NÃO EXISTE NINGUÉM PARA RESOLVER A SITUAÇÃO DE VOCÊS, A NÃO SER JOÃO IZAEL!!
Who's amoung us?
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Relembrando a história.
NÃO EXISTE NINGUÉM PARA RESOLVER A SITUAÇÃO DE VOCÊS, A NÃO SER JOÃO IZAEL!!
CONCORRÊNCIA
Despejo anunciado de 300 famílias sem-casa causa desespero em Itabira
O despejo não pode acontecer. Precisa ser adiado, se não será um massacre, no momento ou depois em conta conta. O despejo não resolverá o problema social lá instaurado, mas multiplicará muito o problema social que nunca se resolve com polícia, mas com política pública.
Estamos às portas de uma tragédia. O povo vai resistir, porque não agüenta mais ser maltratado, humilhado, pisado e violentado. Que Deus nos ajude e que as autoridades de Minas não deixem o despejo acontecer.
Um abraço afetuoso. Gilvander Moreira, frei Carmelita.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
PREFEITO VAIADO
LÁ E CÁ
E o pior, na próxima semana, vivenciaremos o dia do despejo de quase 300 famílias do bairro Drummond. Como forma de improviso, de quebra-galho, o governo municipal prepara alojamentos na antiga malharia Fio de Ouro e no clube Brazuca.
quarta-feira, 27 de julho de 2011
RESPOSTA PARA O "ARGENTUM"
CARTA ABERTA DO PADRE JOSÉ GERALDO MELO - POSTADA PELO TONNY MORAIS.
(Clique aqui para ver o comentário)
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Caro "Argentum",
Vamos por partes...
SIM, TODOS SOMOS TENDENCIOSOS
Com relação às tendências políticas deste blogue, tenho que concordar com o senhor que, lamentavelmente, no contexto geral, este canal é tendencioso, sim, para a esquerda, ou seja, contrário ao que chamamos de grupão.
EU TENHO AS MINHAS TENDÊNCIAS
E posso justificar, na boa. De minha parte, eu tenho posicionamento contrário ao modelo adotado na cidade, pelos fortes indícios de enriquecimento de uns ex-agentes políticos; pela forma que compram a imprensa com censura econômica; pelo modo de composição baseado no loteamento de cargos e contratos, composto por quase 20 partidos que consomem todos os ricos recursos da prefeitura em esquemas de privilégios etc. Portanto, embora eu não tenha me decidido, ainda, sobre quem seguirei, pode estar certo, Argentum, será no campo da esquerda. Não acredito mesmo que sucessores deste modelo, nem se vierem polidos à ouro, devam continuar no poder. É meu posicionamento e sinto muito se desagrado.
POR QUE ESTE BLOGUE TENDE À ESQUERDA?
Daí, assim como eu tenho meu posicionamento, acredito que todos os demais cidadãos, inclusive o senhor que defende a situação, têm direitos de escolha. É por isso que, por conceito original, este blogue foi criado para o debate coletivo, contando com integrantes neutros e outros de vários partidos, inclusive do PT que tem sido criticado por mim desde o conluio com o PP, como também eu convidei duas pessoas ligadas ao grupão, mas que preferiram agradecer ao convite. Aí, paciência.
Por eu ser mais ativo aqui, o viés contrário acaba prevalecendo, embora todos aqui gozem de iguais direitos de publicações, sem censuras, cortes, edições ou restrições de temas, sendo cada um único responsável pelo que defende ou expõe. Ok?
CASO DA INVASÃO DO DRUMMOND
Na questão da reintegração de posse do bairro, de minha parte, considero que deveria ser melhor conduzida. Eu não defendo a apropriação de bens alheios pura e simplesmente, porque um lado é mais fraco ou mais pobre.
Porém, o caso dos Sem-Terra é um buraco bem mais embaixo. Primeiro, por causa da falta de política pública de habitação popular na cidade, cujos recursos foram trocados por apadrinhamentos políticos nas barganhas de cargos e contratos para a manutenção deste grupo no poder. Segundo, por causa da estratégia do segmento de construção civil de ter inflacionado tantos os imóveis na cidade, ao ponto de inviabilizar que as pessoas mais humildes tivessem o acesso à conseguirem realizar o sonho da casa própria com o suor de seus trabalhos e, aí, a MD Predial, atribuída ao ex-secretário de obras do governo Ronaldo Magalhães, a meu ver, tem boa parcela de responsabilidade na questão da especulação imobiliária vivenciada na cidade. Outra questão é que, não temos como esconder que, embora eu seja defensor do direito de propriedade, o referido imóvel encontrava-se em situação de abandono, há anos, inclusive, pelo que me consta, em situação de inadimplência de tributos municipais.
Por isso tudo, defendo que os invasores não deveriam, simplesmente, ganhar o imóvel e, sim, negociar, via acordo judicial, a metade do valor real com os donos de direito, da forma que eles pudessem pagar. A outra metade deveria ser paga pelo município, face sua omissão no caso da invasão em si e pela ineficiente política de habitação popular, defendida na lei. Veja o que defendi, no dia 13 de maio, clicando aqui.
Outras soluções podem até ser melhores e estou aberto a mudar de opinião, se for convencido, é claro.
CAMPANHA DA OPOSIÇÃO?
Agora, a pergunta: Como pode o senhor defender que a oposição se aproveita do caso, se o Damon, principal oponente, não se manifestou a respeito e não vi, também, nenhum posicionamento do Reginaldo Calixto e nem o Bernardo Mucida? Baseado em que, o senhor afirma isto, Argentum?
Eu, particularmente, gostaria muito e até incentivo que estes postulantes se posicionem. Só que, pelo que percebo, diante do tamanho do problema e, é claro, das consequências, eles sequer demonstram interesse em opinarem sobre o caso. Percebo, se não estiver errado, que eles deixam, estrategicamente, a bomba nas mãos de quem tem o dever de solucionar. Covardia ou não, não estão de tudo errados, embora, se fosse eu o candidato, não temeria em opinar. Mas cada um, é cada um.
E MAIS POSICIONAMENTOS
Com relação a preferir o atual grupo político dominante ou acreditar que há pessoas ruins na oposição, é direito do senhor e temos que respeitar, democraticamente. Não acredito que nenhum grupo seja inteiramente puro e penso que na oposição há pessoas de todos os tipos e interesses, inclusive pessoas que sonham em tomar o lugar dos maus agentes atuais.
O que me faz me manter na oposição ao modelo atual é o fato de perceber que a maioria das ruindades migrou para o grupão. Por questão estatística pura e simples. Basta observar melhor. É muita gente maliciosa num só lado, numa polarização oportuna para a cidade mudar de rumo. Por isso, acredito que uma oposição, se não vender a ideologia como fez o PT em troca de cargos, é melhor solução para a cidade, no momento. Mas é minha opinião e não deste blogue. Certo?
COMO FICA O FUTURO DA CIDADE SE A OPOSIÇÃO DOMINAR NEGATIVAMENTE?
Com relação à temer que, com a chegada da oposição ao poder, os autores deste canal tomarão os assentos, é igualmente simples a resposta. De minha parte, não me interesso, porque ocupo posição privilegiada num mercado regional, na iniciativa privada. Com relação aos senhores, basta fazer uso deste canal ou de outro que podem, livremente, criar.
Aliás, este é o grande barato deste blogue. No mínimo, ainda que não consigamos mudar os gestores, tomamos das mãos do governo a perversa condução da mídia paga e orientada estrategicamente para fins da manutenção do que entendemos como nocivos para a sociedade.
Se a estratégia dos governistas era colocar milhões de reais na mídia para calar, para gerar riquezas para o companheiro e fazer valer o que queriam, no espaço livre e sem remuneração da internet, não há mais jeito. Temos o orgulho da recuperação do livre exercício da opinião, de termos provocado nos nossos irmãos itabiranos o sentimento de nem tudo está perdido e que todos temos que manifestar, até porque, toda unanimidade é burra. Em quaisquer situações, tempos e governos, temos e devemos debater. Chega de silêncio! Chega de submissão!
Por fim, agradeço o crédito à minha pessoa, ressaltando que, aqui, neste blogue, embora alguns participantes tenham optado pelo uso de pseudônimos, há membros neutros e outros de diversas tendências e militâncias. Pode estar certo disto.
E vamos subindo a montanha...
at.
Fernando Martins
Editor do Filhos do Cauê
CARTA À SOCIEDADE
- Desde o dia 25 de abril, quando houve uma reunião na Prefeitura de Itabira com o Prefeito, alguns secretários, nós da Diocese (bispo e padres) e alguns representantes dos moradores, foi formada uma comissão para encaminhar uma saída justa para a situação. Eu estava nesta comissão representando a Diocese;
- No decorrer de 2 meses tivemos várias reuniões, porém sem nenhuma decisão concreta, apenas propostas vagas por parte do pessoal da Prefeitura, não assumindo as mesmas nos momentos de decisão. Falaram: “Eram apenas carta de intenções”;
- Como o despejo tinha data marcada para o dia 15 de maio, tivemos que marcar reuniões e audiências com as autoridades competentes: comandante da PM, juiz da 1ª Vara Cível, etc, o que prorrogou o despejo para o fim de julho;
- O que pedimos à Prefeitura: desapropriação da área em questão, mantendo as moradias já construídas ou disponibilização de terreno para reconstrução de outras moradias em regime de mutirão. Mesmo podendo fazer isto, ambas propostas foram rejeitadas pela Prefeitura, que por sua vez ofereceu apenas abrigo para as famílias e bolsa moradia (insuficiente para atender a todos os moradores, isto se conseguir espaço, o que não tem certeza). É um paliativo. “Ou aceitam abrigo ou vão para a rua: tem outra alternativa”? perguntou alguém da Prefeitura. Abrigo se caracteriza como algo muito desumano; é como um depósito de gente. Pela proposta, muitas famílias vão para a rua. Faltando apenas 1 semana para o despejo, não há nenhuma segurança para as famílias;
- Como apoiadores do movimento não podíamos aceitar estas “ofertas bondosas” da Prefeitura, por questão ética, moral e por questão de humanidade. A maioria dos moradores rejeita esta decisão da Prefeitura. Alguns aceitam porque são obrigados;
- O porquê do despejo? Há loteamentos atrás do Bairro Drummond e “projeto para um condomínio de luxo”. Os “sem terra” é uma “favela” que fica no meio e que desvaloriza estes terrenos, e que devem ser retirados daquele local. Só com a decisão de despejo, estes terrenos tiveram de imediato uma grande valorização. O lucro com o despejo será enorme, favorecendo muita gente grande. Neste sentido a especulação imobiliária e a ganância falaram mais alto. Trocam vidas por dinheiro. O despejo é uma forma de compensar os compromissos com a elite de dinheiro. Daí podermos concluir a quem interessa este maldito despejo;
- No decorrer de 2 meses, o pessoal do poder e a elite local falaram mal dos sem terra, com expressões: “são aproveitadores, não querem trabalhar, lá está cheio de drogados e traficantes, etc”. E ainda, “a maioria que está lá não precisa”. Com estes comentários, quem vai alugar algum barraco para estas pobres famílias? No entanto, no cadastramento da Ação Social (15/07/11) das 296 famílias, poucas famílias ficam fora da assistência ou não se enquadram dentro dos critérios da Assistência Social. A conclusão: a maioria é muito pobre;
- Trata-se de uma extrema pobreza. Até trabalho é difícil para as pessoas de Drummond. Vejo nisto um quadro desolador. Não consigo imaginar as conseqüências do despejo, ainda mais se houver resistência. O comando da PM já solicitou “plantão” do Pronto Socorro Municipal, já oficializou à Cemig e SAAE para cortarem a água e a energia, e certamente vai fazer uma operação de guerra do dia 01 para o dia 02 de agosto no Bairro Drummond. Não consigo medir o tamanho desta desgraça para estas pessoas: idosos, gestantes, crianças. Não consigo medir o tamanho do problema social pós despejo;
- Para um despejo deste tipo, há uma lei estadual que fala “da necessidade de uma comissão especial, encabeçada pelo governador do Estado, para acompanhar a desocupação da área”. Isto está sendo ignorado pelas autoridades locais. É preciso informar à sociedade. E neste sentido, a mídia tem colaborado imensamente;
terça-feira, 26 de julho de 2011
Recebí e repasso... Sinto-me na obrigação de ajudar a publicar..
"Carta aberta do Padre José Geraldo de Melo de Itabira."
A Dom Odilon Guimarães Moreira, bispo da Diocese de Itabira-Cel. Fabriciano, padres e apoiadores das 300 famílias sem teto da Comunidade Drumond, de Itabira, MG.
Vigário Episcopal da Região Pastoral I da Diocese de Itabira e Coronel Fabriciano, MG, Brasil.
Padre José Geraldo: Tel.: 031 8727 0021 ou e-mail: panosa@terra.com.br ou pjgmelo@hotmail.com
Ou frei Gilvander Moreira, cel.: 031 9296 3040. – gilvander@igrejadocarmo.com.br
ITABIRA x NEWMAN
Vale ressaltar que, a tal condicionante para reparação dos rebaixamentos dos lençóis freáticos de Itabira, foi conseguida após a Audiência Pública, realizada no governo Jackson-PT, há cerca de 12 anos atrás e que, desde que o grupo político de situação (João Izael e Ronaldo Magalhães) dominou a cidade, não se ouviu mais ações sobre o assunto.
E mais, segundo o redator, "o plano de desenvolvimento de Newman também prevê um planejamento para diversificar a economia da cidade. Em Itabira, isso não ocorre".
P.S.: Esta publicação foi redigida no dia 24/07 e programada no sistema para publicação no dia 26/07, devido às viagens à trabalho por mim assumidas. Volto em breve.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
HABITAÇÃO POPULAR
O comandante do 26º Batalhão de Polícia Militar, Edvânio Rosa Carneiro, garantiu que a polícia contará com reforços de fora e está pronta para cumprir com a ordem judicial. Ele espera que a operação ocorra sem reações, mas deixou claro que não adiantará resistência por parte dos moradores.
P.S.: Esta publicação foi redigida no dia 24/07 e programada no sistema para publicação no dia 25/07, devido às viagens à trabalho por mim assumidas. Volto em breve.
domingo, 24 de julho de 2011
O Homem-Fantasma
Eu sou o homem-fantasma
vejo tudo sem ser visto
eu sou um justiceiro
com um disfarce sinistro
eu meto medo aos que nos vêm
com falinhas falsas
e treme-lhes a dentadura
cai-lhes as calças
Eu sou o homem fantasma
e estou em toda a parte
voar para alguns é profissão
para mim é uma arte
mas para ver o meu bairro
eu não preciso de asas
muito prédio a crescer
e muita gente sem casas
Nunca descansa, o homem-fantasma
e a gente espanta-se e a gente pasma
quando respira fundo, o homem fantasma
nunca é de alívio
quando muito será de asma.
Eu sou o homem-fantasma
vejo tudo sem ser visto
e já espreitei para dentro
da carteira de um ministro
e vi fotografias
de um passado duvidoso
e outras mais recentes
dele todo vaidoso
Eu sou o homem-fantasma
justiceiro imortal
eu vou de norte a sul
da montanha ao litoral
e enquanto a luz e a água
vão para a vila e para a cidade
para aldeia vão jornais da tarde
e boa vontade
Nunca descansa, o homem-fantasma
e a gente espanta-se, e a gente pasma
quando respira fundo, o homem-fantasma
nunca é de alívio
quando muito será de asma
Eu sou o homem-fantasma
e estive num hospital
há lá quem morra
tanto da cura como do mal
e os donos da medicina
gritaram: Aí, o homem-fantasma!
Depressa, uma seringa,
um bisturi, um cataplasma!
Eu sou o homem-fantasma
e como vidro transparente
eu sento-me aos jantares
e ninguém me pressente
e dizem: tal e coisa
e coisa e tal e vice e versa
e o que lá fora era discurso
cá dentro é conversa
Nunca descansa, o homem-fantasma
e a gente espanta-se, e a gente pasma
quando respira fundo, o homem-fantasma
nunca é de alívio
quando muito será de asma
Eu sou o homem-fantasma
combatente infatigável
mas atenção que até eu
posso ser criticável
se depois do que eu digo
e denuncio e reclamo
eu voltar para casa
e em casa eu for um tirano
Nunca descansa, o homem-fantasma
e a gente espanta-se, e a gente pasma
quando respira fundo, o homem-fantasma
nunca é de alívio
quando muito será de asma
sábado, 23 de julho de 2011
Quem é o farmacêutico? Quem é o secretário?
Recentemente a prefeitura foi multada por não manter farmacêutico nas unidades de PSF, local onde deveria ter uma boa e contínua assistência de saúde e onde se aviam receitas (cinco por dia para simples problemas de pele, conforme publicado no Diário de Itabira de hoje, 23/07/11...será?). O secretário afirma que não existe demanda para o profissional farmacêutico nestes locais, mas esqueceu que os estudantes de farmácia da Funcesi fazem estágio nos PSF. Fazem o quê lá, então?. O secretário afirma que gastaria R$1.248.000,00 anuais para pagamento da folha de 26 farmacêuticos, mas esquece que o custeio das ações de saúde são das três esferas da gestão do SUS (vide resolução da Portaria 698/06 de 30 de março de 2006 que indica o profissional na Atenção Básica, inclusive o PSF-Programa Saúde da Família).
Afinal das contas estou entendendo que nosso secretário de saúde municipal de Itabira desconhece as atribuições de um farmacêutico e da importância de uma boa orientação para o uso de medicamentos, mesmo que “apenas para simples problemas de pele” conforme publicado no jornal. Ele deveria saber que a instituição de um farmacêutico em cada PSF levará a reduções de perdas, poderá se evitar o uso de medicamentos mais caros quando há alternativas de baixo custo, porém, efetivas; reduziria os erros de medicação, incentivaria o uso racional de medicamentos; orientaria adequadamente os usuários em domicílio não só quanto ao uso, mas quanto ao armazenamento e sua interação com outros medicamentos e mesmo com alimentos.
Enfim, a assistência farmacêutica é atividade de saúde que poderia ser melhor aproveitada para desenvolver, qualificar e fortalecer os serviços prestados à população.
sexta-feira, 22 de julho de 2011
O outro lado do crescimento econômico
quinta-feira, 21 de julho de 2011
BOA NOTÍCIA! 40 RUAS DO GABIROBA SERÃO ASFALTADAS
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Itabira “in panis et circensis”
São 37 festivais de invernos, aproveitando as férias dos autóctones e também daqueles muitos que tiveram de ir a Belo Horizonte e outras cidades com universidades à continuarem os estudos que Itabira não tinha ou ainda não tem.
Houve momentos de grande programação e de boa participação do público, sendo que no início era mesmo para confraternização e reencontro dos itabiranos, hoje em dia fica por isto mesmo. Foram realizados grandes concertos, uns bons outros nem tanto.
Nos últimos anos tenho acompanhado os reclames e comentários a respeito de como tem sido elaborada a programação dos festivais de inverno e sinto que há muita nostalgia em face à grande queda da programação e falta de interação com a comunidade.
Tenho recebido reclamações diversas, de várias pessoas e algumas até o denominam festival de “inferno” de tão comum, para não dizer ruim mesmo, que se transformou o outrora grandioso Festival de Inverno de Itabira, com uma duração extensa durante os trinta e um dias de Julho e hoje mal dá conta de quinze dias, é a verdadeira mixórdia programada.
O que me dói é saber que quase todos só discutem a programação musical, se é boa ou péssima, se atendeu o seu anseio, mesmo que não tenha nada a ver com o tema do festival. Em 2009 houve uma oficina de redação que tiveram somente dois inscritos e como fui produzir um festival de teatro em Contagem não sei nem se deram sequência a ela.
Esse ano são várias oficinas, de “Cooperativa para montagem de show cênico/ musical” , “Áudio e equipamentos com ênfase em gravação”, “Circo Circuito”, “Nossa Terra”, “Vagonite”, “Workshop Modelagem em Massinha”, “Português Instrumental”, “Conhecendo para preservar – Astronomia e meio ambiente” e mais algumas de caráter especial; poderiam ser vinte ocupando todo o mês. Até o momento não li comentários sobre as tais oficinas, se tiveram interessados ou se atenderam à expectativa de quem está participando, mas é assim mesmo, oficina dá um trabalho danado para realizá-la, mobilizar as pessoas a participarem e apresentar os resultados alcançados.
O tema deste ano nem é citado no portal eletrônico da FCCDA, mas a curadoria do Festival não continua se atendo a ele, apresenta uma programação solta, totalmente sem foco, é um mero ajuntamento. Tem até o Cine Festival que continua apresentando filmes do circuito comercial pelas praças da cidade.
O local predileto dos citadinos é a Praça do Areão, aquela mesma que tem uma “Maria Fumaça” que até que enfim está sendo reformada, mas nesta atual administração da FCCDA não vem sendo utilizada para não perturbar o sossego da superintendente, é triste esta desocupação daquele espaço público.
Alguém perguntou quanto custa o Festival de Inverno. Anualmente, de acordo com o orçamento fiscal do Município, o valor é de R$700 mil acrescido de R$100 mil da grande mineradora, além de todo o pessoal e estrutura a serviço do mesmo durante vários meses, este festejo não sai por menos de R$1 milhão por ano, indiferente se as oficinas, palestras e debates têm participantes ou não, ou se a dita programação musical, efêmera, atendeu à grande maioria da pretensa plateia.
Ao findar o Festival de Inverno, logo em seguida temos a EXPOITA, que dura de uma Quarta-feira até um Domingo, custa aos cofres públicos municipal a bagatela de meio milhão de Reais anualmente, de uma efemeridade brutal, programação sempre tacanha e da mesma forma as pessoas somente discutem se a dupla brega prestou ou não, já que da exposição agropecuária e industrial nada interessa.
E assim vamos mastigando um pão velho e batendo “parmas de contentamento” a um circo de lonas furadas.