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terça-feira, 5 de abril de 2011

MENOS, PESSOAL, MENOS...

Tenhamos dó. Tenho acompanhado, com preocupação, esse movimento contra a Vale e contra a mineração, web afora.

Internautas afoitos e confusos com a má formação de opinião, mostram-se horrorizados com crateras, explosões e grandes máquinas dragando a terra... Aí, eu pergunto:

-Qual deles conseguiu se alienar, por completo, dos bens materiais feitos com minérios de ferro, aço, ouro e tantos outros elementos da natureza? Quem é que não usa nada feito de aço, nem carros, motos, nem bicicletas, ônibus, aviões, trens, nem relógios, nem celulares, canetas, lâmpadas e tantos outros mais?
-Qual cidade, dependente economicamente da mineração, pode agora, já, neste instante, passar as correntes nas minas de seu terrítório e abdicar dos milionários royalties que recebem?
-Qual veículo de comunicação se nega a receber anúncios de empresas mineradoras e das prefeituras e câmaras municipais dependentes de royaties?

Não sei se os senhores têm conhecimento, mas só a prefeitura de Itabira arrecadou, no ano de 2010, mais de 45 milhões de reais de Cefem livre (royalties), segundo o portal da transparência do sítio oficial da prefeitura municipal. Se a prefeitura da cidade perdesse esses recursos, entraria, no mesmo instante, em colapso financeiro. Tornaria insustentável manter tanta gente e serviços essenciais em funcionamento. Principalmente diante do atual cenário de descontrole administrativo em que se encontra. As coisas piorariam enormemente.

As mineradoras degradam o meio ambiente, sim. Não temos qualquer dúvida disso. É hipocrisia falarmos que tal empresa não polui ou não degrada. Como, também, é hipocrisia nos posicionarmos contra a atividade minerária em si, se nós mesmos não abrimos mão dos bens fabricados com matérias-primas advindas da terra.

Entendo que temos que apoiar a mineração, temos que apoiar a Vale e todas as demais mineradoras, mas temos o dever e o direito, também, de cobrar maiores resultados sociais, maiores participações das empresas nas economias dos municípios impactados, maiores retornos para a população e maiores cuidados para causarem menores impactos ambientais. A diferença está aí. Se não podemos nos ver livre da degradação, que as riquezas sejam melhor distribuídas, com menor impacto possível.

Semana passada, eu publiquei aqui uma postagem pedindo para que todos assinassem a petição (abaixo-assinado) para o aumento dos royalties (clique aqui para ler). Os valores atualmente pagos, em conformidade com a lei, são bem aquém do que as empresas podem e devem pagar.  Com mais recursos em caixa, todos nós, inclusive os empregados e acionistas, somos beneficiados com melhores escolas, melhores serviços de saúde, mais obras públicas e tantas outras benesses mais. Assim como, também, cobramos que os senhores prefeitos e vereadores zelem, bem mais, pelos recursos públicos ora arrecadados.

Então, vamos com calma...

2 comentários:

  1. a vale pode pagar bem mais. com mais dinheiro as prefeituras terão mt mas condições de ajudar o povo, porque a vale num interesa mais nisso.
    ela quer saber mais é lucro pra bancos e donos dela.
    cada dia ela só evém tirando contratos de firmas na cidade e deixando buracos.
    pagano mais imposto de roylty, pelo menos ela faz mais justiça.

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  2. Itabira e demais depentendes de mineração ficariam fu... se não fossem a vale.

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