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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Contra a corrupção: Plano Funil

O diretor da De Fato, José Sana, tem publicado uma série de colunas interessantes na Defato Online sobre a questão: "É possível acabar com a corrupção?". Como nos autorizou a republicar, para contribuir gentilmente com o nosso blog, aqui está sua defesa: O Plano Funil. Leiam abaixo um trecho ou vejam todo o artigo no link acima.

"Já expliquei exaustivamente sobre a sua metodologia, que tem como objetivo: formar grupos de cidadãos conscientes, fazer com que esse grupo participe dos governos, tornar transparentes as ações governamentais, enfim, eliminar todas as causas de prejuízos aos interesses públicos e coletivos.

Exatamente no dia 5 de fevereiro deste ano, depois de uma preparação que tinha durado três meses, iniciamos a implantação do plano em reunião promovida pela Interassociação de Amigos de Bairros. Nesse dia, foram distribuídos formulários a líderes comunitários, cujo objetivo seria buscar as informações elementares sobre a situação da entidade e dos bairros itabiranos. O trabalho foi interrompido porque a Funcesi entraria, no mês seguinte, no mesmo espaço comunitário, com um curso, coordenado pelo professor Francisco Graça Moura, de formação de líderes.

A experiência que apresento é o modelo de trabalho que executamos no meu tempo de vereança (1973 a 1982), que culminou com excelentes resultados. Na época, porém, havia maiores interesses pela atividade comunitária, mais união entre os cidadãos e, assim, o ambiente facilitava. Hoje, percebo que há uma questão primordial que precisa ser resolvida como passo inicial: reestruturação das associações. Mas, nada de crítica faço ao trabalho de hoje, gostaria apenas que essas entidades aplicassem o que lhes foi ensinado pelo professor Graça Moura. Em outras palavras: as associações precisam assumir a sua condição de autônomas e formar um corpo mais consciente.

O Plano Funil é um novo modelo político que imaginamos para Itabira. Os problemas de cada pedaço da cidade (centro, vilas e bairros) precisam ser discutidos abertamente nas salas de reuniões e o poder público é obrigado a vir às entidades abrir as suas gavetas, sob pena de ser destituído logo na primeira eleição. Nenhuma decisão do governo ocorre sem o aval do povo organizado, que junta todos os seus problemas e anseios e os filtra no funil e confronta com eles os recursos e os problemas que são, até agora, tratados apenas nas secretarias de governo, ou seja, em gabinetes fechados.

O método, a forma, a maneira de agir, os procedimentos, o cronograma de providências — tudo isso faz parte do Plano Funil, que precisa de gente da cabeça voltada para o bem comum, ou que se torna evidentemente cidadã a cada passo caminhado."


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