Nesta última série das fotos dos casarões tombados, vamos dar uma volta a um belo ponto turístico da cidade, resgatado durante do governo Ronaldo Magalhães. Quer dizer, lembrado apenas nos vídeos, fotos e placas turísticas oficiais, mas sem ter recebido a devida atenção na necessária restauração. Mais uma obra de marketing, sem conteúdo real.
Desta vez, vamos fazer um tour à antiga Usina do Ribeirão São José, cujas edificações datam de 1924 e estão sob os "cuidados" da prefeitura de Itabira.
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Principal via de acesso interrompida com barreira. Tivemos que pegar
um caminho alternativo. Ao todo, transpomos 22 barreiras, deslizamentos e erosões,
até chegar ao local. |
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Edifício principal da usina. |
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Sala de máquinas, com o gerador e o painel ao fundo, que forneciam luz para Itabira,
nos primórdios do século XX. |
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Antigo armário de apoio, ao lado do painel de instrumentos. |
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Painel de instrumentos e operações. |
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O conjunto arquitetônico era composto por mais 2 edificações, onde residiam
os técnicos responsáveis pela operacionalização da Usina. |
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Detalhe dos telhados danificados da casa principal abandonada.
Numa das águas (varanda), usaram as telhas coloniais,
nas águas do teto da casa, parecem ser ardósias. Seria estilo inglês? |
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Casa principal. Vista dos fundos. |
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Interior da casa principal. |
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Ruínas da segunda casa, localizada na entrada do conjunto,
completamente tomada pela vegetação. |
E agora, o único atrativo que mantém-se bem preservado: a cachoeira de São José. Bom volume de água e vegetação exuberante, refrescam os visitantes.
Aí está mais um conjunto do Patrimônio Histórico de Itabira em ruínas.
ResponderExcluirA grande mineradora, a tal Vale(?), assinou naquelas várias condicionantes que iria reformar este conjunto para que fosse realmente transformado em um Parque Ecológico da cidade, mas como aquele pessoal promete tanto quanto o atual prefeito e não concluem suas obrigações.
A Usina Hidrelétrica do Ribeirão São José entrou em operação em 1916 na administração do Cel. José Batista Martins da Costa, funcionando até meados da década de 1960 e produzia 150 wats de energia elétrica.
A casa de máquinas e a antiga sede da distribuidora no centro da cidade (atual Centro de Artesanato) foram construídas no estilo inglês e as demais casas no entrono da usina receberam telhado em ardósia que provavelmente foram importadas da França. O conjunto mecânico gerador de energia elétrica da usina é de origem alemã.
Em Poços de Caldas, me parece ser esta a cidade, ainda existem algumas usinas hidrelétricas neste mesmo estilo que entraram em funcionamento no começo do Século XX ainda estão em pleno funcionamento.
O fato mais curioso é de que quando ainda havia um vigia que morava na casa principal, ela era servida pela rede elétrica da CEMIG.
Ainda bem que o acesso ao futuro Parque de São José é difícil e com isto a mata e cachoeira estão preservados.
O que não está preservado é o bom censo dos membros do COMPHAI, que continuam omissos e ao largo de todos estes fatos apresentados neste blogue.
Fernando Martins, agradeço por trazer as informães da situação do conjunto do que deveria ser o Parque Ecológico do Ribeirão São José juntamente com a Usina Hidrelétrica do Ribeirão São José. Lembro-me como membro do Codema na Gestão do Secretário e Presidente do Codema, Hamilton Lage apresentou para os membros do conselho sobre o projeto executivo do Parque Ecológico do Ribeiro São José e ele foi aprovado por todos membros e eu mesmo acreditava que os outros Secretários de Meio Ambiente da Prefeitura de Itabira que sucederam o Hamilton, que foi o Gilberto Magalhães e depois, hoje o Arnaldo Lage, estariam dando continuidade ao projeto, principalmente porque entendemos que é preciso preservarmos o nosso Patrimônio Histórico e Cultural de Itabira, pois eles pertencem a comunidade Itabirana, a qual fazemos parte. Obs- Estarei está semana procurando a Sec.Municipal de Meio Ambiente de Itabira e inteirando dos fatos aqui apresentados pela reportagem, e dia 09/fevereiro/2012, estarei questionando o assunto na primeira reunião do Codema para conhecimentos dos outros membros do Conselho.
ResponderExcluir[...] e eu mesmo acreditava que os outros Secretários de Meio Ambiente da Prefeitura de Itabira que sucederam o Hamilton, que foi o Gilberto Magalhães e depois, hoje o Arnaldo Lage, estariam dando continuidade ao projeto[...]. Sei que é papel do cidadão fiscalizar o patrimônio público, pois é dinheiro de todos nós. Mas principalmente, era SEU papel, como participante do CODEMA. Se não me engano, não é o CODEMA o gestor de todos os parques de Itabira? Então, como é que a essa altura do campeonato, o senhor vem a público dizer que não sabia que a situação está assim? Passo por lá quase todo dia e não é de hoje que o parque está "entregue às moscas". Mas somente quando a notícia "estoura" e todos ficam sabendo é que é importante discutir sobre isso? De falácias, nós itabiranos já estamos cheios. O importante é deixar de falar demais e começar a agir. Me perdoem o desabafo, mas estou cansado de ver situações assim. E escrevam o que digo: o parque está assim, e vai continuar assim. Ainda mais sendo ano eleitoral. Quem é que vai preocupar com o parque, qdo estão mais preocupados em caçar votos?
ExcluirChocante... as fotos são chocantes! Meu Deus, como pode tanto descaso com nosso patrimônio, meio ambiente e com nossa história?
ResponderExcluirFernandinho,
ResponderExcluirTrabalho nota 10. Parabéns. Deus há de me dar forças para um dia voltar para a "Terrinha Abençoada" para brigar pela restauração e preservação de tudo isto.
Rafael Clever.
Acho estranho que o sr. Francisco Carlos, como membro do CODEMA a tanto tempo, tenha se inteirado apenas agora, através do Filhos do Cauê, que o "Parque Natural Municipal Ribeirão São José" esteja nesta caótica situação. Ele, como representante da sociedade no CODEMA, e demais membros deveriam estar fiscalizando a manutenção do parque, não? No Brasil é assim: enquanto nada de ruim acontece, tá tudo muito bom. É só a coisa desandar, que aí já dizem que vão fazer, que estão cobrando, que vão fazer de tudo para resolver, etc etc. Vivemos num país do apaga incêndio. Não é melhor prevenir do que remediar?
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