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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

CASARÕES TOMBADOS (LITERALMENTE) - 10

Nesta última série das fotos dos casarões tombados, vamos dar uma volta a um belo ponto turístico da cidade, resgatado durante do governo Ronaldo Magalhães. Quer dizer, lembrado apenas nos vídeos, fotos e placas turísticas oficiais, mas sem ter recebido a devida atenção na necessária restauração. Mais uma obra de marketing, sem conteúdo real.

Desta vez, vamos fazer um tour à antiga Usina do Ribeirão São José, cujas edificações datam de 1924 e estão sob os "cuidados" da prefeitura de Itabira.

Principal via de acesso interrompida com barreira. Tivemos que pegar
um caminho alternativo. Ao todo, transpomos 22 barreiras, deslizamentos e erosões,
até chegar ao local.

Edifício principal da usina.



Sala de máquinas, com o gerador e o painel ao fundo, que forneciam luz para Itabira,
nos primórdios do século XX.


Antigo armário de apoio, ao lado do painel de instrumentos.

Painel de instrumentos e operações.

O conjunto arquitetônico era composto por mais 2 edificações, onde residiam
os técnicos responsáveis pela operacionalização da Usina.


Detalhe dos telhados danificados da casa principal abandonada.
Numa das águas (varanda), usaram as telhas coloniais,
nas águas do teto da casa, parecem ser ardósias. Seria estilo inglês?


Casa principal. Vista dos fundos.

Interior da casa principal.
Ruínas da segunda casa, localizada na entrada do conjunto,
completamente tomada pela vegetação.
E agora, o único atrativo que mantém-se bem preservado: a cachoeira de São José. Bom volume de água e vegetação exuberante, refrescam os visitantes.



6 comentários:

  1. Aí está mais um conjunto do Patrimônio Histórico de Itabira em ruínas.
    A grande mineradora, a tal Vale(?), assinou naquelas várias condicionantes que iria reformar este conjunto para que fosse realmente transformado em um Parque Ecológico da cidade, mas como aquele pessoal promete tanto quanto o atual prefeito e não concluem suas obrigações.

    A Usina Hidrelétrica do Ribeirão São José entrou em operação em 1916 na administração do Cel. José Batista Martins da Costa, funcionando até meados da década de 1960 e produzia 150 wats de energia elétrica.

    A casa de máquinas e a antiga sede da distribuidora no centro da cidade (atual Centro de Artesanato) foram construídas no estilo inglês e as demais casas no entrono da usina receberam telhado em ardósia que provavelmente foram importadas da França. O conjunto mecânico gerador de energia elétrica da usina é de origem alemã.

    Em Poços de Caldas, me parece ser esta a cidade, ainda existem algumas usinas hidrelétricas neste mesmo estilo que entraram em funcionamento no começo do Século XX ainda estão em pleno funcionamento.

    O fato mais curioso é de que quando ainda havia um vigia que morava na casa principal, ela era servida pela rede elétrica da CEMIG.

    Ainda bem que o acesso ao futuro Parque de São José é difícil e com isto a mata e cachoeira estão preservados.

    O que não está preservado é o bom censo dos membros do COMPHAI, que continuam omissos e ao largo de todos estes fatos apresentados neste blogue.

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  2. Francisco Carlos Silva17 de janeiro de 2012 às 16:43

    Fernando Martins, agradeço por trazer as informães da situação do conjunto do que deveria ser o Parque Ecológico do Ribeirão São José juntamente com a Usina Hidrelétrica do Ribeirão São José. Lembro-me como membro do Codema na Gestão do Secretário e Presidente do Codema, Hamilton Lage apresentou para os membros do conselho sobre o projeto executivo do Parque Ecológico do Ribeiro São José e ele foi aprovado por todos membros e eu mesmo acreditava que os outros Secretários de Meio Ambiente da Prefeitura de Itabira que sucederam o Hamilton, que foi o Gilberto Magalhães e depois, hoje o Arnaldo Lage, estariam dando continuidade ao projeto, principalmente porque entendemos que é preciso preservarmos o nosso Patrimônio Histórico e Cultural de Itabira, pois eles pertencem a comunidade Itabirana, a qual fazemos parte. Obs- Estarei está semana procurando a Sec.Municipal de Meio Ambiente de Itabira e inteirando dos fatos aqui apresentados pela reportagem, e dia 09/fevereiro/2012, estarei questionando o assunto na primeira reunião do Codema para conhecimentos dos outros membros do Conselho.

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    1. [...] e eu mesmo acreditava que os outros Secretários de Meio Ambiente da Prefeitura de Itabira que sucederam o Hamilton, que foi o Gilberto Magalhães e depois, hoje o Arnaldo Lage, estariam dando continuidade ao projeto[...]. Sei que é papel do cidadão fiscalizar o patrimônio público, pois é dinheiro de todos nós. Mas principalmente, era SEU papel, como participante do CODEMA. Se não me engano, não é o CODEMA o gestor de todos os parques de Itabira? Então, como é que a essa altura do campeonato, o senhor vem a público dizer que não sabia que a situação está assim? Passo por lá quase todo dia e não é de hoje que o parque está "entregue às moscas". Mas somente quando a notícia "estoura" e todos ficam sabendo é que é importante discutir sobre isso? De falácias, nós itabiranos já estamos cheios. O importante é deixar de falar demais e começar a agir. Me perdoem o desabafo, mas estou cansado de ver situações assim. E escrevam o que digo: o parque está assim, e vai continuar assim. Ainda mais sendo ano eleitoral. Quem é que vai preocupar com o parque, qdo estão mais preocupados em caçar votos?

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  3. Chocante... as fotos são chocantes! Meu Deus, como pode tanto descaso com nosso patrimônio, meio ambiente e com nossa história?

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  4. Fernandinho,
    Trabalho nota 10. Parabéns. Deus há de me dar forças para um dia voltar para a "Terrinha Abençoada" para brigar pela restauração e preservação de tudo isto.
    Rafael Clever.

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  5. Acho estranho que o sr. Francisco Carlos, como membro do CODEMA a tanto tempo, tenha se inteirado apenas agora, através do Filhos do Cauê, que o "Parque Natural Municipal Ribeirão São José" esteja nesta caótica situação. Ele, como representante da sociedade no CODEMA, e demais membros deveriam estar fiscalizando a manutenção do parque, não? No Brasil é assim: enquanto nada de ruim acontece, tá tudo muito bom. É só a coisa desandar, que aí já dizem que vão fazer, que estão cobrando, que vão fazer de tudo para resolver, etc etc. Vivemos num país do apaga incêndio. Não é melhor prevenir do que remediar?

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