OS SEM LIDER
Assusto-me com o sentimento que vive o itabirano hoje, por falta de um lider, de uma referência política de valor. Nos poucos momentos que passo por Itabira, acabo cercado por inúmeras pessoas que, assim como eu, sentem-se órfãos e que me procuram para expressar suas indignações contra o marasmo que vive uma das mais ricas cidades do país.
Ao chegar em casa, depois de apenas dois dias de trabalhos fora atendendo clientes da região, deparei-me com 165 e-mails, os quais me esforço para retornar com iguais atenções. Fora umas 3 horas diárias dedicadas a este blogue, sem qualquer remuneração, cumprindo com um dever que pertenceria, originalmente, à imprensa.
Tudo isso por causa da ineficiência austera dos poderes constituídos, trazendo consequências desastrosas e de difícil reparação, num sistema viciado, perverso e desencontrado, que preferiu investir quase uma década em politicagem e em vantagens para uma meia dúzia (ou pouco mais) de "afortunados", em detrimento de mais de 100 mil desvalidos, como bem classificou nosso colega Mauro Moura.
Temos sem-teto, somos os sem-água e estamos sem líderes nos poderes executivo e legislativo.
TRAMPOLIM
Num desses encontros, num supermercado da cidade, ouvi uma reclamação de um membro de uma importante entidade itabirana, desapontado com a vaidade do representante maior da instituição. Na opinião dele, o diretor estava usando a entidade para se projetar politicamente, ao aspirar o cargo de prefeito da cidade.
Então, disse ao conselheiro que, sendo este um cargo de sacrifício e sem remuneração, não via problema neste comportamento e tendência, porque entendo que a entidade passa a ter uma boa oportunidade de contar com uma direção compromissada com o êxito, por ser uma prova de fogo para o aspirante. Por outro lado, se a performance for ruim ou fraca, serve de comprovação para que os eleitores percebam que o pré-candidato não tem capacidade de assumir algo bem maior, como uma prefeitura de 1,2 bilhão de reais de orçamento, por mandato.
SOU O CARA
Em quaisquer relações, estamos sujeitos ao risco de pecados, principalmente os associados à vaidade, atrelada à tentativa de projeção política.
Uma coisa é um aspirante ocupar um cargo numa entidade, desempenhar nela uma boa gestão, se promover com isso e tentar um cargo maior, depois de ter provado sua capacidade de gestão. Outra coisa é ocupar um cargo, para que dele se extraia os recursos necessários para bancar a autopromoção.
Quando vi o outdoor abaixo, torci duas vezes. Torci o nariz em desaprovação de uma promoção pessoal, a favor de um possível candidato, arcada com recursos de uma entidade, na qual o mesmo tem influência ou poder de decisão. Torci, também, pela defesa do elogiado, ao imaginar que ele não saia mais candidato, ou que tenha se desligado da entidade, ou seja, como um tipo de agradecimento pela sua dedicação. Agora, qual será a verdadeira intenção, creio que só em meados de 2012 saberemos...
TEM BASE!?!
Vejam só mais essa... No Opinião de Itabirano (grupo de discussões do Facebook) tem aparecido cada uma, disparada por defensores do grupão, que não dá nem para acreditar!
Nosso colega Jânio Bragança teceu o seguinte elogio, muito pertinente, diga-se de passagem:
-Jânio Bragança: ITABIRA MELHORA. PARABÉNS À FAMÍLIA PIRES. Boa Padaria. Este pessoal investe em Itabira. Não vive de benesses públicas. São trabalhadores. Têm qualidade no serviço. Primeiro conheci o Luiz. Agora encontro de vez em quando com o Dawson. Tomo café da manhã sempre que vou lá: leite quente com broa. Parabéns!
Mais rápido do que uma bala, eis que chega o inusitado comentário:
-Adilson Simeão: Claramente. Itabira sim melhora. Outras empresas também crescem. Principalmente na região: Dular, Equimacon, Carmolac, MD Predial, Nova América. D.Brasil, Uai Rent Car, Valenet, Santa Fé...para ficar em algumas.
Acho que o comentarista, ex-assessor do Neidson Freitas e dono do instituto de pesquisas (aquele que garantiu que Neidson estava com 45,2% de intenções de votos para deputado federal), misturou empresas idôneas e que nuncam dependeram das "benesses públicas", com outras "beneficiárias" de propósito, ou então não leu bem o que o Jânio defendeu: "Este pessoal investe em Itabira. Não vive de benesses públicas".
Tentei debater no fórum, mas fui infeliz ao pesar as mãos. Reconheço.
Jânio e outro participante foram mais inteligentes, ao se posicionarem de forma mais sucinta, mais objetiva e mais elegante, nos comentários posteriores:
- Jânio Oliveira Bragança: ótima padaria!
- Bruno Lage: otima padaria....
Uai, sô!
ResponderExcluirO Simeáo isqueceu do sucesso do ex-secretrário de governo no agenciamento de propaganda na câmara e prefeitura dos últimos tempo, a Promocional, do super Perón Colombo!!!
Du Expediente.
Do lado do gabinete.
Por acaso alguma lavanderia?...
ResponderExcluirOuvindo a reunião da CMI pela rádio Itabira fiquei assustada. O prefeito mandou a LDO 2012 para ser votada, com meta para a construção de 10 casas, para atender a política de moradia. Fiquei atenta para entender se o que ouvi era aquilo mesmo e no decorrer da reunião ouvi que uns vereadores apresentaram uma emenda elevando este número para 400 casas. E aí eu pensei, os sem teto acampados na porta da prefeitura terão de ficar lá pelo menos por mais umas décadas, porque além deles tem muita gente sonhando e correndo atrás da casa própria, isto é uma vergonha.
ResponderExcluirCom relação à "casa própria" não precisa mesmo o prefeito e a vereança se preocupar, eles já tem a deles mesmo, além disso, devem ser presenteados por grupos que aqui veem investir com todos estes apartamentos. Surgem da noite para o dia, aqui e acolá. A olhos vistos observa-se essa expansão imobiliária que se aportou na cidade de uns tempos para cá.O pior de tudo é toda essa lerdeza e passividade do povo que mesmo se sentindo prejudicado, excluído dos programas habitacionais continuam sentados na praça dando milho aos pombos.A conclusão que se tem é que déficit habitacional de Itabira não deve passar nem perto das matérias que deveriam ser questão prioritária da pasta de gestão desses senhores que se dizem homens públicos.
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