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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

ARTICULAÇÕES PARA 2012

E então, Itabira continuará no grupão, ou cairá nas mãos do "grupinho"?
   
ATUAIS STATUS

O grupão se esfacelou, a debandada velada está em todos os departamentos, secretarias e gabinetes dos vereadores. O salve-se quem puder impera dentro da base governista, desde o início do segundo mandato do João Izael. A bem da verdade, a execração pública do João partiu da oposição, durante a campanha de 2008, mas, hoje, seus maiores inimigos estão à sua volta e não faltam fogos amigos.
  
O PP esboçou uma união com o PT, sem a participação direta do governo. Pelo menos é o que vimos nas divulgações e nas críticas dos líderes e militantes no fórum "Opinião de Itabirano". Em resposta, o novo nome do PT, Bernardo Mucida, partiu para o PSB e se projeta bem por lá, inclusive como bom nome para disputa para prefeito. O projeto PP/PT não vingou por causa da grande rejeição e da proposta indigesta em si. O PSDB do Roberto Chaves brigou, Ronaldo Magalhães sente-se injustiçado e esquecido e outros partidos seguem seus próprios caminhos, como o PMDB, que se prepara para alçar voo próprio, segundo a orientação do deputado federal Antônio Andrade, presidente estadual da sigla, muito provavelmente se sustentando no nome do Reginaldo Calixto, em situação de quase pedido de casamento. Portanto, outro bom nome no páreo.
  
Com a saída do PT, a oposição se enfraqueceu ao perder muito tempo de mídia. Foi um gol contra e uma grande perda, sem dúvida alguma. A frieza e indiferença do PV itabirano, antes decisiva e acertada em outros conflitos, como da recuperação do PV das mãos do Ronaldo Magalhães, desta vez mandou a conta. Recentemente, novos erros de posicionamento na mídia e de defesa às provocações da imprensa, ameaçaram a colocar em xeque o prestígio e a predileção atual do nome do Damon. Brigas ruins para os dois lados, por certo.
 
  
QUEM VEM?

Do lado do governo, o mais recente boato dá conta que João Izael convidou o médico José Luiz Scaglione para ser seu sucessor. O problema é que, diante de tanta exposição à queimação, que tanto este grupo político plantou na cidade, familiares do médico têm recusado, ainda segundo nossa fonte, acobertados de razões. Outro ponto desfavorável ao João é que, quem vai se interessar de ser “ungido” pelo prefeito mais mal falado da região? O dinheiro e a máquina dele, todos querem, tanto é que, até agora, nenhum dissidente velado ousou romper oficialmente. Se confirmada a negativa do Júlio, João Izael terá que tentar outro ou, simplesmente, deixar a campanha rolar agora e focar em 2014, quando deverá disputar com Ronaldo Magalhães, hoje com um pouco mais de prestígio.
 
Ao PP/PT, fracassados até agora com o projeto Agenda 2012, não restará outra chance do que apresentarem os nomes do Neidson e Banana e seguirem até o fim, como os primeiros bois de piranha arquitetados propositalmente ou não pelos (ex-?)caciques do grupão, numa linha de centro. A única novidade que poderia dar algum suspiro, seria a confirmação do nome do Jackson Tavares, pelo PT, na cabeça, com Neidson de vice. Como ameaçou, chegou a ser confirmado e depois se retirou, somada à execração pública que o ex-grupão fez contra sua honra, Jackson ficaria em situação muito mais difícil, do que se o Jackson viesse com Banana de vice, numa chapa menos heterodoxa.
 
Ronaldo Magalhães não está morto, goza de bom conceito como realizador, mas tem problemas demais a justificar num confronto para prefeito, principalmente dos fortes indícios de desvios e de corrupção no seu governo. A vantagem a seu favor é que Ronaldo é sensato e frio nas decisões. Tanto é que, segundo o Diário de Itabira, Ronaldo preferiu propor um acordo para o Damon, abrindo mão de sua candidatura agora, para que Damon o apoie ou, pelo menos, não traga problemas para ele na tentativa de sobrevivência em 2014, quando poderia disputar o cargo para deputado estadual, novamente. A questão, que não quer calar, é: que vantagem o Damon leva nesta proposta? Praticamente, nenhuma, a meu ver. Aliás, Damon entregaria, de bandeja, o discurso de ser o único candidato legítimo de oposição; daria de presente para o PP/PT o discurso que todas as chapas “são iguais” com caciques do “grupão” entremeados e, por consequência, ainda cairia na lábia do “grupão”. É tudo que a situação quer, ou seja, confundir o eleitorado.
 
Damon tem candidatura tida como certa e figura como nome predileto. É a vez do vai ou racha, depois de tentar por duas outras vezes para prefeito, sem contar com a campanha para deputado. A cada experiência vivida, Damon se cacifou um pouco mais, só que não pode errar agora, sob pena de sepultar uma promissora carreira política.
 
O cargo mais disputado, por sua vez, é quem viria de vice do Damon. O PV tem proximidade com dois excelentes nomes, do Bernardo Mucida e do Reginaldo Calixto. Ambos jovens, com boa bagagem acadêmica. Bernardo se posiciona muito bem, está muito bem orientado e parece mais preocupado em contribuir e aprender. Calixto vem com mais força e com mais experiência. Por outro lado, talvez motivado pela ansiedade em comprovar experiência, Calixto vem sendo rotulado de vaidoso, adjetivo este que pode lhe custar caro, num confronto. Se este conceito arraigar, reverte-se em rejeição e torna-se difícil de ser tratada no campo do marketing político.
 
Agora, uma hipótese interessante: se Damon, Calixto e Mucida fizerem uma composição mais inteligente, caso o Calixto aceite vir de vice do Damon agora e o Mucida abra mão de cargo executivo, pode-se ter como quase certa a sonhada vitória da oposição. Para o Calixto, as vantagens de se cacifar mais para prefeito nas próximas oportunidades; colocará abaixo o rótulo de vaidoso e ainda sai mais gabaritado para desenvolver uma brilhante carreira política. Para o Damon, Calixto é o que melhor preenche a lacuna vaga do Damon, face as experiências concretas vivenciadas na carreira dele como administrador. O Bernardo, que é mais jovem, pode vir para vereador, amadurecer mais e, de igual forma, construir sua carreira política de forma mais concreta e duradoura. Inclusive, se conseguir a presidência da casa, ganha experiência em gestão pública. Experiência esta que lhe falta no momento. Se uma hipótese de chapa desta vinga, a situação dos governistas e dissidentes fica na pior das piores chances.
 
Ainda sim, acredito mais que a tendência é que saiam umas 4 frentes, sendo duas mais legítimas, de situação (apoiado oficialmente pelo João Izael) e de oposição (Damon e quem o acompanhar), e outras duas mistas mais fracas, com tendências de vir o Reginaldo Calixto com algum vice mais popular (com foco no futuro) e outra chapa resultante da união PP/PT, provavelmente representada pelo Neidson e Banana. Se confirmada esta tendência, sepultamos o conceito de grupão. E então, nem grupão, nem grupinho!

Como podem ver, tudo ainda está bem nebuloso...

2 comentários:

  1. Bernardo pode ser secretário de governo... Cargo importante, que vai lhe dar cacife para sair a deputado. Que tal?

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  2. Outra coisa qu precisa muito é um secretário de comunicação. Esse Fernando Silva de Ouro Preto já fez todas as baixarias possíveis. Escondido, como ele sempre faz. Não tem coragem nem de assumir suas baixarias e arruma testa de ferro e a imprensa comprada. Está na hora desse fernando Silva pegar o rumo de casa. Chega de baixo nível, pessoal.

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