Texto enviado pelo Frei Gilvander Moreira, de autoria do jornal O Trem
"(Publicado no Jornal O TREM, de Itabira, MG, A Mina, n. 71, ano 7, agosto/2011, p. 9)
Numa das cidades mais ricas de Minas Gerais, Itabira, e que abastece o mundo de minério de ferro desde 1942, cerca de 300 famílias pobres foram expulsas, por ordem da Justiça, de um terreno particular que ocuparam por não ter onde morar e ao qual deram o nome de Carlos Drummond de Andrade – terreno improdutivo, cujos donos devem ao município, em IPTU, cerca de R$1 milhão. Todos, incluindo idosos, crianças e doentes, sofreram humilhações traumáticas, talvez irreversíveis. Sem resistência, intimidados por centenas de policiais, com revólveres, cães, cassetetes e helicópteros, deixaram suas casas, construídas ao longo de 10 anos com muita dificuldade. Foram depositados em galpões, divididos em cubículos de madeirite que comunicadores bajulões do poder chamaram, sem corar o rosto, de baias. “A lei deve ser cumprida. Invadiram, têm de sair”, bradaram em microfones. Cabe perguntar se eles se referiram à mesma lei que no papel assegura dignidade a todos os brasileiros. Agosto de 2011: o mês de uma das maiores ignomínias praticadas em Itabira, cuja história agora apresenta um episódio a evocar Canudos, sem morte física e sem messianismo à Antônio Conselheiro. Fruto do casamento diabólico entre política malsucedida e injustiça, esse despejo de pobres em Itabira foi um tiro à queima-roupa na fraternidade, cujo estampido ecoará por 120 anos.
Clic no link, abaixo, e ouça também a música feita por Adriana, da Comunidade Camilo Torres, em Belo Horizonte, MG: "Meu pedaço de chão..."
E aí seu João, qual município é referência nacional (positiva)?
ResponderExcluirhttp://www.defatoonline.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=18909
Uma dica:
São Gonçalo cumpre metas e torna-se referência em gestão pública
Itabira ficou apenas na promessa de campanha. Ah. Perdão, esqueci que a promessa é ser referência em saúde, segurança e educação. (indi)Gestão pública não conta haha.
O que aconteceu no bairro Drumond foi uma sucessão de erros, desde dos invasores, proprietários,justiça, politicos e porque só agora a igreja manifestou ?
ResponderExcluirJoga "bosta" no Joãoni!
ResponderExcluirEsse INDG também andou por Itabira. O que será que achou, ou não achou por aqui?
ResponderExcluircaros, reproduzo comentario que vi ha pouco no DeFato Online sobre uma materia de manifestacao dos sem-terra. fica claro que a percepção da população de itabira sobre a questão é de completa indiferença e, principalmente, ignorância. Estou há pouco tempo na cidade, mas ja é patente o ar provinciano, de que vale uma cidade bonita, sem casas e pessoas desordeiras e feias... Segue o comentário que vi: "Se o juiz mandou ser retirado um bairro inteiro porque não manda retirar aquelas barracas que estaõ ileguais armadas em frente a prefeitura,não existe brigar por coisas que não lhe pertece.Deixo o meus parabens ao Senhor juiz,ao prefeito que teve pulso firme de resolver esta questão de posseiros inlegais,espero que não demore muito ser retirado os que aindam se acham no direito de continuar a deixar a cidade com uma vista horrosa com aquelas barracas feias."
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