(Geral
/ São Gonçalo do Rio Abaixo)
O TÊNUE
EQUILÍBRIO ENTRE POLÍTICO E TÉCNICO
O
sucesso de um bom governo depende muito do bom equilíbrio entre as
conduções técnicas e políticas.
Você
pode até estranhar que eu tenha enquadrado o conceito político, mas é um bem ou mal
necessário, dependendo da forma que é executado. Se for relativo a
um ato de servir aos outros, o conceito de político é um bem necessário. Caso contrário,
a perda do sentido da palavra e a devida classificação de mal
necessário. Pô, mas mal necessário!? Isso mesmo. Ainda sim, para
que um projeto político chegue ao poder, quase sempre é necessário
costurar com perfis nada ortodoxos e comungar e/ou abrir mão de algumas ideologias, quando formam as coligações partidárias, para garantirem maiores tempos de mídia gratuita e votos.
Entretanto,
temos que ter em mente que demandará mais esforço e maior número
de bem intencionados agentes políticos, para sobreporem o mal e
fazerem valer-se do bem para a população. E um dos suportes
essenciais terá que vir, de forma retilínea e precisa, pelas
melhores adoções de técnicas de gestão, monitoramento de ações
e projetos consistentes.
Daí,
um governo sem política definida ou sem técnica não sobrevive. E
não é que caímos, de novo, na vontade política, até para se
definir se o norte de gestão for técnico? Pois então, aí está a
prova que um depende do outro. Com boa técnica de condução,
garante-se a permanência do grupo político, de tal sorte que o
grupo político inteligente precisa manter foco na boa condução
técnica. Torna-se uma simbiose perfeita e garantia de sobrevivência.
BOM EXEMPLO DE SIMBIOSE:
VONTADE POLÍTICA DE ADMINISTRAR COM TÉCNICA
Um
bom exemplo deste equilíbrio se deu no caso do atendimento da Farmácia de Minas, em São Gonçalo do Rio Abaixo, de responsabilidade de Renata Fonseca, atual Secretária Municipal de Saúde. Há dias venho passando pela porta dela e venho percebendo que tem ficado vazia, sendo que, antes, vivia com filas e clientes insatisfeitos.
A empresa de consultoria Falconi (antes chamada de INDG), contratada pelo governo Nozinho, fez um estudo na farmácia, monitorando o tempo médio de atendimento para a população, que se queixava da saúde na cidade, das filas e demoras de atendimento e que refletiam negativamente na imagem do governo.
Durante o monitoramento, os consultores confirmaram as falhas de operacionalização e perceberam que alguns pontos críticos deveriam ser tratados. Antes dos estudos, os usuários gastavam, em média, mais de 40 longos minutos esperando atendimento na fila. Com os devidos diagnósticos e empenhos dos funcionários da farmácia, que acataram as novas condutas, o tempo atual baixou para cerca de 13 minutos. Vide gráfico abaixo.
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Fontes: Falconi Consultores / Secretaria Municipal de Saúde. |
Segundo os consultores da Falconi, as atividades internas de atendimento foram readequadas para otimização do tempo de atendimento; contrataram novos farmacêuticos; passaram a abrir às 7 da manhã, quando chegam os ônibus das comunidades rurais e instalaram outra farmácia de suporte no PSF - Programa de Saúde da Família, de sorte que o paciente atendido já saísse com o medicamento, sem ter que dirigir-se à Farmácia de Minas.
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Após consultoria, fim das filas na Farmácia Municipal. |
DICA PARA OS FUTUROS GOVERNANTES
Aos novos navegantes que chegam ao poder, aí está uma dica de valor para garantia de sucesso na gestão e de futura sobrevivência do grupo: não deixem de focar em técnicas avançadas de gestão pública. Incentivem, ao máximo, que seus secretários contem com bons consultores, especializados nas áreas afins.
As aceitações populares dos seus governos dependem, exclusivamente, do sucesso das suas gestões. Atender à demanda política de nomeação, que foi fruto das negociações com os partidos, quando formataram a coligação, pode ser relevada pela população, se um bom corpo técnico apoiar devidamente o corpo político.
EM TEMPO:
ESTUDOS SOBRE OS PASSEIOS EM SÃO GONÇALO
Em resposta à nossa publicação da semana passada, sobre o mal estado dos passeios de São Gonçalo, os técnicos da Falconi nos repassaram o gráfico abaixo, comprovando a evolução da construção e recuperação de passeios na cidade, de 2009 a 2012 (parcial).
Eles defendem que este caso foi objeto de estudo, tendo colocado como indicador de monitoramento a quantidade de metros quadrados de passeios recuperados. Vejam que, realmente, o total de m² recuperados aumentou de 2009 a 2011. Já em 2012, a medição ainda é parcial, pelo fato do ano estar em aberto. Como acumulado, o total fecha em 14.283 m².
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Fontes: Falconi Consultores / Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo. |
Mas, ainda sim, nota-se que há trechos de passeios nas principais vias da cidade danificados, inclusive alguns que foram recém recuperados. A sugestão é que, mais do que colocar como indicador a metragem quadrada recuperada, que coloque um indicador qualitativo, para avaliar se a recuperação foi realmente concluída e com qual qualidade, caso não o tenha ainda. O passeio da rua que liga o bairro Niterói ao Patrimônio, por exemplo, é novo e está cheio de buracos. Há outros pontos ruins na rua Januária, nas avenidas Central e Contorno Oeste, que são as mais importantes vias da cidade.