CESSÕES
O prefeito João Izael cede e sinaliza para o desfecho do caso do "sem-teto" do bairro Drummond. Propõe cumprir com o acordo com os moradores que invadiram a área pública, pela "doação de terreno e de material de construção", condicionados à:
- criação de uma comissão formada pela Diocese, presidente da Câmara, Munistério Público e prefeitura e
- à desocupação do acampamento em frente à prefeitura.
E parece correto, ele cede de um lado, mas os moradores invasores têm que ceder do outro.
VAI CUMPRIR OU VAI SER MAIS UMA PROMESSA?
Diante das tantas promessas feitas e não cumpridas, os "sem-teto" podem e devem até ficar com as pulgas atrás das orelhas.
Para seu primeiro mandato, João Izael prometeu fazer uma avenida de ligação entre os bairros Praia e Gabiroba, provavelmente, passando pelo bairro Drummond, ou bem próximo dele. Não cumpriu, até agora, nem com essa, nem com as tantas outras, tais como do teleférico no centro, internet grátis, aeroporto, lousa interativa as escolas, educação referência nacional...
MAS TAMBÉM, NÉ...
Por outro lado, os "sem-terra" não têm muito o que perder. Ficaram acampadados na porta da prefeitura, como forma de pressionar e mostrar que eles são uma bomba, e já deram os resultados que poderiam dar. Postergar nessa conduta, só traz mais desconfortos, falta de asseio e mais problemas para eles próprios. E mais, se deixar para a Justiça, ao que tudo indica, eles perderão as áreas invadidas, provavelmente, sem quaisquer direitos. Afinal, a área tem donos e eles querem ela de volta, que é direito deles, vamos reconhecer.
Uma retirada agora, amparados por uma comissão, que contará com um membro da Justiça, no caso o MP, dará mais tempo para que a prefeitura encontre e consiga comprar outro terreno para eles. Não há como arranjar um local, num estalo de dedos, por causa da burocracia oficial.
FIQUEM ESPERTOS!
A única bobeira que não podem dar é deixar que o prazo da burocracia oficial ultrapasse o período eleitoral do ano que vem. Senão, o João não cumprirá a tempo e ainda passará a batata quente para o seu sucessor, saindo ileso de mais uma promessa não cumprida. Possibilidades que não são boas nem para os "sem-terra", nem para os donos do imóvel.
Portanto, meus caros, na questão dos prazos, vai aí uma dica: não deixem passar de janeiro de 2012!
Num regime democrático, é assim mesmo que as coisas caminham pela negociação, diálogo e cessões de ambas as partes, mas sem nenhuma delas se prejudicar. Tanto o prefeito quanto os negociadores dos "sem teto" se avançarem nas negociações e derem o desfecho pela via pacífica, estarão devolvendo à população itabirana, a sensação de que ficaremos livres de assistir em breve, um massacre sem precedentes num município que não merece passar pelo desconforto de em rede nacional de TV figurar como cenário de guerra.Já começou a contagem regressiva e nos cabe a pergunta seremos pacificadores, expectadores, coadjuvantes ou patrocinadores?
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