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terça-feira, 27 de setembro de 2011

ABUSOS ECONÔMICOS

AUMENTO DO IPI PARA VEÍCULOS IMPORTADOS

Acostumada à famigerada proteção de mercado, a indústria nacional vem abusando da boa fé dos pacatos cidadãos brasileiros, décadas a fio. Como defesa, os megaempresários e multinacionais alegam os altos impostos. De outro lado, assistimos aos políticos sendo patrocinados pelo poder econômico e, depois de eleitos, tornam-se governos que se calam ou que o protege. E quem paga a conta? Eu, você e João (clari que não é o Izael). Mas pode ser José, Clóvis, Adamastor, Francelino, Lucas, Inês, Geralda, Maria do Carmo ou qualquer outro cidadão. Afinal, o cenário é bem mais amplo e o buraco é, desta vez, bem mais em cima.
 
Quem não se lembra das carroças nacionais, criticadas pelo ex-presidente Fernando Collor? E daquelas joças brasileiras, caríssimas, que chamávamos de computadores, na década de 80. Sem querer fazer aqui apologias ou defesas ao Collor, ele bem que acertou na abertura de mercado para a entrada dos produtos importados. Ops... será por isso que denunciaram ele? Deixa para lá. Não vamos defendê-lo. Nos limitemos à defesa da abertura de mercado.
 
Assim que os carros importados chineses entraram no país, com fartura de acessórios e recursos tecnológicos, a preços bem mais baixos, eis que surge a mal-vinda reação protetora governamental. Dia 15 passado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou o decreto presidencial que aumenta o IPI sobre os carros importados. Segundo o portal Uol, estima-se um impacto médio de 25 a 30% nos preços finais. Na defesa, o Governo alega fortalecer a indústria brasileira e oferecer mais condições de competitividade com a indústria internacional. Só que, na verdade, há outra motivação: a gana das montadoras para mais lucros. Assista ao vídeo abaixo e comprove.




CHERY CONSEGUE LIMINAR E PROCURADORIAS REAGEM


A montadora chinesa Chery conseguiu liminar contra o aumento do IPI, junto a Justiça do Espírito Santo, por 90 dias, baseada num dispositivo constitucional que prevê este prazo para que a cobrança do novo tributo comece a vigorar.
 
Na contra-mão, as Procuradorias-Regionais da Fazenda Nacional no Rio de Janeiro e no Espírito Santo vêm tentando combater a ação da montadora, representada pela Venko Motors do Brasil.


DEMOCRATAS POSICIONAM-SE CONTRA O AUMENTO
 
Segundo ainda o portal Uol, no dia 22 passado, o partido Democratas entrou com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade), junto ao STF (Supremo Tribunal Federal), pedindo a imediata suspensão do aumento decretado pelo governo Dilma Rousseff-PT, baseados na mesma defesa da Chery.
 
Na (a)versão dos Democratas, este aumento prejudica a concorrência e favorece o aumento no preço dos automóveis, tanto nacionais, quanto dos importados, podendo, à reboque, ocorrer uma corrida por peças e componentes nacionais, promovendo a inflação dos preços.


COMO REAGIRMOS?
 
Sempre que possível, defendo que nós, reles e ávidos consumidores, para que não sejamos encarados como otários que aceitam tudo, devemos reagir com inteligência, ao comprarmos nossos bens e sonhos de consumo.

Por exemplo, assim que assisti à Ambev assumir quase um monopólio no fornecimento de cervejas no país (com efeitos mundo afora), por prever que este monopólio poderia promover aumentos abusivos nos preços das cervejas, optei por consumir outras marcas de outros grupos, tais como a Kaiser e Itaipava, que é a minha preferida e é uma excelente cerveja.

Recentemente, comprei um maxi-scooter Dafra, modelo Citycom 300i, por causa do seu excelente custo-benefício. Estou satisfeitíssimo com o produto, cujas peças são do Taiwan e são montadas pela Dafra, que já é reconhecida como a terceira maior montadora de motocicletas do país, tendo ainda negociado parcerias com a BMW motos, MV Agusta e a renomada italiana Ducati, segundo informações nos portais especializados. 
 
A questão central é a velha lei da oferta e procura. Enquanto houver maior procura, do que oferta, tais aumentos ocorrerão. Falamos de comportamento lógico e racional de consumo. Se os preços parecem ser regidos por cartéis, que compremos fora ou, se possível, regulemos ou rejeitemos o consumo. Mudemos de hábitos. Se as cervejas estão caras, vamos consumir cachaça, vinhos ou outra bebida, oras!
 
Enfim, se cada um de nós, consumidores, nos desfizermos dos preconceitos e maus hábitos de consumo, que corroboram com o aumento desenfreado dos preços, rejeitando todos os abusos econômicos, teremos produtos melhores e com preços mais baixos. Agora, se você não consegue se conter, fique à vontade e entregue, de bandeja, seu suado dinheiro, para que as multinacionais se enriqueçam mais e mais.

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