Os primeiros deliciosos frutos das generosas árvores da democracia começam a amadurecer. Estamos começando o período da colheita. Quem plantou? Temos que ser justos, a Vale, a Diocese Itabira-Fabriciano, a Câmara e, é claro, a Prefeitura de Itabira, sob o apoio do Governo Federal. São 3 frondosas árvores, duas delas veteranas: a Funcesi e Unipac. De igual forma, não há porque não reconhecer o grande feito do governo João Izael, em ter plantado a última, a Unifei.
São vários os frutos que estas escolas darão, via a geração de conhecimento. Quanto mais nossa gente receber educação superior, melhores serviços serão prestados, melhores produtos serão oferecidos e melhores serão os níveis dos políticos, que serão forçados a ter bagagem e domínio das leis. Por meio da educação, aos poucos, vamos banindo o clientelismo, a visão medíocre e até mesmo a famigerada compra de votos.
Com a "consolidação" do conhecimento superior, mazelas históricas da cidade passaram a ser postas à mesa, só que para completa dissecação. E virão de várias vertentes, inclusive dos estudantes de outras cidades, que, para surpresa nossa, têm defendido mais interesses coletivos, do que muitos de nós, antes cabisbaixos e pacatos itabiranos.
Os preços das passagens da Cisne, por exemplo, após décadas de monopólio, têm sido duramente questionados por essa moçada de fora e movimentos estudantis encabeçam a necessária mudança. Culpa da Cisne? Na verdade, não acredito que, diante das provações econômicas pelas quais a empresa familiar passou, os administradores tivessem a predisposição de abusar economicamente, do já exposto benefício do monopólio e da tolerância itabirana. O que mais se ouve, décadas a fio, são estórias de políticos que cobram vantagens desses tipos de monopólios, país afora, como condição para manter regimes de favorecimento e para permissão de reajustes, tornando os serviços públicos cada vez mais caros.
Daí, o possível desinteresse dos políticos em aliviar a equação dos custos. Afinal, será que eles fizeram parte da composição?
FRUTOS DOS UNIVERSITÁRIOS DA UNIFEI
No princípio, a imprensa chapa-branca divulgou, que estudantes "privilegiados de fora" queriam regalias de 1/2 passe livre para eles, "fazendo com que toda a população pagasse", pelos possíveis reajustes que viriam. Só que, em nenhum momento, vimos políticos (prefeito e vereadores) e demais autoridades da Justiça questionando, avaliando e mesmo expondo a planilha de custos de um serviço, garantido por concessão pública.
Em busca dos direitos deles, primeiro, os alunos se reuniram várias vezes com o prefeito, a Cisne e a reitoria, defendendo o direito garantido na Lei Federal 10.709/03 para TODOS OS ALUNOS, DE TODAS AS ESCOLAS! Reivindicaram ainda a instalação do RU (restaurante universitário) e questionaram a entrega do novo prédio com acomodações deficitárias, por ter sido entregue atrasado e aquém da capacidade de acomodação de todos alunos.
Sem esmurecerem com os descasos e jogos de empurra-empurra, os alunos lançam um sítio expondo, detalhadamente e de forma coerente, o trâmite e as situações das reivindicações, que vale a pena ser lido (
clique aqui para acessar).
FRUTOS DOS ALUNOS DA FUNCESI
Na Funcesi, que é uma entidade comunitária, apoiada pela prefeitura, câmara, Vale e Diocese, alunos criaram blogues e fóruns na rede social do
Facebook, para preparar um manifesto contra um "abusivo" aumento das mensalidades, a ser tratado em Assembléia, hoje, às 8 e meia da noite, no
hall do prédio amarelo.
Segundo o blogue Dafachi (
clique aqui para ver), "chegam a 22% de elevação das mensalidades, no caso do curso de Engenharia de Produção, e 12,51% no curso de Direito". O que mais parece incomodar os alunos é a "falta de diálogo e autoritarismo", por não terem conseguido, até o momento, um encontro com a direção da Funcesi.
Portanto, temos aí um segundo barril de pólvora, que, se não tratado a tempo, pode levantar antigas dúvidas e novos burburinhos. Os primeiros questionamentos, expostos nas redes sociais, apontam para favorecimentos por nepotismo; para a incompreensão generalizada entre o conceito e a realidade de ser "comunitária" e para vinculações políticas estranhas com a situação, que culminam, ainda segundo os manifestantes, com demissões de bons professores por motivação política e com a vinculação dos aumentos das mensalidade, para favorecer a implantação do curso de medicina, que foi promessa de campanha do João Izael.
TENDÊNCIAS DE DESCRÉDITO
Pois bem, como as duas escolas, Funcesi e Unifei, por meio de suas respectivas direções nos últimos anos, permitiram fazer parte do
marketing político dos recentes governantes, Ronaldo Magalhães e João Izael, com fortes aproximações de interesses, não podemos nos furtar de acreditar nos riscos potenciais desses profundos e desnecessários enraizamentos, cujas consequências melam a credibilidade dessas instituições de ensino e ainda podem trazer consequências desastrosas, tal como vimos com a Igreja Católica, no ano passado, quando, num primeiro momento, o prefeito seguia no andor e, depois de ser colocado ao chão, assistimos à denúncia infundada de um padre ser execrado como pedófilo, pela imprensa custeada pelo governo e pela câmara.
Só para terem mais certeza dos riscos que exponho, li uma cópia de um artigo da Agência Brasil, publicado num fórum do Facebook, criado por
fakes* apoiadores do projeto Agenda 2012, composto pelo PP e PT, que a Funcesi corre risco de ter vários cursos cortados pelo Mec, inclusive na restrição da aprovação de novos cursos (como o caso do curso de Medicina), por causa das baixas notas no Enade-2010 (
clique aqui para ler).
Eu, particularmente, duvido que algum novo governante, de qualquer ala que venha surgir, cometesse a sandice de se opor, ou de criar qualquer entrave contra essas escolas. Por isso, sempre questionei o porquê dessas desnecessárias vinculações. Precisamos compreender que tratam-se de instituições compostas por grande massa ativa de alunos, que podem ser ferrenhos defensores das escolas, caso fossem abortados ou sentissem ameaçados pelos poderes políticos. Percebem? Com tanto contingente eleitoral e força motriz de formar opiniões, acredito que estas instituições jamais precisariam se meter na política partidária. Doidos seriam os políticos que as ignorassem e retaliassem. Percebem?
É... Tomara que repensem suas posturas.
* Fakes: Autores de postagens presentes nas redes sociais, com nomes e perfis falsos ou anônimos.
Ei, amigos do Filhos do cauê, acabei de ler na Via Comercial isto, escrito pelo rei da baixaria Fernando Silva. Ele disse: "Estou acometido por constante dor de consciência".
ResponderExcluirA consciência dele, enfim, está doendo. Deve ser por causa da perseguição a itabiranos com baixarias em rádios e jornais vagabundos.
Emfim a consciência do Fernando Silva está doendo. Ele mesmo confessou e tem motivos para isso.
Fernando, você que foi vítima da baixaria do Fernando faça um comentário. Ele confessou que a consciência dele estpá doendo.
Noé do Campim Cheiroso.
Aí, Noé.
ResponderExcluirVéspera de ano eleitoral faz consciência doer, inimigos políticos sentarem um no colo do outro, memória falhar, neguin esquece o passado. Melhor amigo vira inimigo, inimigo vira amigão. Depois, tudo volta ao normal, ou sai do normal, sei lá.
Fechado setor de hemodiálise do hospital. Saúde, referência nacional.
ResponderExcluirDuas faculdades de Itabira recebem nota 2 e são "reprovadas" pelo MEC. Educação, referência nacional.
Unidade de internação para menor infrator de Itabira ainda não saiu do papel (http://www.defatoonline.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=20542). Segurança, referência nacional.
Excelente texto, espetacular análise, adorei o texto que diz:"...como as duas escolas, Funcesi e Unifei, por meio de suas respectivas direções nos últimos anos, permitiram fazer parte do marketing político dos recentes governantes, Ronaldo Magalhães e João Izael, com fortes aproximações de interesses..."
ResponderExcluirMuito bom mesmo a vinda destes estudantes de outras cidades e estados do Brasil, com seus pensamentos livres da subserviência às benecesse da grande mineradora e de cargos políticos na administração municipal.
ResponderExcluirChegaram em Itabira para estudar, independentes desta mixórdia intelectual que toma conta da cidade há décadas e de passo em passo vão mudando o panorama boçal de quem se acha dono do poder e das pessoas.