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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

OS VENDEDORES DE SONHOS - 3

E O I-TEC?

Para fechar a série dos Vendedores de Sonhos, porque senão ficaria aqui por mais uma semana escrevendo, recordo-me da postagem que publiquei neste blogue, sobre o “moderníssimo” parque tecnológico de Itabira, o Itec.
 
Idealizado e lançado durante o governo Ronaldo Magalhães, antecessor e parceiro político do João Izael, o I-tec foi anunciado com grande pompa, por meio de fantasiosas maquetes virtuais em 3D, apresentação multimídia e um arrojado projeto, incluindo-se show-room, lojas, heliponto e algumas fantasias mais.

Pois então, cerca de 8 anos depois, o Itec até que existe. Mas não passou de uma “recauchutada” na velha estrutura do antigo Sesi, com sete microempresas incubadas. Isso, sem falar, das salas de aula “confortavelmente instaladas” em containers improvisados, até a poucos dias atrás, para os alunos da Unifei-Itabira, que lá estão desde 2008, por causa dos atrasos das obras do campus, ainda em construção num isolado ponto no Distrito Industrial 2.

Com prazo de implantação previsto para 10 anos, o parque tecnológico, que era a grande sacada do Cácio Guerra para a cidade, chega aos cruciais 8 anos de vida. Das 112 empresas que seriam incubadas, chegará, até o final do ano e já contando com as 3 novas a serem aprovadas no novo edital em andamento, à pífia soma de 10 instaladas. Dos 35 mil metros quadrados de área construída, nada do projeto arquitetado foi construído até agora. Reconheçamos que um avanço significativo e não previsto neste projeto foi a chegada da Unifei. Beleza! E aí?
 
Afinal, o que faltou? Empenho dos responsáveis? Vontade política? Ou ficaram só sonhando, visitando outras paragens? Quanto dinheiro já foi destinado para estas instituições, agências e demais entidades constituídas para este fim? Quanto dinheiro do Fundesi - Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social de Itabira - foi gasto e onde?
 
Já passou da hora de vermos nossa cidade no rumo do desenvolvimento sustentável e diversificado.  Livre da monoeconomia. Um projeto deste alcance tem a obrigação de ser levado a sério por quem quer que esteja no poder e precisa ter suas rédeas tomadas pelas instituições responsáveis pelo desenvolvimento econômico, como a Acita, CDL, Funcesi, Unifei e Vale. Não pode e não deve ser deixado na gaveta e muito menos protelado, só sob os interesses pequenos dos passageiros gestores políticos.
 
Assistam então ao vídeo de lançamento do I-tec, produzido em meados de 2003 e tirem suas próprias conclusões.



É, ou não é uma grande sacada para a cidade?
Sonhar, sim. Fantasiar, não!

2 comentários:

  1. Prezado Fernando,

    gostaria de convidá-lo para conhecer os projetos que estão sendo desenvolvidos pela Incubadora citada por você acima, com o apoio dos seus parcerios.
    Existe um trabalho de fomento à cultura empreendedora sendo desenvolvido com muito afincuo, com o intuito de criar um ambiente propicio para retomada do projeto do Parque Tecnológico, que é um grande projeto de desenvolvimento que necessita um envolvimento grande de vários atores para que este possa trazer resultados para a comunidade.
    A chegada da Unifei é promissora para este projeto que não poderia decolar sem uma universidade que desenvolva pesquisa tecnológica que possa ser tranformada em bens e serviços relevantes para a sociedade.
    É um projeto de longo prazo que precisa ser repensado, mas não está esquecido, existe muita energia sendo movida para que este possa acontecer e se tornar um projeto de todos, de Itabira.
    Venha fazer parte deste movimento, você com certeza poderá contribuir de forma positiva.


    Saudações cordiais,

    Ana Cristina de Alvarenga Lage
    Coordenadora do Origem Incubadora

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  2. Boa noite, Ana Cristina!

    Com certeza, a chegada da Unifei oferece novo ponto de sustentação tecnológica para o I-Tec.

    Entretanto, a Funcesi, instituição de ensino precursora, por meio da Fatec, já contava com cursos focados em tecnologia, desde o lançamento do projeto. Daí, a impressão que tenho é que ignoram a presença e o valor da Funcesi. Eu fui aluno e professor da instituição e nunca fomos chamados para quaisquer contatos ou oportunidades, via a Funcesi.

    De fora o ciúmes e defesa da Funcesi, a soma das duas instituições de ensino superior podem ancorar e validar o projeto. Mas o governo municipal e os dirigentes têm que fazer suas partes e já deveriam, sem prejuízo para a vinda da Unifei, ter edificado o I-tec, conforme vendido em projeto para a sociedade. O que não vimos ainda, além dos discursos e umas parcas e incipientes ações. Desculpe-me pela constatação e corrija-nos se estivermos errados.

    A propósito, quanto foi o orçamento do Indesi e os repasses para o Fundesi, até o momento? Quanto, deste valor, foi aplicado no custeio e quanto foi aplicado no investimento de edificações? Como é detalhado o custeio? Diretores recebem jetons ou outro tipo de remuneração? Quem os nomeia? Quais viagens foram bancadas pela instituição?

    Tenho todo o interesse de conhecer, de publicar e de defender este importante projeto para a cidade. Aliás, não entendo o porquê de não ter envolvimento direto pela Acita, que acredito ser muito melhor representante para o desenvolvimento econômico local, com menor ingerência político-partidária. Poderia esclarecer o porquê de terem criado outra instituição ancorada pela política?

    Fernando Martins

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