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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

PORQUE NÃO AO SERRA

Caros leitores, eu, tal como imagino a maioria de vocês, andei indeciso para escolha do novo(a) presidente(a) do Brasil. Tanto é que votei na Marina Silva-PV, no primeiro turno.

De um lado, estou de saco cheio dos privilegiozinhos de um segmento, de uma turminha do PT, embora eu reconheça há muita gente capacitada no partido. Tanto é que não há como negar a excelência da gestão do 'analfabeto' Lula. Sou-lhe grato, como cidadão e eleitor. Foi esse 'analfabeto', 'comedor de criancinhas' e tantas outras infames atribuições que mudou, definitivamente, a cara deste país.

Por outro, não consigo perdoar as privatizações atrapalhadas da era FHC, do quanto nossa cidade perdeu, do quanto os empregados da Vale perderam com isso. Não sou socialista, como, também, não aprovo  o capitalismo selvagem adotado pela grande mineradora. Compreendo a necessidade da mineração, da importância dela no município e entendo que deva ter lucro. É claro! Mas vejo e sinto exageros. Sinto falta do bom relacionamento que a empresa tinha com nossa área de comunicação e na área social. Hoje, sequer conhecemos quem são os responsáveis. Mas isso é pauta para outro assunto.

Voltemos ao foco da discussão... não consigo perdoar, também, o quanto nosso estado perdeu com a briga entre Itamar e FHC. Foram longos 4 anos de estagnação. Até nossa cidade ficou largada de lado, mesmo tendo o Li como deputado federal, um secretário de estado, Luiz Menezes na Assembléia e tantas outras representações. E, recentemente, assistimos, com tristeza, Itamar se associar ao Aécio Neves, do PSDB, que, embora tenha sido excelente governador, é do partido do FHC e pede voto para o Serra. Votar em Aécio, tudo bem e ele merece. Mas seguir Serra, é se esquecer de Minas Gerais. Não dá. Quem sabe um dia evoluo espiritualmente e consiga perdoar.

Assistia calado, todos esses joguetes e cheguei a imaginar que estava errado em pensar em votar na Dilma. Até que li o texto abaixo, atribuído aos reitores da UFMG. Ressalvado o risco da autoria não ser deles, uma vez que recebi via e-mail, o texto é uma excelente reflexão, o teor é verdadeiro e uma boa dica. Vamos investir na educação do nosso povo.

"Carta da UFMG sobre as eleições

Quanto mais bem informado um voto, melhor para o país. É com esse objetivo que nós, participantes da gestão da Universidade em anos recentes, nos dirigimos à Comunidade. O momento é de comparação de dois projetos para o Brasil. De um lado Dilma Rousseff, representando a continuidade do projeto desenvolvido nos últimos anos e do outro, José Serra, a oposição a este projeto.


O sistema universitário público federal viveu anos difíceis no Governo FHC. No segundo semestre de 2003, com o último orçamento da era FHC, a UFMG, pela primeira vez, viu-se obrigada a suspender o pagamento de suas contas de água e energia elétrica. Graças à compreensão do Governador do Estado, tais contas puderam ser saldadas em 2004, sem ter havido cortes no fornecimento. A partir de 2004, em contraste, o Brasil tem vivido a maior expansão de seu sistema federal de educação superior. Novas universidades, novos campos de universidades já existentes, a Universidade Aberta do Brasil levando cursos de graduação a distância a centenas de cidades do interior do país.


O Ministro Fernando Haddad, inspirador e artífice das políticas do Governo Lula para a educação, recusa o conceito de Paulo Renato, Ministro de FHC e Secretário de Educação do Governo de São Paulo, conceito este já anunciado nas propagandas de José Serra, de que ao Governo cabe preocupar-se apenas com o ensino básico e tecnológico, deixando o ensino universitário submetido às forças do mercado. O Governo Lula colocou a educação em todos os níveis como prioridade absoluta. Prioridade no setor público se mede pela destinação de recursos orçamentários. É aí, na questão orçamentária, que a comparação pode ser feita com a maior clareza. Em valores corrigidos, o orçamento de custeio da UFMG aumentou 86% comparando-se o ano de 2010 com o ano 2004.

A UFMG realiza, a partir de 2004, a maior expansão de sua história. Concluímos o Projeto Campus 2000 com a construção da FACE e da Engenharia. O Projeto REUNI, ora em execução, viabiliza 2100 novas vagas (aumento de 45%) no Vestibular, 406 novos professores com equivalência D.E., 623 novos funcionários, construção de 4 novos prédios e reformas em vários outros, laboratórios, bibliotecas, novos cursos de graduação, expansão de cursos noturnos e apoio orçamentário à Assistência Estudantil, antes inexistente.


É preciso evitar o retrocesso e garantir que a universidade pública continue a ser valorizada como Política de Estado.


(Orçamento de custeio da UFMG corrigido para janeiro 2010).

Ronaldo Tadêu Pena (Reitor: 2006-2010)
Heloisa Murgel Starling (Vice Reitora: 2006-2010)
"

 P.S.: A opinião presente neste texto é exclusivamente minha, nada tendo a ver com nenhum tipo de consenso ou orientação deste blogue, que é coletivo, suprapartidário e autônomo. Cada qual que faça aqui suas defesas.

Um comentário:

  1. Ô Fernandim, vc quer ser governado por ZÉ DIRCEU, pelo COLLOR, pelo SARNEY, pelo PALOCCI, pela ERENICE (e família)????

    Este seu discusso (grande pra caramba...) não combina com o jornalista que luta por uma Itabira com mais justiça.

    Votar em DILMA é abraçar Hugo Chavez e sua ditadura contra a imprensa. Votar em Dilma é fortalecer o Irã de Mahmoud Ahmadinejad e sua política de apedrejar mulheres e exterminar inocentes em Israel. Votar em Dilma é FRIA!!!!

    Desculpa, mas esta é minha opinião e conto com a sua publicação!

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