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segunda-feira, 4 de julho de 2011

EDITORIAL

PROVOCAÇÕES: RESPONDER OU NÃO?

Com o crescimento de visitação deste blogue, somada à aproximação das eleições municipais e com o acirramento dos ataques e defesas, fica a pergunta: devemos responder ou não às provocações?
 
Esta é uma pergunta que sempre faço. Se respondermos a tudo, corremos o risco de polemizar fatos e boatos, muitas das vezes sem importância, inclusive com riscos de perdas de foco e cair na linha da baixaria. Mas, não respondê-las, corremos o risco de sermos mal interpretados pelos leitores, confusos com o nosso silêncio, comprometendo ainda com a credibilidade e transparência de nossos atos neste blogue. Ou seja, percebemos que não há como tirar algo da lama, sem sujar as mãos.
 
Semana passada, fui provocado várias vezes num fórum de discussões, por alguns agentes políticos e defensores ligados ao que chamamos de grupão, sempre com perguntas fáceis de serem respondidas, sem qualquer dificuldade ou constrangimento, ora questionavam minhas tendências, sendo estas as de maior relevância para o público, a meu ver. Dias atrás, ocorreram semelhantes ataques contra os colegas Bernardo Mucida e Jânio Bragança, inclusive com requintes de uso no nomes falsos (trolagem e fakes).
 
O que me preocupa mais, entretanto, são os conceitos plantados na mídia afora, que originaram os ataques e tanto incomodaram os governistas, que podem acabar se tornando verdades, se ninguém questionar ou expor o contrário. E ao provocarem com conceitos nada corretos, diante do nosso silêncio, poderia tornar-se verdade. Não menosprezo com isso a inteligência dos responsáveis e participantes do grupo, mas temo pelas limitações de compreensão da grande massa, que acaba induzida ao erro provocado com intenções duvidosas. E é, exatamente, esta estratégia, a do silêncio forçado pela coação moral, que, a meu ver, nós, itabiranos, adquirimos o mau hábito de assistirmos mudos às mais perversas táticas do grupo político de situação, que chamamos simploriamente de grupão, para que garantam a prevalência de seus estranhos intuitos.
 
Esperei uns dias, para amadurecer melhor se deveria ou não ir adiante nesta defesa, primeiro, porque não se trata de defesa de honra, segundo, porque o assunto poderia ser ignorado na boa e já beirava ao risco de baixaria, muito bem moderado pelos idealizadores do fórum. E então, responderia ou não?

Pois então, para o bem da transparência, resolvi expor. Entretanto, o que exponho abaixo não deve ser compreendido como qualquer tipo de resposta pessoal à uma provocação (que, é claro, não mereceria atenção), ou por desejar colocar mais lenha na fogueira das vaidades. O que pretendo expor são nossas orientações editoriais e ideológicas. Quem não se interessar, na boa, sugerimos outros textos aqui publicados para ler. Temos mais de 700 outras opções bem legais.


OS ATAQUES
 
No dia 30 de junho, no fórum de discussões Opinião de Itabirano, do Facebook, fui provocado pelo vice-presidente do PT de Itabira e assessor da Câmara Municipal, José Francisco da Silva, exaltado com a nota que publiquei aqui, sobre os "chavões preferidos do grupão" (clique aqui para ler), classificada pelo Zé Francisco de "sandice". Ainda segundo o vice-presidente do PT, para que uma pessoa possa discutir algo sobre o partido dele, é necessário que preencha “uma fixa de filiação” (sic), devendo se submeter antes à aprovação (clique aqui para ler).
 
De minha parte, por não ter resistido à tentação, acabei debochando dos inúmeros erros de português proferidos nos ataques do Zé Francisco. Deveria apenas ter respondido aos questionamentos. Errei e pedi perdão a todos no fórum.

 
AS RESPOSTAS

Quanto às demais respostas, sem mais delongas, vamos às elas:
  1. Com relação à opinião do Zé Francisco, ao achar a nota do “chavões preferidos do grupão” ser uma “sandice”, temos que respeitar por ser uma opinião dele, embora não sejam as minhas e nem dos 20 demais leitores que marcaram como “legal” a referida nota.
  2. Sobre a alegação dele achar que, para podermos sugerir ou criticar um partido político, temos que fazer parte dele, não é bem assim, Zé. As decisões sobre as orientações dos partidos cabem, sim, aos filiados. Já as Críticas e opiniões cabem a quem quiser, principalmente quando as decisões partidárias implicam em consequências para a cidade, como foi o caso da crítica que fizemos, com relação ao que classificamos de conluio do PT com o PP itabiranos. E mais, ninguém da imprensa precisa ou mesmo deve pedir permissão para criticar o que quer que seja. Vivemos num estado democrático de direito. E para isso, o senhor deveria estar melhor preparado, por ocupar cargo político na Câmara Municipal e por ser vice-presidente de um partido que propôs um projeto de levantamento de opiniões populares, chamado pelos senhores de “Agenda 2012”.
  3. Quanto à minha filiação partidária, encarada pelo Zé Francisco como absurda, cabe-me dizer que a única filiação que fiz ideologicamente, foi no PV, muito antes do Damon. Fui um dos fundadores, junto com Leonardo Fonseca, Agnal Oliveira, Tunaite, Eugênio Muller e outros contemporâneos. Desde então, Zé, confesso que sempre fui relapso com relação às filiações e, para falar a verdade, nunca dei qualquer importância a isso, por uma razão sentimental: para mim, partidos não são fielmente ideológicos. Não vejo, portanto, como absurdo eu ser politicamente ativo e não ter reais vinculações partidárias, porque eu não confio no que seus partidos dizem. Eu sigo pessoas e idéias. Compreende? A minha última filiação relapsa, senão me engano, foi no PFL, hoje o Democratas. Na ocasião, conhecidos meus precisavam recuperar o partido de uma tentativa de golpe, vinda de um pré-candidato a prefeito que eu jamais apoiaria. Então, filiei, mas com a condição de não seguí-los e nem me reunir com o outro lado, que, igualmente, não confio. E, por mais estranha estratégia que pareça, deu certo. O tal candidato perdeu sua chance e o PFL não conseguiu avançar além de se posicionar por trás da cena.
  4. Dentre os nomes que o senhor expôs, numa lista de diretoria do Dem, em outra postagem, outro equívoco do senhor. Um dos nomes presentes não é o meu. É do meu pai, que muito já contribuiu para a cidade, nunca se vendeu, não mantém  qualquer contrato ou nomeação na prefeitura ou câmara e que ocupou vários cargos de sacrifício na cidade, sem qualquer outro interesse, nem de projeção política. E note o senhor que nem Itabirano de nascimento, ele é.
  5. O senhor, também, me pediu para que eu falasse de São Gonçalo e se mostrou interessado em saber qual relação tenho com o governo do Nozinho. De fora a Prefeitura ser uma dentre os quase 200 clientes que temos na região e ao fato de nunca ter ocupado qualquer cargo na prefeitura de São Gonçalo, não temos outra relação que seja ainda de grande respeito mútuo e admiração. Atendemos a diversas instituições e empresas privadas, graças ao nosso portifólio e qualidade de atendimento. Basta dar uma olhada no nosso site, que confirmará (clique aqui para ver).
  6. Por fim, quanto à minha tendência e deste blogue, colocada em dúvida, não custa esclarecer que:
    1. De minha parte, Zé Francisco, eu tenho uma tendência ideológica de seguir qualquer outra opção que tiver a chance de colocar abaixo este modelo de má gestão na cidade, no qual os senhores, do PT, resolveram se juntar. Ou seja, sou contra o amordaçamento da mídia com uso de recursos públicos; sou contra o loteamento de cargos e contratos a favor de um grupo político, em detrimento de ações que visem o crescimento e a qualidade dos serviços públicos; sou contra os cargos-fantasmas; contra a corrupção e tantos outras mazelas mais, que têm imperado na cidade. Na verdade, Zé, qualquer um de nós tem suas próprias tendências e interesses. Minhas tendências são estas e o meu interesse, como cidadão, é ver nossa cidade no ritmo de crescimento que São Gonçalo vive hoje. Do ponto de vista empresarial, me basta apenas ver minha produtora, que gera empregos e paga caros impostos na cidade, não ser cerceada economicamente por este grupo, que só visou interesses próprios e o enriquecimento de uns poucos. Ainda que eu o contrarie, não pretendo e não me interesso em me filiar e/ou seguir nenhum partido no momento, muito menos o PT, que se vendeu.
    2. Já com relação a este blogue, por conceito e iniciativa nossa, ele deveria ser isento, visto que conta com autores das mais diversas tendências e defesas, jornalistas, marqueteiros e universitários. Se tem parecido tendencioso, e eu até acredito que tenha sido, é porque os demais autores, com iguais direitos e privilégios, pouco se manifestam, lamentavelmente.
Bem, é isso aí. Peço desculpas aos leitores pela longa dissertação. Mas, como disse, prefiro pecar sendo prolixo, do que pecar por omitir meus pensamentos e opiniões.


Fortes abraços a todos!

Um comentário:

  1. SE EU FOSSE VCS NEM RESPONDIA AS CRITICAS E DEFAMAÇÕES DESSE POVO,NOS ITABIRANOS ESTAMOS AMANDO O BLOG,DOU NOTA DEZ A VCS,PELA CORAGEM E DINAMISMO,ESCREVENDO CRITICAS E VERDADES DE UMA FORMA CORRETISSIMA!!!!!!MEUS PARABENS CONTINUEM ASSIM!!

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