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sábado, 2 de outubro de 2010

SOB PRESSÃO NA RETA FINAL

Recebi, há pouco, uma denúncia de que alguns servidores da prefeitura de Itabira foram 'obrigados' a acompanhar a carreata do candidato a deputado federal pelo grupão, Neidson Freitas-PP. Considerando a hipótese de que a tal 'obrigação' seja, na defesa deles, uma convocação, ou mesmo mero convite, é o tipo de estratégia que não tem dado resultado satisfatório. 


MEMÓRIA
Os maus marqueteiros são mestres na tentativa de ludibriação. Estratégias semelhantes são aplicadas, tais como as publicações das pesquisas que acompanhamos, que comparam dados mascarados com critérios diferentes, dando dois pesos, para duas medidas diferentes, como se iguais fossem. Aquele panfleto do Neidson, que o coloca com 45,2% e o Anastasia (candidato ao governo do estado) com 37%, chega a ser risível. Outra estratégia antiga e mais correta é contratar motoboys, que circulam a cidade com bandeiras de candidatos, como se fossem eleitores ou militantes do candidato. A idéia é fazer volume de campanha, no sentido de persuadir os eleitores de que o tal candidato está forte, induzindo assim o voto.


A 'TRAIÇÃO' E A DECEPÇÃO
Para o candidato, que vê aquele povão todo o acompanhando, quando o resultado das urnas se efetiva negativamente, sente-se 'traído' pelo povo, que, na verdade, não o acompanhou de bom grado, por vontade própria ou por comungar com a ideologia. Já vi essas estratégias antes, inclusive quando trabalhei por lá e não deu certo.

FUTURO PRÓXIMO
O que está em jogo, para a maioria dos candidatos locais é o futuro político deles. Daí, o vale-tudo. O único vencedor, até agora, foi o Ronaldo Magalhães, que saiu de cena na hora certa, para atuar nos bastidores. No caso do Neidson, acredito nuns 16 mil votos, mas presenciei propostas de apostas em 5 mil votos e, o pior, negadas por quem o acompanha e que garantia que os tais 45,2% (pesquisa espontânea de votos 'válidos') eram 'verdadeiros'. 

Para os candidatos locais para deputados estaduais, não assisti a nenhum tipo de imbróglio. A disputa central ficou mesmo a cargo dos candidatos a deputados federais. Se perderem, a reputação deles não deve ser muito atingida. Se algum ganhar, ficará no lucro.

Amanhã saberemos os resultados. Eu estarei no camarote, assistindo tudo de perto e pago para ver se os golpes prevalecerão. Depois da apuração, farei uma análise criteriosa de todos os candidatos. Aguardem.

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