornal, como futuro articulista, cheguei a procurar o Fernando Silva, pedindo uma audiência com o Ronaldo Magalhães, para que eu tivesse a chance de expor o contrário e me defender, ou seja, de colocar como foi, realmente, entregue a TV. Na ocasião, conversei com o Fernando Silva. Na semana seguinte ao pedido de audiência (até hoje não atendido), sairam duas notas no Espinhaço, me chamando de CARA DE PAU (I e II), alegando que não bastasse ter 'sucateado a TV', eu ainda havia procurado o Ronaldo para pleitear o cargo de diretor da TV. Daí, fui obrigado a reagir via o Diário, quando não faltaram iniciativas de correligionários do governo e de secretários para tentarem (em vão) me convencer do contrário. É mió calar e deixá pra lá...
ATUAIS REAÇÕES
Se antes, as reações das pessoas achicalhadas eram de encolhimento pelo medo da exposição ridícula e dos populares manterem-se à distância dos achincalhados, como se fossem portadores de doenças infecto-contagiosas, hoje, depois que essas tentativas de difamações atentaram contra um grande número de vítimas, as reações perderam o controle da situação.
Essa fórmula, não funciona mais. Prova disso são as altíssimas rejeições dos nomes dos políticos do grupão; a quantidade de comentários de apoio ao Zanon; a negativa da Inter pelo 'movimento apartidário'; o posicionamento firme de parte da imprensa que não se vende mais e até as reações contrárias de alguns vereadores apoiadores, que têm mostrado poder e não aceitam mais o cabresto do gabinete ou da pseudocomunicação. Aquele movimento iniciado em 2009, de caça às bruxas, de alegarem que se sentiam-se traídos, foi a pior reação possível e só faz aumentar o ódio e a vingança.
O caminho será sempre a boa e velha democracia, pelo diálogo franco e sincero. Contra armas sujas, a sociedade responderá negativamente, sempre. Contra censuras econômicas, o grito. O dia que o prefeito João Izael (e verdadeiros companheiros de bem, que são poucos e sem poderes, lamentavelmente) passarem a agir com mais transparência e com mais ouvidos abertos para a sociedade, descobrirão o quanto os maus intencionados denigrem e aumentam a rejeição. De minha parte, não sou xiíta e estou sempre a postos para ajudar. Afinal, Itabira merece. Não?
Deu no Blog Luiz do Mosaico
Não resisto à tentação... tenho de publicar....
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"Ocorreu neste domingo em Itabira um encontro entre espíritas kardecistas de várias cidades de Minas. O acontecimento é bem oportuno, tendo em vista o sucesso do filme "Chico Xavier", sobre a vida do fabuloso médium e humanista mineiro..Outro motivo é que espíritas da cidade estão francamente envolvidos na composição do 'movimento apartidário' que pretende apoiar candidatos de Itabira nas eleições parlamentares deste ano. A reunião anterior do grupo de entidades deu-se, inclusive, na creche Nosso Lar, mantida por um grupo espírita local, na terça-feira 11/5, representado ali por Alzira Martins da Costa.
........................ESPERANÇA FRUSTRADA........................
Na última quinta-feira, 20/5, nova reunião ocorreu, na sede da Interassociação de Amigos de Bairros. A Acita, a seção itabirana da OAB, a representante da creche, o diretor da 'Inter' Mozart Alves e todo o grupão que (des)governa Itabira pretendiam que a Interassociação presidisse o movimento. A proposta já havia sido feita no encontro anterior..Porém, Mônica Reis, presidente da entidade, frustrou a expectativa deles. Além de rejeitar a liderança, colocou condições para a instituição dar seu apoio. A enorme contrariedade dos citados acima estampou-se. Os vários líderes comunitários presentes manifestaram seu apoio a Mônica..Ela foi extremamente crítica aos políticos da cidade, afirmando que os representantes das comunidades, e os próprios moradores dos bairros, estão cansados de promessas vazias. A indignação contra os políticos locais foi manifestada sem receio pelos diversos líderes presentes. O grupão da maracutaia não amedronta mais..Mônica Reis lembrou inclusive a promessa de campanha de Izael de garantir internet gratuita para a população, não cumprida. Se o governo quisesse mesmo promover a inclusão digital - sem maracutaias - isso já poderia ser uma realidade itabirana. O orçamento municipal é fabuloso. (Conversamos sobre isso na última sexta-feira com o secretário de Governo, Oldeni Santos. Aguardem a matéria).Reclamou ainda da falta de estrutura da 'Inter': "Nós podemos apoiar o movimento se nossos critérios forem aceitos, mas estamos com muitas atividades até novembro, e não temos como pegar mais essa responsabilidade. Também não temos condições financeiras para ajudar, porque nós estamos sem dinheiro até para manter nossas atividades regulares"
...............................FICHA LIMPA..........................
A presidente, ao iniciar a exposição dos critérios exigidos pela Interassociação, deixou claro que a entidade não apoiará corruptos ou alguém que esteja passando por problemas judiciais, em nítida referência a quem possa responder por desvio de dinheiro público, maracutais diversas ou outras questões de interesse público que impliquem repúdio social. Exigiu: "O candidato tem que ter ficha limpa"..E continuou: "O mandato tem que ser popular". E mais: "O candidato tem que amar a transparência. Parar com falsas promessas, a população não aguenta mais"..Nesse momento, foi interrompida pelo advogado José Vital, ansioso, que representava a Ordem dos Advogados do Brasil. Falou muito, para concluir: "Mônica, esse critério de transparência é subjetivo. Como vamos saber se o candidato é transparente antes de ser eleito? Não tem jeito"..O equivocado José Vital foi interrompido por este blogueiro: "Claro que é possível saber se os candidatos defendem a transparência, há critérios objetivos. O candidato teria que se manifestar favorável à transparência no trato de questões de interesse público, e sua vida mostrar que ele é coerente. No próximo dia 28 entra em vigor a lei da transparência. Municípios com mais de 100 mil habitantes terão que divulgar para a população os gastos, detalhadamente. Nem seria necessário lei para isso, quem não gosta de maracutaia não tem problema em ser transparente no uso do dinheiro público. Se o prefeito João Izael quisesse, a prefeitura já teria seu portal da transparência com tudo detalhado"
................................POLÍTICOS CRITICADOS..........................
Mônica Reis foi constantemente interrompida pelo presidente da Acita, José Antônio Lopes, pela representante da creche Nosso Lar e por José Vital, ficando impedida de continuar apontando os critérios. Bem menos por Mozart Alves..Os líderes comunitários presentes também se pronunciavam, manifestando-se vigorosamente a favor dela, e fizeram severas críticas aos políticos locais. Também o presidente do sindicato dos servidores públicos municipais, José da Penha, prestou solidariedade a Mônica Reis..Este blogueiro lembrou ainda que há uma Emenda à Lei Orgânica do Município (LOM) que destina até 1% do Orçamento para subvencionar projetos sociais executados pelas associações de bairro, e que basta um decreto do prefeito para regulamentá-la. Seria uma forma do povo decidir em que aplicar o dinheiro público. Só para este ano poderia atingir R$ 2.300 milhões. Os líderes comunitários se manifestaram indignados com a não-regulamentação..(É a Emenda 010/2003, inserida no artigo 170 da LOM. Dispõe sobre a criação de um Fundo para ser aplicado conforme acima. Estabeleceu um prazo de até 180 dias para ser regulamentada pelo ex-prefeito Ronaldo Magalhães (PV), através de Decreto ou por Projeto-de-lei do executivo, a ser votado pelo legislativo, criando o Fundo. Até hoje isso não ocorreu.)
...............................PERFIL DEFINIDO.........................
Em nervosa intervenção, o presidente da Acita pediu: "Precisamos do apoio da Inter. Sem essa entidade fica muito difícil levar o movimento. A Acita não pode tomar a frente, ela já tem o nome vinculado a uma única classe, que são os empresários. A Inter abrange todos os bairros. Além disso, devido a erros de diretorias anteriores, nós carregamos o estigma que temos uma tendência política, porque diretores anteriores apoiaram diretamente alguns candidatos. Infelizmente, se não conseguirmos definir uma liderança, o movimento pode nem existir.".Mais à frente, sugeriu que a OAB ou a Coordenação do Clube de Mães lidere o movimento. Possivelmente será a OAB, caso o 'movimento apartidário' não se desintegre. A representante do Clube de Mães, Luíza do Carmo Barcelos, colocou-se, durante a reunião, solidária com os critérios e posições adotadas pela Inter e líderes comunitários..Quando, irritada, a representante da creche Nosso Lar disse que o importante era escolher o líder do movimento, e que a escolha dos critérios e candidatos seria numa etapa posterior, foi interrompida pelo presidente da Associação do Bairro Cônego Guilhermino, Hamilton: "Nós não estamos escolhendo candidatos aqui, estamos definindo o perfil que qualquer candidato que venha a ser apoiado tem que ter"..Também o conselheiro do Codema, Francisco Carlos Silva, o popular Chico Fubá, prestou solidariedade à posição adotada pela Inter..Com todo o debate formado, Mônica Reis não conseguiu falar todos os critérios exigidos pela Interassociação. Mas no dia seguinte, procurada por este blogueiro, passou-nos a folha onde os havia anotado juntamente com outros ítens que conduziriam suas intervenções. (ver imagem no alto)
..................................FEITIÇO QUEBRADO.....................
O povo itabirano, em grande parte representado pelas associações de bairro e pela Inter, quer respeito, e conhece a força das associações. Não se curva mais aos desmandos do grupão da maracutaia, nem às suas ameaças de retaliação. O povo itabirano já sabe que, se dormir, a dor não passa. Foi pra rua beber a tempestade..Este blogue está incomodando muito o grupão. A Interassociação e os líderes populares presentes assumiram como necessários todos os critérios postados em nossa última enquete (ver no alto, à direita), para apoiar algum candidato. Inclusive o do domicílio eleitoral em Itabira, que lembramos lá em nossa intervenção. E a violenta reação do grupão se deu já no sábado. É o que sabem fazer. Mais fortes são os poderes do povo.Como iniciamos falando de Chico Xavier, nada como terminar com um pensamento seu:.
"A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos. A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro. A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos... TUDO BEM!O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum... é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos. Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos." "
sábado, 22 de maio de 2010
POLÍTICA SUI GENERIS EM ITABIRA
Outro dia estava conversando com meu amigo, Henrique Nery sobre a estranha política em Itabira. Nada bate bem e quase nada é lógico... É coisa para louco entender.
SOBRE MANDOS E DESMANDOS
Recordo-me que, quando fui Assessor de Comunicação da Prefeitura, o então Prefeito Jackson havia despachado com o Vice-Governador, Newton Cardoso, algumas obras para Itabira, dentre elas, o início das obras do asfaltamento para Nova Era, uma verba de 7 milhões para a canalização do Córrego da Gabiroba e a transformação da delegacia de polícia civil em delegacia regional. Eu estava presente no gabinete do vice-governador , cobrindo tudo. Ele se comprometeu com as ações e chegou a definir prazos. Dos 3 favores, apenas a delegacia regional vingou em seu mandato. Pelo que me foi dito, houve uma intervenção do então deputado federal do PDT, representante itabirano, Li Guerra, junto com Itamar Franco (Governador do Estado), para que não liberasse tais recursos, antes do período eleitoral, para não favorecer na reeleição do Jackson.
De lá para cá, Jackson saiu do cenário e entrou a turma do grupão, composta pelos grupos do PDT, DEM, PP, PSDB, PMDB e tantos outros, que dominam até hoje a Câmara e a Prefeitura. No extremo oposto, os resistentes PT, PV (agora fracionado) e PCdoB. Até aí, tudo bem...
Só que, nas últimas campanhas políticas, a turma do grupão desceu o cacete no PT, principalmente no finalzinho da campanha majoritária. O mesmo do Lula que tanto fez para eles (falo da ETE Laboriaux, Unifei, verbas para casas populares etc.), inclusive, as poucas e concretas ações do mandato do João Izael. E ninguém do PT itabirano (graças a Deus) fez qualquer imposição ou ação para sacanear ou sabotar. Até aqui, quase tudo bem, fora o não reconhecimento da turma do grupão...
SOBRE ESQUECIMENTOS DOS ALIADOS
E para contrariar mais o senso lógico, o Prefeito João Izael anunciou mil casas do programa "Minha Casa, Minha Vida", da Caixa Econômica Federal, publicado no Diário de Itabira de quinta-feira passada. Um anúncio de peso (se vingar, é claro) e sem a presença ou citação de qualquer outro político aliado deles. Um louro exclusivo para tentar melhorar a imagem do governo, se esquecendo de ajudar ou favorecer os aliados Neidson Freitas ou Ronaldo Magalhães, pré-candidatos do grupão.
E para contrariar mais o senso lógico, o Prefeito João Izael anunciou mil casas do programa "Minha Casa, Minha Vida", da Caixa Econômica Federal, publicado no Diário de Itabira de quinta-feira passada. Um anúncio de peso (se vingar, é claro) e sem a presença ou citação de qualquer outro político aliado deles. Um louro exclusivo para tentar melhorar a imagem do governo, se esquecendo de ajudar ou favorecer os aliados Neidson Freitas ou Ronaldo Magalhães, pré-candidatos do grupão.
Só lembrando, esse programa de habitação popular é também do governo Lula e que, por estar em época pré-eleitoral, não pode ou não deveria assinar novos convênios agora, sob pena de correr o risco de cassação da campanha de sucessão, a favor da Dilma Roussef.
CADÊ O PT?
É muito engraçado como o PT permite tais apropriações. Tudo bem que é muito mais correto fazer o bem, sem olhar a quem, como bem diz o ditado popular. Mas não receber os louros das conquistas, não é justo. O PT nacional, estadual e municipal deveriam costurar mais as relações e impor a presença, dando os créditos a quem de direito. Ou não?
E AS CONCLUSÕES?
Se é que pode-se concluir algo... da parte do grupão, percebe-se a tendência de rompimento geral e do salve-se quem puder... O que os une, são os recursos financeiros entrelaçados aos interesses, sem qualquer foco comum ou ideologia. Da parte da oposição local, se fracionou há tempos. O PT não se interage e não defende a sigla para o PT local. Parece que deixou de ser estratégia nacional contar com mais uma prefeitura, em Itabira. O PV, se perdeu diante do golpe, o Damon quase não se pronuncia diante das crises (que não são deles... mas que seriam oportunas) e por aí vai...Ah... quer saber! Não tente compreender sequer esse articulista que vos escreve... Posso estar variando também... Acho que vou ouvir um funk, ou sertanejo enlatado, axé ou pagodão... Quem sabe aprendo a andar no ritmo... Tchau e bom final de semana.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
É... TÁ DIFÍCIL
Em plena Semana Antimanicomial em Itabira, o CAPS - Centro de Atenção Psicossocial de Itabira - está "ornamentado" com faixas negras, em sinal de protesto contra o abandono e falta de atenção do poder público local.
Em Itabira, o dia 18 de maio, Dia Nacional da Luta Antimanicomial, foi lembrada com mais um protesto com passeata, panos pretos nas fachadas e uma faixa denunciando a “Calamidade, Absurdo, Penúria e Sofrimento".
É... estou começando a pagar para ver a performance dos candidatos da situação nas urnas deste ano...
É... estou começando a pagar para ver a performance dos candidatos da situação nas urnas deste ano...
SOPRARAM A FAROFA
Sem liderança e ameaçado: Inter diz não a movimento “apartidário”.
Esta é a manchete estampada no Diário de Itabira de hoje, referente à negativa de assumir o "Movimento Apartidário" e às duras críticas contra os atuais políticos locais, que Mônica Reis, presidente da Interassociação (Icreci), disparou contra os que "defendem" Itabira.
Mônica, muito lucidamente, foi além na sua fala, ontem, durante a reunião com as entidades que pretendiam ressucitar o movimento para eleger candidatos itabiranos, ao dizer que, “Em vários momentos, nós já procuramos os políticos dessa cidade para tentar solucionar problemas das nossas comunidades. E tudo que eles nos deram foram promessas vazias”. Mais do que cobrar o que não foi feito pelos atuais políticos, chegou a fazer exigências para a Inter participar da campanha, dentre elas, exigir que os candidatos tenham ficha limpa (agora obrigação legal, aprovada pelo Senado).
Parabenizamos a Mônica pela coerência e a equipe do Diário de Itabira pela isenção na matéria, que, por certo, contraria o interesse de gente com poder transitório nas mãos. Só mesmo as pessoas mais inteligentes sabem reconhecer que o maior poder é o do povo, pelo voto.
Com a recusa, José Antônio Lopes, presidente da Acita, confirmou que o movimento está ameaçado. Se a idéia era cacifar os candidatos do grupão (Neidson, Ronaldo Magalhães etc.), melou...
Fonte: Diário de Itabira – 21/05/2010.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Problemas na gestão cultural itabirana
Recebemos dois e-mails, vindos de remetentes distintos, expondo problemas que envolvem a gestão cultural de Itabira, sobretudo a superintendência da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, hoje a cargo da Marília Ramos, e no outro, fazendo a convocação abaixo.
CONVOCAÇÃO
No e-mail das denúncias contra a Fundação, fizemos contato com a superintendente para ouvir a defesa, antes da publicação neste blogue. Segue a convocação.
CONVOCAÇÃO
Convocamos os artistas, produtores culturais e interessados que queiram criar um novo momento de discussão da Cultura Itabirana a participarem da reunião marcada para o próximo dia 18, Terça-feira, no CAI às 19:30 horas, com vistas à realização de programação e forum de debates por setor artístico para apreciação do desenvolvimento da cultura local com emissão de Manifesto Público.
Aguardamos os interessados.
Contatos e informações:
9935 5676
Aguardamos os interessados.
Contatos e informações:
9935 5676
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Combustíveis em Itabira... Cartel???
Estive ontem em João Monlevade e ao abastecer em um posto de combustíveis pagando R$2,41 o litro da gasolina e lembrando que em Itabira pago R$2,69 e ficando "P" da vida novamente e ficando indignado novamente e ficar me achando com cara de trouxa e perceber que os donos de Postos aqui Itabira são intocáveis e mais um monte de e's... resolví publicar um texto meu postado aqui em novembro.
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Ontem, dei um "pulinho em João Monlevade e São Gonçalo do Rio Abaixo. Fui no "Uninho" da nossa empresa pois é bem mais econômico que o meu famigerado 16 válvulas, ainda mais com o ar condicionado ligado. Coloquei R$50,00 de gasolina a R$2,59 no posto JM, no bairro João XXIII, preço esse cobrado em todos os postos dessa Mato Dentro. Chegando em Monlevade, passando pela estrada do forninho, espanto geral, pois o posto de combustível perto do futuro hospital, antiga rodoviária daquela cidade cobra R$2,33 o litro e pouco mais adiante, um outro posto cobra R$2,44. "P" da vida, comecei a lembrar da cara de sem-vergonha de um amigo meu, dono de posto de combustíveis em Itabira, quando o questionei na faculdade sobre a possibilidade de um cartel em Itabira. Na cara mais "lavada" do mundo me respondeu com a seguinte pergunta:"O que você acha??". O sorriso maroto que veio em seguida, logo após a resposta me fez perceber o quanto somos lentos e sonsos. A quanto tempo TODOS os postos de combustíveis dessa Mato Dentro cobram rigorosamente o mesmo preço e até nas ditas promoções os preços praticados são iguais, sem mudança sequer nos centavos para disfarçar. O triste é que os consumidores aceitam e os DD. Representantes do Ministério Público fazem vistas grossas ou o que é pior, desconhecem o caso. E assim vamos vivendo dentro do Mato Dentro, engulindo sapos, vendo a banda passar e esperando um milagre acontecer, sem sequer sabermos como pedir a Deus. Maldita pedra no caminho, quem em tudo atrapalha nosso avançar!!!
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Prigunto: Mudou alguma coisa?
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Ontem, dei um "pulinho em João Monlevade e São Gonçalo do Rio Abaixo. Fui no "Uninho" da nossa empresa pois é bem mais econômico que o meu famigerado 16 válvulas, ainda mais com o ar condicionado ligado. Coloquei R$50,00 de gasolina a R$2,59 no posto JM, no bairro João XXIII, preço esse cobrado em todos os postos dessa Mato Dentro. Chegando em Monlevade, passando pela estrada do forninho, espanto geral, pois o posto de combustível perto do futuro hospital, antiga rodoviária daquela cidade cobra R$2,33 o litro e pouco mais adiante, um outro posto cobra R$2,44. "P" da vida, comecei a lembrar da cara de sem-vergonha de um amigo meu, dono de posto de combustíveis em Itabira, quando o questionei na faculdade sobre a possibilidade de um cartel em Itabira. Na cara mais "lavada" do mundo me respondeu com a seguinte pergunta:"O que você acha??". O sorriso maroto que veio em seguida, logo após a resposta me fez perceber o quanto somos lentos e sonsos. A quanto tempo TODOS os postos de combustíveis dessa Mato Dentro cobram rigorosamente o mesmo preço e até nas ditas promoções os preços praticados são iguais, sem mudança sequer nos centavos para disfarçar. O triste é que os consumidores aceitam e os DD. Representantes do Ministério Público fazem vistas grossas ou o que é pior, desconhecem o caso. E assim vamos vivendo dentro do Mato Dentro, engulindo sapos, vendo a banda passar e esperando um milagre acontecer, sem sequer sabermos como pedir a Deus. Maldita pedra no caminho, quem em tudo atrapalha nosso avançar!!!
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Prigunto: Mudou alguma coisa?
quarta-feira, 12 de maio de 2010
MELANDO OS INTERESSES
É... a ira do grupão contra o PT, tende a aumentar bem neste ano. Duas novas leis sancionadas pelo Presidente Lula melarão os interesses da base do governo João Izael e podem cortar estranhos privilégios que vêm ocorrendo em Itabira.
FECHANDO O CERCO - I
A primeira delas é a Lei da Transparência (Lei Complementar 131), que determina que a União, estados, cidades e o Distrito Federal, cujas populações ultrapassem de 100 mil habitantes, sejam obrigadas a publicar na internet informações detalhadas sobre os gastos públicos, tanto orçamentárias, quanto financeiras.
O prazo tem tirado o sono dos prefeitos. Eles têm até o dia 28 próximo para que se adequem e atendam à nova lei.
Estranhamente, o governo João Izael parece detestar transparência e deve ter lá seus motivos. O Sindicato do Trabalhadores teve que entrar na Justiça para ter acesso à uma informação que é, por lei, de acesso público. No ano passado, eu, como cidadão e como conselheiro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, pedi um relatório com as receitas de comerciais e vendas de espaços editoriais da TV Cultura de Itabira, após receber uma denúncia, que alguns programas co-produzidos ou de terceiros não pagavam pelo uso dos equipamentos e do espaço editorial, fato já registrado neste blogue (clique aqui). Não fui atendido até o momento e, desde então, não tive mais notícias de novas reuniões com o conselho. Sequer sei se ainda faço parte dele. Vai ver que fui exonerado e não soube. Se fui, sem problemas, porque não somos remunerados e não topo participar de conselhos, com ou sem remuneração, que possa manchar o nome da minha família.
Em tempo: A minha proposta de analisar possíveis erros de conduta dos contratos da TV não era, até então, para expor aqui ou em outra mídia, fazer escândalos, bem como de crucificar ninguém. A idéia era de auxiliar a gestão e de acertar, consertar o que pudesse estar errado, sem escândalos e sem tumultuar. Na falta de resposta, tive que expor para não ser entendido como omisso e um só entendimento conclusivo: parece que não querem deixar de prover mordomias para apadrinhados políticos.
FECHANDO O CERCO - II
Outra Lei Federal sancionada pelo Lula, afeta, diretamente, os principais negócios da área de publicidade com o grupão. Trata-se da Lei 12.232/10, de 29 de abril, que faz profundas modificações nas contratações de serviços publicitários das instituições públicas.
COMO FUNCIONAVA:
O órgão interessado pelos serviços de publicidade fazia uma licitação, normalmente por técnica ou técnica e preço. Para as devidas análises, a instituição nomeava funcionários (da casa) de sua confiança, para serem membros da Comissão de Licitação, que eram responsáveis pelo julgamento da proposta vencedora, de acordo com a que mais gostaram, de forma subjetiva e com grandes riscos de serem tendenciosos. A idéia era que fosse facultado às instituições o direito de contratarem as empresas que melhor pudesse lhes 'atender'. Entretanto, percebia-se, Brasil afora, que alguns municípios abusavam dessa prerrogativa, contratando ex-secretários, ex-agentes políticos, investidores de campanha etc. O Marcos Valério, por exemplo, denunciado nos esquemas dos mensalões (do próprio PT), pode ser enquadrado como um exemplo de mau uso da antiga lei.
E AGORA, DEPOIS DA NOVA LEI:
A principal modificação é que, para se contratar uma agência de propaganda, deverá ser formada uma "Comissão de Licitação" constituída por, pelo menos, três integrantes formados em comunicação, publicidade ou marketing, ou que atuem nestas áreas. Seus membros deverão ser escolhidos por sorteio e, pelo menos 1/3 dos membros sorteados, não deverão ter vínculo, direto ou indireto, com o órgão responsável. Aí, no momento de se apresentarem as propostas técnicas, esses membros sorteados irão escolher a melhor proposta (melhor técnica ou melhor técnica e preço, conforme edital em questão), sem saber de quem são, ou seja, não poderão ter nas propostas quaisquer indícios de qual empresa é aquela proposta. Só depois de apontarem a melhor proposta, que a empresa vencedora terá que apresentar as certidões negativas de débitos, cópias dos contratos sociais etc. A lei melhorou um pouco, mas não elimina totalmente as falhas de 'predileção', se o órgão licitante convidar todos os membros da comissão 'alinhados' com seus 'interesses' e previamente conhecedores de uma possível proposta vencedora. Entretanto, dificulta mais um pouco, porque se a instituição resolver 'indicar' previamente algum vencedor, terá que se expor muito mais, sujeitos a chantagens e a denúncias futuras.
Outras modificações interessantes ainda foram corrigidas: Numa delas, os contratos deverão ter objetos distintos para publicidade, assessoria de imprensa, relações públicas e eventos, não podendo mais estar num único contrato, contemplando as especializações. Em outra delas, será permitida a contratação de mais de uma agência de propaganda, sem que ocorra a segregação em itens ou contas publicitárias, mediante justificativa no processo de licitação.
E como todo e qualquer cidadão pode participar, acompanhar e denunciar falhas em processos licitatórios (Lei 8.666), eu mesmo vou tentar assistir a todos eles, de agora em diante. Se os cidadãos participarem dos processos, nos momentos corretos, poderão impugnar possíveis abusos ou privilégios.
Fonte: Estado de Minas, edição 09/05/2010, Caderno Feminino / Masculino - Coluna Arte Final de Edison Zenóbio. | |||
Fonte: Estado de Minas, edição 09/05/2010, Caderno Feminino / Masculino - Coluna Arte Final de Edison Zenóbio. | |||
terça-feira, 11 de maio de 2010
ACP garante tarifa reduzida de água
11/05/2010 - Itabira: tarifa de água reduzida
Liminar concedida pela 2ª Vara Cível da comarca de Itabira determinou que o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Itabira volte a utilizar, já nas faturas que estão por vencer, os preços que praticava no ano de 2007. A liminar foi concedida em ação civil pública movida pelo Ministério Público de Minas Gerais, em que se questiona a legalidade das Portarias SAAE 32/2007 e 34/2009.
De acordo com a decisão, embora a lei que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico (Lei 11.445/2007) padeça, em parte, de vício de inconstitucionalidade material, ao impor ao Município a criação de entidade administrativa, o aumento de tarifas proporcionado pelas Portarias desrespeitou as diretrizes do Plano Nacional, pois não foram precedidas de debates técnicos com participação dos usuários, do prestador e do titular dos serviços.
Da decisão cabe recurso.
Liminar concedida pela 2ª Vara Cível da comarca de Itabira determinou que o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Itabira volte a utilizar, já nas faturas que estão por vencer, os preços que praticava no ano de 2007. A liminar foi concedida em ação civil pública movida pelo Ministério Público de Minas Gerais, em que se questiona a legalidade das Portarias SAAE 32/2007 e 34/2009.
De acordo com a decisão, embora a lei que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico (Lei 11.445/2007) padeça, em parte, de vício de inconstitucionalidade material, ao impor ao Município a criação de entidade administrativa, o aumento de tarifas proporcionado pelas Portarias desrespeitou as diretrizes do Plano Nacional, pois não foram precedidas de debates técnicos com participação dos usuários, do prestador e do titular dos serviços.
Da decisão cabe recurso.
Sobre a lista das propostas aprovadas para o Festival de Inverno 2010
ABAIXO COMENTÁRIOS DE UM AMIGO A RESPEITO DO RESULTADO PARA O FESTIVAL DE INVERNO 2010:
(quem quiser ver a relação visite o sítio ww.culturaemitabira.com.br)
O problema desta seleção é que estar na lista, conforme o edital reza, não garante a contratação dos mesmos, por isto, não participo desta famigerada seleção, que no meu entender, é uma ótima forma para se montar um grande acervo para a Fundação.
Lamentável um edital tão fajuto como este vir de uma Fundação que é modelo de gestão no interior do estado, digo com conhecimento de causa, pois conheço TODO o mercado mineiro.
Ano passado aprovei um show do ..., ficamos dentre as seis propostas com maior pontuação de todas as inscritas. A produção do festival sequer me ligou para contratá-lo ou fazer uma contraproposta, etc. Nada pude fazer, pois o edital diz que ser selecionado não garante a contratação. Isto para mim, chama-se falta de lisura, tapeação.
Esta lista é composta por "mais do mesmo", atrações que já encheram a paciência de todo mundo, que não tem apelo de público algum, que estão desgastados e que, ainda sobrevivem graças às curadorias veteranas e ultrapassadas, não só deste festival como de todos os que acontecem no interior do estado. Para que repetir shows? Por que não dar chance a artistas que nunca se apresentaram no festival? O mercado é gigantesco.
Este festival precisa ser repensado. Existem profissionais em Itabira e da própria Fundação, capazes de dar uma qualificada neste festival, alterando seus rumos. Talvez assim chegue a altura de um festival como o de Campos do Jordão.
Sinto muito pelas palavras, mas é o que vejo em praticamente todos festivais de Minas.
(quem quiser ver a relação visite o sítio ww.culturaemitabira.com.br)
O problema desta seleção é que estar na lista, conforme o edital reza, não garante a contratação dos mesmos, por isto, não participo desta famigerada seleção, que no meu entender, é uma ótima forma para se montar um grande acervo para a Fundação.
Lamentável um edital tão fajuto como este vir de uma Fundação que é modelo de gestão no interior do estado, digo com conhecimento de causa, pois conheço TODO o mercado mineiro.
Ano passado aprovei um show do ..., ficamos dentre as seis propostas com maior pontuação de todas as inscritas. A produção do festival sequer me ligou para contratá-lo ou fazer uma contraproposta, etc. Nada pude fazer, pois o edital diz que ser selecionado não garante a contratação. Isto para mim, chama-se falta de lisura, tapeação.
Esta lista é composta por "mais do mesmo", atrações que já encheram a paciência de todo mundo, que não tem apelo de público algum, que estão desgastados e que, ainda sobrevivem graças às curadorias veteranas e ultrapassadas, não só deste festival como de todos os que acontecem no interior do estado. Para que repetir shows? Por que não dar chance a artistas que nunca se apresentaram no festival? O mercado é gigantesco.
Este festival precisa ser repensado. Existem profissionais em Itabira e da própria Fundação, capazes de dar uma qualificada neste festival, alterando seus rumos. Talvez assim chegue a altura de um festival como o de Campos do Jordão.
Sinto muito pelas palavras, mas é o que vejo em praticamente todos festivais de Minas.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Comunistas, Bispos e Criancinhas
Quando eu era criança diziam, e até hoje alguns imbecis ainda repetem, que os Comunistas comiam as criancinhas.
Agora vemos que que as papam são alguns padres e bispos.
A Igreja Católica se cala!
http://www.youtube.com/watch?v=0Mcfz6s211o
Agora vemos que que as papam são alguns padres e bispos.
A Igreja Católica se cala!
http://www.youtube.com/watch?v=0Mcfz6s211o
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Itabira em 4° lugar
Para obterem os resultados finais, foram avaliadas as áreas de 'educação', 'saúde', 'renda e emprego', 'segurança pública', 'meio ambiente e saneamento', 'cultura, esportes e lazer' e 'finanças municipais'. As áreas que alavancaram Itabira foram 'Renda em Emprego', 'Finanças Municipais' e 'Cultura, Esportes e Lazer', com, respectivamente, 10ª, 18ª, 31ª colocação. E os que puxaram para baixo foram 'segurança pública', em 440°, e 'educação', no 202° lugar (pasmem! somos ou não 'cidade educativa'?).
A pesquisa foi realizada levando-se em conta dados obtidos no período de 2000 a 2006, sendo que no ano de 2000, Itabira estava sob a gestão do ex-prefeito Jackson Tavares; de 2001 a 2004 com Ronaldo Magalhães e 2005 a 2006 com o atual prefeito, João Izael.
Há ainda outras considerações a serem ressalvadas, antes de cacifarmos Itabira como 'referência' e sairmos para festejar. O município de São Gonçalo do Rio Abaixo, por exemplo, de 2005 em diante (do período da pesquisa para cá), foi agraciado com o aumento da arrecadação de royalties da mina de Brucutu e com uma série de ações da Prefeitura local, sobretudo na área de educação e finanças municipais, que deve a ter colocado, atualmente, em melhor posição.
Esportes radicais
Os praticantes de vôo livre de Itabira são, ao pé-da-letra, aventureiros radicais.
Estivemos, neste final de semana, na rampa de vôo livre da Serra dos Doze, considerada de utilidade pública municipal, para gravar umas cenas para um documentário. Só que o acesso até ela está, praticamente, intransitável, mesmo com os tais 11 milhões de reais investidos para recuperação das estradas rurais, executados pela prefeitura.
Ainda que a prática de vôo livre seja classificada como radical, o acesso até as áreas não pode e não deve ser dificultado, porque os desportistas podem precisar de resgate emergencial, no caso de algum acidente ou pouso forçado. Só que, no município, ocorre o contrário, a estrada até a rampa está nestas condições de conservação (veja foto acima).
Perguntado por mim sobre quais apoios eles têm dos poderes municipais, Flávio (praticante de parapente) respondeu que João Izael tinha prometido apoio, mas que, até hoje, não deu. Daí, perguntei: E o Neidson (presidente da Câmara, que até então representava a juventude)?
-Até agora só deu apoio virtual. Na última conversa, alegou que não pode calçar a subida porque pode causar erosões. - Respondeu o desportista.
Não seria o contrário, caro vereador?
Estivemos, neste final de semana, na rampa de vôo livre da Serra dos Doze, considerada de utilidade pública municipal, para gravar umas cenas para um documentário. Só que o acesso até ela está, praticamente, intransitável, mesmo com os tais 11 milhões de reais investidos para recuperação das estradas rurais, executados pela prefeitura.
Ainda que a prática de vôo livre seja classificada como radical, o acesso até as áreas não pode e não deve ser dificultado, porque os desportistas podem precisar de resgate emergencial, no caso de algum acidente ou pouso forçado. Só que, no município, ocorre o contrário, a estrada até a rampa está nestas condições de conservação (veja foto acima).
Perguntado por mim sobre quais apoios eles têm dos poderes municipais, Flávio (praticante de parapente) respondeu que João Izael tinha prometido apoio, mas que, até hoje, não deu. Daí, perguntei: E o Neidson (presidente da Câmara, que até então representava a juventude)?
-Até agora só deu apoio virtual. Na última conversa, alegou que não pode calçar a subida porque pode causar erosões. - Respondeu o desportista.
Não seria o contrário, caro vereador?
Blog clandestino na mira da Justiça
Segundo o portal de notícias Leste Mais, o Juiz Ronaldo Vasques acionou a Google para identificar os (as) autores(as) (itabiranos?) do blogue Porta de Motel, após representação de queixas de um grupo de mulheres, que se sofreram ataques contra a reputação das mesmas.
Após visitarmos o blogue acionado pela Justiça, nossa redação procurou saber quem é(são) o(s) autor(es) do mesmo, mas não foi encontrado nenhum registro de autoria real, fato que pode o configurar como clandestino, segundo a antiga lei de imprensa.
Irreverente, bem diagramado e até engraçado, o blogue exagera ao caçoar pessoas da cidade, quanto aos trajes e condutas na sociedade. Causa outros problemas, também, quanto aos direitos autorais e morais, tanto das pessoas nele publicadas, que sentiram-se desonradas, quanto por parte de infração contra os direitos dos autores das fotografias copiadas de outros sítios e portais de notícias locais, como do Via Comercial e da De Fato OnLine.
Vale lembrar que vivemos numa democracia. As opiniões de gostar ou não de algo são livres e garantidas por lei, tal como de perguntar e apresentar denúncias (com direitos de defesa resguardados). Da mesma forma como funcionam tantos programas de humor na TV (CQC, Casseta e Planeta, quadros do Ronaldo Vesper, Pânico na TV etc.), por vezes até mais irreverentes, é necessária a identificação de autoria das críticas publicadas. Inclusive recomenda-se assessoria jurídica e editorial com jornalista responsável, para evitar exageros, excessos e para que a parte que se sentir desonrada, possa se defender. Do contrário, os autores, assim que forem identificados, poderão sofrer sansões penais de detenção, indenizações e multas.
P.S: Diariamente, nosso blogue (Filhos-do-Cauê) recebe até dezenas de comentários com severas críticas contra políticos e autoridades locais, que são recusados pela editoria jornalística e jurídica, por causa de anonimato ou por não termos como provar alguma denúncia. Incentivamos a democracia e a livre liberdade de expressão, mas com total responsabilidade.
Fica aí a dica para os navegantes, se mostrem e se identifiquem claramente, para que possam se manifestar livremente!
MINÉRIOS E SILVÉRIOS
As Minas eram gerais. Foi primeiro o ouro. Depois, o diamante, incalculáveis tesouros. Portugal sabia que tudo valia. Cobrou e Minas pagou, grama por grama, oitava por oitava, quilate por quilate. Bancou, com sua pobreza, a vida nababesca dos castelos, a revolução industrial inglesa. Fez a riqueza de fora, alimentou a pobreza aqui dentro. Hoje, muitos anos depois, Minas insite em manter a pobreza de sua gente, de sua natureza, de seu patrimônio histórico, cultural, arqueológico e espeleológico, o martírio das populações que vivem em suas áreas rurais, fazendo a riqueza das grandes corporações, das grandes multinacionais que exploram seu minério: as novas portugais. Tudo, por algumas moedas de ferro, sinais de uma mentalidade decadente e enferrujada, como se esta terra não fosse cenário de uma heróica inconfidência.
Ao que se constata em uma primeira análise, Minas deixa de arrecadar, anualmente, só com os royalties do minério, mais de R$3 bilhões. O que isso significa? Significa que as mineradoras vão extrair nosso minério, comer nossas serras, engolir nossas florestas e nos deixar apenas uma mísera gorjeta, um pequeno agrado, bem barato, frente ao patrimônio incalculável que elas nos levam, diariamente. Seus caminhões, cada vez maiores e mais pesados, estão destruindo as rodovias asfaltadas, formando verdadeiras valas em nossas vias. Nas estradas, o perigo iminente de acidentes por veículos longos transportando dezenas de toneladas de cargas.
O petróleo tem sua extração no mar, distante das populações que vivem no litoral. Sua extração não come serra, não destrói a história, não derruba árvore, não seca nascentes, não assoreia rios e, no entanto, paga 5% do valor bruto arrecadado ao estado produtor. Em Minas, a extração do minério deixa apenas 0,2% do valor líquido arrecadado. Em 2009, o Rio de Janeiro arrecadou R$10 bilhões advindos do petróleo. Minas, só R$65 milhões com o minério. Como classificar um disparate desses? Bom, por muito menos, outros mineiros fizeram uma histórica revolução e vidas, das mais nobres, foram ceifadas.
A poeira do minério é depositada. Minuto a minuto, nas fachadas de nossas casas, nos bancos de nossas praças e dentro dos pulmões dos mineiros que moram perto dos locais de mineração. Do Pico do Cauê, declamado por Drummond em poesia, só restou um monte de tristeza e pó. No infinito, o Pico do Itabirito assiste ao seu fantasma despido e desolado. Em algumas áreas de exploração, o mal maquiado, o feio escondido, guardado, envergonhado, pobre Serra do Curral. O que vamos ganhar por tudo isso? Menos que os índios primeiros, que deram o caminho, mas não entregaram o tesouro.
Por que essa vergonhosa realidade calada em nosso estado? Porque Minas aprendeu a entregar suas riquezas sem cobrar algo em troca. Foi assim com o ouro, foi assim com o diamante e está sendo assim com o minério de ferro. Se por um lado a doação de ouro e dos diamantes nos deu a nossa história, nossas igrejas, nosso casario e nossa cultura, por outro a doação do minério deixa apenas um buraco em nossas almas, em que sepultamos os nossos rios, nossas belezas e a certeza de que nossas vidas valem muito menos que as de outros.
(Petrônio Souza Gonçalves, jornalista e escritor, na edição de sábado do Estado de Minas)
As Minas eram gerais. Foi primeiro o ouro. Depois, o diamante, incalculáveis tesouros. Portugal sabia que tudo valia. Cobrou e Minas pagou, grama por grama, oitava por oitava, quilate por quilate. Bancou, com sua pobreza, a vida nababesca dos castelos, a revolução industrial inglesa. Fez a riqueza de fora, alimentou a pobreza aqui dentro. Hoje, muitos anos depois, Minas insite em manter a pobreza de sua gente, de sua natureza, de seu patrimônio histórico, cultural, arqueológico e espeleológico, o martírio das populações que vivem em suas áreas rurais, fazendo a riqueza das grandes corporações, das grandes multinacionais que exploram seu minério: as novas portugais. Tudo, por algumas moedas de ferro, sinais de uma mentalidade decadente e enferrujada, como se esta terra não fosse cenário de uma heróica inconfidência.
Ao que se constata em uma primeira análise, Minas deixa de arrecadar, anualmente, só com os royalties do minério, mais de R$3 bilhões. O que isso significa? Significa que as mineradoras vão extrair nosso minério, comer nossas serras, engolir nossas florestas e nos deixar apenas uma mísera gorjeta, um pequeno agrado, bem barato, frente ao patrimônio incalculável que elas nos levam, diariamente. Seus caminhões, cada vez maiores e mais pesados, estão destruindo as rodovias asfaltadas, formando verdadeiras valas em nossas vias. Nas estradas, o perigo iminente de acidentes por veículos longos transportando dezenas de toneladas de cargas.
O petróleo tem sua extração no mar, distante das populações que vivem no litoral. Sua extração não come serra, não destrói a história, não derruba árvore, não seca nascentes, não assoreia rios e, no entanto, paga 5% do valor bruto arrecadado ao estado produtor. Em Minas, a extração do minério deixa apenas 0,2% do valor líquido arrecadado. Em 2009, o Rio de Janeiro arrecadou R$10 bilhões advindos do petróleo. Minas, só R$65 milhões com o minério. Como classificar um disparate desses? Bom, por muito menos, outros mineiros fizeram uma histórica revolução e vidas, das mais nobres, foram ceifadas.
A poeira do minério é depositada. Minuto a minuto, nas fachadas de nossas casas, nos bancos de nossas praças e dentro dos pulmões dos mineiros que moram perto dos locais de mineração. Do Pico do Cauê, declamado por Drummond em poesia, só restou um monte de tristeza e pó. No infinito, o Pico do Itabirito assiste ao seu fantasma despido e desolado. Em algumas áreas de exploração, o mal maquiado, o feio escondido, guardado, envergonhado, pobre Serra do Curral. O que vamos ganhar por tudo isso? Menos que os índios primeiros, que deram o caminho, mas não entregaram o tesouro.
Por que essa vergonhosa realidade calada em nosso estado? Porque Minas aprendeu a entregar suas riquezas sem cobrar algo em troca. Foi assim com o ouro, foi assim com o diamante e está sendo assim com o minério de ferro. Se por um lado a doação de ouro e dos diamantes nos deu a nossa história, nossas igrejas, nosso casario e nossa cultura, por outro a doação do minério deixa apenas um buraco em nossas almas, em que sepultamos os nossos rios, nossas belezas e a certeza de que nossas vidas valem muito menos que as de outros.
(Petrônio Souza Gonçalves, jornalista e escritor, na edição de sábado do Estado de Minas)
domingo, 9 de maio de 2010
O VOTO UTIL - A aritimética para uma cadeira no legislativo.
Cálculo dos partidos para composição de chapa supera em muito as cadeiras no Legislativo, abre brecha para legendas menores transformarem a disputa eleitoral em balcão de negócios...
Se todos os partidos políticos conquistarem as cadeiras que prometem nas eleições proporcionais, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais precisaria ter não mais 77, mas pelo menos 144 cadeiras. A bancada federal mineira teria de saltar dos atuais 53 deputados federais para no mínimo 100.
O inchaço das projeções se explica neste momento em que as legendas se cacifam para negociar as coligações. Os acertos se assentam sobre demonstrações matemáticas.
Quanto menor a legenda, esse processo mais se aproxima de uma lógica meramente contábil, que passa longe de qualquer aspiração ideológica ou programática.
Explorando bem as brechas do sistema proporcional de lista aberta, os chamados partidos nanicos adquiriram expertise não em determinados temas do debate. Mas antes, em construir chapas para conquistar representação parlamentar muito além de sua inserção social.
Acéfalas, mas com corpo robusto, as chapas de legendas nanicas apresentam a mesma característica para o recrutamento: no vestibular da seleção, há linha de corte para o desempenho eleitoral dos candidatos: nenhum com votação menor ou superior a uma faixa variável de 3 mil a 20 mil votos.
Assim, qualquer um pode ganhar a loteria das urnas com um mínimo próximo a 20 mil votos para a Assembleia e 35 mil para a Câmara dos Deputados. Em chapas de grandes partidos, o mínimo necessário para um candidato se eleger varia entre cerca de 55 mil e 60 mil para deputado estadual e 90 mil para deputado federal.
É assim que um grupo de nove pequenos partidos,por exemplo – PTN, PTdoB, PRP, PTC, PRTB, PHS, PSL, PMN e PSC – todas com “pequenos donos” , sonha com 29 vagas no plenário estadual e 15 na bancada federal – respectivamente 39% e 28% das cadeiras.
Quando acertam coligações, só o fazem entre pequenos e depois de terem construído a própria chapa, nos moldes da gestão eficiente.
Enquanto o chapão do PSDB,PP,DEM,PL (hoje PR) e PV elegeu 22 federais, o menos votado, Vítor Penido (DEM) com 77.079 votos, a coligação PT,PMDB e PCdoB conquistou 17 cadeiras, a última delas, de Leonardo Monteiro (PT), que obteve 77.107 votos.
Se todos os partidos políticos conquistarem as cadeiras que prometem nas eleições proporcionais, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais precisaria ter não mais 77, mas pelo menos 144 cadeiras. A bancada federal mineira teria de saltar dos atuais 53 deputados federais para no mínimo 100.
O inchaço das projeções se explica neste momento em que as legendas se cacifam para negociar as coligações. Os acertos se assentam sobre demonstrações matemáticas.
Quanto menor a legenda, esse processo mais se aproxima de uma lógica meramente contábil, que passa longe de qualquer aspiração ideológica ou programática.
Explorando bem as brechas do sistema proporcional de lista aberta, os chamados partidos nanicos adquiriram expertise não em determinados temas do debate. Mas antes, em construir chapas para conquistar representação parlamentar muito além de sua inserção social.
Acéfalas, mas com corpo robusto, as chapas de legendas nanicas apresentam a mesma característica para o recrutamento: no vestibular da seleção, há linha de corte para o desempenho eleitoral dos candidatos: nenhum com votação menor ou superior a uma faixa variável de 3 mil a 20 mil votos.
Assim, qualquer um pode ganhar a loteria das urnas com um mínimo próximo a 20 mil votos para a Assembleia e 35 mil para a Câmara dos Deputados. Em chapas de grandes partidos, o mínimo necessário para um candidato se eleger varia entre cerca de 55 mil e 60 mil para deputado estadual e 90 mil para deputado federal.
É assim que um grupo de nove pequenos partidos,por exemplo – PTN, PTdoB, PRP, PTC, PRTB, PHS, PSL, PMN e PSC – todas com “pequenos donos” , sonha com 29 vagas no plenário estadual e 15 na bancada federal – respectivamente 39% e 28% das cadeiras.
Quando acertam coligações, só o fazem entre pequenos e depois de terem construído a própria chapa, nos moldes da gestão eficiente.
Enquanto o chapão do PSDB,PP,DEM,PL (hoje PR) e PV elegeu 22 federais, o menos votado, Vítor Penido (DEM) com 77.079 votos, a coligação PT,PMDB e PCdoB conquistou 17 cadeiras, a última delas, de Leonardo Monteiro (PT), que obteve 77.107 votos.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Turma do PODSDTDG
Ontem, (06/05) reuniram-se na prefeitura os jornais, revistas, sites e rádios "oficiais" do governo do Bem Viver prá poucos. De acordo com o Blog do Luiz Zanom, estavam lá os PODSDTDG, ou seja, Puxadores-Oficiais-De-Saco-Da-Turma-Do-Grupão. Diante da calamidade que está virando o governo do Grupão frente a opinião pública restou mais uma brilhante idéia para distribuir dinheiro: Uma extensa campanha publicitária das grandiosas realizações do governo do Grupão.(???????????) Obviamente, daqui uns 30 dias, iremos notar publicidade da prefeitura nestes jornais, revistas, sites e entrevistas extensas do prefeito, secretário e aquela babação que é normal. Os locutores de rádio preparam o puxasaquismo desde agora, os editores da impressa escrita então nem se falam, fotos, fotos e fotos das "obras" do executivo e lógico, meia página de publicidade da Câmara, da Prefeitura, do SAAE, da FUNCESI, da ITAURB, etc. Interessante que, conforme matéria do blog, os jornais O Trem, Mosaico e Impacto não foram convidados... porque será?? Esqueceram?? Mas o Luiz, turrão que é, foi lá e "desafinou o coro dos contentes" e deixou a imprensa chapa branca de queixo caido. Portanto, nobres internautas e blogueiros, podem esperar, em breve, teremos uma campanha publicitária excelente... excelente para os jornais, revistas, sites, rádios..........
quinta-feira, 6 de maio de 2010
O nosso almoço tá garantido mesmo...
Texto de Mentor Muniz Neto, diretor de criação e sócio da Bullet, uma das maiores agências de propaganda do Brasil, sobre a crise mundial.
"Vou fazer um slideshow para você. Está preparado? É comum, você já viu essas imagens antes. Quem sabe até já se acostumou com elas. Começa com aquelas crianças famintas da África. Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele. Aquelas com moscas nos olhos. Os slides se sucedem. Êxodos de populações inteiras. Gente faminta. Gente pobre. Gente sem futuro. Durante décadas, vimos essas imagens. No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto. Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados. São imagens de miséria que comovem. São imagens que criam plataformas de governo. Criam ONGs. Criam entidades. Criam movimentos sociais. A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza. Ano após ano, discutiu-se o que fazer. Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta. Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo. Resolver, capicce? Extinguir. Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta. Não sei como calcularam este número. Mas digamos que esteja subestimado. Digamos que seja o dobro. Ou o triplo. Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo. Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse. Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse. Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia. Bancos e investidores. Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar...Se quiser, publique, se não, o que importa?"O nosso almoço tá garantido mesmo ..."
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Por isso, pergunto:
Quanto seria necessário para construir casas para os "sem terra" em Itabira?? Quanto se gasta em rádios, sites, jornais e revistas nesta cidade para mantê-los calados...?
Bem Viver prá quem???
terça-feira, 4 de maio de 2010
Impeachment???
Não há nessa Itabira do Mato Dentro alguem que duvide da eminente atolação do Grupão. Infelizmente essa putrefação iniciou-se tarde demais e conseguiram comer o possível e continuam comendo (Pico do Amor é exemplo). Alguns enraivecidos por ajudarem o Grupão e não conseguirem mamar nada ou quase nada, estão abandonando o navio de piratas antes que afundem juntos e confiando na memória do povo brasileiro (Itabirano) que é curta demais e voltarem daqui a dois anos puxando o saco de um candidato a prefeito que esteja bem nas pesquisas. E a prova que a situação está realmente ficando perigosa é a forte conversa entre alguns vereadores sobre impeachment para o chefe do executivo. Eu sinceramente não acredito nisso, principalmente por ser uma Câmara extremamente subserviente, inerte e que não cumpre em nada sua função fiscalizadora do bom uso do dinheiro público. Por outro lado percebe-se a revolta de alguns vereadores em não acatarem as ordens de seu chefe maior e votar contra alguns projetos. Mas já há quem diga que votaram contra porque também não iriam mamar em nada e obviamente se vingam, ou seja:"Se não mamo, ninguem mama" Mas, voltando ao inacreditável assunto deste impeachment, alguns orelhudos de plantão na Câmara Municipal do Grupão dizem que estes comentários são apenas para amedrontar, na esperança de conseguirem alguma coisa ou tentar mostrar que podem ser oposição, mas que no fundo nunca fariam isso, pois, até podem cuspir no prato podre que comeram, mas abandoná-lo... Jamais!!!
segunda-feira, 3 de maio de 2010
TV Itabira: Outras análises - II
Absolutamente, não me oponho em ter mais um canal de TV ou de comunicação na cidade (e região), desde que venha para reforçar o espírito democrático e para ofertar boa qualidade de informação, isenta e séria.
Para defender mais um canal de TV para a cidade, considero obrigatória uma Audiência Pública prévia, para avaliar a atuação da emissora pré-existente, que está sob o domínio político e econômico do mesmo grupo político, há pelo menos 10 anos. Só para o leitor do Filhos-do-Cauê fazer melhor juízo, há mais de 8 meses, tenho tentado saber, como cidadão e como Conselheiro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, sobre onde foram parar os recursos publicitários da TV Cultura de Itabira, nos últimos meses, e, até hoje, não consegui êxito com a Superintendente da casa. Pelo que se dizem, uns anunciantes pagam um valor, outros pagam outros e uns privilegiados 'amigos' sequer pagam. Será?
Isso sem falar na censura que o órgão é submetido todos os dias. Nunca vi uma só entrevista com Alexandre Banana ou com Damon de Sena, no Jornal da Cultura, desde que esse grupo assumiu o poder. Só ressalvando, na minha gestão, quando dirigi a TV Cultura de Itabira (1999-2000), tanto o João Izael, quanto o Ronaldo Magalhães e demais vereadores de oposição eram entrevistados semanalmente. Ainda que não tenhamos feitos investimentos significativos, primamos pela qualidade editorial dos programas, tendo ousado manter programas ao vivo, com denúncias e audiências públicas, como o saudoso programa Espaço Aberto. Foi um dos poucos tempos legais da TV. Que saudades da Fabiana Almeida (hoje repórter da Globo Minas), da Adriana Valadares, Roberto Meokaren, Luciana Abritta e demais colegas...
Sem transparência, sem profissionalismo e sem isenção, não dá, porque tratam-se de concessões públicas e que consomem fartos recursos públicos. Pedir ao Presidente da Câmara de Vereadores, Neidson Freitas, para promover tal audiência, seria até pertinente, se ele e os demais não pertencessem ao mesmo grupo. Dever ser por isso que ele e alguns colegas, até hoje, estão só vigiando as águas rolagem para o fosso da Câmara, como novo brinquedinho pseudoecológico. Foda, né!?!
Para que eu defenda a vinda de um novo canal para a região, temos que ser responsáveis e sabermos em quais mãos esse canal vai cair. Larguemos os discursos bairristas e provincianos, tais como ter uma TV nas mãos de gente de Itabira, ou o de elegermos candidatos da cidade, é o melhor para Itabira. O mundo globalizou, as empresas prósperas, hoje em dia, são do mundo. A cair em más mãos, prefiro, de longe, que venham investidores de fora, com visões mais profissionais e de maior crédito para assumirem esse importante canal de comunicação, principalmente, pelo alto poder de persuasão e de formação de opinião que terão sob nas mãos.
Itabira não precisa de outra TV Chapa Branca, nem de nenhum outro órgão de mídia 'oficioso', que só nos custa mais e mais dinheiro público.
TV Itabira: Outras análises - I
Sobre o comentário do anônimo, na nota Grupos políticos disputam canal de TV para Itabira e região,
que defende a vinda de mais uma TV para Itabira como "oportunidade de negócios", tenho a dizer que depende o que quer chamar de 'oportunidade de negócios'.
Primeiro, porque considero inviável uma TV conseguir se manter em Itabira, só com anúncios do varejo, por causa do alto custo de manutenção de uma emissora local. Para a absoluta maioria das micro e pequenas empresas, desembolsar mais que R$ 2000 por mês em publicidade pesa bem no caixa. E com 2 mil contos não dá nem para produzir um bom VT comercial. Segundo tabelas da Alterosa, Band BH, Record Minas e TV Leste, um plano de mídia para TV, só para veiculação local, custa em média uns R$ 4 mil, para uma única chamada ao dia, por apenas uma semana. Ou seja, falamos de investimentos publicitários a partir de 6 mil reais (produção+veiculação), para uma única semana de chamadas, que é pouco suficiente para um lojista ter retorno. Portanto, sobram os investidores maiores, como redes de magazines, supermercados, operadoras de telefonia etc. O ideal seria que um investidor de mídia de TV desembolsasse a partir de uns R$ 15 mil ao mês, sendo uns 5 para uma produção razoável e uns 10 mil reais para 15 dias de veiculação. Como se pode ver, são poucos empresários do varejo que detém tamanho montante.
Assim, não restaria outra alternativa de receita para a nova TV, do que contar com patrocínios de Câmaras Municipais, Prefeituras e grandes companhias. E é aí que mora o perigo, porque quase todas essas instituições fazem uso de censuras econômicas, que quer dizer: se você me bajular, banco seu programa, se bater, corto os patrocínios. Para quem duvida, assista por um só dia a TV Cultura de Itabira, ou ouça os programas de rádio patrocinados pelos poderes locais. Minha produtora de vídeo, por exemplo, com mais de 300 vídeos produzidos em todo o país, com mais de 18 anos de atuação, premiada em primeiro lugar com o vídeo 'Santuário do Caraça', conferido pelo Sesc-MG, tem sido 'esquecida' pelos poderes locais, desde a campanha política passada, quando, após uma tentativa frustrada de contratação, passamos a atender à campanha de oposição.
Assim, não restaria outra alternativa de receita para a nova TV, do que contar com patrocínios de Câmaras Municipais, Prefeituras e grandes companhias. E é aí que mora o perigo, porque quase todas essas instituições fazem uso de censuras econômicas, que quer dizer: se você me bajular, banco seu programa, se bater, corto os patrocínios. Para quem duvida, assista por um só dia a TV Cultura de Itabira, ou ouça os programas de rádio patrocinados pelos poderes locais. Minha produtora de vídeo, por exemplo, com mais de 300 vídeos produzidos em todo o país, com mais de 18 anos de atuação, premiada em primeiro lugar com o vídeo 'Santuário do Caraça', conferido pelo Sesc-MG, tem sido 'esquecida' pelos poderes locais, desde a campanha política passada, quando, após uma tentativa frustrada de contratação, passamos a atender à campanha de oposição.
Segunda argumentação é que, se o negócio TV fosse tão bom assim, todos os donos de TV seriam ricos só com a renda delas. Pelo que me consta, a Record é mantida pela Igreja Universal, a Globo deve um absurdo, o SBT é mantido pelos Baús da vida, a TV Cultura de Itabira é bancada pela Prefeitura e por aí vai.
Se a tal 'oportunidade de negócio' não é lá tão boa, assim, não vejo maior interesse nisso tudo do que o domínio político regional, que, de posse dele, mantém-se a TV e tantos outros 'negócios' mais. A não ser que consigam uma Igreja, ou vender carnês de capitalização, ou sejam 'abençoados' por algum 'padrinho' interessado.
Se a tal 'oportunidade de negócio' não é lá tão boa, assim, não vejo maior interesse nisso tudo do que o domínio político regional, que, de posse dele, mantém-se a TV e tantos outros 'negócios' mais. A não ser que consigam uma Igreja, ou vender carnês de capitalização, ou sejam 'abençoados' por algum 'padrinho' interessado.
Quando classifiquei como "Grupos políticos disputam canal de TV" e não como grupos empresariais, não foi para ofender ninguém. Dentre as razões, nota-se que, das empresas especializadas no ramo de videoprodução, com atuação há décadas na região, nenhuma delas participou da licitação, até porque as cifras são intangíveis para todas, inclusive se tentassem montar um tipo de cooperativa ou de grupo unido de comunicação. Outra razão: dos 2 grupos locais participantes, segundo informações obtidas, ambos são velhos conhecidos da política e sem tradição profissional na área de videoprodução ou de gestão de TV. Além da 'coincidência' de que ambos, pelo que me consta, participam do chamado grupão. Ou não pertencem mais?
sábado, 1 de maio de 2010
Grupos políticos disputam canal de TV para Itabira e região
Mais rápidos e intrépidos do que os demais grupos econômicos, dois grupos políticos itabiranos , ambos ligados ao grupão, disputam um novo canal de TV para Itabira.
Trata-se da concorrência 004/2010 do Ministério das Comunicações, com valor mínimo orçado pela 'bagatela' de R$ 1.263.460,32, só para a concessão do novo canal 10+, que poderá atingir Itabira e toda a região. Entretanto, o valor final a ser desembolsado pelo vencedor, especula-se que pode ultrapassar de R$ 4 milhões de reais, como disse, só para ter o direito de exploração do canal por 15 anos. Ainda deverão ser acrescidos no investimento os custos com aquisição de equipamentos, que são carísssimos, e o custeio, que é bem alto. Para se implantar uma TV, com qualidade semelhante à da TV Cultura de Itabira e que já não é lá grandes coisas, pode-se ultrapassar, facilmente, a cifra de outros 1 milhão e tantos de reais.
A fase de habilitação, com apresentação da documentação e projetos, aconteceu no dia 23 de abril passado. Em entrevista, por telefone, com o Cácio Guerra, ex-presidente da Câmara de Vereadores de Itabira e um dos interessados, 9 grupos participaram da primeira fase licitatória, sendo que 3 são de São Paulo e 2 de Itabira, um deles encabeçado pelas filhas do Cácio e outro grupo identificado como WG, que segundo o Cácio pertence ao Wilson (Campos), tido como dono da Rádio Caraça, e Gui (Emerson Alvarenga Barbosa), ex-secretário de obras da Prefeitura de Itabira, durante o governo Ronaldo Magalhães.
Como se pode perceber, trata-se de um altíssimo investimento e que é intangível para quem trabalha na área há décadas, como minha produtora de vídeo, que atua em toda a região. Outro ponto que faz com que empresas do ramo não se manifestem é o alto custeio de manutenção. Não se mantém uma TV de boa qualidade com menos de 100 mil reais mensais. Daí, para conseguir tal montante, só com o varejo, torna-se inviável. Uma saída é buscar recursos de manutenção com serviços prestados de veiculações de anúncios para instituições públicas e com algumas grandes companhias. E ainda sim, pensar só no mercado itabirano, seria temeroso demais. Da parte do Cácio, se vencer a proposta, segundo me garantiu, ele planeja dividir os custos de investimento e manutenção com investidores, num regime de capital aberto ou sociedade. Já da parte da WG, pelo visto e se pertencerem mesmo ao Gui e Wilson, não deverão precisar de capital. Ou não?
Para mim, não há dúvidas. O que está no pano de fundo é uma ambição político-econômica bem maior: a região, que sustentaria, na boa, tamanho investimento. Ter um canal de TV regional na mão (além das rádios, jornais e revistas parceiros) abre-se muito espaço político para liderarem a região, que é tida como uma das de maior PIB nacional. Com fartos meios de comunicação nas mãos, alcança-se o domínio polltico e, consequentemente, o domínio econômico. Outra dedução minha é o fato de dois grupos concorrentes pertencerem ao mesmo grupo político, que indica queda de braço por espaço político e mais sinais de ruptura do já fragilizado grupão.
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