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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

PRIMEIROS FRUTOS DA EDUCAÇÃO SUPERIOR


Os primeiros deliciosos frutos das generosas árvores da democracia começam a amadurecer. Estamos começando o período da colheita. Quem plantou? Temos que ser justos, a Vale, a Diocese Itabira-Fabriciano, a Câmara e, é claro, a Prefeitura de Itabira, sob o apoio do Governo Federal. São 3 frondosas árvores, duas delas veteranas: a Funcesi e Unipac. De igual forma, não há porque não reconhecer o grande feito do governo João Izael, em ter plantado a última, a Unifei.
  
São vários os frutos que estas escolas darão, via a geração de conhecimento. Quanto mais nossa gente receber educação superior, melhores serviços serão prestados, melhores produtos serão oferecidos e melhores serão os níveis dos políticos, que serão forçados a ter bagagem e domínio das leis. Por meio da educação, aos poucos, vamos banindo o clientelismo, a visão medíocre e até mesmo a famigerada compra de votos.

Com a "consolidação" do conhecimento superior, mazelas históricas da cidade passaram a ser postas à mesa, só que para completa dissecação. E virão de várias vertentes, inclusive dos estudantes de outras cidades, que, para surpresa nossa, têm defendido mais interesses coletivos, do que muitos de nós, antes cabisbaixos e pacatos itabiranos. 
  
Os preços das passagens da Cisne, por exemplo, após décadas de monopólio, têm sido duramente  questionados por essa moçada de fora e movimentos estudantis encabeçam a necessária mudança. Culpa da Cisne? Na verdade, não acredito que, diante das provações econômicas pelas quais a empresa familiar passou, os administradores tivessem a predisposição de abusar economicamente, do já exposto benefício do monopólio e da tolerância itabirana. O que mais se ouve, décadas a fio, são estórias de políticos que cobram vantagens desses tipos de monopólios, país afora, como condição para manter regimes de favorecimento e para permissão de reajustes, tornando os serviços públicos cada vez mais caros.
  
Daí, o possível desinteresse dos políticos em aliviar a equação dos custos. Afinal, será que eles fizeram parte da composição?
  
 
FRUTOS DOS UNIVERSITÁRIOS DA UNIFEI
 
No princípio, a imprensa chapa-branca divulgou, que estudantes "privilegiados de fora" queriam regalias de 1/2 passe livre para eles, "fazendo com que toda a população pagasse", pelos possíveis reajustes que viriam. Só que, em nenhum momento, vimos políticos (prefeito e vereadores) e demais autoridades da Justiça questionando, avaliando e mesmo expondo a planilha de custos de um serviço, garantido por concessão pública.
  
Em busca dos direitos deles, primeiro, os alunos se reuniram várias vezes com o prefeito, a Cisne e a reitoria, defendendo o direito garantido na Lei Federal 10.709/03 para TODOS OS ALUNOS, DE TODAS AS ESCOLAS! Reivindicaram ainda a instalação do RU (restaurante universitário) e questionaram a entrega do novo prédio com acomodações deficitárias, por ter sido entregue atrasado e aquém da capacidade de acomodação de todos alunos.
  
Sem esmurecerem com os descasos e jogos de empurra-empurra, os alunos lançam um sítio expondo, detalhadamente e de forma coerente, o trâmite e as situações das reivindicações, que vale a pena ser lido (clique aqui para acessar). 
  
  
FRUTOS DOS ALUNOS DA FUNCESI
  
Na Funcesi, que é uma entidade comunitária, apoiada pela prefeitura, câmara, Vale e Diocese, alunos criaram blogues e fóruns na rede social do Facebook, para preparar um manifesto contra um "abusivo"  aumento das mensalidades, a ser tratado em Assembléia, hoje, às 8 e meia da noite, no hall do prédio amarelo.
 
Segundo o blogue Dafachi (clique aqui para ver), "chegam a 22% de elevação das mensalidades, no caso do curso de Engenharia de Produção, e 12,51% no curso de Direito". O que mais parece incomodar os alunos é a "falta de diálogo e autoritarismo", por não terem conseguido, até o momento, um encontro com a direção da Funcesi.
 
Portanto, temos aí um segundo barril de pólvora, que, se não tratado a tempo, pode levantar antigas dúvidas e novos burburinhos. Os primeiros questionamentos, expostos nas redes sociais, apontam para favorecimentos por nepotismo; para a incompreensão generalizada entre o conceito e a realidade de ser "comunitária" e para vinculações políticas estranhas com a situação, que culminam, ainda segundo os manifestantes, com demissões de bons professores por motivação política e com a vinculação dos aumentos das mensalidade, para favorecer a implantação do curso de medicina, que foi promessa de campanha do João Izael. 

  
TENDÊNCIAS DE DESCRÉDITO

Pois bem, como as duas escolas, Funcesi e Unifei, por meio de suas respectivas direções nos últimos anos, permitiram fazer parte do marketing político dos recentes governantes, Ronaldo Magalhães e João Izael, com fortes  aproximações de interesses, não podemos nos furtar de acreditar nos riscos potenciais desses profundos e desnecessários enraizamentos, cujas consequências melam a credibilidade dessas instituições de ensino e ainda podem trazer consequências desastrosas, tal como vimos com a Igreja Católica, no ano passado, quando, num primeiro momento, o prefeito seguia no andor e, depois de ser colocado ao chão, assistimos à denúncia infundada de um padre ser execrado como pedófilo, pela imprensa custeada pelo governo e pela câmara.
 
Só para terem mais certeza dos riscos que exponho, li uma cópia de um artigo da Agência Brasil, publicado num fórum do Facebook, criado por fakes* apoiadores do projeto Agenda 2012, composto pelo PP e PT, que a Funcesi corre risco de ter vários cursos cortados pelo Mec, inclusive na restrição da aprovação de novos cursos (como o caso do curso de Medicina), por causa das baixas notas no Enade-2010 (clique aqui para ler).
 
Eu, particularmente, duvido que algum novo governante, de qualquer ala que venha surgir, cometesse a sandice de se opor, ou de criar qualquer entrave contra essas escolas. Por isso, sempre questionei o porquê dessas desnecessárias vinculações. Precisamos compreender que tratam-se de instituições compostas por grande massa ativa de alunos, que podem ser ferrenhos defensores das escolas, caso fossem abortados ou sentissem ameaçados pelos poderes políticos. Percebem? Com tanto contingente eleitoral e força motriz de formar opiniões, acredito que estas instituições jamais precisariam se meter na política partidária. Doidos seriam os políticos que as ignorassem e retaliassem. Percebem?

É... Tomara que repensem suas posturas.

* Fakes: Autores de postagens presentes nas redes sociais, com nomes e perfis falsos ou anônimos.

5 comentários:

  1. Ei, amigos do Filhos do cauê, acabei de ler na Via Comercial isto, escrito pelo rei da baixaria Fernando Silva. Ele disse: "Estou acometido por constante dor de consciência".

    A consciência dele, enfim, está doendo. Deve ser por causa da perseguição a itabiranos com baixarias em rádios e jornais vagabundos.

    Emfim a consciência do Fernando Silva está doendo. Ele mesmo confessou e tem motivos para isso.

    Fernando, você que foi vítima da baixaria do Fernando faça um comentário. Ele confessou que a consciência dele estpá doendo.

    Noé do Campim Cheiroso.

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  2. Aí, Noé.
    Véspera de ano eleitoral faz consciência doer, inimigos políticos sentarem um no colo do outro, memória falhar, neguin esquece o passado. Melhor amigo vira inimigo, inimigo vira amigão. Depois, tudo volta ao normal, ou sai do normal, sei lá.

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  3. Fechado setor de hemodiálise do hospital. Saúde, referência nacional.

    Duas faculdades de Itabira recebem nota 2 e são "reprovadas" pelo MEC. Educação, referência nacional.

    Unidade de internação para menor infrator de Itabira ainda não saiu do papel (http://www.defatoonline.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=20542). Segurança, referência nacional.

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  4. Excelente texto, espetacular análise, adorei o texto que diz:"...como as duas escolas, Funcesi e Unifei, por meio de suas respectivas direções nos últimos anos, permitiram fazer parte do marketing político dos recentes governantes, Ronaldo Magalhães e João Izael, com fortes aproximações de interesses..."

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  5. Muito bom mesmo a vinda destes estudantes de outras cidades e estados do Brasil, com seus pensamentos livres da subserviência às benecesse da grande mineradora e de cargos políticos na administração municipal.

    Chegaram em Itabira para estudar, independentes desta mixórdia intelectual que toma conta da cidade há décadas e de passo em passo vão mudando o panorama boçal de quem se acha dono do poder e das pessoas.

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