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segunda-feira, 15 de abril de 2013

100 PRIMEIROS DIAS DE GOVERNO

(Geral)



Dia 10 passado foi o marco dos primeiros 100 dias de governo dos novos prefeitos da região. Nosso blogue deu uma boa verificada nos sítios oficiais e nos press-releases disparados pelas respectivas assessorias de comunicação e apresenta aqui uma breve análise comparativa.

EM SANTA BÁRBARA
Por ser novo e ter entrado na Prefeitura no susto, imagino ser compreensível que o jovem prefeito Leris Braga optasse mesmo por ouvir bastante a população, para tomar conhecimento das demandas e a partir daí colocar em prática o plano de governo. 
Digo isso porque o relatório apresentado veio lotado de estatísticas dos atendimentos do prefeito e vice à população (800 atendimentos), encontrão com servidores (1200), implantação de ouvidoria, implantação do programa Governo Itinerante, realizou uma Audiência Pública e fecha com números esmiuçados dos atendimentos ordinários da Secretaria de Desenvolvimento Social, Habitação e Emprego (8941 atendimentos), fornecimento de refeições (4327), visitas, mais atendimentos da diretoria e conselhos, expedições de carteiras, atestados etc. Podem ser verdades. Nos dias que lá passei, ouvi vários cidadãos dizendo que a maior fila do município é para falar com o prefeito e que ele chegou a atender as pessoas despachando da porta para fora
Estas estatísticas são detalhamentos típicos de quem veio dos números e, a meu ver, desnecessários de serem apresentados em releases e publicações na mídia. Bastava ter colocado como anexo num link ou afixar nos murais das respectivas secretarias, porque são ações de varejo e acabam roubando o destaque das ações de peso. Sim, o danado, dentro do curto prazo corrido, deu alguns bons passos nos primeiros 100 dias, principalmente diante de uma das arrecadações per capita mais restritas da região. Veja só, vou dar uma forcinha e destacar aqui:
  • aumento em 57% no repasse à Santa Casa Nossa Senhora das Mercês, totalizando R$ 3,4 milhões em 2013;
  • início do asfaltamento nos bairros Ipanema e Monte Carlo;
  • início da construção da segunda creche municipal, no bairro São Bernardo;
  • conclusão das obras do velório municipal e de urbanização;
  • troca de 457 luminárias por lâmpadas de vapor de sódio, totalizando R$ 439.306,58 (Uau! Que serviço caro, não? Cada troca de lâmpada saiu a R$ 961,28?);
  • economia de quase 50% com a realização do Carnaval, passando de R$ 391.203,75 em 2012, para R$ 209.706,64 em 2013;
  • transferência da Secretaria de Desenvolvimento Social, Habitação e Emprego para sede própria, no antigo prédio do União, economizando R$ 4750 reais mensais com o aluguel;
  • implantação de projetos esportivos e sociais;
  • parceria com Ufop para realização do curso de formação continuada “Educação para Diversidade” e por aí vai.
Quem quiser mais detalhes, clique aqui


CEM DIAS DE ITABIRA

Demorou um pouco para mostrar serviço, mas veio em boa hora. Com sérias dificuldades de comunicação, por causa de restrições de pessoal na comunicação e por estar sem conta de agência publicitária, o governo do Damon começou apanhando de todos os lados, principalmente por fogo amigo.

Passados os primeiros sufocos e acalmados um pouco os ânimos, a máquina começa a encarar a longa serra a ser transposta. A data dos 100 dias foi muito bem marcada com início de obras e lançamento de projetos. 

Na quinta-feira passada (11), o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge Marques, foi à cidade para lançar a pedra fundamental da Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Praia; para colocar em funcionamento o mamógrafo do Centro Viva a Vida, na avenida João Pinheiro; assinar convênio entre o estado e a prefeitura para reforma e ampliação da Apae e para investimentos nos setores de hemodiálise e para UTI adulto e neonatal do Hospital Nossa Senhora das Dores. Foram ainda lançados:

  • Projetos Ouvir Você e Mais Cidadania; 
  • Convênio com a Caixa para construção de 2000 unidades de moradias populares do Programa "Minha Casa, Minha Vida";
  • Construção de infraestrutura de apoio aos programas de moradia popular (UBS, creche e escola);
  • Adesão ao Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), considerado o maior projeto habitacional da região;
  • Início das obras do novo Fórum, em parceria com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG);
  • Início das obras do segundo prédio da Unifei;
  • Início das obras do Receptivo (Centro de Apoio ao Visitante) do Parque da Água Santa;
  • Licitação para o projeto de captação de água do Rio Tanque;
  • Início das obras da Praça do Pac, no bairro Fênix;
  • Repasse de R$ 1.250.000,00 para o Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD).
Começou bem. Há muito tempo não se ouviam boas notícias como estas em Itabira.



SEM DIAS EM SÃO GONÇALO

Acho que optaram pelos SEM DIAS. Não se falou no assunto. Então, procurei no sítio oficial e nos portais de notícia (porque nem releases nos remetem) e necas. 

E o pior... fica ainda mais feio pelo fato do sucessor escolhido pelo Nozinho, Antônio Carlos Bicalho, ter recebido 43 MILHÕES DE REAIS EM CAIXA (clique aqui para confirmar). Grafo em caixa alta, porque não tenho conhecimento de nenhuma outra prefeitura ter sido entregue com tantos recursos disponíveis. É muito dinheiro, mas com uma justificativa plausível: dos dois últimos pacotões de obras lançados ("64 Milhões em Obras" e "Caminhos Rurais"), praticamente não concluíram com nenhuma obra durante o mandato, salvo 2 trechos asfaltados e uns postos de saúde fechados, salvo engano.

Portanto, se considerarmos o aporte financeiro da cidade, que ostenta uma renda per capita quase que 7 vezes maior do que Itabira e cerca de 9 vezes mais de João Monlevade, somados aos 43 milhões herdados, não é exagero acreditar que praticamente São Gonçalo parou. 

Porém, como não podemos ser irresponsáveis em pecar por falta de isenção, vamos analisar mais friamente e ver o que foi feito. Vamos lá.

Das obras não concluídas por Nozinho, está praticamente pronta a estátua do Padre João, mas falta o tal memorial; as obras da praça Central e do Estádio quase não avançaram, tais como as pavimentações das estradas rurais; estão bem atrasadas as coberturas das quadras; muita gente desempregada; há ainda vários galpões novos vazios nos distritos industriais (estranho é que se tem notícia que a Prefeitura paga até 10 mil reais por mês de aluguel para galpões particulares) e por aí vai. A dengue se aportou na cidade (e nas demais também); as oficinas de arte estão paradas; muitos buracos nas ruas e passeios; dezenas de processos na Justiça e soam cada vez mais fortes os comentários de corrupção. Quanto as obras de pavimentação pouco avançarem, há uma boa justificativa, porque as águas se atrasaram neste ano.

Dentre os raros avanços, destacamos o aumento de 12% para os servidores (maior da região); informadas as licitações de obras de urbanização de comunidades rurais e a última cavalgada, que alegam ter recebido 60 mil visitantes. 

Outra característica marcante nesta gestão e que são bastante incisivos é na conotação de politicagem. Principalmente no que se refere à perseguição política.


MONLEVADE E BARÃO DE COCAIS

Estas são outras cidades que optaram por não marcar os primeiros 100 dias, mas não deixaram de apresentar neste período notícias de boas ações.

A Prefeitura de João Monlevade implantou projetos de economia de energia em parceria com a Cemig; anunciou a construção de 834 casas populares e a Secretaria de Estado de Saúde firmou convênio de R$ 1,7 milhão para compra de ambulâncias, equipamentos de diagnóstico e repasse para o Hospital Margarida.

A gestão do Armando Verdolin, de Barão de Cocais, é outra que tem obtido destaque. Armando assumiu a prefeitura diante do anúncio do fechamento da Mina de Gongo Soco, da Vale, que culmina com a queda de arrecadação R$ 15 milhões ao ano. Mesmo diante deste cenário, não esmoreceu, criou o programa IPTU Premiado, para incentivar na quitação do imposto predial e territorial; promoveu cavalgadas nas comunidades; lançou o programa Gabinete Itinerante e inovou no carnaval deste ano ao mudá-lo para nova área inaugurada na ocasião. Tentamos acessar o sítio oficial para ver mais informações, mas a internet nossa não ajudou.

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