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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009


POSSIBILIDADES ELEITORAIS

Em outubro do ano que vem, como o leitor certamente já sabe, teremos eleições para eleger o Presidente da República, dois senadores, deputados federais, governador e deputado estadual. Quais possibilidades eleitorais nos aguardam no Médio Piracicaba? Inúmeras, mas podemos terminar sem nenhuma.
Esqueçamos, pelo menos por ora, as disputas para presidente, senador e governador, atendo-nos apenas sobre as possibilidades que temos de representação na Assembléia Legislativa e na Câmara dos Deputados.
Vamos começar por Itabira, maior colégio eleitoral de nossa região. O município nunca conseguiu (nem mesmo tentou) liderar o Médio Piracicaba em torno dos mesmos candidatos. Na realidade, nem mesmo o povo itabirano tem conseguido se unir em torno de seus candidatos nos últimos tempos. E o que parece vir pela frente não é muito animador.
O prefeito João Izael nega, mas observadores garantem que seu plano político era deixar a Prefeitura de Itabira no ano que vem e se candidatar a deputado federal. Como ele não conseguiu trocar seu vice e o reeleito, Roberto Chaves, não tem a confiança do grupo do prefeito, o plano perdeu força e efeito.
Izael garante que não se candidata, apesar de 2010 ser a sua grande e, talvez, única oportunidade de alçar vôos mais altos. Roberto Chaves assumiria a Prefeitura e não se descartaria até uma dobradinha do prefeito com Mauri Torres, pelo menos nos dois maiores municípios da região. Para Itabira seria quase a garantia de ter um deputado federal da região em Brasília.
Mas dizem que nada disso vai acontecer. Ronaldo Magalhães, Delegado Robson, Alexandre Banana e Damon Sena querem disputar os votos para deputado estadual e ninguém se elege. Enquanto isso, Neidson Freitas e Bernardo Mucida ensaiam disputar uma vaga para deputado federal com baixo potencial de votos fora e ainda diante da possibilidade de surgir mais um candidato da terra. É empreitada difícil e de resultado muito incerto.
Andando os vinte e sete quilômetros que separam as duas cidades, chegamos a João Monlevade e encontramos um melhor cenário de possibilidades, mas ainda assim aquém do necessário. Até mesmo por ser sua sexta campanha eleitoral, espera-se uma queda na votação do deputado estadual Mauri Torres, que obteve em 2006 exatos 17.749 votos na cidade. Mauri, no entanto, dificilmente perde a eleição, já que é votado em mais de uma centena de municípios mineiros. Só uma zebra das grandes tira de João Monlevade e região a garantia de ter Mauri Torres como deputado estadual por mais quatro anos.
Disputa os votos com Mauri o também deputado estadual Agostinho Patrus Filho, que terá o apoio do prefeito Gustavo Prandini. Podem também disputar a ex-vice-prefeita Conceição Winter, o ex-vereador Djalma Bastos e um ou outro nome menos expressivo. Nenhum deles, no entanto, deve se aproximar da votação do atual líder do Governo Aécio Neves. Dos candidatos da cidade, apenas ele tem chance de eleição.
Para deputado federal a situação começa a se desenhar mais complexa. O ex-prefeito Carlos Moreira, que deixou o PTB e foi para o PSB com o objetivo de disputar uma vaga em Brasília, ainda não bateu o martelo sobre sua candidatura. Se for, será o mais votado na cidade, superando talvez até a votação de Mauri Torres. Mas terá dificuldade de conseguir votos fora de Monlevade, apesar do declarado apoio do ex-ministro Walfrido dos Mares Guia. Devem disputar os votos com Moreira o Bernardo, filho de José Santana e dois nomes que surgem com possibilidade de criar uma crise política entre PT e PV. De um lado está Gleber Naime, que perdeu a eleição para presidente estadual do PT, mas ampliou a visibilidade de seu nome na disputa; de outro lado ninguém menos do que o irmão do prefeito, o médico Luiz Alpino Prandini de Assis. Com tanta gente querendo ir para Brasília, tal qual se prevê para Itabira, pode acabar não sobrando lugar também para candidato de Monlevade.
As nuvens da política nos mostram isso hoje, mas no ano que vem podem mudar muito.

Um comentário:

  1. Acho que estaremos mais uma vez gastando vela com defunto ruim. Alguém pode me dizer o que os nomes propostos aí podem trazer ou fazer de bom pra Itabira? Não seriam balões de ensaio para futuras candidaturas ao paço municipal? E não adianta falar que levaram a CEMIG embora, que levaram o posto da RF embora por falta de voz atuante na câmara federal ou na assembléia legislativa. A questão é que Itabira é pobre em nomes políticos, são tigres de papel ou ídolos de barro sempre procurando a todo custo se dar bem, principalmente pelo prisma financeiro. Estamos parados no tempo, o minério só da uma safra e essa parece que está em seu ocaso. Devemos escolher e bem a que candidato apoiar, e que esse candidato (de casa ou de fora) tenha o compromisso de preparar Itabira (ainda que tardiamente) para o futuro. Portanto se estivermos pensando nos nomes colocados pelo Márcio Passos em sua matéria acima estaremos no mato sem cachorro nenhum pra nos defender. Outra coisa, pra arrumar a nossa casa devemos antes dar uma bela faxina interna e depois arrumar a fachada e o quintal, caso contrário estaremos com a cara limpinha e a bunda toda suja. Abraços!
    PS; o blog anda meio devagar ultimamente, vamos voltar a colocar fogo nas moitas...

    antonio.nico@yahoo.com.br

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