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sábado, 30 de outubro de 2010

VERGONHA! ARSAE VALIDA AUMENTO DE 33,15% NA CONTA DE ÁGUA, A PEDIDO DO GOVERNO JOÃO IZAEL

Segundo o portal Defato On Line, a Arsae validou o aumento de 33,15% na sua conta de água, a partir de dezembro.

A medida, segundo o diretor-presidente do Saae Itabira, Élio (Quadrado) de Assis Vieira,  era para "reequilíbrio financeiro da autarquia". Ainda na defesa, ele informou que os aumentos efetuados em 2007 e em 2009 foram cancelados por uma decisão judicial. Mas não convenceu o porquê que:
  • em 2007 a autarquia teve um aumento de 27% na folha de pagamento;
  • nem as denúncias dos nossos leitores sobre indícios de desvios de material, segundo um leitor do nosso blogue disse: "Existe no Saae um relatorio da controladoria Interna que aponta entre outros absurdos: 83% da entrada no almoxarifado nao tem saida e material nao esta em estoque.Este relatorio e publico e pode ser solicitado junto ao Controlador Inteno por qualquer cidadao";
  • nem porque há excesso de servidores na autarquia e alguns que sequer comparessem ao expediente, segundo denúncia do Ministério Público Estadual;
  • nem justificou porque a "audiência" não foi presencial e não foi amplamente divulgada na cidade;
  • nem porque que nós consumidores teremos que pagar pelo custo de bombeamento de água de fontes distantes, por causa do rebaixamento dos lenções freáticos pela mineração.
Na próxima semana, anexaremos todos os e-mails que recebemos aqui para compor um processo contra este abuso. Se você ainda não manifestou, está em tempo, mande já para contatoitafq@yahoo.com.br.
Aguardem!

Veja mais em:

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Mensagem de um lutador: o Apolo Heringer.

Tomo a liberdade de publicar uma mensagem de um amigo o médico e ambientalista Apolo. Sua mensagem é crítica e muito lúcida. Tenho grande concordância com ele.
É um depoimento de um cidadão crítico e batalhador:


"Domingo votaremos para presidente. Uma mulher pela primeira vez poderá ser nossa presidente. A última com algum poder foi a princesa Isabel, nunca uma mulher dirigiu o país. Nenhum operário havia dirigido nosso país antes de Lula. Bastou uma ditadura militar em 1964 para tudo isto acontecer. A história faz coisas certas com linhas tortas. Os militares torturaram Dilma e nela, todas as mulheres do mundo. Se bater em mulher o povo considera covardia imagine torturar uma mulher numa prisão militar. A COLINA – Comandos de Libertação Nacional, de Minas Gerais, se organizou nos anos 60 em BH e pegou em armas para derrotar a ditadura. E agora pode eleger Dilma, uma mulher militante da liberdade, militante da COLINA, a primeira presidente do Brasil. Tortura quebra costela, mas não muda opinião. Tem sentido uma pessoa como a Dilma ser difamadas por emails anônimos acusada de ter enfrentado a ditadura em defesa da liberdade e da justiça social? Em qualquer país ela seria tratada como uma heroína. Foi graças a pessoas como ela que hoje Lula governa o Brasil. Divergências há, e sempre haverá, mas o saldo é muito positivo para o povo brasileiro, tanto para os pobres como para os ricos!
Todos os vídeos divulgados sobre Dilma são falsos e quase todos anônimos. Ela é belorizontina, de classe média, perdeu o pai na adolescência, assumiu a luta política pelo país com 16 anos. Ajudou a criar associações pró-melhoramento de bairros em BH, a meu lado, no Cruzeiro, Carmo, São Pedro em 1965, como forma de não parar a mobilização social que foi o objetivo do golpe de 1964. Nunca desistiu de lutar. Não foi sem razões que foi escolhida por Lula e pelo PT como candidata a presidente. Nos anos 70 após deixar a prisão da ditadura foi com seu marido viver em Porto Alegre/RS e após a Anistia entrou para o PTB junto com Leonel Brizola só tendo vindo para o PR por volta de 2001. Sempre associada às grandes mobilizações populares trabalhistas e políticas como pelas Diretas Já.
Alguém poderá supor que sou filiado ao PT ou que já me beneficiei desta política. Esclareço que jamais recebi qualquer benefício, pelo contrário. Nunca tive nenhum apoio do PT para nada. Não sou filiado a nenhum partido, não respeito nenhum deles e considero as eleições brasileiras um processo estruturalmente corrompido, injusto, uma falsificação legalizada da escolha democrática. Em que pese meu profundo repúdio a esse processo, fato é que quem vencer este jogo muito provavelmente tomará posse no dia 1 de Janeiro de 2011 e terá poderes para governar nosso país por 4 anos. Como estou militante das causas ambientalistas e sócio-ambientais fiquei reticente em apoiar qualquer um dos dois candidatos deste segundo turno. Mas três fatores modificaram minha decisão. Primeiro, a indignação contra o movimento articulado por fantasmas usando símbolos da extrema direita militar e religiosa difamando um ser humano digna. Segundo, a esperança de que ela irá rever a posição do governo brasileiro sobre o meio ambiente. Irei ser oposição a ela se isto não acontecer. Terceiro, para que os benefícios sociais gerais trazidos pelo governo Lula sejam preservados e a seguir alterados para melhor. E um último motivo, muito pessoal, chega a ser um capricho a que me permito, embora não seja o motivo principal, quero ter o prazer de ver uma militante da COLINA, movimento de resistência à ditadura nascido em Belo Horizonte, fundado por jovens, na presidência da República do Brasil. Votarei em Dilma. Ela mostra que nossa luta não se intimidou diante das prisões, torturas sofridas e numerosos assassinatos. Todos os jovens das gerações dos anos 60 e 70 com ela são vitoriosos sobre a conjuntura social que produziu a ditadura de 1964. Ditadura insuflada, financiada e militarmente ancorada no suporte da marinha dos Estados Unidos estacionada em nossa costa, conforme arquivos do Departamento de Estado e revelações do ex-embaixador Lincoln Gordon. Todos os heróis desta luta merecem esta vitória.
Estou, no entanto, solidário com muitos argumentos sérios da oposição a Lula e a Dilma. Os dois lados se atiçando estão praticando uma farsa política com fins eleitoreiros. Precisamos aprender a respeitar os opositores decentes que querem contribuir para melhorar nosso país. Inclusive os milhões que votaram na Marina e que são do nosso campo preferencial. O PT está completamente erodido. Seus intelectuais se comportam muitas das vezes como tietes e propagandistas. Hoje só conta o discurso para o pobre, como se as idéias e o mundo intelectual estivessem alheio a esta luta. Isto nunca aconteceu em nossa história. O Brasil precisa de uma profunda e urgente reforma política que não seja monopolizada seja pelo Congresso Nacional seja pelos partidos existentes. É preciso que estas reformas atinjam o sistema eleitoral, reveja a forma de exercício da representação popular e o papel da grande mídia comercial, descompromissada com a verdade da informação, que modifique o funcionamento do poder legislativo, do judiciário e do executivo pendurados na corrupção e no descrédito público. Mas fazendo a comparação entre os governos dos últimos dezesseis anos, em que pese acertos e erros de ambos, prefiro ficar com Lula e Dilma. Eles irão ter meu voto de oposição. Mas reitero minha profunda indignação com todos estes dois governos frente ao desrespeito ao meio ambiente, a ausência de diálogo com a sociedade civil pata todos os temas. Eles preferem conchavos com políticos desmoralizados a conversar com as lideranças sociais acatadas pela sociedade. Estes governos precisam encontrar saídas sustentáveis realmente para projetos energéticos de grande envergadura, como das hidrelétricas, desmatamentos e abusos do agro-negócio, propostas para o desenvolvimento sustentável do semi-árido brasileiro e a transposição do São Francisco. Até domingo à noite.
Mensagem de Apolo Heringer Lisboa, Minas Gerais. "

DILMA: 15 PONTOS À FRENTE

Segundo nossa enquete, encerrada ontem, Dilma Rousseff-PT fechou com 15 pontos percentuais acima do Serra-PSDB.

Ressalvada a possibilidade de erro, porque enquetes não retratam bem nenhum cenário, por não amostrar e extratificar com precisão, esse resultado foi confirmado com semelhantes valores, nos principais institutos de pesquisa, durante os últimos dias, com tendências de crescimento para Dilma. 

Como hoje acontece o último debate na TV, na principal emissora do país, a Globo, pode até ser que o cenário mude. Mas se os candidatos ficarem trocando farpas e agressões, tais como ocorreram, é mais provável que os resultados se confirmem.

A única saída para o Serra crescer, a meu ver, seria ele falar só de propostas, não bater e não entrar na briga, principalmente se a Dilma partisse para a luta. Situações pouco prováveis, porque ele é quem começou com as agressões...

Semana que vem, saberemos o resultado.

Até lá.

MEMORIAL e TOP 10 do Filhos-do-Cauê

O nosso Filhos-do-Cauê se prepara, após um ano de atividades incisivas na formação de opinião em Itabira e com uma taxa de visitações crescente, para uma série de novidades. Algumas delas já estão funcionando em caráter experimental e vai fazer a má política tremer nas bases. Por certo, temos que saber também agradecer e elogiar, daí, vamos elevar, ressaltar, idolatrar e puxar um saco danado de quem acertar. Trata-se do Memorial da Política Itabirana

Nele, postaremos imagens mais marcantes da história recente, com as Bolas Dentro e as Bolas Fora da política. Três imagens já estão lá para a posteridade, para você nunca se esquecer disso. Criamos este espaço, especialmente, para aqueles que confiavam na memória curta da grande massa, cuja crença deles fazia com que cometessem atrocidades, para depois de uns 2 anos, voltarem ao cenário vestidos de "anjinhos", pedindo seu voto. Isso mesmo, compadres e comadres, quem quiser ser lembrado, terá seu espaço garantido no Memorial. Ah... sim, já ia me esquecendo de informar como acessar, basta clicar na primeira imagem da coluna ao lado, que verá as demais. Afie sua memória e boa diversão.

Outra novidade é que postaremos aqui, a cada final de mês, dados estatísticos sobre as visitações e as postagens mais acessadas deste blogue. Uma nova ferramenta para você saber o que foi mais legal e o que foi mais abominável na sua cidade. Aos colegas autores, mãos à massa e caprichem nos textos.

 

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ministério Público aciona governo Izael e autarquias para exigir uso de relógio de ponto digital para servidores

A que ponto chegamos... um leitor do Filhos-do-Cauê (Paulo Santos) enviou um e-mail com uma notícia quentíssima, sobre uma ação do Ministério Público, por meio da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Itabira.

O MP quer obrigar todos os servidores a baterem o ponto eletrônico, mais de uma vez por dia, mediante uma Ação Civil Pública (ACP), com pedido de antecipação de Tutela, colocando abaixo, por inconstitucionalidade, o decreto municipal que os autorizava de passar o cartão de ponto uma só vez ao dia. Eu mesmo já ouvi servidores debochando isso, confirmando que batem o ponto às 7 da manhã e somem para outras atividades pessoais.

Na ação, o MP ainda pede que sejam afixados, em locais visíveis, os nomes dos servidores lotados naquele departamento, contendo nomes, cargos e horários de trabalho, inclusive das chefias, para que a população possa fiscalizar o cumprimento da jornada de trabalho relativa a cada cargo. Caramba... isso vai dar rolo... Pelo que se especula, há cerca de uns 8000 entre carreira, comissionados e contratados, que o prefeito João Izael vinha se negando a informar, inclusive para o Sindicato dos Servidores. Como é que eles vão fazer para colocar todos dentro das repartições? Nem mesas há para tanta gente!

Esta Ação Civil Pública veio em boa hora, porque há muitos leitores que vivem questionando a atuação da promotoria na comarca. Fato que eu já defendi aqui algumas dezenas de vezes.


SAIBA MAIS...


O MPE instaurou inquérito civil, após ouvir reclamações de que dentistas do município não cumpriam jornada de trabalho. Depois, chegaram outras denúncias de que servidores da Administração Pública Municipal descumpriam as respectivas jornadas de trabalho, com a conivência dos chefes imediatos e mediatos, apoiados no Decreto Municipal nº 608/09, que autoriza servidores a passar o cartão de ponto apenas uma vez ao dia, quando saíam sem prestar qualquer serviço, recebendo seus rendimentos normalmente ao final do mês.

Segundo a promotora de Justiça, Adriana Torres Beck, em depoimentos dos próprios servidores, "eles confirmaram a omissão e conivência do descumprimento de jornada de trabalho e que existe acordo interno liberando do cumprimento da carga horária, quem não estiver em estágio probatório".

Há depoimentos que demonstram que os chefes imediatos são instruídos a tolerar a situação “porque sempre foi assim” e que os chefes que discordaram foram achincalhados por servidores que se unem até para passar o cartão de ponto de outros.




FICA ESPERTO!

Como temos percebido que os políticos locais têm cometido uma série de barbaridades contra a população, fiando na curta memória da população, lançaremos, em breve, neste blogue, um Memorial da Política Itabirana. Estamos, portanto, estudando a melhor solução.

O primeiro a ser postado é o panfleto dos 45,2% do Neidson. O segundo será os 33,15% de aumento da água, caso seja aprovado, sob o aval da obscura "audiência", com direito a fotos dos responsáveis e o terceiro, as fotos dos vereadores Paulo Chaves-PSDB e Élson Sá-PMDB, que foram os únicos que vetaram o aumento de 14% na taxa de iluminação pública. É... meus caros, teremos uma seção também de bolas-dentro!

Aguardem!

PORQUE NÃO AO SERRA - II

Se vocês recordassem o que essa turma do PSDB de São Paulo fez com Minas Gerais e, por consequência, com Itabira, quando FHC foi presidente, teriam iguais restrições em votarem neles de novo. Como se passaram muitos anos e a maioria das pessoas têm memória muito curta, vou recordar algumas:
  • Entre 1998-2002, Itamar Franco foi eleito governador e o Fernando Henrique foi reeleito presidente. Neste período, houve uma briga política entre os 2, que deixou Minas e Itabira (por consequência) sem verbas e sem investimentos federais durante 4 anos! Foi quando Minas decretou um tipo de moratória (tipo, devo, não nego e não pago) contra a União. Com efeito, FHC cortou os repasses para Minas e passamos uma magrela danada. Não entro nos méritos da briga, mas nas danosas consequências.
  • FHC cismou de privatizar tudo, inclusive a Cemig, que é mineira e nem nas mãos dele ela estava. Itamar endureceu e não permitiu, graças a Deus. Já pensaram se a Cemig caísse nas mãos de quem quer mais lucro? Quanto iríamos pagar pela energia, neste ambiente de monopólio de fornecimento de um bem estratégico e essencial, motor da economia? Quem seriam os donos dela? A quem FHC privilegiaria? O minério de ferro, por exemplo, passou de cerca de US$ 5/ton para algo entre US$ 80/ton, entre o período estatal (década de 70) e privada. Do ponto de vista da Vale, beleza, porque se ela cobrou isso, é porque valeu no mundo globalizado e quem paga não são os contribuintes.
  • No tempo do FHC, as faculdades federais não recebiam apoio do governo federal, a ponto de, segundo informações chegadas, terem dificuldades de pagar contas de água e de luz. Nos tempos do Lula, o "analfabeto", os repasses aumentaram em mais de 80% e foram implantadas outras 15, inclusive a UNIFEI de Itabira.
  • FHC (tenho dito só FHC, mas leia-se Serra também, porque ele foi ministro e um dos cabeças de governo) privatizou dezenas de empresas públicas, que davam lucros menores, mas suas receitas eram distribuídas mais de forma mais socialmente justa, dentre elas a Vale, que passou a ter gana (a meu ver) exagerada pelo lucro. Vejam só algumas de nossas perdas:
    • Antes (1991, eu fotografei todos os empregados da Vale Itabira para identidade funcional), a Vale em Itabira, contava com mais de 7500 empregados diretos (salvo me engano), Hoje, são cerca de 2000 (pelo que se ouve dizer).
    • Antes, ouvia dizer que um operador de caminhão fora-de-estrada ou de locomotiva, recebia cerca de 10 salários-mínimos. Hoje, tenho ouvido dizer que há um monte de candidatos às vagas para ganharem cerca de R$ 1,5 mil, ou seja, cerca de 3 salários apenas. 
    • Essas reduções na folha de pagamento, são ótimas para aumentar o lucro de uma empresa, mas impactam diretamente no comércio e na vida das cidades. Isso foi péssimo para o comércio e péssimo para a cidade. Se imaginarmos uma economia de 5 salários,-mínimos por empregado dispensado (5000 homens e mulheres), chegamos a R$ 12.500.000,00 a menos, POR MÊS, circulando na cidade, comprando e pagando. É claro que temos que levar em conta que deve ter aumentado o número de terceirizados, que recebem bem menos. Esta aí um estudo que a Acita deveria ter em mãos e abrir conosco uma discussão para elucidar melhor os fatos, ao invés de perder tempo com política de deputados, que poucos resultados trouxeram para a cidade.
    • Recordo-me que a Pires&Alvarenga, revenda da Chevrolet na cidade na ocasião, foi considerada a revenda do interior que mais vendia carros novos no Brasil. Era muito comum, nos finais de ano, técnicos da mineradora comprarem carros de luxo, zerinhos. Hoje, vejo-os circulando em automóveis populares, com alguns bons anos de uso.
    • Outro exemplo, minha empresa chegou a faturar uma média de 6 salários mínimos, por mês, porque a direção da Vale dava preferência para empresas da cidade. Conhecíamos os assessores de comunicação e haviam setores atuantes na cidade. Hoje, sequer sabemos quem eles são. Não tenho visto qualquer relação da comunicação empresarial no meio na cidade, a não ser um jornal (house organ) dela e alguns anúncios publicitários em alguns jornais. A Arcelor-Mittal, bem ao nosso lado, em João Monlevade, faz questão de privilegiar os prestadores de serviço locais.
    • Na parte social, então, eram inúmeras as participações diretas dela.
      • O Hospital Carlos Chagas foi construído e era mantido pela Vale. Hoje, ela ainda ajuda o HNSD, mas bem mais timidamente.
      • Tínhamos um parque super legal, que era o Itabiruçu, mantido por ela, amplamente divulgado como área de preservação e ponto turístico. Hoje, é apenas uma barragem de rejeitos fechada à visitação.
      • O Clube Valério e o Clubinho eram mantidos por ela.
      • Construiu a Ativa e a Arfita.
      • Ajudava e muito a Sociedade São Vicente, Apae etc. Hoje, não sei como é, porque não tenho visto na imprensa.
      • No natal (décadas de 70 e 80), a Vale contratava um avião e jogava, de pára-quedas de brinquedos, milhares de brinquedos para toda meninada na cidade, sem distinção se eram filhos de empregados ou não, bem como fazia grandes festas de natal abertas para a população. É capaz que suas mães se lembrem disso...
Por fim, até compreendo que havia exageros no assistencialismo, que não seriam bem deveres de uma empresa. Mas ela é mineradora, extrativista, que retira bens do nosso solo, que não são renováveis e que, cujas atividades, impactam diretamente na vida de todos nós. De nada adianta sermos uma cidade, que ostenta o 4° lugar no ranking das exportadoras do país, se sequer temos visto investimentos com recursos próprios na cidade (claro que trata-se de outro domínio, no caso, má gestão municipal).
De igual forma, não defendo que a Vale seja reestatizada, nem que deva perder o foco no lucro, tampouco em ser assistencialista. Mas defendo que o modelo de tributação seja refeito. Não compreendemos o porquê do minério de ferro render tão menos do que o petróleo. Ponto para o Anastasia que prometeu, em campanha, reavaliar, e tomara que tenha apoio da Dilma e do Aécio. Fica registrado aí nosso apelo e que cobraremos.

E o que Serra tem a ver com tudo isso? Simples, o que ele faz questão sempre de dizer na sua campanha:, como bonequinha russa. É do PSDB de São Paulo, correligionário de FHC, já foi prefeito,  governador e ministro, de quem? Do FHC...

Sacaram???

Convite do PT: CAMINHADA DE APOIO A DILMA

Dia 28/10/2010
Nesta Quinta feira
16:00 HORAS
Saída: RODOVIÁRIA
ITABIRA PRESENTE: O Nilmário Miranda e Virgílio Guimarães irão prestigiar a caminhada em Itabira em apoio a Dilma. 

Saudações,

Jânio Bragança

terça-feira, 26 de outubro de 2010

CORRENDO ATRÁS

Recebemos, a pouco, o e-mail que Edilson Lopes, presidente do PCdoB de Itabira, encaminhou para o deputado estadual Weliton Prado-PT, pedindo auxílio para novo veto ao aumento da conta de água do Saae Itabira. No e-mail, Edilson lembra que, no ano passado, eles já haviam derrubado outro aumento da autarquia.

Até o momento, recebemos dezenas de participações de consumidores, que nos re-encaminharam seus e-mails enviados para a "audiência", que serão confrontados com a documentação e usados para contestação junto à outras instâncias, caso necessário.

Pela manhã, eu também havia encaminhado vários links de postagens do nosso blogue para o Ministério Público de Minas Gerais, para que tomassem conhecimento do andamento desta estranhíssima "audiência" e deste pedido de aumento sem noção.

São várias as questões que colocam em dúvida a idoneidade da "audiência" ou do aumento pleiteado, dentre eles, destacamos:
  • A "audiência" não foi divulgada na cidade de forma ampla e irrestrita, conforme deveria ter ocorrido, uma vez que trata-se de um aumento com alto percentual. A divulgação dela, por parte da Arsae-MG e segundo noticiou o Diário de Itabira, ocorreu apenas no Jornal Minas Gerais, órgão oficial do Governo de Minas Gerais, no dia 15/10. Ou seja, jornal que pouquíssimoss cidadãos lêem ou têm acesso. Uma proposta de aumento desta proporção deveria, para o bem da transparência, vir anexado em todas as contas de água, contendo o convite, as justificativas, instruções e as dicas de participação, não obstante, noticiar em toda a mídia local;
  • Durante toda a "audiência", o sítio oficial da Arsae-MG não publicou as participações populares, a cada inscrição e defesa. Fato que prejudica a transparência no processo e desestimulam a participação popular, o debate e o entendimento;
  • É estranho como pode uma agência reguladora receber pagamento por serviços de consultoria, análise financeira de custos para o aumento da conta, por meio de convênio e, ao mesmo tempo, ser responsável pela "audiência" que ninguém viu quem participou, como participou e o que defendeu, durante o processo em si, no momento de ouvir os contribuintes;
  • Muito estranho, também, o fato de, em entrevista, o diretor-presidente do Saae Itabira alegar que "não sabia" que a "audiência" não seria presencial;
  • Numa das justificativas para o aumento, o Saae Itabira alegou que teve um aumento de 27% na folha de pagamento em 2007. Por que precisou de tanta gente a mais no seu quadro? Ou por que aumentou tanto os salários dos servidores? Por que nós, consumidores, pagaremos pelos apadrinhamentos políticos?
  • Não páram de chegar denúncias de desvios de materiais do almoxarifado da entidade, que precisam ser apuradas e defendidas pelos responsáveis. Fatos que sugerem má gestão da entidade;
  • Há informações ainda sobre aumento nos custos de bombeamento de fontes distantes, por causa da mineração e os consequentes rebaixamentos de lençóis freáticos.
Por tudo isso, queremos boas explicações e vamos cobrar respostas.

RESPOSTA DA ARSAE-MG AO NOSSO QUESTIONAMENTO SOBRE TRANSPARÊNCIA NO PROCESSO

Senhor Fernando Martins,

Encaminho-lhe esta mensagem em resposta à sua manifestação enviada através do formulário de Fale Conosco  no sítio da ARSAE-MG em 25/10/2010 às 11h30min.

Conforme o regulamento da Audiência Pública 004/2010 – REAJUSTE TARIFÁRIO SAAE/ITABIRA, no item 3, a  previsão da divulgação conforme abaixo transcrito:

“3  Divulgação das contribuições: 

Quando da aprovação da resolução que estabelecerá o valor definitivo para as tarifas, a ARSAE-MG divulgará as contribuições e sugestões incorporadas e justificativas para a não aceitação das demais.  “

Informamos que assim que disponível, toda a documentação referente a esta audiência pública será publicada no menu resoluções (http://www.arsae.mg.gov.br/resolucoes) presente no sítio da ARSAE-MG.

A participação da sociedade é imprescindível na identificação das necessidades dos cidadãos e fundamental para a melhora na prestação de serviços.

Atenciosamente,


Equipe de Ouvidoria
Pça. da Liberdade s.nº - 3º andar - Prédio Verde - Funcionários - Belo Horizonte/MG
( (31) 3235-2871
      

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

FIQUE ESPERTO! VEJA SÓ ESSA...

Quem chamou a atenção primeiro sobre o aumento da conta de água do Saae foram o Jornal Hora H e o site Defato On Line. 

Na edição do Hora H, número 31, o editor da nota ainda denuncia que a "Audiência" iria correr sem divulgação na cidade, uma vez que a Arsae-MG só havia divulgada a "audiência pública" no Jornal Minas Gerais, que é o órgão oficial do Governo de Minas Gerais. Ou seja, seguia correndo na miúda em Itabira, foco da discussão.

O jornal denuncia ainda um convênio entre a agência e o Saae Itabira, no qual a agência se incumbiria de regular, fiscalizar e fazer o controle dos serviços públicos de abastecimento de água e esgoto prestados pelo Saae. Ou seja, coube à Arsae-MG o cálculo das novas tarifas e a definição do modelo tarifário, prazos e reajustes. Muito estranho...

É o segundo aumento abusivo nos serviços prestados na cidade, sem maiores discussões e sem maiores estudos com participação ativa da população atingida, ou seja, nós, contribuintes.

Não é só isso, não vi, até agora, no sítio da Arsae-MG, alguma página contendo os e-mails enviados pela população. A tal "audiência" não correu com transparência.

E tem mais, no Diário de Itabira, de 25/10, outro ponto esquisito... Élio Quadrado, presidente do Saae Itabira, alegou que ele e seus assessores "só ficaram sabendo da audiência quando foi publicado o edital do evento. O diretor-presidente chegou a pensar que a audiência seria presencial, o que não é".  Muuuuiiitttoo estranho mesmo...


A REAÇÃO

Recebemos, agora a pouco, a informação de que lideranças do PCdoB classificaram a "audiência" como "para inglês ver" e que estão em contato com o deputado estadual Wellington Prado, para tentar embargar essa manobra política que pretende enfiar as mãos nos nossos bolsos, para bancar empreguismos de apadrinhados.

Defenda-se já

URGENTE!!!

Caros leitores, pedimos que nos reencaminhe, com URGÊNCIA, os e-mails enviados para a Arsae-MG, sobre seu posicionamento na Audiência Pública Não Presencial, com relação ao aumento de 33,15% de aumento na sua conta de água.

Encaminhe-nos sua contestação para o e-mail: contatoitafq@yahoo.com.br o mais rápido possível!

Pretendemos formar um banco de dados que deverá ser confrontado com as informações prestadas pela Arsae-MG, caso dê parecer favorável ao aumento, sem que apresente o histórico de todas as contestações. Esclarecemos, ainda, que já enviamos um e-mail para a agência reguladora (Arsae) pedindo para que nos disponibilize, no sítio oficial dela, todas as contestações da população e, até o momento, não fomos atendidos e não encontramos no sítio oficial onde está esta informação.

Vamos lá! Aguardamos seu retorno.

O NOVO VALOR DA SUA CONTA DE ÁGUA ESTÁ NAS MÃOS DA ARSAE

FIM DO PRAZO

Terminou a pouco o prazo para sua participação na Audiência Pública Não Presencial, para contestar o aumento de 33,15% na sua conta de água, a partir de dezembro próximo.

Se você participou e deu o grito, beleza. Senão, aguarde sua nova conta, que a turma do João vai adorar. Veja só uma das justificativas do Saae de Itabira, constante na documentação enviada:

Item 2.5, da Nota Técnica 008/2010, constante no processo da Audiência, disponível para download no sítio oficial da Arsae (clique aqui para baixar):
' ...estavam incluídos, alem do aumento das despesas com a Estação de Tratamento de Esgoto que entrou em operação em 2008, a expansão vegetativa da rede, o aumento do custo com pessoal de 27% (ocorrido em 2007) e um acréscimo percentual para viabilizar a implantação da “tarifa social” ...'

Ou seja, meu caríssimo contribuinte, um ano antes da campanha de sucessão do João Izael, o Saae aumentou em 27% sua folha de pagamento, sabe-se lá para quê. Aí está uma denúncia espontânea deles que caberiam boas explicações.


CADÊ A TRANSPARÊNCIA?

Questionados por vários leitores, nós enviamos um pedido de esclarecimentos para a Arsae, questionando onde estariam publicadas as contestações populares da Audiência Não Presencial. Demos prazo até às 17 horas de hoje e não obtivemos retorno. Muito estranha este tipo de audiência que ninguém precisa comparecer, que basta se identificar com nome e e-mail via internet e que não vimos nenhum tipo de registro ou protocolo de entrega das contestações ou participações, tampouco uma listagem com as mesmas.

Isto está me cheirando mal...


EM TEMPO: O aumento pedido pelo Saae de Itabira teve que passar por audiência pública porque o Ministério Público de Minas Gerais obrigou o Saae voltar atrás com uma portaria de aumento, assinada em 29 de janeiro de 2010. Assim, ao contrário do que muita gente alega, o MP trabalha sim. E a batata quente, então, caiu em nossas mãos. Será que a população participou? Nós vamos apurar e vamos propor um cadastro com os e-mails enviados, para comparar depois se eles fizeram parte do processo. Estamos de olho! Aguardem.

domingo, 24 de outubro de 2010

DICAS DE COMO PARTICIPAR DA AUDIÊNCIA PÚBLICA CONTRA O AUMENTO DE 33,15% NA CONTA DE ÁGUA

Caros leitores, se não concordam ou não querem o aumento na sua conta de água, postarei abaixo as dicas e algumas justificativas para facilitar. Caso concorde com algumas delas, basta selecionar a(s) escolhida(s), copiar e colar (dar um CTRL+C e CTRL+V) e enviar um e-mail para o endereço abaixo. Vamos à alguns modelos:

E-mail do destinatário: audienciapublica.004@arsae.mg.gov.br 

Corpo do e-mail:

Referente: Audiência Pública 004/2010
De: SEU NOME COMPLETO E/OU DE SUA EMPRESA, SE APLICÁVEL
      SEU E-MAIL

Sou contra o aumento da conta de água do Saae de Itabira,
      >>> escolha alguma ou mais de uma justificativa abaixo <<<
  • sem que seja apresentada para a população de Itabira, em audiência pública presencial, na sede do município e com ampla cobertura da imprensa, comprovando a real necessidade deste aumento.

  • porque especula-se na cidade que a autarquia mantém muitos servidores contratados que sequer comparecem ao serviço. O Saae de Itabira, muito provavelmente, está em déficit financeiro por causa desta extensa folha de pagamento pesada e desnecessária, mantida por interesses políticos e não técnicos. Assim, não é justo que a população pague por esses apadrinhamentos políticos.

  • porque vivemos em um país cuja inflação anual e os salários-mínimos não sobem nesta proporção.

  • porque o prefeito se recusou em cumprir com a Lei, quando o Sindsepmi, sindicato dos servidores públicos de Itabira, teve que recorrer à Justiça para ter acesso à listagem completa dos servidores, cuja suspeita era de excesso de contratações e de nomeados apadrinhados. Daí, não é justo que nós, os cidadãos, paguemos por isso.

  • porque não se tem visto investimentos recentes significativos no setor, que justifiquem os 33,15% de aumento, que é um absurdo.

  • porque não concordamos em pagar por custos extras de captação, como bombeamentos de fontes de água distantes, uma vez que as fontes próximas tornaram-se esgotadas por causa dos rebaixamentos de lençóis freáticos por causa da mineração. Não é justo que tenhamos que pagar por isso.

  • porque já tivemos, neste mês, outro aumento na conta de luz, na taxa de iluminação pública, em torno de 14%. Mais um aumento agora, compremete o orçamento doméstico. 
  • porque o município de Itabira tem uma das 10 maiores arrecadações do estado e mesmo assim, de 5 anos para cá, não se vê investimentos com recursos próprios, tanto por parte da prefeitura, quanto por parte do Saae. O que se vê na cidade é o inchaço da máquina pública, cujas folhas de pagamento são negadas de serem apresentadas para a população, inclusive para o presidente do sindicato dos servidores públicos. Não é justo pagarmos por um aumento abusivo como este, sem uma análise profunda e criteriosa nos custos do metro cúbico de água na cidade. Qual é a proporção do custo entre a folha de pagamento e de insumos? Como é esta relação nas demais cidades vizinhas?


Então, caros leitores, mãos à massa. Escolha aí um modelo e participe!

SAAE ITABIRA QUER 33,15% DE REAJUSTE!!!

Amanhã acontece a audiência pública para aumento da conta de água de Itabira, pedida pelo Saae, para reajuste de 33,15% de aumento.

Não bastasse o aumento na conta de luz, aprovado vergonhosamente pelos 9 vereadores da câmara, sem maiores debates e estudos, não bastassem a quantidade de servidores contratados e que nem cumprem com a função, agora é a vez do aumento na conta de água.

Dia 25, portanto, é o último dia para você participar enviando sugestões por meio da internet. O aviso de realização da audiência pública foi publicado na sexta-feira (15/10), no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais.

Para participar, acesse o sítio da ARSAE (clique aqui) para obter as informações necessárias e envie um e-mail com sua opinião,  para o endereço audienciapublica.004@arsae.mg.gov.br até as 18:00 (dezoito) horas de amanhã. Só serão aceitas as participações contendo nome completo e empresa, se aplicável, e endereço de e-mail. Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo.

A realização da Audiência Pública, segundo a Arsae, tem como objetivo garantir transparência nas decisões da Agência Reguladora e possibilitar que o público conheça e envie sugestões para o aperfeiçoamento da resolução, que definirá o reajuste da tarifa no município de Itabira.

Mais informações (clique aqui)

Outra pergunta que não quer calar...

Qual é o posicionamento da reitoria e professores da Unifei, em apoio ou não à Dilma, uma vez que, praticamente, todas as Federais apóiam Dilma, pelo fato da turma do PSDB ter abandonado a educação superior gratuita durante seu governo?
 

Respostas aos questionamentos de um leitor anônimo

Bem, conforme prometido, respondo aos questionamentos do primeiro anônimo, da seção comentários da postagem 'Só de sacanagem' (clique aqui para ler), nos quais elencou 2 escândalos do PT, que não deveriam ter ocorrido e que considero deploráveis, e um terceiro que não vejo de igual forma, porque temos que respeitar as distintas culturas, de cada povo. Basta-me ver o respeito do Lula às demais culturas e não seguir as que não concorda com elas. É exatamente esse posicionamento de falta de respeito às pessoas, às culturas de outros povos, às tentativas levianas de confundir a massa e às opiniões alheias que repudio Serra e quem os seguem. Esta é minha resposta e não fujo à qualquer questionamento.

Na oportunidade, publico os 45 erros da turma do PSDB, segundo informações do grupo google 'professoressolidarios@googlegroups.com':

'Aos meus amigos esquecidos que me mandam, costumeiramente, diversos e-mails criticando o governo Lula, e àqueles que sabem o quão perverso foram os oito anos de FHC.

Em boa hora.

O Brasil não esquecerá jamais

45 escândalos que marcaram o governo FHC e Serra

O documento "O Brasil não esquecerá - 45 escândalos que marcaram o governo FHC e Serra", tem o objetivo de fazer um  levantamento de ações e omissões dos oito anos do governo FHC/Serra 1995/2002. Não é para fazer denúncia, chantagem ou ataque como Serra juntamente com o Partido da Grande Imprensa (Revistas Veja e Época e jornais O Globo, Estadão e Folha de São Paulo) andam fazendo nestas eleições. Entres os 45 pontos estão os casos Sudam, Sivam, Proer, caixa-dois de campanhas, TRT paulista, calote no Fundef, mudanças na CLT, intervenção na Previ e erros do Banco Central.

Leia a seguir:
Itinerário de um desastre
Nenhum governo teve mídia tão favorável quanto o de FHC/Serra, o que não deixa de ser surpreendente, visto que em seus dois mandatos ele realizou uma extraordinária obra de demolição, de fazer inveja a Átila e a Gêngis Khan. Vale a pena relembrar algumas das passagens de um governo que deixou uma pesada herança para seu sucessor.
A taxa média de crescimento da economia brasileira, ao longo do Governo FHC/Serra, foi a pior da história, em torno de 2,4%. Pior até mesmo que a taxa média da chamada década perdida, os anos 80, que girou em torno de 3,2%. No período, o patrimônio público representado pelas grandes estatais foi liquidado na bacia das almas. No discurso, essa operação serviria para reduzir a dívida pública e para atrair capitais. Na prática assistimos a um crescimento exponencial da dívida pública. A dívida interna saltou de R$ 60 bilhões para impensáveis R$ 630 bilhões, enquanto a dívida externa teve seu valor dobrado.
Enquanto isso, o esperado afluxo de capitais não se verificou. Pelo contrário, o que vimos no setor elétrico foi exemplar. Uma parceria entre as elétricas privatizadas e o governo gerou uma aguda crise no setor, provocando um longo racionamento. Em 2002, para compensar o prejuízo que sua imprevidência deu ao povo, o governo premiou as elétricas com sobretaxas e um esdrúxulo programa de energia emergencial. Ou seja, os capitais internacionais não vieram e a incompetência das privatizadas foi financiada pelo povo.
O texto que segue é um itinerário, em 45 pontos, das ações e omissões levadas a efeito pelo governo FHC/Serra e de relatos sobre tentativas fracassadas de impor medidas do receituário neoliberal. Em alguns casos, a oposição, aproveitando-se de rachas na base governista ou recorrendo aos tribunais, bloqueou iniciativas que teriam causado ainda mais dano aos interesses do povo.

1 - Conivência com a corrupção
O governo do PSDB foi conivente com a corrupção. Um dos primeiros gestos de FHC/Serra ao assumir a Presidência, em 1995, foi extinguir, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, instituída no governo Itamar Franco e composta por representantes da sociedade civil, que tinha como objetivo combater a corrupção. Em 2001, para impedir a instalação da CPI da Corrupção, FHC criou a Controladoria-Geral da União, órgão que se especializou em abafar denúncias (ficou conhecido como o engavetador geral da república).
2 - O escândalo do Sivam
O contrato para execução do projeto Sivam foi marcado por escândalos. A empresa Esca, associada à norte-americana Raytheon, e responsável pelo gerenciamento do projeto, foi extinta por fraudes contra a Previdência. Denúncias de tráfico de influência derrubaram o embaixador Júlio César dos Santos e o ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Mauro Gandra.
3 - A farra do Proer
O Proer demonstrou, já em 1996, como seriam as relações promiscuas do governo FHC/Serra com o sistema financeiro. Para FHC/Serra, o custo do programa ao Tesouro Nacional foi de 1% do PIB. Para os ex-presidentes do BC, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, atingiu 3% do PIB. Mas para economistas da Cepal, os gastos chegaram a 12,3% do PIB, ou R$ 111,3 bilhões, incluindo a recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos bancos estaduais.
4 - Caixa-dois de campanhas
As campanhas de FHC em 1994 e em 1998 foram beneficiados por um esquema de caixa-dois. Em 1994, pelo menos R$ 5 milhões não apareceram na prestação de contas entregue ao TSE. Em 1998, teriam passado pela contabilidade paralela R$ 10,1 milhões.
5 - Propina na privatização
A privatização do sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce foi marcada pela suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de FHC e do senador José Serra e ex-diretor da Área Internacional do Banco do Brasil, foi acusado de pedir propina de R$ 15 milhões para obter apoio dos fundos de pensão ao consórcio do empresário Benjamin Steinbruch, que levou a Vale quase de graça, e de ter cobrado R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar.
6 - A emenda da reeleição
O instituto da reeleição foi obtido por FHC a preços altos. Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Os deputados foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara.
7 - Grampos telefônicos
Conversas gravadas foram um capítulo à parte no governo FHC. Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do BNDES, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do banco Opportunity de Daniel Dantas, que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende. Até FHC entrou na história, autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.
8 - TRT paulista
A construção da sede do TRT paulista representou um desvio de R$ 169 milhões aos cofres públicos. A CPI do Judiciário contribuiu para levar o juiz Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do Tribunal, para a cadeia e para cassar o mandato do Senador Luiz Estevão (PMDB-DF), dois dos principais envolvidos no caso.
9 - Os ralos do DNER
O DNER foi o principal foco de corrupção no governo de FHC. Seu último avanço em matéria de tecnologia da propina atende pelo nome de precatórios. A manobra consiste em furar a fila para o pagamento desses títulos. Estima-se que os beneficiados pela fraude pagavam 25% do valor dos precatórios para a quadrilha que comandava o esquema. O órgão acabou sendo extinto pelo governo.
10 - O "caladão"
O Brasil calou no início de julho de 1999 quando o governo FHC implementou o novo sistema de Discagem Direta a Distância (DDD). Uma pane geral deixou os telefones mudos. As empresas que provocaram o caos no sistema haviam sido recém-privatizadas. O "caladão" provocou prejuízo aos consumidores, às empresas e ao próprio governo. Ficou tudo por isso mesmo.
11 - Desvalorização do real
FHC se reelegeu em 1998 com um discurso que pregava "ou eu ou o caos". Segurou a quase paridade entre o real e o dólar até passar o pleito. Vencida a eleição, teve de desvalorizar a moeda. Há indícios de vazamento de informações do Banco Central. O deputado Aloizio Mercadante, do PT, divulgou lista com o nome dos 24 bancos que lucraram muito com a mudança cambial e outros quatro que registraram movimentação especulativa suspeita às vésperas do anúncio das medidas.
12 - O caso Marka/FonteCindam
Durante a desvalorização do real, os bancos Marka e FonteCindam foram socorridos pelo Banco Central com R$ 1,6 bilhão. O pretexto é que a quebra desses bancos criaria risco sistêmico para a economia. Chico Lopes, ex-presidente do BC, e Salvatore Cacciola, ex-dono do Banco Marka, estiveram presos, ainda que por um pequeno lapso de tempo. Salvatore Cacciola está preso em Bangu 8 e é sogro do vice de Serra (Indio da Costa)

13 - Base de Alcântara
O governo FHC enfrentou resistências para aprovar o acordo de cooperação internacional que permite aos Estados Unidos usarem a Base de Lançamentos Espaciais de Alcântara (MA). Os termos do acordo são lesivos aos interesses nacionais. Exemplos: áreas de depósitos de material americano serão interditadas a autoridades brasileiras. O acesso brasileiro a novas tecnologias fica bloqueado e o acordo determina ainda com que países o Brasil pode se relacionar nessa área. Diante disso, a oposição apresentou emendas ao tratado – todas acatadas na Comissão de Relações Exteriores da Câmara
14 - Biopirataria oficial
Antigamente, os exploradores levavam nosso ouro e pedras preciosas. Hoje, levam nosso patrimônio genético. O governo FHC teve de rever o contrato escandaloso assinado entre a Bioamazônia e a Novartis, que possibilitaria a coleta e transferência de 10 mil microorganismos diferentes e o envio de cepas para o exterior, por 4 milhões de dólares. Sem direito ao recebimento de royalties. Como um único fungo pode render bilhões de dólares aos laboratórios farmacêuticos, o contrato não fazia sentido. Apenas oficializava a biopirataria.
15 - O fiasco dos 500 anos
As festividades dos 500 anos de descobrimento do Brasil, sob coordenação do ex-ministro do Esporte e Turismo, Rafael Greca (PFL-PR), se transformaram num fiasco monumental. Índios e sem-terra apanharam da polícia quando tentaram entrar em Porto Seguro (BA), palco das comemorações. O filho do presidente, Paulo Henrique Cardoso, foi um dos denunciados pelo Ministério Público de participação no episódio de superfaturamento da construção do estande brasileiro na Feira de Hannover, em 2000.
16 - Eduardo Jorge, um personagem suspeito
Eduardo Jorge Caldas, ex-secretário-geral da Presidência, foi um dos personagens mais sombrios que freqüentou o Palácio do Planalto na era FHC. Suspeita-se que ele tenha se envolvido no esquema de liberação de verbas para o TRT paulista e em superfaturamento no Serpro, de montar o caixa-dois para a reeleição de FHC, de ter feito lobby para empresas de informática, e de manipular recursos dos fundos de pensão nas privatizações. Também teria tentado impedir a falência da Encol.
17 - Drible na reforma tributária
A oposição participou de um acordo, do qual faziam parte todas as bancadas com representação no Congresso Nacional, em torno de uma reforma tributária destinada a tornar o sistema mais justo, progressivo e simples. A bancada petista apoiou o substitutivo do relator do projeto na Comissão Especial de Reforma Tributária, deputado Mussa Demes (PFL-PI). Mas o ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o Palácio do Planalto impediram a tramitação.
18 - Rombo transamazônico na Sudam
O rombo causado pelo festival de fraudes transamazônicas na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, a Sudam, no período de 1994 a 1999, ultrapassou R$ 2 bilhões. As denúncias de desvios de recursos na Sudam levaram o ex-presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), aliado de FHC, a renunciar ao mandato. Ao invés de acabar com a corrupção que imperava na Sudam e colocar os culpados na cadeia, o presidente Fernando Henrique Cardoso resolveu extinguir o órgão O PT ajuizou ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra a providência do governo.
19 - Os desvios na Sudene
Foram apurados desvios de R$ 1,4 bilhão em 653 projetos da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, a Sudene. A fraude consistia na emissão de notas fiscais frias para a comprovação de que os recursos recebidos do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) foram aplicados. Como no caso da Sudam, FHC decidiu extinguir o órgão. A oposição também questionou a decisão no Supremo Tribunal Federal.
20 - Calote no Fundef
O governo FHC desrespeitou a lei que criou o Fundef. Em 2002, o valor mínimo deveria ser de R$ 655,08 por aluno/ano de 1ª a 4ª séries e de R$ 688,67 por aluno/ano da 5ª a 8ª séries do ensino fundamental e da educação especial. Mas os valores estabelecidos ficaram abaixo: R$ 418,00 e R$ 438,90, respectivamente. O calote aos estados mais pobres soma R$ 11,1 bilhões desde 1998.
21 - Abuso de MPs
Enquanto senador, FHC combatia com veemência o abuso nas edições e reedições de Medidas Provisórias por parte José Sarney e Fernando Collor. Os dois juntos editaram e reeditaram 298 MPs. Como presidente, FHC cedeu à tentação autoritária. Editou e reeditou, em seus dois mandatos, 5.491medidas. A oposição participou ativamente das negociações que resultaram na aprovação de emenda constitucional que limita o uso de MPs.
22 - Acidentes na Petrobras
Por problemas de gestão e falta de investimentos, a Petrobras protagonizou uma série de acidentes ambientais no governo FHC que viraram notícia no Brasil e no mundo. A estatal foi responsável pelos maiores desastres ambientais ocorridos no País nos últimos anos. Provocou, entre outros, um grande vazamento de óleo na Baía de Guanabara, no Rio, outro no Rio Iguaçu, no Paraná. Uma das maiores plataformas da empresa, a P-36, afundou na Bacia de Campos, causando a morte de 11 trabalhadores. A Petrobras também ganhou manchetes com os acidentes de trabalho em suas plataformas e refinarias que ceifaram a vida de centenas de empregados.
23 - Apoio a Fujimori
O presidente FHC apoiou o terceiro mandato consecutivo do corrupto ditador peruano Alberto Fujimori, um sujeito que nunca deu valor à democracia e que fugiu do País para não viver os restos de seus dias na cadeia. Não bastasse isso, concedeu a Fujimori a medalha da Ordem do Cruzeiro do Sul, o principal título honorário brasileiro. O Senado, numa atitude correta, acatou sugestão apresentada pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR) e cassou a homenagem.
24 - Desmatamento na Amazônia
Por meio de decretos e medidas provisórias, o governo FHC desmontou a legislação ambiental existente no País. As mudanças na legislação ambiental debilitaram a proteção às florestas e ao cerrado e fizeram crescer o desmatamento e a exploração descontrolada de madeiras na Amazônia. Houve aumento dos focos de queimadas. A Lei de Crimes Ambientais foi modificada para pior.
25 – Os computadores do FUST
A idéia de equipar todas as escolas públicas de ensino médio com 290 mil computadores se transformou numa grande negociata. Os recursos para a compra viriam do Fundo de Universalização das Telecomunicações, o Fust. Mas o governo ignorou a Lei de Licitações, a 8.666. Além disso, fez megacontrato com a Microsoft, que teria, com o Windows, o monopólio do sistema operacional das máquinas, quando há softwares que poderiam ser usados gratuitamente. A Justiça e o Tribunal de Contas da União suspenderam o edital de compra e a negociata está suspensa.
26 - Arapongagem
O governo FHC montou uma verdadeira rede de espionagem para vasculhar a vida de seus adversários e monitorar os passos dos movimentos sociais. Essa máquina de destruir reputações é constituída por ex-agentes do antigo SNI ou por empresas de fachada. Os arapongas tucanos sabiam da invasão dos sem-terra à propriedade do presidente em Buritis, em março deste ano, e o governo nada fez para evitar a operação. Eles foram responsáveis também pela espionagem contra Roseana Sarney.
27 - O esquema do FAT
A Fundação Teotônio Vilela, presidida pelo ex-presidente do PSDB, senador alagoano Teotônio Vilela, e que tinha como conselheiro o presidente FHC, foi acusada de envolvimento em desvios de R$ 4,5 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Descobriu-se que boa parte do dinheiro, que deveria ser usado para treinamento de 54 mil trabalhadores do Distrito Federal, sumiu. As fraudes no financiamento de programas de formação profissional ocorreram em 17 unidades da federação e estão sob investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério Público.
28 - Mudanças na CLT
A maioria governista na Câmara dos Deputados aprovou, contra o voto da bancada da oposição, projeto que flexibiliza a CLT, ameaçando direitos consagrados dos trabalhadores, como férias, décimo terceiro e licença maternidade. O projeto esvazia o poder de negociação dos sindicatos. No Senado, o governo FHC não teve forças para levar adiante essa medida anti-social
29 - Obras irregulares
Um levantamento do Tribunal de Contas da União, feito em 2002, indicou a existência de 121 obras federais com indícios de irregularidades graves. A maioria dessas obras pertence a órgãos como o extinto DNER, os ministérios da Integração Nacional e dos Transportes e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas. Uma dessas obras, a hidrelétrica de Serra da Mesa, interior de Goiás, deveria ter custado 1,3 bilhão de dólares. Consumiu o dobro.
30 - Explosão da dívida pública
Quando FHC assumiu a Presidência da República, em janeiro de 1995, a dívida pública interna e externa somava R$ 153,4 bilhões. Entretanto, a política de juros altos de seu governo, que pratica as maiores taxas do planeta, elevou essa dívida para mais de R$ 700 bilhões em 2002, um aumento de 350%. Em 2002, a dívida equivalia a preocupantes 55% do PIB.
31 - Avanço da dengue
A omissão do ex-ministro da Saúde José Serra foi apontada como principal causa da epidemia de dengue no Rio de Janeiro. O ex-ministro José Serra demitiu seis mil mata-mosquitos contratados para eliminar focos do mosquito Aedes Aegypti. Em 2001, o Ministério da Saúde gastou R$ 81,3 milhões em propaganda e apenas R$ 3 milhões em campanhas educativas de combate à dengue. Resultado: de janeiro a maio de 2002, só o estado do Rio registrou 207.521 casos de dengue, levando 63 pessoas à morte.
32 – Verbas do BNDES
Além de vender o patrimônio público a preço de banana, o governo FHC, por meio do BNDES, destinou cerca de R$ 10 bilhões para socorrer empresas que assumiram o controle de ex-estatais privatizadas. Quem mais levou dinheiro do banco público que deveria financiar o desenvolvimento econômico e social do Brasil foram as teles e as empresas de distribuição, geração e transmissão de energia. Em uma das diversas operações, o BNDES injetou R$ 686,8 milhões na Telemar, assumindo 25% do controle acionário da empresa.
33 - Crescimento pífio do PIB
Na "Era FHC", a média anual de crescimento da economia brasileira estacionou em pífios 2%, incapaz de gerar os empregos que o País necessita e de impulsionar o setor produtivo. Um dos fatores responsáveis por essa quase estagnação é o elevado déficit em conta-corrente, de 23 bilhões de dólares em 2002. Ou seja: devido ao baixo nível da poupança interna, para investir em seu desenvolvimento, o Brasil se tornou extremamente dependente de recursos externos, pelos quais pagava cada vez mais caro.
34 – Renúncias no Senado
A disputa política entre o Senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) e o Senador Jader Barbalho (PMDB-PA), em torno da presidência do Senado expôs publicamente as divergências da base de sustentação do governo. ACM renunciou ao mandato, sob a acusação de violar o painel eletrônico do Senado na votação que cassou o mandato do senador Luiz Estevão (PMDB-DF). Levou consigo seu cúmplice, o líder do governo, senador José Roberto Arruda (PSDB-DF). Jader Barbalho se elegeu presidente do Senado, com apoio ostensivo de FHC, José Serra e do PSDB, mas também acabou por renunciar ao mandato, para evitar a cassação. Pesavam contra ele denúncias de desvio de verbas da Sudam.
35 - Racionamento de energia
A imprevidência do governo FHC e das empresas do setor elétrico gerou o apagão. O povo se mobilizou para abreviar o racionamento de energia. Mesmo assim foi punido. Para compensar supostos prejuízos das empresas, o governo baixou Medida Provisória transferindo a conta do racionamento aos consumidores, que foram obrigados a pagar duas novas tarifas em sua conta de luz. O pacote de ajuda às empresas somou R$ 22,5 bilhões.
36 - Assalto ao bolso do consumidor
FHC queria que o seu governo seja lembrado como aquele que deu proteção social ao povo brasileiro. Mas seu governo permitiu a elevação das tarifas públicas bem acima da inflação. Desde o início do plano real até 2002, o preço das tarifas telefônicas foi reajustado acima de 600%. Os planos de saúde subiram 500%, o gás de cozinha 400%, os combustíveis 180%, a conta de luz 190% e a tarifa de água 150%. Neste período, a inflação acumulada ficou em 80%.
37 – Explosão da violência
No governo FHC/Serra, o número de assassinatos de jovens de 15 a 24 anos subiu 48%. A Unesco colocou o País em terceiro lugar no ranking dos mais violentos, entre 60 nações pesquisadas. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes, na população geral, cresceu 29%. Cerca de 45 mil pessoas foram assassinadas anualmente. FHC pouco ou nada fez para dar mais segurança aos brasileiros.
38 – A falácia da Reforma agrária
O governo FHC apresentou ao Brasil e ao mundo números mentirosos sobre a reforma agrária. Na propaganda oficial, espalhou ter assentado 600 mil famílias durante oito anos de reinado. Os números estavam inflados. O governo considerou assentadas famílias que haviam apenas sido inscritas no programa. Alguns assentamentos só existiam no papel. Em vez de reparar a fraude, baixou decreto para oficializar o engodo.
39 - Subserviência internacional
A timidez marcou a política de comércio exterior do governo FHC. Num gesto unilateral, os Estados Unidos sobretaxaram o aço brasileiro. O governo do PSDB foi acanhado nos protestos e hesitou em recorrer à OMC. Por iniciativa da oposição, a Câmara aprovou moção de repúdio às barreiras protecionistas. A subserviência de FHC foi tanta que em visita aos EUA, no início de 2002, o ministro Celso Lafer foi obrigado a tirar os sapatos três vezes e se submeter a revistas feitas por seguranças de aeroportos.
40 – Renda em queda e desemprego em alta
Para o emprego e a renda do trabalhador, a Era FHC pode ser considerada perdida. O governo tucano fez o desemprego bater recordes no País. Na região metropolitana de São Paulo, o índice de desemprego chegou a 21% em 2002, o que significou que 2 milhão de pessoas ficaram sem trabalhar. O governo FHC promoveu a precarização das condições de trabalho. O rendimento médio dos trabalhadores encolheu nos últimos três anos.
41 - Relações perigosas
Diga-me com quem andas e te direi quem és. Esse ditado revela um pouco as relações suspeitas de FHC e José Serra com três figuras que estiveram na berlinda nos últimos dias. O economista Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de Serra e de FHC, é acusado de exercer tráfico de influência quando era diretor do Banco do Brasil e de ter cobrado propina no processo de privatização. Ricardo Sérgio teria ajudado o empresário espanhol Gregório Marin Preciado a obter perdão de uma dívida de R$ 73 milhões junto ao Banco do Brasil. Preciado, casado com uma prima de Serra, foi doador de recursos para a campanha do senador paulista. Outra ligação perigosa é com Vladimir Antonio Rioli, ex-vice-presidente de operações do Banespa e ex-sócio de Serra em empresa de consultoria. Ele teria facilitado uma operação irregular realizada por Ricardo Sérgio para repatriar US $ 3 milhões depositados em bancos nas Ilhas Cayman - paraíso fiscal do Caribe.
42 – Violação aos direitos humanos
Massacres como o de Eldorado do Carajás, no sul do Pará, onde 19 sem-terra foram assassinados pela polícia militar do governo do PSDB em 1996, figuram nos relatórios da Anistia Internacional, que denunciou o governo FHC de violação aos direitos humanos. A Anistia criticou a impunidade e denuncia que polícias e esquadrões da morte vinculados a forças de segurança cometeram numerosos homicídios de civis, inclusive crianças, durante o ano de 2001. A entidade afirmou ainda que as práticas generalizadas e sistemáticas de tortura e maus-tratos prevalecem nas prisões.
43 – Correção da tabela do IR
Com fome de leão, o governo congelou por seis anos a tabela do Imposto de Renda. O congelamento aumentou a base de arrecadação do imposto, pois com a inflação acumulada, mesmo os que estavam isentos e não tiveram ganhos salariais, passaram a ser taxados. FHC só corrigiu a tabela em 17,5% depois de muita pressão da opinião pública e após aprovação de projeto pelo Congresso Nacional. Mesmo assim, após vetar o projeto e editar uma Medida Provisória que incorporava parte do que fora aprovado pelo Congresso, aproveitou a oportunidade e aumentou alíquotas de outros tributos.
44 – Intervenção na Previ
FHC aproveitou o dia de estréia do Brasil na Copa do Mundo de 2002 para decretar intervenção na Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, com patrimônio de R$ 38 bilhões e participação em dezenas de empresas. Com este gesto, afastou seis diretores, inclusive os três eleitos democraticamente pelos funcionários do BB. O ato truculento ocorreu a pedido do banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunitty. Dias antes da intervenção, FHC recebeu Dantas no Palácio Alvorada. O banqueiro, que ameaçou divulgar dossiês comprometedores sobre o processo de privatização, trava queda-de-braço com a Previ para continuar dando as cartas na Brasil Telecom e outras empresas nas quais são sócios.
45 – Barbeiragens do Banco Central
O Banco Central foi o principal causador de turbulências no mercado financeiro. Ao antecipar de setembro para junho de 2002 o ajuste nas regras dos fundos de investimento, que perderam R$ 2 bilhões, o BC deixou o mercado em polvorosa. Outro fator de instabilidade foi a decisão de rolar parte da dívida pública estimulando a venda de títulos LFTs de curto prazo e a compra desses mesmos papéis de longo prazo. Isto fez subir de R$ 17,2 bilhões para R$ 30,4 bilhões a concentração de vencimentos da dívida nos primeiros meses de 2003. O dólar e o risco Brasil dispararam. Combinado com os especuladores e o comando da campanha de José Serra, Armínio Fraga não vacilou em jogar a culpa na oposição.'

Uma pergunta que não quer calar...

 

Por que a turma do João Izael bate tanto no PT, no Lula e ainda rementem-nos tantos e-mails caluniando, mentindo e criticando a Dilma, se partiu do Governo Federal (o do Lula, no qual a Dilma foi Ministra da Casa Civil) os principais investimentos na cidade, tais como a ETE Laboriaux, o programa Minha Casa Minha Vida e a Unifei, menina dos olhos do letárgico governo João Izael, na qual ele aposta todas suas fichas para sua redenção?

PROFESSORES DA UFMG APÓIAM, EM PESO, A DILMA

Está no ar outro blogue muito legal, assinado pelos professores da UFMG, em apoio à Dilma Rousseff para presidente do Brasil. Desde então, além de uma legião de artistas, a candidata do PT passa a ter apoio dos corpos docentes das universidades federais Brasil afora, enquanto o Serra conquistou só o Aécio Neves, que ainda vai se arrender, amargamente, de colocar sua cara na frente.

Pelo que tenho lido, professores das federais repudiam o Serra por causa da época que foi ministro no governo FHC, que deixou as universidades na lama, atoladas em dívidas. Segundo notas, a Federal mineira só não ficou sem água e sem luz na época, porque o governo de Minas, na época, mitigou as dívidas.

Por isso e outras que, eu, como educador e ex-professor universitário, apóio Dilma.

sábado, 23 de outubro de 2010

SÓ DE SACANAGEM

Não me levam a mal, caros leitores. Já me posicionei aqui como eleitor do Aécio, que foi um bom governador, bem como à Dilma, sendo esta última, muito mais por repúdio ao que o Fernando Henrique Cardoso (e companhia com Serra etc.) e Itamar fizeram de mal para nosso estado de Minas Gerais e para Itabira. Dilma pode ter lá seus valores e eu prefiro apostar nisto.

Mas a charge a seguir é só de provocação mesmo. Não contra o Aécio, Serra ou FHC, propriamente dito. É pela graça, pelo jeito brasileiro de rir das bobeiras dos outros e das bobagens e baixarias da política, para provocar os demais colegas autores deste blogue, que estão muito na moita, e vocês leitores, que parecem estar adorando esta disputa. E aí, galera? 


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

DILMA PÕE 11 PONTOS EM CIMA DO SERRA

Nova pesquisa Ibope, divulgada ontem no Jornal Nacional, coloca Dilma Rousseff-PT com 51 pontos, contra 40 para o José Serra-PSDB.

A tendência é ainda de maior crescimento. Na campanha de TV ontem, Dilma divulgou artistas globais, de grande expressão, em franco apoio a ela, dentre eles, Chico Buarque, Ziraldo, Leonardo Boff, Alceu Valença, Osmar Prado, Jonas Bloch e centenas de outros apoiadores numa plenária lotada. Ficou desigual.

O Jornal Nacional mostrou, também, ataques contra Serra, no Rio de Janeiro, uma manifestação do Green Peace contra a Dilma e mais informações contra a quebra de sigilo das declarações do imposto de renda do pessoal do PSDB, cujos articuladores de campanha da Dilma são suspeitos.

A meu ver, a apelação dos tucanos está custando caro. A população não perdoa. O erro do PSDB é o mesmo do Lula nos tempos que atuava como militante vermelho. São patentes os números e o crescimento do Brasil, que é hoje respeitado no mundo inteiro. Quem tentar desconstruir essa imagem, cai na lama. Não acreditam ainda?

 Então votem na nossa enquete, no rodapé do blogue, que até ontem, o cenário estava empatadíssimo. Serra ou Dilma?

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

VEREADORES APROVAM AUMENTO NA CONTA DE LUZ

Foi aprovado, ontem, por 9 votos a 2, o projeto de lei de autoria do prefeito João Izael, que propõe aumentar a taxa de iluminação pública em Itabira. Estranhamente, esse projeto  foi encaminhado pelo governo João Izael em caráter de urgência-urgentíssimo. 

Sem pestenejar, com informações estranhas que parecem inconsistentes e de posse de uma das contas mais caras do país, apenas 2 vereadores ponderaram e pediram a retirada para vistas do projeto: Élson Sá-PMDB e Paulo Chaves-PSDB, segundo noticiou o Diário de Itabira de hoje. Ao ser colocado em pauta o pedido deles, os 9 demais vereadores, inclusive o presidente, conseguiram manter a votação no dia. Daí, Élson Sá e Paulo Chaves votaram contra e os demais aprovaram o aumento. 

Em consulta na internet, vi que já há uma série de discrepâncias na cobrança das contas de luz, inclusive com relação ao ICMS, o qual nosso estado cobra 30%, contra 21% da média nacional. Outro abuso é que, segundo o Procon do Ministério Público de Minas Gerais, o estado de Minas cobra, na verdade, são o equivalente a 42%, porque fazem uso do cálculo 'por dentro'. (clique aqui para ler)

Daí, diante da precipitação dos edis itabiranos, assim que chegarem as novas contas de luz, lembrem-se dos nomes abaixo. São os vereadores que votaram a favor de mais um aumento na sua conta:

JOAO GRANDE - PR
JOSE CELSO - PR
NEIDSON FREITAS - PP
ILTON MAGALHAES PR
GERALDO TORRINHA PDT
SOLIMAR - PSDB
TÃOZINHO LEITE - PP
CARLINHOS DO SACOLÃO - PP
MARTHA MOUSINHO - PTN

Ah... sim... estava me esquecendo...
O projeto veio do governo JOÃO IZAEL.

PORQUE NÃO AO SERRA

Caros leitores, eu, tal como imagino a maioria de vocês, andei indeciso para escolha do novo(a) presidente(a) do Brasil. Tanto é que votei na Marina Silva-PV, no primeiro turno.

De um lado, estou de saco cheio dos privilegiozinhos de um segmento, de uma turminha do PT, embora eu reconheça há muita gente capacitada no partido. Tanto é que não há como negar a excelência da gestão do 'analfabeto' Lula. Sou-lhe grato, como cidadão e eleitor. Foi esse 'analfabeto', 'comedor de criancinhas' e tantas outras infames atribuições que mudou, definitivamente, a cara deste país.

Por outro, não consigo perdoar as privatizações atrapalhadas da era FHC, do quanto nossa cidade perdeu, do quanto os empregados da Vale perderam com isso. Não sou socialista, como, também, não aprovo  o capitalismo selvagem adotado pela grande mineradora. Compreendo a necessidade da mineração, da importância dela no município e entendo que deva ter lucro. É claro! Mas vejo e sinto exageros. Sinto falta do bom relacionamento que a empresa tinha com nossa área de comunicação e na área social. Hoje, sequer conhecemos quem são os responsáveis. Mas isso é pauta para outro assunto.

Voltemos ao foco da discussão... não consigo perdoar, também, o quanto nosso estado perdeu com a briga entre Itamar e FHC. Foram longos 4 anos de estagnação. Até nossa cidade ficou largada de lado, mesmo tendo o Li como deputado federal, um secretário de estado, Luiz Menezes na Assembléia e tantas outras representações. E, recentemente, assistimos, com tristeza, Itamar se associar ao Aécio Neves, do PSDB, que, embora tenha sido excelente governador, é do partido do FHC e pede voto para o Serra. Votar em Aécio, tudo bem e ele merece. Mas seguir Serra, é se esquecer de Minas Gerais. Não dá. Quem sabe um dia evoluo espiritualmente e consiga perdoar.

Assistia calado, todos esses joguetes e cheguei a imaginar que estava errado em pensar em votar na Dilma. Até que li o texto abaixo, atribuído aos reitores da UFMG. Ressalvado o risco da autoria não ser deles, uma vez que recebi via e-mail, o texto é uma excelente reflexão, o teor é verdadeiro e uma boa dica. Vamos investir na educação do nosso povo.

"Carta da UFMG sobre as eleições

Quanto mais bem informado um voto, melhor para o país. É com esse objetivo que nós, participantes da gestão da Universidade em anos recentes, nos dirigimos à Comunidade. O momento é de comparação de dois projetos para o Brasil. De um lado Dilma Rousseff, representando a continuidade do projeto desenvolvido nos últimos anos e do outro, José Serra, a oposição a este projeto.


O sistema universitário público federal viveu anos difíceis no Governo FHC. No segundo semestre de 2003, com o último orçamento da era FHC, a UFMG, pela primeira vez, viu-se obrigada a suspender o pagamento de suas contas de água e energia elétrica. Graças à compreensão do Governador do Estado, tais contas puderam ser saldadas em 2004, sem ter havido cortes no fornecimento. A partir de 2004, em contraste, o Brasil tem vivido a maior expansão de seu sistema federal de educação superior. Novas universidades, novos campos de universidades já existentes, a Universidade Aberta do Brasil levando cursos de graduação a distância a centenas de cidades do interior do país.


O Ministro Fernando Haddad, inspirador e artífice das políticas do Governo Lula para a educação, recusa o conceito de Paulo Renato, Ministro de FHC e Secretário de Educação do Governo de São Paulo, conceito este já anunciado nas propagandas de José Serra, de que ao Governo cabe preocupar-se apenas com o ensino básico e tecnológico, deixando o ensino universitário submetido às forças do mercado. O Governo Lula colocou a educação em todos os níveis como prioridade absoluta. Prioridade no setor público se mede pela destinação de recursos orçamentários. É aí, na questão orçamentária, que a comparação pode ser feita com a maior clareza. Em valores corrigidos, o orçamento de custeio da UFMG aumentou 86% comparando-se o ano de 2010 com o ano 2004.

A UFMG realiza, a partir de 2004, a maior expansão de sua história. Concluímos o Projeto Campus 2000 com a construção da FACE e da Engenharia. O Projeto REUNI, ora em execução, viabiliza 2100 novas vagas (aumento de 45%) no Vestibular, 406 novos professores com equivalência D.E., 623 novos funcionários, construção de 4 novos prédios e reformas em vários outros, laboratórios, bibliotecas, novos cursos de graduação, expansão de cursos noturnos e apoio orçamentário à Assistência Estudantil, antes inexistente.


É preciso evitar o retrocesso e garantir que a universidade pública continue a ser valorizada como Política de Estado.


(Orçamento de custeio da UFMG corrigido para janeiro 2010).

Ronaldo Tadêu Pena (Reitor: 2006-2010)
Heloisa Murgel Starling (Vice Reitora: 2006-2010)
"

 P.S.: A opinião presente neste texto é exclusivamente minha, nada tendo a ver com nenhum tipo de consenso ou orientação deste blogue, que é coletivo, suprapartidário e autônomo. Cada qual que faça aqui suas defesas.

Convite do Roneijober

terça-feira, 19 de outubro de 2010

NOVA ENQUETE!

Em quem você pretende votar para presidente do Brasil? Essa é a nova enquete do Filhos-do-Cauê.

Participe!

(No rodapé desta página)

PROJETO DE LEI DE REAJUSTE DAS CONTAS DE LUZ É UMA 'TAPEAÇÃO'

Opa! Enfim, uma defesa a nosso favor.

O vereador Paulo Chaves-PSDB qualificou de 'tapeação' o projeto de lei de autoria do prefeito João Izael, que pretende aumentar a tarifa de iluminação pública para quem consome mais de 80kwh, para que os que consomem entre 30 e 80 kwh sejam incluídos na faixa de isenção.

De forma muito equilibrada, ele deu sinais de propor emendas hoje, na reunião de votação, proposta de caráter urgente-urgentíssimo.

Vide mais informações sobre o tema, na postagem 'Média com chapéu dos outros'.

Vamos ver no que vai dar.

Não somos os únicos

sábado, 16 de outubro de 2010

UM DRINQUE EM ITABIRA

Milhares, milhares de militantes do PT, do PCdoB do PSB saíram ás ruas de Belo Horizonte, ocupando os treze mais importantes pontos da nossa capital. Um caldeirão de pessoas: diversas cores, religiões, idades e classes sociais mobilizados para marcar a nossa presença neste segundo turno das eleições.
Vide: http://www.youtube.com/watch?v=KsTYPn3acn4
De certa forma surpreendidos e ameaçados pelo crescimento do adversário Serra, acordaram! Milhares de pessoas que conheci nestes meus anos de militância democrática em Belo Horizonte lá estavam. Milhares que também não conheço.
Encontrei-me com o Bernardo Mucida e partimos numa carreata e bandeiraço cobrindo parte da cidade. Fomos depois para a praça do Papa e paramos. Lá foi um momento de reencontro: amigos e companheiros de muito tempoi. O Bernardo coincidentemente se encontrou com diversos ex-colegas de faculdade que nele votaram. Foi uma confraternização!
Rogério, Neila, Patrus, Stael, Nilmário, Durval, Reginaldo, Ildeu, Armond, ...., Adir, Daniela, Zé Pê, Gildasio, Galeno, Evilázio, Antônio, Paulinho, Jorge, Flávio, Marilda, Marília, Carl os Gomes, Elder, Takahashi, Murilo, Gabriel, Murilo, Fernando, Júlia, Gilvânia, Lira, Lula, Dilma, Patrus, Apolo Heringer, João batista, Clésio Andrade, João Batista, Walfrido, Zé de Alencar, em talvez, todos irmanados.
Finalmente na Savassi encontrei com o Galeno (*) e apresentei-o ao Bernardo. Logo ao encontrá-lo disse: “Galeno, quando vamos a Itabira? Ele disse-nos, lá vou só para enterros! Perguntei da família, ele falou do Paulo Magalhães, seu primo, do Jordão Magalhães (avô do Jordão da loja elétrica) e de vários outros. Contei-lhe que o Jordão que conhecia era o primo. O avô não era de meu tempo.
Disse-lhe "larga destes enterros e vamos comer uma leitoa e tomar umas branquinhas lá em Itabira e, quem sabe você faz uma palestra e entrevistas para jornais, rádios e fala de sua vida. O Marcos Caldeira até hoje espera a sua entrevista para o nosso O TREM!”
Ele disse-nos: depois do segundo turno vamos lá! E completou, a Dilma conhece Itabira, ela já foi lá em sua juventude, lá na Fazenda da Alegria.
Está marcado o drinque para depois das eleições!
*Cláudio Galeno Linhares Magalhães, nascido em Ferros e morador na sua juventude em Itabira. Primeiro marido da Dilma Rousseff nossa futura, assim esperamos e lutamos primeira mulher presidente do Brasil. Galeno foi militante da COLINA na luta contra a Ditadura Militar imposta no Brasil em 1964.

MÉDIA COM CHAPÉU DOS OUTROS


Está em trâmite na câmara municipal, segundo o Diário de Itabira de 14/10, um projeto de lei de autoria do prefeito João Izael, que propõe aumento de quase 14% na conta de luz, para os consumidores que gastarem acima de 350 kwh por mês, ao mesmo tempo que aumenta a faixa de isenção para pessoas de baixa renda. 

Na proposta do governo, a isenção na tarifa de iluminação pública, válida antes para quem consumia até 30kwh, passará a ser até 80 kwh. A idéia pode até parecer justa, uma vez que algumas residências de baixo consumo podem ser beneficiadas. É claro que esses consumidores precisam e merecem esse tipo de atenção e de justiça social. Mas será mesmo que haverá um significativo número de beneficiados, ou quer o governo engordar a conta?

O problema, entretanto, que faz-me opor à iniciativa é que: primeiro, a energia da Cemig já é uma das mais caras do país. A Eletropaulo cobra R$ 0,29651 pelo kwh e a Light R$ 0,31143, contra os R$ 0,37624  da Cemig (segundo site da Aneel), somados ainda o altíssimo ICMS de 30%, Pasep e Confins, que juntos custam cerca de 34,9% só de impostos! Só para vocês terem uma idéia, a diferença, entre o que a Cemig nos cobra, comparado à Eletropaulo, chega a 26,89% mais caro do que os paulistas pagam.

Outro ponto que considero injusto é qualquer tipo de aumento, para qualquer parcela da população, de quaisquer faixas de renda, sem que um governo traga retorno efetivo para a população. Que não é, nem de longe, o caso do atual governo. Pelo que se especula na cidade, há dezenas ou centenas de apadrinhados políticos contratados na prefeitura, autarquias e câmara que, se resolvessem colocar todos nos respectivos prédios, não caberiam. O que se pode ver mais claramente é a inércia. São quase 1,2 bilhões de reais arrecadados por mandato, que não aparecem. Há anos não se vêem obras de vulto na cidade arcadas com recursos próprios. 

Por isso, aumento de taxas e impostos, sem que mostrem serviços, não!



Gráfico comparativo de valor das tarifas do KW/H no país.


P.S.: Há novas informações sobre o caso publicadas no Diário de Itabira de sábado passado, que justifica, em parte, algumas dúvidas aqui postadas. Estudaremos melhor o caso e faremos novas análises em instantes.